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História O Grande Príncipe - Novos Alunos


Escrita por: BeurenZC

Notas do Autor


Olá devo fazer um comunicado importante aqui:
Não tenho uma agenda específica para postar a fic, mas não vai alcançar mais de um mês sem postagem, a não ser que eu esteja bem atarefada!
À todos que favoritaram a fic, sintam-se amados por mim! <3
Por favor comentem o que acharam do capítulo e isso ajuda bastante no desenvolvimento da fanfic!

Capítulo 2 - Novos Alunos


Fanfic / Fanfiction O Grande Príncipe - Novos Alunos

 Robert estava com o seu uniforme de Professor da Universidade de Oxford que consistia em um jaleco branco com o símbolo da Universidade em azul. Ele andava por um dos corredores do prédio, indo diretamente para a sala de aula 1-A, seu colega, Adam, daria aula na 1-B, ao lado da sua.

O chão da Universidade era feito de madeira escura e as paredes da sala de aula eram bege e bem limpas. A mesa do Professor era de madeira assim como a sua cadeira e as carteiras dos alunos. Robert tinha 30 alunos, um número razoável até, já havia pegado salas mais cheias.

Todos os alunos estavam se conhecendo, mas felizmente, estavam todos em seus lugares e não falavam alto. “Parece que me dei bem… Graças a Deus, uma sala quieta” pensou Robert feliz. Podia ver que vários deles eram de outros países, tinham chineses, americanos, ingleses e franceses, havia um alemão na sala de aula e Robert notou que sua dicção era horrível assim como o seu sotaque.

As aulas começavam às sete e dez da manhã, faltavam poucos minutos e com esse resto de tempo, Robert arrumou o seu material em cima da mesa. E se preparou para escrever na lousa.

Como era o primeiro ano para eles, Robert pegaria leve nas provas e na explicação. Ele iniciaria os processos da genética envolvendo ligações químicas e corpo humano.

O sinal bateu e ele começou a colocar a matéria na lousa. Aos poucos os alunos pararam de conversar e ouviu-se o barulho de cadernos, de estojos sendo abertos e o som da escrita.

Isso era um grande deleite para os ouvidos do Professor. Era como se Beethoven estivesse compondo uma nova sinfonia. A sala 1-B estava bastante agitada, mais agitada do que o resto do corredor. Robert decidiu que depois que terminasse uma lousa iria até lá para saber o que está acontecendo.

Robert terminou a primeira lousa em poucos minutos e alguns de seus alunos o acompanhavam rapidamente e já terminava a sua sinfonia abençoada. Robert olhou para os seus alunos e se apresentou.

— Olá, sejam bem-vindos à Oxford, uma das melhores Universidades do mundo. Espero que encontrem o que desejam aqui. Sou o Professor que acompanhará vocês na maioria das matérias que decorrem sua grade, assim como os acompanharei até o seu último em Oxford. Meu nome é Robert Lucan, sou Professor de Genética, tenho trinta e dois anos, fui um dos mais jovens professores a ingressar Oxford, tirei meu doutorado aos 17 anos — Os alunos se espantaram ao ouvir sobre seu doutorado. Robert deu um risinho — Espero que vocês alcancem os seus sonhos, peço que copiem esta matéria na lousa, quem tem caderno por favor pular uma página. Vou resolver um problema na sala ao lado, enquanto isso façam os exercícios de seus livros, página 15.

Robert deu um sorriso e saiu da sala fechando a porta. Ficou por alguns momentos fora da sala e ouviu alguns burburinhos de conversa mas nada fora do comum, nada muito alto e nem muito baixo. Seus alunos não berravam como os da classe 1-B. Ele foi furioso para o lugar desejando saber o que estava acontecendo, chegou ao ponto de desequilibrar seu estado de espírito.

Rob bateu à porta que estava fechada e de repente se fez silêncio. Ouviu-se apenas passos do outro lado da porta e quem veio recebê-lo foi seu colega Adam que fechou a sua porta atrás de si.

— O que diabos está acontecendo na sua sala de aula? — Inquiriu Robert furioso mas falou baixo para que não incomodasse outras salas e para que outras pessoas não ouvissem.

— Você não vai acreditar, você tem alguns momentos? — Perguntou Adam como se fosse uma súplica.

— Certo. Espero que valha o meu tempo. — Robert tentou se acalmar.

Robert e Adam entraram na sala de aula e ficaram perto da porta. Um aluno bem alto e robusto, com um livro na mão estava de cabeça baixa. Ele tinha cabelos encaracolados negros na altura do pescoço, olhos azuis bem claros e uma pele bem branca, pastosa. Seus músculos eram visíveis mesmo com um uniforme de frio carregado, ele usava uma touca azul-marinho e havia um relógio prateado no seu pulso esquerdo. Robert olhou-o de cima a baixo, como se o estivesse analisando, algo como um produto de consumo. O aluno estava um pouco vermelho, ele virou o seu pescoço rapidamente e olhou para os professores assim como os outros alunos que pareciam estar encantados.

— Crianças este é o Professor Robert, parece que estamos fazendo muito barulho, devemos abaixar o som — Por algum motivo Rob sabia que Adam era cúmplice da bagunça de seus alunos.

— Olá, sejam bem-vindos. — Disse Robert fingindo felicidade.

Todos os outros alunos assentiram menos um.

— Obrigado, Professor. — disse o único que estava de pé, aquele que estava com um livro na mão.

Robert ficou boquiaberto mas fez questão de que se seu choque fosse apenas por alguns momentos curtos e voltou a ficar de normal. Olhou para Adam que deu-lhe um sorrisinho.

— Alastair, por favor, continue a leitura. — Pediu Adam para o aluno em pé que assentiu.

Ele tomou fôlego e começou a ler. Sua voz adentrava os ouvidos de Robert e despertou várias emoções. Alastair estava lendo um capítulo do livro Alice no País das Maravilhas, era uma conversa entre Alice e Cheshire, o Gato Risonho. Tudo ao redor não tinha mais importância apenas a voz suave de Alastair, o jeito de como ele lia era impressionante. A delicadeza que estava embutida nas palavras ditas, a suavidade nas imitações das personagens dos livro. “Se todas as forças superiores tivesse um messias que falasse dessa forma garanto que todos teriam sucumbido à sua respectiva religião. O garoto tem a voz abençoada por anjos. Meu deus...” pensou Robert incrédulo.

A sinfonia do silêncio que deleitava os ouvidos de Robert não passava de uma música cantada em bares. A nova sinfonia que dava prazer aos seus ouvidos era a voz desse rapaz.

Alastair acabou o capítulo e todos ficaram boquiabertos, incrédulos, estupefatos com sua leitura. O enviado dos céus sorriu, soltou alguns risinhos e olhou para os lados e disse.

— Bom… é isso… — ele disse timidamente.

Ouviu-se um bater de palmas, assobios e gritos de parabenização. As mãos de Robert, involuntariamente, se juntaram à plateia assim como Adam que batia palmas… insatisfeito.

Por um momento Robert pensou que Alastair o estivesse encarando, sorrindo timidamente. Como um bobo, Rob retribuiu o sorriso e tomou gosto por bater palma. Adam fez um sinal para que todos parassem o ato.

— Bom, meu rapaz, você tem futuro aqui — Alastair sorriu — Você impressionou Robert, isso é milagre, minha gente. Leia outro capítulo. — Robert que antes estava sorrindo olhou estranho para Adam, desfazendo seu sorriso, ele estava praticamente punindo Alastair sem motivo. — Mas leia melhor dessa vez.

Alastair piscou várias vezes, incrédulo e surpreso pela reação de Adam. Ele virou a página com o dedo e começou a ler. Ele empenhava a sua voz, cada vez mais. Alastair já havia atingido a perfeição da oratória, não havia como melhorar. Robert não sabia o que tinha dado em Adam.

Robert ficou até Alastair terminar aquele capítulo, que estava cabisbaixo assim como os outros alunos. Ele fechou o livro e o deixou na altura da barriga, segurando-o com as duas mãos. O aluno deixou claro que não estaria submisso às vontades de seu professor.

— Eu não mandei fechar o livro, você irá ler mais um capítulo com mais entonação, vamos! — Alastair, olhou fixamente para Adam, abriu o livro e procurou o próximo capítulo. Tudo isso sem olhar para as folhas e com um olhar sério.

— Adam — murmurou Robert — Já chega, está exagerando.

— Ele precisa aprender a ler direito! — protestou Adam, fazendo com que todos os alunos prestassem atenção nele.

— Eu preciso desse aluno, a Professora Susanna Gardiner chamou ele na sala. — mentiu Robert.

Alastair franziu a sobrancelha mas manteve seus pensamentos para si. Adam fez um sinal para que Alastair pudesse ir. O aluno dos céus veio, de peito estufado e costas erguidas, ele entregou o livro na mão do Professor Adam, encarando-o nos olhos. Adam pegou o livro a contragosto.

Robert guiou o aluno para fora da sala, fechando a porta em seguida. Ele levou o aluno para a sua sala particular em Oxford.

A sala de Robert tinha um sofá de mogno, com estofos avermelhados feitos de couro. Um computador da Apple residia em sua escrivaninha de carvalho, assim como vários livros e estantes estavam distribuídos simetricamente ao redor da sala. A maioria da decoração era feita por quadros que eram flores, pastores e pastoras… Havia também pequenas estátuas banhadas em ouro, bronze e prata com as mais variadas formas.

Robert foi até a sua mesa e fingiu verificar alguns papéis. O aluno ficou parado ereto, com apenas os olhos voltados para o chão, ele assumiu uma postura militar e rígida muito rapidamente, ele parecia esperar uma punição por seus atos ou algo do tipo.

Robert estranhou o seu comportamento e foi até ele, ficando em sua frente. O aluno rapidamente levantou os olhos para encarar os de seu Professor. O olhar de Alastair era profundo e penetrante, seus olhos azuis invadiam o corpo de Robert, vasculhando-o, retirando sua roupa e deixando-o nu.

— Qual o seu nome, querido? — perguntou Robert para quebrar o clima tenso que havia se formado.

— Meu nome é Alastair Highwood, passei no teste de Admissão para Literatura e Língua Inglesa de Oxford. Tenho 20 anos. — Só faltava o endereço de sua casa e Robert teria todas as informações.

— Meu nome é Robert Lucan, sou Professor de Genética de Oxford. Tenho 32 anos. Seja bem-vindo.

— Eu li sobre você a alguns anos atrás. Eu sei quem você é. — Alastair assumiu uma postura mais gentil e leve, como se um peso fosse retirado de seus ombros.

— Sente-se — pediu Robert com educação e gentileza.

— Muito obrigado. — Alastair fez uma meia reverência e se sentou no sofá, com as mãos em cada joelho. Ele respirou fundo. — Eu acho que vou mudar de curso. Eu não acho que o Professor Adam vai facilitar para mim, isso pode prejudicar meus estudos. O melhor a fazer é mudar de curso ou de Universidade.

Robert sentou-se rapidamente ao lado de Alastair e levou um susto quando ele disse que mudaria de Universidade.

— Nós temos uma grande variedade de cursos aqui! Pelo que percebo você já se instalou, alugou ou comprou uma casa aqui na Inglaterra. Seria tudo em vão se você fosse para outra Universidade. Temos cursos de Estudo da Cultura Celta, Britânica, Romana, Grega e Bizantina, você pode escolher! E... e temos outras áreas também! Temos a Professora Susanna como Criminologista e Neurociência, eu com Genética, o Professor Christian que dá aula de Matemática e Financiamento, a Professora Jane que dá aulas de Nanotecnologia e Farmácia. Você pode escolher, além de termos outros cursos, é claro que é impossível listar todos aqui e agora, mas é só entrar no site da Universidade de Oxford e ver! Por favor, não vá embora — suplicou Robert.

Alastair parecia surpreso com as súplicas e insistência de Robert.

— Nossa, você é bem insistente. Estou me sentindo lisonjeado, se a maioria dos professores fosse tão atencioso como você — Se eu não tivesse segundas intenções poderia acatar os teus elogios para saciar a minha vaidade — Obrigado, por ter me salvado. Vou dar um pulo na secretaria, por onde posso falar com você? Você tem Whatsapp, e-mail, Facebook? — ele perguntou tirando o celular do bolso, um Iphone 5s.

— Claro, eu tenho sim, er... — Robert ficou envergonhado por alguns momentos mas conseguiu passar claramente seu Whatsapp, seu Facebook, e-mail, snapchat e, todas as outras redes de contato que ele tinha atualmente, provavelmente passou até endereços de e-mails que ele não usava mais, até mesmo o número de seu telefone fixo.

Alastair sorriu e ouviu com atenção tudo o que Robert dizia. Ele era um cavalheiro. O sinal bateu, os dois se assustaram pois já estava na hora do recreio e ambos estavam fora de suas salas de aula. Robert nunca tinha feito isso antes, sempre atendendo pontualmente seu horário. Mas o que ele tinha na sua frente era mais importante que 30 alunos em uma sala de aula.

Alastair iria se levantar e Robert rapidamente pegou em sua mão. Ele era forte, isso era possível notar, a sua mão não era macia nem tão áspera, mas certamente ele não cuidava de sua pele como Robert cuidava da sua. Alastair olhou para a mão e depois para seu Professor, sem entender muito do que se tratava.

— Você quer que eu o acompanhe até a secretaria? — perguntou Robert, mas, na verdade, era apenas uma forma de mantê-lo por mais tempo ao seu lado.

Alastair sorriu francamente e apertou um pouquinho a mão de Robert que a soltou rapidamente e depois ficou um pouco envergonhado.

— Não é necessário, eu passei por ela antes de ir para a aula. Obrigado por se oferecer, Professor Robert. — O Professor deu um sorriso rápido para a resposta de Alastair que colocou a outra mão em seu rosto — Vamos nos encontrar novamente e estou ansioso por isso! — Alegrou-se Alastair.

— Sim, claro! — Robert animou-se e se levantou num pulo para se despedir de Alastair que o abraçou.

Quando Robert foi abraçado por Alastair, ele sentiu vários arrepios e uma sensação de prazer no momento em que ele sentiu o membro de Alastair que era bem volumoso. O aluno estava com uma das mãos na cintura de Robert. Eu quero te levar para a cama Alastair, como eu quero, pensou Robert quase como se fosse uma súplica, um pedido à qualquer força superior que o estivesse ouvindo naquele momento.

Robert soltou um suspiro por seus lábios. Alastair ficou rígido e afastou um pouco Rob sem desfazer o abraço, apenas para que pudesse olhar em seus olhos.

— Eu te machuquei? Eu… tenho uma força um pouco avantajada, as vezes sai do controle — Como eu queria vê-lo saindo do controle Alastair... E sua força não é a única coisa que você tem de avantajado...

— Não, que isso. Só estou sentindo um pouco de frio. Esta sala é bem fria. — Robert tentou se esquivar do assunto.

— E pensar que estou sentindo o contrário. — respondeu Alastair — Esta sala está extremamente quente.

Robert encarou-o profundamente e não conseguiu distinguir se aquilo era um sinal ou apenas um comentário inocente feito por um jovem tímido e envergonhado.

— Bom, ao mesmo tempo, vou me apresentar e me despedir. Sou Alastair Highwood, tenho 20 anos, sou americano com descendência inglesa e escocesa por parte de mãe. — Ele pegou o rosto de Robert com as duas mãos e deu-lhe um selinho nos lábios de Rob. — É assim que os ingleses se cumprimentam, não é?

— Sim, mas eu não sou inglês. Sou americano, com descendência brasileira por parte de mãe e americana por parte de pai. Mas não estou te julgando por isso, raramente as pessoas me cumprimentam assim, não que eu tenha algo contra isso… — Alastair sorriu e deu-lhe outro selinho para a despedida, mas este foi mais longo. — E uma informação é só no primeiro encontro em que você dá um beijo, não rola isso na despedida — Alastair sorriu, ainda segurando o rosto de Rob com as duas mãos, fez alguns carinhos em suas bochechas.

— Que pena, então, devo pedir desculpas. Se a sua esposa visse isso, pensaria outra coisa — Hahahaha o pensamento considerado “natural” de qualquer pessoa nos dias de hoje, um homem pertence a uma mulher e vice-versa — Bem, perdão e agradeço pela sua ajuda.

— Não tem que pedir desculpas, é normal. E eu não me senti ofendido. Também devo dizer que não tenho esposa, ou qualquer tipo de relacionamento sério, basicamente estou solteiro. — respondeu Robert, tentando prender Alastair ainda mais.

— O nosso corpo sempre está solteiro mas nosso coração sempre pertence a alguém muito especial. Espero que você encontre essa pessoa Professor Robert. Devo ir, até mais ver, Professor. — despediu-se Alastair, saindo da sala com um sorriso gentil e honesto.

Alastair fechou a porta e olhou para seu professor, despedindo-se com um sorriso inocente. Robert começou a gostar um pouco mais de Alastair e não somente desejar seu corpo para fins sexuais.


Notas Finais


Lembrando que em todos os capítulos haverá uma pista sobre o grande mistério da fic que será revelado com o desenrolar da história...


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