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História O Hóspede 2 (Reescrevendo) - Ame a Si Mesma - Parte 2


Escrita por: BieberCaramelo

Notas do Autor


Hey girls, I'm back! hahaha
Bom, a música do capítulo será When We Were Young da Adele e essa música se encaixa perfeitamente com a situação. É como se a Janette cantasse para o Justin </3 Então, espero que escutem enquanto leem. O link estará nas notas finais, como sempre, okay?

Boa leitura e enjoy it! <3

Capítulo 20 - Ame a Si Mesma - Parte 2


Fanfic / Fanfiction O Hóspede 2 (Reescrevendo) - Ame a Si Mesma - Parte 2

Apressei os passos e adentrei a faculdade quase correndo. Eu quase tropeçava nos meus próprios pés, mas não podia parar de andar agora. Passando por vários alunos no corredor e pedindo desculpas ao trombar em cada um, eu finalmente cheguei ao meu armário. Troquei meus livros e assim que fechei a porta do armário, me pus a arrumar minha bolsa para logo fechá-la. Porém, ao erguer a cabeça brevemente, meus olhos me levaram a avistar a última pessoa que eu queria e que já fazia um bom tempo que eu não via. Digamos que eu havia a evitado com a maior resistência possível do meu ser. Henry Carter.

Seus olhos também me encaravam atentamente, como se ele estivesse me observando por um bom tempo. Franzi a testa e esse simples ato o fez sorrir de canto. Fechei minha bolsa e a pendurei em meu ombro, ajeitando meus óculos sobre o nariz. Ainda sem graça com o jeito com o qual ele me encarava, como se admirasse a obra de arte mais bela do mundo, eu desviei o olhar e arrumei a touca de lã em minha cabeça. O sinal soou alertando sobre o início da aula e eu pulei no lugar, assustada com o apitar repentino. Respirei fundo e virei a cabeça para a mesma direção em que havia visto Henry, porém, o mesmo não se encontrava mais lá. Era como se ele tivesse sumido pelo meio da multidão que se apertava nos corredores.

Franzi o cenho novamente enquanto olhava em volta. Talvez o meu inconsciente realmente estivesse o procurando. Algo que seria totalmente estranho partindo de mim e das circunstâncias passadas. Entretanto, minha procura foi interrompida com alguém me segurando e me puxando pelo cotovelo.

- Vamos logo, estamos atrasadas para a aula, Lizzie! – a voz de Debbie soou em minha mente, um pouco distante, enquanto eu ainda olhava ao redor, finalmente dando-me por vencida de que talvez não o veria novamente. Dessa forma, minha amiga me levou até a nossa sala e por um início de manhã, gastamos nossas energias estudando.

Passadas algumas aulas, Debbie e eu fomos para o refeitório. As centenas de alunos já se aglomeravam ali, tanto para achar um assento quanto para pegar a refeição que era servida. Peguei uma bandeja e me dirigi à imensa fila que só ia se estendendo gradativamente. Acabei por pegar um sanduíche natural, uma maçã e um suco de caixinha com sabor de morango. Debbie se serviu e veio atrás de mim enquanto eu andava rapidamente até uma mesa no cantinho que havia acabado de ficar vazia. Sentamo-nos e nem cinco minutos tinham se passado quando percebi os olhares de Deborah que eram lançados na direção de Logan e seus amigos sentados à mesa mais próxima.

Ela colocava uma batata frita na boca e olhava para ele. Colocava mais uma batata na boca e era mais uma olhada que ela dava. Isso foi acontecendo por uns dois minutos até eu olhar para meu amigo do outro lado e ver que ele fazia a mesma coisa. Enquanto os amigos falavam algo com ele sobre o basquete e um jogo importante que eles teriam na semana que vem, Logan parecia não dar à mínima. Sua atenção estava toda voltada à namorada/ex-namorada. A situação estava tão complicada que eu já nem sabia se eles ainda estavam em um relacionamento ou não.

Pelos olhares trocados, qualquer um podia perceber que eles sentiam falta um do outro, porém, o orgulho era grande demais para que aquela saudade fosse admitida. Quando questionada sobre Logan, Debbie apenas me dizia que tudo estava bem, que ela não sentia a sua falta e que o seu companheiro agora era o Mike. Também dizia que ela não precisava de homem nenhum para ser feliz, só a presença do cachorro já era a felicidade completa para ela. É claro que eu não acreditava em uma mísera palavra que ela dizia; eu a conhecia suficientemente bem para saber que a situação toda a afetava demais e que na madrugada, ela se encolhia de conchinha na cama e ficava chorando sozinha até cair no sono. Também conheço Logan para afirmar que ele sente falta de Debbie tanto quanto ela sente dele; que ele não dorme bem sem ela ao seu lado e que sente falta do cheiro do cabelo dela quando encostado ao seu nariz.

- Até quando vocês vão deixar o orgulho superar o sentimento que vocês têm um pelo outro? – questionei ao desembrulhar meu sanduíche. Não precisei erguer a cabeça para saber que Deborah me olhava.

O som crocante da batata frita sendo mastigada em sua boca soou e ela respondeu curta:

- Quando ele admitir que está errado e que me machucou de verdade.

- Não acha que ele já deve ter percebido isso? – a olhei.

- Perceber é diferente de admitir, Lizzie. E convenhamos que admitir é uma coisa que Logan não é lá muito bom em fazer.

- Assim como você. – rebati um tanto seca – Até nisso vocês combinam perfeitamente.

Senti algo se chocar contra minha testa e quando olhei para meu colo, vi que Debbie tinha jogado uma batata em mim. Fiz careta e a joguei de volta, acertando seu nariz. Ela apenas disse:

- Para de me dar sermão!

- Não se trata de sermão. Trata-se de tentar abrir os seus olhos, e também de saco cheio, porque não aguento mais ver vocês dois assim. Sabia que há limite para paciência? E a minha não é lá grande coisa. – dei de ombros, mordendo o sanduíche pela primeira vez, sentindo o gosto bom do mesmo se misturar ao meu paladar.

- Olha, eu não vou nem te responder, porque... – sua arqueada de sobrancelha acusadora e fala foram interrompidas com uma terceira voz sendo pronunciada próximo a nós.

- Elizabeth, será que nós podemos conversar? – minha visão focou apenas na bandeja à minha frente e cerrei meus punhos. – Essa será a minha última tentativa, eu prometo, mas, por favor, me ouça dessa vez.

Ergui minha cabeça lentamente, passando meus olhos primeiro por Deborah que o encarava com os olhos espremidos e questionadores. Quando meus olhos se encontraram com o azul dos seus, eu engoli a saliva e apenas perguntei:

- Sobre o que quer falar, Henry?

E sem mais delongas, ele respondeu de forma rápida:

- Sobre nós.

Justin Bieber

Eu encarava o relógio em meu pulso, esperando o horário chegar para que eu resolvesse aquilo tudo, porém, o mesmo só parecia se arrastar. Eu andava de um lado a outro pelo apartamento e de cinco em cinco minutos, mais um copo d’água era esvaziado por mim. Minha garganta estava seca e meus pulmões tinham dificuldade nas simples tarefas de inspiração e expiração. Eu nem sabia por que estava nervoso, mas estava. Hoje seria o dia em que tudo seria resolvido; seria o dia em que eu colocaria as cartas na mesa e esclareceria aquela situação de uma vez por todas. Sem mais tentativas de volta. Ela e eu sabíamos que nós não teríamos volta, então, por que bater na mesma tecla? Por que insistir num passado que não vai mais voltar?

Quando os ponteiros marcaram dez e meia em ponto, eu respirei fundo e puxei meu casaco que estava sobre o braço do sofá. Vesti o mesmo e saí do apartamento. Não demorou muito para que eu chegasse ao hotel. Após a identificação na recepção, eu subi até o andar em que ficava o quarto dela. Em passos rápidos, eu cheguei à porta e bati duas vezes para chamar a sua atenção. Não demorou muito e no instante seguinte, a porta se abriu e Janette apareceu. Ela usava roupas casuais: uma calça jeans e uma camisa com um casaco por cima por conta do frio. Nos pés, ela calçava uma bota com salto e seu cabelo estava preso num rabo de cavalo. Eu sempre fui uma pessoa muito visual e observadora, seria impossível não notar as suas roupas.

- Justin. – ela acenou com a cabeça. A seriedade carregada em sua voz.

- Janette. – respondi breve.

Ela abriu espaço e assim, eu adentrei o quarto. A porta fora fechada atrás de nós e eu parei no meio do seu quarto, apenas há alguns passos de distância da cama. Virei em sua direção e Janette caminhou até mim, parando à minha frente.

Quando eu liguei para o seu celular nessa manhã, eu avisei que queria ter uma conversa séria com ela. Janette perguntou sobre o que se tratava e eu respondi que era sobre nós. Um longo suspiro foi ouvido por mim logo em seguida e ela disse que concordava em ter a conversa. Marcamos de eu vir até o hotel e no quarto, teríamos a conversa mais aberta e mais íntima, sem ninguém para servir de plateia. E agora, parados naquele quarto, apenas nos encarávamos com seriedade. As emoções sendo ocultadas pelas feições rígidas em nossos rostos.

Ela soltou um pigarro e de maneira contida, apontou para o sofá.

- Você quer... se sentar?

Olhei rapidamente para o sofá. – Não, obrigado, estou bem assim.

Janette apenas assentiu em silêncio. Suas mãos se entrelaçaram em frente ao seu corpo e eu pus as minhas nos bolsos do casaco. Seus olhos verdes cintilaram em minha direção e eu encarei o profundo deles, observando os pontinhos pretos que formavam a cor de suas íris.

- Olha, Justin, eu sei que... – ela começou a falar logo após um suspiro, mas eu a interrompi. – Acho que está na minha hora de falar, você não acha? Acredito que já fiquei calado por tempo demais, desde o dia em que você chegou e colocou os pés no apartamento da Elizabeth.

Ela acenou com a cabeça em sinal positivo e ficou em silêncio, exatamente como eu queria.

- Eu não vim aqui para te acusar de nada, até porque quem sou eu para tal ato? Eu também errei, eu me deixei levar, eu fiz a maior burrada que eu poderia ter feito na minha vida. – ela riu sem humor e ameaçou falar: - Mas, Justin, você não pode dizer que... – a interrompi novamente – Sim, Janette, eu não somente posso dizer como posso afirmar que foi a maior burrada, sim. Primeiro, porque eu estou apaixonado por outra pessoa e segundo, porque...

- Apaixonado por outra pessoa? – ela riu sarcástica – Deixe-me adivinhar... Hm... A sua querida colega de apartamento? Aquela mosca morta que nunca foi e nunca será capaz de realmente chamar a atenção de um homem...

- Engraçado que ela chamou a minha. – a cortei rudemente – E como chamou, huh? – seus punhos se cerraram e eu continuei. – Não quero que coloque a Elizabeth nessa confusão toda. Ela nunca foi o real motivo para você aparecer aqui com a óbvia ajuda do meu pai. O real motivo foi a sua falta de aceitação com o fim que o nosso relacionamento tomou.

- Mas é claro! Eu nunca aceitei aquele fim ridículo que a gente teve. Se não fosse a sua mãe, você estaria comigo até hoje. Poderíamos até mesmo estar casados!

- Não diga que a culpada da história foi a minha mãe, porque você sabe que não foi! O seu pai foi o responsável por desgastar o nosso relacionamento. O seu pai não me queria perto de você, achava que eu não era o cara certo, que eu não era o merecedor da sua filha.

- O meu pai estava errado, é claro que estava, com isso eu concordo, mas isso não era motivo para o término.

- E não foi mesmo o único motivo. Você não se lembra dos seus ciúmes exagerados? – questionei, tirando as mãos dos bolsos.

Everybody loves the things you do

Todo mundo ama as coisas que você faz

From the way you talk

Desde a maneira como você fala

To the way you move

Ao jeito que se move

Everybody here is watching you

Todo mundo aqui está te assistindo

Cause you feel like home

Pois você remete a um lar

You're like a dream come true

Você é como um sonho que se torna realidade

But if by chance you're here alone

Mas, se por acaso, você estiver aqui sozinho

Can I have a moment

Pode me dar um momento

Before I go?

Antes de eu ir?

Cause I've been by myself all night long

Pois eu estive sozinha a noite toda

Hoping you're someone I used to know

Esperando que você seja alguém que eu costumava conhecer

Janette arqueou as sobrancelhas e me olhou incrédula. – Você vai dizer agora que o maior motivo foi o meu ciúme quando você vivia para cima e para baixo com a sua amiga Olivia e mais outras garotas que sempre estavam te rodeando? Eu era adolescente, Justin, era imatura, mas você também nunca foi um santo! Você provocava esses sentimentos em mim e depois, simplesmente, agia como a vítima, como o que não havia feito nada! – seu dedo indicador se esticou em minha direção, e ela se aproximou ainda mais de mim, totalmente enfurecida. Seu rosto tomou uma cor avermelhada e a veia em sua testa se estufou levemente. – Eu perdi noites de sono com você, Justin! Eu conversava com você, te ajudava e te aconselhava quando você tinha problemas com seu pai. Eu sempre estava lá por você, eu sempre te acolhia na minha casa e te escondia no meu quarto para que você não dormisse sozinho quando havia acabado de ter uma briga com o Jeremy! Eu deixava você entrar pela minha janela trazendo seus problemas consigo para que eu os aliviasse. Você deitava a cabeça no meu ombro quando precisava de carinho, quando precisava de alguém para te abraçar e dizer que estava tudo bem! Eu passei noites acordada pensando em você e na sua felicidade, no seu bem-estar, na forma que eu deveria agir para te fazer sentir melhor, e é dessa forma que você me recompensa? Dizendo que foram os meus ciúmes que estragaram o nosso relacionamento? É sério mesmo que na sua balança o peso do meu ciúme foi maior do que os momentos que passamos juntos, na ajuda mútua que aconteceu entre nós?

You look like a movie

Você se parece com um filme

You sound like a song

Você soa como uma canção

My God, this reminds me

Meu Deus, isso me faz lembrar

Of when we were young

De quando éramos jovens

 A sua respiração estava acelerada e seu peito subia rápido demais enquanto ela me encarava. – Você não pode me pôr no papel de vilã da história quando, na verdade, eu não sou nem um terço disso. Quando, na verdade, você sabe que esse papel não é meu.

- Isso não te dá motivo para vir atrás de mim depois de anos. Nós éramos adolescentes, Janette, já não pensamos da mesma forma, já não agimos da mesma forma. Como espera que eu volte para você quando eu te esqueci? Como espera que, depois de anos, eu volte sorridente para você sendo que no passado eu sofri mais do que você provavelmente sofreu? Eu também não sou o vilão, Janette. Nós dois decidimos terminar, nós dois decidimos deixar para lá e cada um seguir o seu caminho. Quando eu te conheci, você era de um jeito e de certa forma, eu te mudei.

- Para melhor. – completou – Me mudou para melhor. Eu era uma menina rejeitada e excluída socialmente cujos únicos amigos eram os livros que eu carregava por todos os dias. Então, acredite, eu me tornei alguém bem melhor quando você entrou na minha vida.

I was so scared to face my fears

Eu estava tão assustada de encarar meus medos

Cause nobody told me that you'd be here

Porque ninguém me contou que você estaria aqui

And I swore you moved overseas

E eu jurava que você havia se mudado para o exterior

That's what you said, when you left me

Foi isso o que você me disse, quando me deixou

Suspirei e continuei, encarando seus olhos que demonstravam total e completa sinceridade. Eu sabia quando Janette mentia ou não e naquele momento, mentira era a última coisa que ela usaria.

- Nós ficamos juntos, vivemos bons momentos que acredite, eu me lembro até hoje. – um mínimo sorriso surgiu em sua face – Mas as circunstâncias nos levaram ao término. O seu pai, talvez até minha mãe, os ciúmes, a insegurança, o cansaço e o desgaste emocional foram, infelizmente, maiores e nos levaram àquilo. Eu já não me sentia tão confortável com o nosso namoro, eu me sentia sufocado e a pressão nunca me abandonava. Eu não tenho culpa de me sentir assim, muito menos você, mas aconteceu. Eu lembro bem de tudo o que você me falou, me lembro de muito mais. Lembro-me da sua primeira vez que foi comigo, do seu primeiro beijo, da sua primeira dança, da primeira vez que te levei para jogar boliche e lembro até daquele selinho que eu roubei quando te deixei em casa depois do nosso primeiro encontro. – seus olhos marejaram enquanto eu falava e eu dei alguns passos em sua direção. – Mas eu não posso, simplesmente, deixar você aparecer com essas lembranças novamente e me sufocar mais uma vez. Eu não quero mais me sentir daquele jeito. Não quero sentir o meu peito doer e meu coração se espremer ao perceber que você foi embora, não quero mais sentir a sua falta ao meu lado em qualquer momento que eu precisasse, não quero mais sentir o seu perfume ao meu redor e nem observar mais o brilho do seu cabelo negro. – estiquei minha mão e toquei-lhe o cabelo. – Não quero mais me lembrar da cor dos seus olhos e de como eles se encaixavam perfeitamente em você, algo que eu nunca mais veria. Não quero mais me lembrar do seu jeito desastrado que me chamou atenção ou das covinhas que se formam no seu rosto quando você sorri. Não quero mais me lembrar do gosto dos seus lábios e nem da maneira com a qual você me abraçava... Tão forte que sempre me fazia sentir protegido de tudo e todos, ou do seu toque que me aquecia.  

When we were young

Quando nós éramos jovens

When we were young

Quando nós éramos jovens

When we were young

Quando nós éramos jovens

When we were young

Quando nós éramos jovens

Seus olhos se fecharam e uma lágrima escapou de um deles, escorrendo lentamente por sua bochecha. Passei o polegar pela mesma e a enxuguei, observando o formato de seu nariz.

- Eu sinto muito, Janette, mas não quero mais me lembrar de você.

It's hard to win me back

É difícil me ganhar de volta

Everything just takes me back

Tudo simplesmente me leva de volta

To when you were there

Para quando você estava lá

To when you were there

Para quando você estava lá

And a part of me keeps holding on

E uma parte de mim continua apegada

Just in case it hasn't gone

Apenas para o caso de ainda existir alguma coisa

I guess I still care

Acho que eu ainda me importo

Do you still care?

Você ainda se importa?

 - Justin... Por favor. – ela segurou minha mão em seu rosto – Não fala isso. Você não sabe o quanto isso me machuca... Eu te amo. Eu sempre te amei. Por favor. – seus olhos suplicantes se abriram e me olharam tristes. Tudo que eu via era uma Janette totalmente transparente, uma Janette que estava desabando como eu nunca havia visto antes. Nem mesmo quando terminamos nosso relacionamento. Aquela mulher forte e decidida que chegou à Nova York havia sumido completamente e tudo que restou fora uma mulher sensível, como eu me lembrava que ela era, e totalmente entregue às suas emoções, aos seus sentimentos mais profundos.

- Não torne tudo mais difícil. – pedi calmamente, segurando-me para que meus olhos não marejassem e denunciassem o tumulto de sentimentos que apossava meu peito agora. – Aquele Justin que você conheceu já não é mais o mesmo. Eu cresci, eu amadureci... Eu consegui amar novamente.

- Não diga isso... Por favor. – ela negou com a cabeça, apertando forte minha mão, depositando ali todas as suas inseguranças e medos. – Eu sei que para você, foi um enorme erro... Um erro que nunca deveria ter sido cometido, mas, por favor, pense em mim também. Eu senti falta de você. Eu tentei através de outro relacionamento te esquecer e seguir em frente, mas eu nunca consegui. Ninguém nunca conseguirá tomar o seu lugar no meu coração. Você é e sempre será o meu primeiro e último amor.

- Eu aconselho que você tente novamente, Jan, e o mais importante... Que você seja feliz. Vá atrás da sua felicidade.

- A minha felicidade está em você, Justin. – ela afirmou suplicante. Seus olhos já brilhavam intensamente por conta das lágrimas e suas bochechas estavam molhadas.

- Por favor, não ponha sobre mim mais essa pressão. – neguei, soltando minha mão da sua. – Eu não quero ser responsável pela felicidade de ninguém. Eu sou falho, eu cometo erros, não sou e nunca serei perfeito.

- Mas, Justin... – ela tentou se aproximar, mas eu a segurei levemente pelos braços.

- Não, Janette. Se para você, o nosso fim não foi há anos atrás... Ele está sendo agora. Eu estou pondo um fim em tudo, em todas as suas provocações e em todas as suas tentativas de volta. Eu não quero te machucar mais do que eu sei que estou machucando, então, por favor, não me obrigue a ser mais firme com você.

Ela se afastou lentamente e me encarou firme, enxugando algumas lágrimas. Ela sabia que eu podia ser rude quando queria, então, o seu afastamento foi um ato de aceitação.

- E você vai fazer o quê? Ficar com ela? – sua expressão estava neutra, sem denunciar seus reais sentimentos ou pensamentos acompanhados àquela pergunta.

- Assim eu desejo, se ela ainda quiser ficar comigo. – respondi sincero.

Ela assentiu sem me olhar enquanto enxugava as lágrimas. Eu sabia que Janette tentava se armar novamente depois de tudo; ela tentava colocar aquela couraça sobre si e seguir como se nada tivesse acontecido, com a diferença de que, agora, eu não era mais o motivo de sua estadia aqui. Eu já não era mais o prêmio a ser conquistado. Agora, ela teria de seguir em frente e me deixar para trás, como deveria ter sido desde o começo.

Let me photograph you in this light

Deixe-me te fotografar sob esta luz

In case it is the last time

No caso desta ser a última vez

That we might be exactly like we were

Que nós podemos ser exatamente como éramos

Before we realized

Antes de percebermos

We were sad of getting old

Que estamos tristes por estar envelhecendo

It made us restless

Nos deixou incansáveis

I'm so mad I'm getting old

Fico tão brava por estar envelhecendo

It makes me reckless

Me deixa imprudente

It was just like a movie

Era exatamente como um filme

It was just like a song

Era exatamente como uma canção

When we were young

Quando nós éramos jovens

- Então, eu te desejo boa sorte. – respondeu breve ainda sem me olhar. Ela olhava para todos os cantos do quarto, exceto para mim.

Aproximei-me dela e envolvi seu rosto com as mãos, depositando um beijo em sua testa que demorou alguns segundos. O mesmo beijo na testa que eu costumava lhe dar ao sair escondido de sua casa pela janela do quarto depois de mais uma noite me confortando em seus braços.

Janette tremeu levemente debaixo de minhas mãos e eu tive a certeza de que ela também se lembrou daquele pequeno gesto de afeto.

Ao separar meus lábios de sua pele, eu sussurrei:

- E eu te desejo felicidade. A mais completa e maravilhosa felicidade do mundo.

Ao me afastar dela, vi seus olhos fechados e seus lábios espremidos enquanto ela se segurava para não desabar novamente.

- Adeus, Janette.

Andei até a porta e a abri, dando uma última olhada em sua direção. Vi o exato momento em que seus joelhos cederam e ela caiu ajoelhada no chão. Sua cabeça inclinada para frente e seus ombros se movendo para cima e para baixo de forma rápida. Antes que eu tomasse a atitude de ir consolá-la, eu saí porta afora e andei o mais rápido possível, atravessando o corredor, e deixando para trás a mulher que durante uma linda parte da minha vida fora o meu primeiro amor.

Elizabeth Wright

Ao me erguer da cadeira, deu tempo de ouvir a cadeira de outra mesa se arrastar pelo chão, avisando que alguém havia se levantado no exato momento em que eu acabara de concordar conversar com Henry em um local menos movimentado. Os olhos de Logan se encontravam ameaçadores na direção de Carter e meu amigo estava prestes a vir até a mesa e acabar com a breve proximidade que havia se formado entre mim e Henry. Eu apenas lhe fiz um sinal para que ele se acalmasse e ele parou de andar, encarando-me com o cenho franzido.

- Você tem certeza disso, Lizzie? – ouvi Deborah perguntar, receosa. – Eu posso ir com você, se quiser.

- Está tudo bem, Debbie. – acalmei-a – Estamos em um local público. Garanto que Henry não tentará nada.

- Você quem pensa. – ela respondeu rápida e direta, lançando um olhar raivoso para Henry que nem se intimidou. Apenas deu de ombros e continuou com as mãos nos bolsos da calça jeans, esperando a minha próxima ação. – Esse aí é muito perigoso. Ou não se lembra?

- Não se preocupe, Debbie. – peguei minha bolsa do encosto da cadeira, colocando sobre o ombro. – O Henry não fará nada. – olhei para ele com firmeza, esperando sua confirmação, e o mesmo balançou a cabeça de forma afirmativa.

Lançando olhares pacificadores para meus amigos, eu segui Henry até a saída do refeitório. Depois disso, ele me levou até a área do campus onde algumas mesas ficavam distribuídas assim como várias árvores ao redor delas. Os alunos costumavam se sentar ali para conversar nos horários livres ou até para namorar ou fumar. Aproximamo-nos de uma árvore e ele se sentou debaixo dela, erguendo seu olhar até mim. Franzi o cenho por conta da luz solar em meus olhos e isso fez Henry rir baixo.

- A sombra aqui está tão boa. Por que não se senta? – ele bateu no espaço de grama ao seu lado e eu fiz uma careta de dúvida. Aquela luz nos meus olhos me incomodava, mas eu não queria me sentar ao seu lado, então, decidi me sentar do outro lado da árvore. Assim, eu ficaria na sombra e ao mesmo tempo, longe do Henry e livre para correr se ele tentasse alguma coisa. Eu estou paranoica, eu sei.

Ele deu uma risadinha e negou com a cabeça. Sentei-me e coloquei a bolsa sobre meu colo, dobrando as pernas como um índio. Um minuto no máximo se passou para que Henry se pronunciasse, mas quando ele o fez, eu não esperava que fosse tão direto. Suas palavras me fizeram arregalar os olhos e o ar pareceu mais denso ao meu redor.

- Eu me apaixonei por você, Lizzie. Você não me deixou te dizer antes, mas como essa é a minha última oportunidade, eu digo. De uma forma estranhamente assustadora e totalmente inesperada, eu acabei me apaixonando por você.


Notas Finais


>> Música tema: https://www.youtube.com/watch?v=DDWKuo3gXMQ&nohtml5

OBS: MENINAS, O HÓSPEDE GANHOU UM STYLE. ENTÃO, SE VOCÊ QUISER USÁ-LO ASSIM COMO EU, É SÓ CLICAR AQUI: https://socialspirit.com.br/personalizar/style/candice-accola-o-hospede-fanfic-5359125 ; O STYLE ESTÁ MUITO LIIIINDO. <333

OBS: MENINAS, O HÓSPEDE GANHOU UM SEGUNDO TRAILER QUE FOI FEITO PELA LINDA DA @deadler. ESSE TRAILER NOVO É DA SEGUNDA PARTE DA FIC E EU ACONSELHO VOCÊS A VEREM JÁ QUE LÁ TEM UM PEQUENO SPOILER... (O quê? Quem disse isso? Não fui eu! :p). AQUI ESTÁ O LINK: https://www.youtube.com/watch?v=F_DOS6VNONw. ELE ESTÁ LIIIIINDO DE MORRER. ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA <33333.
Obs 2: Só dá para vê-lo pelo PC por conta dos direitos autorais da música usada nele. Só dá para abrir o trailer no celular se for pelo navegador e na versão PC.

>> Pessoas, um aviso para vocês: quem escreve fics e quer uma capa e até mesmo quem quer um style super bacana para usar no perfil, eu recomendo esse blog: http://undercoverdesigns-ud.blogspot.com.br/ ; O style de O Hóspede foi feito lá e ficou lindo, eu simplesmente amei *-* As capas de lá também são magníficas. Então, se você procura um blog de confiança, aqui fica minha recomendação. Lá, vocês podem fazer pedidos de design simples, styles, banners, críticas, assinaturas, sinopse, trailer e até marcadores de páginas! Não perca tempo e corre lá para fazer o seu pedido, certo? ;)

>> Galera, uma novidade! A fanfic ''O Hóspede'' agora está em parceria com a fic ''A Filha do Reverendo'' da @SoulStripper. Acredito que muitas das minhas leitoras conhecem essa fic maravilhosa e a leem, mas caso você não conheça, que tal dar uma chance? Eu tenho certeza de que você vai amar! É uma história muito linda e que transmite uma maravilhosa mensagem de que o amor pode acontecer quando menos se espera, e ainda entre pessoas completamente diferentes. A história, atualmente, possui 1.192 favoritos e tem o total de 29.567 exibições. Está na sua primeira temporada e logo abaixo eu vou deixar a sinopse da mesma e o link para vocês darem uma olhada. Eu garanto que não irão se arrepender! <3

'' Deixe que sua voz flua, ela me leva à loucura e se torna uma abstinência caso eu não possa ouvi-la. Você tenta se aproximar e eu apenas tento me afastar, porque você não é o meu tipo, mas mesmo assim sinto-me atraído pela sua ingenuidade. Pobre anjo, não se engane comigo, eu não sou o que você pensa que sou, não carrego um coração tão puro quanto pensa que carrego. Baby, posso levá-la ao delírio, basta largar está bíblia em seus braços e deixar de dizer os intuitos de Deus sobre nossas vidas, eu realmente não me importo, só quero você. Se você me permitir, posso atear fogo em sua vida, não será árduo, será prazeroso. Tudo em você é uma linha de risco para mim.
Ela? Ela é Maya Bennett Caster, a filha do reverendo, dona do mais lindo sorriso que já vi em toda a minha vida. E eu? Eu sou Justin Bieber, o capitão do time de basquete, Warriors de Montgomery, mas também visto como um vagabundo qualquer por todos. ''

Link: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-a-filha-do-reverendo-3085214

>> Aproveitando, queria avisar que O Hóspede está em parceria com mais uma fanfic! É a fanfic Secret Admirer e é escrita pela linda da @deadler que fez o trailer de O Hóspede <3333 nhac! :3 Abaixo está a sinopse:

'' Cada vez que seu celular apitava, seu coração disparava. Na primeira mensagem, Audrey achou que era alguém fazendo alguma brincadeira idiota. Na segunda, começou a acreditar. Quando chegou na décima, estava quase que completamente apaixonada. Ela não sabia como era seu rosto, nem seu nome. Tinha apenas duas certezas: Ele estudava na mesma faculdade que ela e era seu admirador secreto. ''

Link: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-secret-admirer-5310662

Deem uma chance para fic dela, beleza? Eu sei que vocês vão amar! <333

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Nota da autora: Eita que é muito aviso e muita divulgação, haha. Espero que estejam gostando das novidades ^.^ Eeeenfim, o que acharam do capítulo? O.o Tipo, nossa! Até eu me surpreendi com tantas revelações e conversas, mas eu falei que já tinha tudo bolado, né? hahaha E essa revelação do Henry? Parece que o querido Carter voltou e ele ataca novamente :p muahahaha, sou má u.u E essa conversa do Justin com a Janette? Parece que ela foi um anjinho na vida dele e confesso que chorei enquanto escrevia essa parte, não me julguem :((( boo boo :'''( Ela não foi totalmente vilã e agora espero que vocês tenham entendido, okay?
Bom, vou parando por aqui para não falar demais. Até a próxima atualização, meninas? <3 E me desculpem pela demora, faço o que posso para atualizar! Lembrem-se sempre disso, huh? ;)
Aqui está meu twitter: https://twitter.com/BieberCaramelo
Conversem comigo, mas não briguem com a minha pessoa! Vamos ser um povo da paz! :p

Um beijo, um queijo e até a próxima! <3


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