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História O Hóspede - Tom Hiddleston - Você aceita?


Escrita por: HiddlesLovers

Notas do Autor


O capítulo já está pronto, mas vou fazer um charme e postar a imagem primeiro hehehe
Já viram que eu adicionei dois personagens?
Enquanto edito o capítulo, fica aqui a curiosidade.
Até logo ♥️
Atualização: Voltei com o capítulo.
Boa leitura e espero que gostem 🌷

Capítulo 6 - Você aceita?


Fanfic / Fanfiction O Hóspede - Tom Hiddleston - Você aceita?

San Diego, Califórnia.
00:35

 

- E aí? Você aceita? - Damen me olhou, inclinando a cabeça e deixando evidente seu nervosismo. Olhei de seus olhos para o círculo prateado com brilhantes na ponta, que ele tremulamente segurava. Minha expressão de choque deve tê-lo alertado. Minha pulsação acelerou e eu pensei por um momento que teria um treco. O som do salão virou um zumbido e eu ainda não tinha respondido. Além disso me peguei pensando que era bom ele não ter se ajoelhado. 

- Eu ... - tentei dizer algo coerente. - Você tem certeza disso?

- Olha pra cá - ele reclamou com um pouco de mágoa divertida na voz, evidenciando o anel com as mãos - É claro que eu tenho. 

- Ele é lindo - comentei, enrolando ao máximo. 

- Você só tem que dizer... - ele elevou as sobrancelhas, esperando.

- Sim...eu aceito. - Falei de uma vez e vi seu rosto alegre. Senti meus lábios formarem um sorriso, porém não sentia nada a não ser pânico. 

Damen passou o aro gelado em meu dedo de noivado, olhou o efeito que dava em minha mão, depois me olhou com afeto, puxando-me para seus braços, onde me envolveu com um beijo carinhoso. Levou um tempo até todos estarem cientes do que acontecia. Ouvi o salão inteiro puxar coros de alegria e comemoração. 

É, eu nunca mais esqueceria daquela festa de formatura. 

Os amigos dele e minhas amigas vieram nos felicitar e eu apenas sorria agradecendo e ainda processando tudo. Minha mente estava em uma sintonia diferente, mas eu deveria camuflar aquilo. Então eu mantive a expressão firme e me permiti testar meus aninhos de teatro. O que pareceu convencer. 

Quando tudo se acalmou e Damen se reuniu ao seu grupo de amigos, olhei para minha irmã. Ela havia esperado para falar comigo depois. Seu rosto sereno se inclinou e ela me indicou a mesa da área externa. 

Me sentei em silêncio e estendi as mãos na mesa, olhando.

- Como se sente? - ela perguntou. Mas já sabia a resposta. Como sempre, Isabel estava apenas me fazendo colocar as palavras para fora. 

- Eu não sei... - comecei a tentar falar o que me vinha a mente ou ela insistiria. - parece a mão de outra pessoa.

- Que coisa estranha - Bell beliscou alguns petiscos na mesa - Não parece que está feliz. 

- Como eu pareço? - perguntei preocupada com minha própria aparência.

- Parece um robô em pane. 

- Não estou brincando. - fiz careta.

- Nem eu - Ela se inclinou apoiando os braços na mesa - Não sei o que você está fazendo, Lia. Não sei se mais alguém reparou que você não está bem, mas eu estou aqui para te dizer. Não é possível que aceite tudo só por aceitar. Você ainda tem as rédeas da sua vida?

As palavras dela se embaralharam em minha mente juntamente com a música alta e burburinho em volta. Minha irmã sabia do meu passado e sempre achou que minha relação com Damen não ia durar. Eu iria revidar, mas desviei os olhos dela quando seu namorado nos encontrou e veio sentar conosco. Pedi licença e saí pelos fundos, procurando pisar na areia da praia. Tirei meus sapatos, segui até a beira onde as ondas batiam e me sentei. Era a segunda vez que eu começava a achar que desmaiaria em menos de uma hora. Eu precisava de ar e de um momento só comigo. 

Olhei novamente para meus dedos e senti falta de tempos antigos. Quando eu morava  em Cancún, trabalhava na pousada, ia pra casa todo dia dormir e nos finais de semana ia ao cinema ou para um pub com Luna e Isabel. 

Tanta coisa havia mudado desde que decidi voltar a estudar. Eu esperava​ que a mudança fosse para melhor. Ora, eu havia conseguido investir o tempo em mim como uma vez me instruíram... Eu me formei e nesse meio tempo tive dias bons, dias horríveis, dias tranquilos e dias mais ou menos, mas não me sentia feliz ainda. Eu me engajava em muitas coisas diferentes. Teatro, dança, academia e arte. Mas nada parecia ser pra mim, ou não encaixava. Faltava alguma coisa ainda. Uma pecinha que vivia sempre solta do quebra-cabeça. 

Tanto tempo depois... E eu ainda sentia a falta dele. 

Eu me odiava por isso pois não precisava dele pra viver. Não deveria ser assim mas eu simplesmente não tirava Tom Hiddleston da minha cabeça. Fazia anos que a gente não se falava. Depois de tanto eu o evitar, parece que ele decidiu seguir a vida. E eu achava que estava bem assim. Até ver as notícias...

O namoro relâmpago com uma famosa cantora.

Aquilo me embrulhava o estômago até hoje e de fato eu nunca consegui superar, mesmo tento seguido a idéia de tentar fazer o mesmo, me permitindo ficar disponível. 

E então o Damen apareceu. Ele era da minha turma de fotografia na faculdade. O carinha animado e sedutor que toda menina deve conhecer um dia. De família boa, vida tranquila e com um sangue aventureiro. Suas histórias sempre me encantaram e conversar com ele havia se tornado uma terapia. Era onde eu quase esquecia tudo. 

Damen já demonstrava sentir algo por mim desde os primeiros​ dias​ de aula, mas só deu o primeiro passo depois de muito tempo. Aos poucos. De alguma forma ele sabia que eu havia me magoado antigamente. 

Eu tentei evitar sua aproximação, mas não resisti. Seu jeito de me animar e se preocupar comigo era encantador. Se eu algum dia pensei em encontrar o cara certo para casar, ele supria todos os ítens da lista. Ele era excelente...

Mas eu ainda não havia conseguido excluir os resquícios do que o outro relacionamento - que não havia sido nada de fato - deixou em mim. Eu não conseguia seguir adiante pois em minha cabeça, Tom ainda apareceria e se declararia para mim. 

Sim, eu era muito burra. 

Me pegava brigando comigo mesma, repreendendo a mim por tê-lo evitado tanto. Se eu fosse mais solicita nas mensagens. Se eu deixasse ainda alguma faísca... Talvez ele insistisse. Ou talvez era assim que devia ser tudo. 

Ninguém tem que ser feliz a vida toda. Ou tem?... Acho que eu nunca conseguiria responder essa pergunta.

Peguei meu celular e abri o site de pesquisa.

Tom Hiddleston.

Uma seleção de fotos tiradas, de algum evento geek e nerd apareceram na tela. Rolei a tela tentando ver alguma imagem nova e me deparei com uma bem delicada. Ele estava passeando na rua com um cachorrinho marrom no colo. Sorri abertamente para a carinha fofa que o pet tinha e me demorei ali, pois só o pensamento de erguer os olhos para cima já me deixava vacilante. Os olhos dele estavam na câmera, avistando o autor da fotografia. A expressão era séria, mas eu não sabia se ele estava zangado ou não. Engoli em seco e senti as mãos suadas. Eu precisava ter algum contato com ele. Rapidamente sai dali e entrei no e-mail. Digitei com os dedos hábeis para que a coragem não se fosse.

 

Assunto: Parabéns, papai.

E se o cachorrinho não for seu, me perdoe. Estou encantada com ele.

Blanco, Liana.

..........................

 

 

Enviei e logo senti o habitual frio na barriga. Porém desliguei o aparelho por puro nervosismo, respirei fundo e voltei para o salão.

 

4:15

 - Meus pés estão me matando - Reclamei e quanto entrava no quarto enorme de Damen. Ele murmurou algo na língua dos "quase bêbados" e se abaixou na minha frente para tirar meus sapatos. 

- Melhorou? - ele olhou para cima, segurando em meus tornozelos. 

- Pra caramba! - respondi e dei um gemido ao sentir os pés no carpete fofinho. Dei um passo em direção a suíte mas ele resmungou se erguendo. 

- Nah... Eu entro com você no colo. 

Dei um gritinho quando ele se moveu rápido, me pegando e jogando-me por sobre seu ombro. Meus cabelos cairam, quase tocando o chão e eu batia nas costas dele enquanto Damen me levava para a cama. Ele me jogou ali, um tanto desajeitado e se deitou sobre mim. Levei um tempo para parar de rir e olhei para ele. Seu olhar era de carinho, focado em mim. 

- Eu tenho muita sorte - ele murmurou. 

- Eu sei. A vista desse quarto é incrível - brinquei, sorrindo e abrindo mais os olhos. 

- É mesmo, porém eu já vi melhores. 

- Onde, por exemplo?

- Bem aqui - Damen tocou os lábios na ponta do meu nariz e beijou meu rosto inteiro até parar na boca, onde beijou com delicadeza e paixão. 

Sua mão encontrou a barra do meu vestido e eu interrompi o beijo.

- Preciso de um banho primeiro - falei. 

- Vou ligar a banheira - Ele anunciou com um sorriso animado e saiu tirando a camisa. Suspirei olhando para ele, vendo como era bonito. E me tratava tão bem. Realmente parecia estar apaixonado e demonstrava isso na maneira como cuidava de mim em todos os dois anos que tivemos até agora. Me senti péssima por não retribuir na mesma intensidade. Às vezes parecia que eu fingia, outras eu agia com naturalidade. Eu gostava muito dele, mesmo. Mas não o amava e nunca seria capaz de entender o porquê. 

Seria tão mais fácil eu amar Damen. Seria mais justo com todos. 

Eu deveria me esforçar mais. 

Bufei e me sentei, indo até a bolsa que deixei cair e pegando o celular, decidida a apagar aquele e-mail. Não fazia sentido algum voltar a ter contato com Tom quando eu deveria focar no Damen. Liguei o celular e antes de abrir a caixa de e-mails ouvi a notificação. Um novo e-mail. 

 

Assunto: Quem é vivo sempre aparece ...

Sim, o cachorrinho é meu. Bobby é seu nome. 
Agradecemos seu elogio. 
E sua gatinha? Me lembro que você iria adotar uma.
Hiddleston, Tom.
....................

 

 

Engoli em seco. Eu não esperava que ele tivesse visto a mensagem. Muito menos que fosse responder. Sua resposta pareceu muito formal e eu não reagi bem a ela. Precisava do calor que ele emanava até por mensagem. Então voltei a escrever.

 

Assunto: Estamos todos vivos, ainda bem.
 
Seu Bobby é mesmo lindo. 
Minha gatinha ficou com minha mãe. Não estou em Cancún...

Blanco, Liana.
...................... 

 

Meu coração martelava forte. Eu podia sentir as pulsações em meus ouvidos. Antes que ele respondesse, voltei a desligar o aparelho e fui para o banheiro. Damen testava a temperatura da água enquanto eu me desfazia da roupa. Ele me olhou com desejo e eu aproveitei o momento de euforia e confusão, misturados ao nível de álcool na minha mente, para atacá-lo. Pulei em seus braços e o beijei com vontade, hora sentindo o momento, hora pensando em outra pessoa... 

Eu ainda tinha as rédeas da minha vida?

 


Notas Finais


O que acharam do capítulo? ♥️


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