História O Impossível Acontece! - Essa noite promete!

Jennifer

Já estava toda produzida. Dei uma última olhadinha no espelho e gostei do que vi. Logo ouvi um barulho de algo em minha janela e suspeitei de ser o caipira. Hora de ir.

Abri a janela com cuidado, era um pouco alto. Como vou descer!? Jesus!

_ oi pirra... Jennifer.          Justin já foi se corrigindo, isso aí, pirralha é a mãe.

_ vamos?  Eu tenho que pular isso mesmo?  Estou de vestido.

_ seria ótima cena, mas não, eu trouxe uma escada, não quero correr o risco de você se machucar e a culpa ser minha. Não que eu me preocupe, mas seus avós me matariam.

_ ah claro, sempre gentil.         Idiota.

_ anda garota! Ou vão acabar nos ouvindo.

Justin colocou a escada e na hora de eu colocar a perna no primeiro degrau,  ele deu um sorriso cafageste.

_ vira a cara idiota! Ou vai ficar olhando minha calcinha?                  Ele apenas gargalhou e virou o rosto pro lado.

Desci rápido, ele tirou a escada e correu pra guardar  no mesmo lugar.

_ vem anda.                 Pegou em minha mão e saiu me puxando.

_ Justin eu estou de salto porra!      

_ quem mandou vim com esse sapato, você sabia que isso seria uma aventura.

_ mais que merda!

Não teve outro jeito, corremos até a saída do sítio onde a moto do Justin estava, colocamos o capacete e ele logo saiu dali.

...

Em apenas alguns minutos chegamos na casa de show, e apesar da cidade pequena, o lugar era muito bonito. Iluminado. 

Adentramos o local e logo chamamos a atenção de algumas pessoas.

_ Fala aí bro! O que manda?            Um cara moreno todo malhado e muito bonito por sinal, se aproximou.

_ Fala aí Will. Tô mandando em nada, só obedecendo.

_ e quem é essa belezura de mulher?      Ele falou me olhando dos pés a cabeça.

_ prazer, eu sou a Jennifer.        Ele me deu um leve puxão e me beijou na bochecha.

_ prazer gatinha, como já sabe, me chamo Will, sou amigo de infância desse otário.

_ prazer Will.  Preciso beber algo.

_ ei mocinha. Nada de exagero. Não chame a atenção, você é de menor, e tive que desenrolar na portaria pra você entrar.

_ iiihh caipira! Você não é meu pai!  Da minha vida cuido eu. Vamos Will, me leve até o bar.                      Pude vê a veia do pescoço do Justin pulsar de raiva.

_ você está comigo pirralhinha, eu acompanho você.           Falou me puxando pelo braço.    Cara chato da porra! 

Pedimos nossas bebidas e sentamos em uns bancos ao redor do bar. Várias pessoas cumprimentavam  o Justin, ele parecia ser bem conhecido no local.

Eu me remexia um pouco no ritmo da música que tocava ao fundo. Adorava esses ambientes. As vezes percebia o olhar do caipira passeando pelo meu corpo, mas me fazia de desentendida.

_ Olá Justin! Ah quanto tempo!            Uma voz feminina se fez presente atrás de nós, nos viramos pra olhar, e nesse momento a expressão do Justin mudou completamente.  Ele ficou sério, muito sério, pra falar a verdade era notório a raiva dele.

_ você? O que faz aqui? 

_ não estava com saudades?          Ela falou passando a mão em seu braço, e logo ele puxou com um certa agressividade.

_ vamos sair daqui Jennifer...

_ não vai me apresentar essazinha aí?       Que? Quem essa vaca pensa que é pra falar comigo assim?

_ alguém que não te conhece e não pretende conhecer...        Respondi a encarando.    _ e essazinha é a mãe!

_ nossa garotinha, sua mãe não te deu educação?        Me levantei para dá na cara dela, mas o Justin me segurou.

_ já chega Melissa!! Vamos embora Jennifer.              Justin pegou em minha mão e saiu me puxando no meio da multidão.

_ me larga caipira!  Quem é aquela piranha? E porque você não deixou eu socar a cara dela? Ninguém fala comigo desse jeito e volta pra casa com todos os dentes na boca.

_ esquece isso Jennifer.   Já passou.

_ que? Lógico que não! Você agora vai me dizer quem é.

_ caralho garota! Deixa de ser chata. Eu não quero falar sobre isso. Dá pra respeitar porra!           Justin falou um pouco alterado que até me assustei. Essa garota deve ter feito algo muito sério pra ele agir assim.

Ele respirou fundo, olhou pro chão e depois me encarou.

_ depois conversamos sobre isso está bem? Viemos nos divertir. E não vou deixar que aquela idiota estrague isso. 

_ tá bom.        Apenas falei isso e me calei.

_ você quer dançar?       Ele perguntou e fiquei surpresa com isso.

_ e você sabe dançar caipira? Não quero ser pisoteada.

_ vem que te mostro.         Ele me puxou pro meio da pista. E pra piorar tudo, bem na hora de uma música lenta.

Os casais foram ficando próximos. E ele me olhou com um sorriso engraçado.

_ eu não mordo pirralhinha. Pode me abraçar.            Ele segurou minha cintura com delicadeza e colou seu rosto ao meu. Ficamos assim por alguns segundos.   

Seu cheiro era tão gostoso. Ele realmente dançava muito bem. Dirrepente Justin se afastou um pouco e olhou bem no fundo dos meus olhos. Eu fiquei sem reação, apenas o olhava também.  Seus olhos eram lindos, brilhantes. Sua pele branquinha. Sua boca em formato de coração, rosada.

_ Justin! Melhor a gente sentar.     O afastei depressa, ou eu não responderia pelos meus atos. Eu não posso esquecer quem sou, e que essa vida não é minha, e em ipotese alguma, eu posso me interessar por alguém desse lugar, muito menos o caipira. Isso nunca.

_ você que saber.          Ele se afastou.

Ficamos ali, dançamos, bebemos. Até que eu estava me divertindo.  Mas infelizmente tínhamos que voltar. Meus avós acordam super cedo, e não podem perceber que saí de casa.

_ tá na hora de irmos Jennifer. 

_ fazer o que né.      Falei.   Ele se virou pra sair e o chamei.

_ Justin!

_ fale...

_ obrigada! Eu me diverti.

_ que bom. Espero que agora possa entender que aqui tem seu lado bom.

_ você pode até ter razão. Mas tenho uma vida fora daqui caipira. A qual estou com saudade.             Ele apenas sorriu.

...

Chegamos em casa. O silêncio ainda reinava, sinal que todos ainda dormiam.

_ vem Jennifer. Você precisa voltar pro seu quarto depressa, antes que alguém sinta sua falta.

_ tá bom. Mais uma vez obrigada.

_ por nada garotinha.        Bufei pelo garotinha.

Colocamos a escada e logo eu já estava dentro do meu quarto.    Comecei tirar minha roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã.  Ouvi um pequeno barulho atrás da porta do meu quarto, e em seguida uma leve batida.  Vesti o roupão e abri.

_ oi. Sou eu.          Justin falou baixinho. Sua cara era de uma criança que fazia o que não podia.

_ oi.      Sorri.

_ eu só queria dizer que também me diverti.  Fazia tempo que eu não saía assim.

_ que bom caipira.            Ele me encarou igual mais cedo. Eu fiquei sem jeito, mas devolvi o olhar.  Ele se aproximou de mim.

_ talvez você me bata depois que eu fizer isso, e também me mate. Mas eu não posso resistir.

Justin colou seus lábios nos meus, pedindo passagem pra sua língua, apesar do susto, eu correspondi. Era um beijo gostoso, ele explorava cada canto da minha boca. E quando eu estava ficando sem ar, interrompi.

Ainda com vergonha e desorientada falei.

_ Justin, porque, por... Justin!

_ desculpa Jennifer, foi mais forte que eu.

_ melhor você ir pro seu quarto caipira.     Ele me olhou e em seguida saiu do meu quarto fechando a porta.

Mais que merda aconteceu aqui?  Acho que estou ficando maluca nesse lugar.  Eu beijando o caipira. Mais que droga eu usei pra fazer isso!  Puta que pariu. Se bem que foi ele que me beijou, mas eu correspondi caralho!