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História O Homem Das Rosas Vermelhas – Imagine Jung Hoseok - O Homem Das Rosas Vermelhas.


Escrita por: KauSeok

Notas do Autor


Hiiii


Eu espero muito
De coração que vocês gostem deste pequeno imagine♥

me dediquei muuiitoooooo a ele...

boa leitura♥🌹

Capítulo 1 - O Homem Das Rosas Vermelhas.


Fanfic / Fanfiction O Homem Das Rosas Vermelhas – Imagine Jung Hoseok - O Homem Das Rosas Vermelhas.

🌹O Homem Das Rosas Vermelhas🌹


 •Seul - 27 De Fevereiro De 2019•


Todos os dias eu olhava aquele homem. Um homem de pele pálida, cabelos escuros e que tinha o sorriso mais encantador que já vi. Toda manhã o via no mesmo lugar segurando uma cesta cheia de rosas vermelhas, tão vermelhas quanto o sangue. As rosas eram um tanto caras, mas, era justo. Rosas tão belas como aquelas não eram de se vender por míseros reais.


Eu passava todos os dias as sete horas da manhã com o carro da polícia, passava por ele e o olhava atentamente. Olhava e pensava: "Como ele pode estar sorrindo e esbanjando alegria e simpatia à esta hora da manhã?" 


Ah... eu ficava incrédula...


Quando eu hesitava em ir para a delegacia ouvir inúmeros casos de roubo, assassinato e tráfico, eu pensava naquele homem. Pensava nele e as coisas ao meu redor passavam depressa.


Certa vez fui comprar um café e parei próximo dele. Então o mesmo disse:


– Boa tarde, policial. – ele sorriu para mim com a mesma simpatia que sempre esbanjava.

– Boa tarde. – o respondo com um sorriso fraco e tomando um gole do meu café. 


O silêncio permaneceu, e não hesitei em perguntar o que tanto queria à meses.


– Me responda uma coisa. – chamei sua atenção – Como consegue estar aqui todos os dias da semana? Como consegue sorrir para estranhos e de alguma forma deixa-los felizes? – ele deu um largo sorriso, e disse:

– Não sabemos o dia de amanhã, não é? – me olhou. – Sabe... As pessoas podem estar piores do que eu, então apenas sinto que preciso estar aqui – eu não conseguia pensar em uma resposta em relação à aquilo. Mas então eu disse:

– São estranhos, pessoas que você nunca viu em sua vida.

– Elas também nunca me viram, mas sempre dão um sorriso quando passam por mim. E por causa destas rosas, fiz inúmeras amizades. – ele deu uma pausa – Olha, todos os dias uma senhora que mora naquele prédio bege, me trás uma xícara de chá e biscoitos que ela mesma faz.


Depois disso eu fiquei quieta, refletindo enquanto tomava meu café que já estava frio. Nisso, uma criancinha se aproximou dele e disse que não tinha dinheiro para comprar uma rosa tão bela. Então, com um sorriso angelical ele deu uma rosa para a garotinha que abriu um largo sorriso quando a pegou em suas mãozinhas. Ele passou a mão nos cabelos louros da garota e depois se abaixou, lhe dando um bombom. Ambos sorriram um para outro, e em um abraço, a garota lhe agradeceu e depois saiu correndo alegremente até sua mãe.


Durante um mês ou dois, em meu intervalo eu ia conversar com aquele homem – cujo o nome eu nem sabia ainda. Durante dois meses, eu tive aprendizados com ele, todo dia o mesmo me contava algo novo, me ensinava algo novo, e durante o dia todo eu refletia no que ele me contava. Apesar da aparência jovem, ele era um rapaz extremamente sábio.


Certa vez eu perguntei a ele:


– Por quê rosas?


E então, ele me respondeu:


– Quando eu era pequeno, minha mãe usava boa parte do jardim apenas para as rosas, elas eram... Privilegiadas, digamos assim, e o que restava daquele jardim, era para outros tipos de flores. Eu era, e sou encantado por rosas, e como eu era pequeno, queria pega-las, mas, minha mãe nunca deixava e brigava comigo. – ele deu uma pausa e riu. – Ah, eu chorava muito por isso, por não poder toca-las e guarda-las comigo. – ele riu sozinho se recordando de algo, e então disse: – Uma vez eu me atrevi a pegar uma delas e guarda-la debaixo da cama, junto com outras flores que eu pegava. Mas as outras ela não se importava muito, apenas se importava com as rosas. Então, de manhã enquanto eu dormia, minha mãe foi varrer meu quarto, quando passou a vassoura debaixo da cama e viu aquela rosa em meio à outras flores, ficou furiosa. A mesma gritou muito comigo e me bateu por causa disso. – ele riu balançando a cabeça negativamente. – Tudo isso por uma rosa... Por anos eu não pude pega-las, creio que até meus quatorze ou quinze anos...


E eu? Hãn, como sempre, eu nunca tinha palavras para responde-lo.


– Por isso rosas, policial. Hoje posso toca-las, posso oferece-las e admira-las o quanto eu quiser. Que foi tudo o que não pude fazer por anos. – ele suspirou – Uma rosa... Algo tão simples, não é? Tão... Comum. Comum e realmente significante para mim.


Naquele dia eu sai de lá pensativa, mais pensativa do que nunca. Algo simples, uma rosa... UMA ROSA! Uma rosa fez com que ele levantasse todos os dias para esbanjar simpatia, uma rosa foi a causadora disso. Aquelas rosas fizeram dele um rapaz sábio e humilde. Aquelas rosas formaram um perfeito homem. 


Rosas... Apenas rosas...


                 ~🌹•🌹•🌹~


Ele raramente reclamava de algo, era um homem extremamente feliz. Mas, uma vez se queixou de dores, e de que estava com febre. 


– Deve ser uma gripe. – eu disse. – Ficar todos os dias de manhã nesse sereno não faz bem.

– Não... Não é uma gripe, policial. Eu sei bem o que é isso...


Nós conversamos por um curto tempo, até ele passar muito mal ao ponto de eu ter que ligar para uma ambulância vir busca-lo. Eu estava preocupada com ele. 


                ~🌹•🌹•🌹~


Já haviam se passado cinco meses. Cinco meses conversando diariamente com o homem. Mas naquele último mês ele não foi o mesmo. O via sempre sentado no banco, se queixava vez o outra de estar cansado e com dor. Ele havia perdido peso, estava muito mais magro, e eu, preocupada.


– O que você tem? – perguntei a ele me sentando ao seu lado. 

– Nada. – ele sorriu. – Bobagem... – e então ele mudou de assunto. – Sabe, policial. Eu realmente queria vê-la sem esta farda, sem este cabelo preso.

– Por quê? – soltei uma risadinha – Sou a mesma coisa sem esta farda.

– Tenho certeza de que não é a mesma coisa.


E com aquilo na cabeça, no dia seguinte apareci lá sem a minha amada farda, e de cabelos soltos.


– Bom dia.– disse chamando sua atenção e me sentando ao seu lado. 


E então ele me olhou por um tempo.


– Policial? – ele abriu um sorriso. Parecia ter caído a ficha de que realmente era eu. – Eu sabia que não seria a mesma coisa! Para mim é outra pessoa! – rimos.


Ele ficou me olhando e sorrindo, nisso o mesmo pegou uma rosa e me entregou. Então disse:


– Você é tão séria fardada, que eu tinha medo de lhe oferecer uma... – ele riu de si mesmo.


A rosa era perfeita, parecia ser até de mentira. Fiquei a observando por um tempo. Ela era realmente linda.


– Guarde-a. – ele disse tocando minha mão.


Depois disso ele começou a tossir e passar mal, como há um mês. De sua boca saia sangue e eu estava preocupada, mais preocupada do que nunca. Eu liguei para a ambulância, e ela não demorou a chegar, então, o levaram.


Um. Dois. Três... Uma semana se passara. E passar todos o dias naquela praça e não vê-lo ali, partia meu coração cada vez mais. Eu não aguentei, fui até o hospital procurar por ele, mas quando me pediram seu nome, eu não sabia. Então eu disse com um certo desespero: "- É o homem, o homem das rosas vermelhas!" E para a minha sorte, a enfermeira sabia quem era e me guiou até lá.


– Policial... – ele abriu um largo sorriso ao me ver.

– Você me deixou preocupada... – ele sorriu.

– Logo sairei daqui, policial. – disse se ajeitando na cama. – Eu me sinto muito bem! Não sei porque ainda estou aqui!


Em minhas mãos eu trazia uma rosa que havia comprado, então entreguei a ele, e o mesmo abriu um largo sorriso mais uma vez. Ele apenas sorriu enquanto estive ali.


– Amanhã eu voltarei. – ele segurou minha mão. – Voltarei para termos nossas conversas diárias.


Então, nós sorrimos e eu fui embora aliviada e despreocupada. E em minha memória, ainda tenho guardado isto, tenho guardado aquele sorriso.


No outro dia em meu intervalo, comprei um café e fui até lá. Ele não estava no banco. Meu coração disparou. Ali havia rosas espalhadas e uma senhora – a senhora que sempre lhe trazia chá e biscoitos –, ela chorava. Perguntei aonde estava o rapaz, e então ela disse:


– Ele... Ele se foi...


Naquele momento meu mundo caiu. Minhas pernas ficaram bambas. Eu tremia.


– C-como? Como se foi?! – à questionei com a voz embargada.

– Ele tinha leocemia, policial. Leocemia mieloide aguda... – ela chorava. – Apenas eu sabia disso...


Eu estava brava. Brava por ele não ter me dito nada, mas naquele momento isso não adiantava. Eu queria vê-lo, queria acreditar que aquilo era mentira. 


Depois disso eu fui para casa, tirei aquela farda e vesti roupas vermelhas. Eu não iria voltar ao trabalho, eu estava pouco me lixando para isto. Me informei com aquela senhora sobre o velório do rapaz, e fui até lá. Havia poucas pessoas, todas de preto, e apenas eu trajava vermelho. Olhei em volta e vi aquela criancinha de meses atrás com sua mãe, ela chorava.


Minha ficha caiu. Ele se foi. E enquanto o coveiro jogava aquela terra escura sobre o túmulo, eu segurava o choro e ordedava que parasse com aquilo, dizia que ele estava vivo, que tinham que tirar o caixão dali, que tinham que acreditar em mim.


Quando as poucas pessoas foram embora, eu me ajoelhei ao lado do túmulo, e colocando uma rosa sobre ele, eu chorei. Chorei como uma criança, dizia coisas sabendo que o mesmo não iria me responder.


– Você disse que... Que estaria lá hoje... Que... – disse entre as lágrimas e soluçando.


Enxugando-as um pouco, olho para a lápide, e nele está escrito:


          •Jung Hoseok•

           •18 De Fevereiro De 1994 – 16 De Julho De 2019•

              

E então, naquele dia eu soube seu nome, sua idade. Jung Hoseok, 25 anos, O Homem Das Rosas Vermelhas.



          Continua...

                 




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