História O Idiota Que Eu Odeio-Beauany - Capítulo 43

P.O.V Any

Graças à Deus faltavam apenas um dia para as férias de verão. Na escola tudo tava da mesma forma chata e quanto ao que Taylor  havia me feito, o conselho estudantil decidiu retirar ela da comissão do baile. Isso pareceu deixar ela puta da vida.  

Sabina e eu estávamos na lanchonete da escola quando vimos Josh passando com Stefani. Ele tava se atirando para todos os lados agora e parecia que parte dele tava se divertindo com minha irritação.  

Sabina: Cuidado com os ciúmes. - comenta rindo.  

Eu: Eu não tô com ciúmes daquele ridículo.  

Sabina: Dá pra ver que não.  

Eu: Bora mudar de assunto. - digo rápida.  

Pego um x-frango e um suco de abacaxi. Sabina me segue até nossa mesa de sempre.  

Sabina: Assunto melhor que as férias de verão? Impossível.  

Eu: Concordo. Tô tão ansiosa para ver os meus amigos de novo. - digo emocionada.  

Sabina: Eles devem ser ótimos, já que você não para de falar neles.  

Eu: Você iria gostar deles também. Eu sou suspeita para falar bem deles.  

Sabina: Mas seus pais já te disseram que vão para o Brasil  mesmo?  

Eu: Na verdade não. Mas sei que é.  

Sabina: Hum.  

Eu: E você? Para onde vai?  

Sabina: Não sei. Acho que meus pais vão para o Caribe.  

Eu: Wow! Que ricos... você não gostou da ideia?  

Sabina: Eles vão pela empresa e provavelmente eu não irei. - diz triste.  

Eu: E onde você vai ficar? - pergunto comendo meu sanduíche.  

Sabina: Talvez eu vá para a casa da minha tia-avó insuportável.  

Eu: Onde fica?  

Taylor: Em Hollywood. Lembra que eu disse que fui para lá?  

Eu: Sim. Onde tem aquela placa .  

Sabina: Isso. Porém se eu for sozinha vou ter que aguentar os caprichos dela.  

Eu: Isso é péssimo. - digo com pena.  

Decido não falar em viagem para não deixar Sabina com raiva daquela lastimável férias que teria. Terminamos de comer e o sinal toca anunciando o final do intervalo.  

Me despeço de Sabina e volto para a sala. Apenas mais uma aula e eu voltaria saltitante para casa.  

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Enquanto eu ia embora, uma chuva muito forte começou a cair. Eu não imaginava isso e por esse motivo estava desprotegida.  

Paro embaixo de uma árvore, sei que é a ideia mais estúpida que eu poderia ter mas não havia nada para eu me proteger e sair na chuva era pior porque eu tinha uma imunidade muito baixa.  

Estava lá pelo que parecia cinco minutos e então o vejo vindo em minha direção.  

Josh: Você tá parecendo uma ratinha toda molhada! - ele ri da própria piada.  

Eu: Não enche seu babaca! - rebato me encolhendo um pouco.  

Josh  também se junta a mim debaixo da árvore. 

Eu: O que pensa que tá fazendo?  

Josh: Me protegendo da chuva?  

Eu: Dá licença kirido! Eu cheguei aqui primeiro.  

Josh : Que eu saiba na árvore não tem seu nome.  

Eu: Mas se eu cheguei primeiro ela é minha.  

Josh: E você vai me tirar daqui? - ele cruza os braços sobre o peito e sorri.  

Eu tento encarar seus olhos mas era impossível, ainda mais porque pareciam claros demais. E eu realmente não conseguia evitar olhar para aquele cabelo molhado dele, e para aquela fofa cicatriz que ele tinha no rosto... Não Alice! Tá doida??  

Eu: Arranje outra árvore para ficar debaixo! - digo.  

Josh : Não. Eu quero ficar aqui.  

Eu: Você é um...  

Josh: Os incomodados que se mudem. - diz com ar de provocação.  

Eu preferia cair de cama a ficar ali com ele até aquela chuva passar. Por isso começo a andar e sinto a chuva cair sobre mim.  

Josh: Você vai ficar doente sua tola. - grita.  

Começo a bater o queixo.  

Eu: Pre-prefiro fi-ficar doente.  

Continuo a andar para o rumo da minha casa. Então ouço os passos de alguém atrás de mim.  

Quando me viro para olhar quem poderia ser, eu acabo tropeçando em minhas próprias pernas e caio para trás.  

Abro os olhos que eu havia fechado sem perceber esperando o chão, mas apenas sinto os braços de alguém. E bem sobre mim tava o rosto preocupado de Josh.  

Josh: Você tá bem?  

Eu: Acho que sim. - digo.  

Josh: Vem. Vamos embora, temos que sair da chuva ou você pode ficar ruim.  

Eu notei um tom diferente na voz dele, talvez realmente fosse preocupação. Obedeço ele e me ponho de pé.  

Em seguida voltamos a andar até nossas casas, em silêncio.