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História O Irmão Da Minha Melhor Amiga - Gabriella


Escrita por: Lu_Jack

Notas do Autor


Então, eu prometi um capítulo está semana, certo? Cá está ele... Boa leitura

Capítulo 5 - Gabriella


Gostava de pensar que San Diego era uma cidade pacata,  a minha cidade pacata. Enquanto todos os outros avaliam por suas ideias comuns e banais. E se dependesse de mim,  naquele dia ficaria por inteiro na janela, observando e tornando  notas.
Eu adorava observar,  apesar de ser talvez,  um pouco sinistro.

Gostava de poder abrir a janela e sentir o cheiro de fora, colocar um banquinho  junto à  mim e sentar nele, e apenas observar  a rua.

Nela podia sempre ver Dona Maryam regar suas  belas plantas no pequeno jardim, o senhor de meia idade e mau humorado sair com sua família pela manhã,  os gritos do casal Findlay, a menina doce que entregava folhetos de Testemunhas da Jeová,  acompanhada pelo irmão.

O vizinho super-gato que botava o lixo enquanto, seu pai corria, e a loira  ricaça que seduzia o pai do “vizinho gato” com aqueles seios apertados em decotes e moletom,  correndo também. Era aquilo.

Tudo aquilo se consistia  nas minhas manhãs de sábado. Eram assim, e  eu adorava,  mas para ali, acabar a rotina era o processo para a derivação do meu funcionamento  interno.

E com o nariz ainda fungando,  tomei o banho de água  morna para aliviar tanto a cabeça  e o estresse .
Puxei para o meu  corpo um vestido, florido e de renda, e com um colete jeans branco.

Seria mais horrível que aquilo?

Bastava para mim, mamãe  passar  o TODO O DIA comigo, então na noite  anterior ,ela bateu a porta do quarto e avisara que não  poderia sair de minhas jeans.  Devia aparentar a doce Gaby , e eu estava pronta.

Por esse facto, por assim dizer, desci as escadas até  a sala. Encontrei  o café  de manhã na mesa. Mamãe queria estar pronta para ajudar Dona Katherine, haviam combinado para  as nove e meia, era tão  gentil de sua parte e agradecia por isto.

- Bom dia, mãe.

- Oi Gabriella.

Sorriu. Talvez  por constatar que estava devidamente  vestida como queria, sentei e comecei  por me servir.

- Não  estamos tão  encima  da hora, então vamos passar primeiro  no mercado. Procurar um presente.

- Ok, legal!

Falei, nem um pouco entusiasmada. Meu habitual  com aquela mulher.
Depois que saímos do mercado, fomos até  a casa de Janet. Bem perto também.

Ambas recebidas bem, muito bem , na verdade.  Mamãe  sumiu da minha visão  com a mãe  de Jan. E eu e ela subimos, quase que passamos o dia todo em seu quarto, se não  fosse por primas dela chegarem. 

A Família  parecia grande, o que me preocupava  de certa forma, não  sou antisocial mas detesto  ter muita gente por perto.

- Mamãe disse que eles vão  entrar já.

Janet entrou no quarto, pela milésima  vez eufórica parando o barulho das garotas, na cama. Mas  desta  vez trazendo  uma caixa em suas mãos.

- Então  posso descer?

Perguntei já  me levantando  da poltrona em que estava sentada.  Evidentemente, ela notou meu aborrecimento mas ela não  largaria meu pé  se eu não me desse bem com suas primas.

Quer dizer, eu falava uma ou duas palavras com elas. Sou  tímida  demais e acho que nem preciso de bastantes amigos, não  sou tão  espontânea assim e sorrir sempre acaba comigo.

- Ah não,  mamãe  pediu para eu deixar isso no sótão. Mas eu tenho que pegar algo e você  leva lá.

- Eu nem sabia que essa casa tem sótão,  e certamente  não  sei onde é.

Ela  suspirou  e depositou  a caixa nos meus braços.

- Eu sei ué. Kendra vai com você, e meninas desçam.

Ok, minha amiga poderia  ser o ser mais  irritante  da face  da terra, mas era minha amiga certo? Estava reconsiderando  nossa amizade.

- Gaby, vamos logo! Quero descer também.

Kendra me puxou e saímos  do quarto para subir mais outra escadaria,  mas o que me preocupou  de verdade  ela por ela ter me chamado pelo meu apelido. Eu não  gostava assim tanto e todos sabiam disso.

O que poderia fazer, era uma  estranha que não  apareceria mais em minha vida. Botei  a respiração  no lugar quando chegamos na porta, ela me recebeu a caixa das mãos  tão  rápido  que nem notei.

- Você  segura a porta por mim? – meu cenho franziu e ela logo sorriu pegando ainda na  porta – É que está porta tem ainda alguns  problemas,  se fechar ficarei trancada.

Assenti e peguei na maçaneta. Kendra colocou a caixa lá  dentro e minha  atenção  estava na  minha unha com esmalte saindo.

- Sabe? Uma vez fiquei aqui trancada com o Michael, eu tinha  que me controlar por Janet estar lá  também.  Mas no final de tudo roubei um beijo dele quando Janet dormia – ela riu e olhou para mim – Meu primo é bem lindo, na verdade  muito lindo. Talvez ele pensa que aquilo já  me passou.

Kendra riu ainda mais alto, com certeza achando  graça  naquilo. E  realmente  para ela era, mas só conseguia  imaginar primos juntos. O que na  época até  então acho nojento,  e praticamente, Kendra não  me conhecia  porquê  contar logo à  mim?

Será  que Michael  Jackson,  irmão  mais velho de minha  amiga, seria assim tão  gato, lindo e todas aquelas baboseiras  ditas por adolescentes  da minha idade?

Foi nisso que pensei antes de descer e até  despois, imaginando  um rosto e um corpo esculpido.


Notas Finais


O que achou? Uma opinião é sempre bem vinda😉


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