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História O jardim inglês. - Alfa suprema.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Gostaram dessa capa? tão fofa...Bom, mas esse capítulo fala um pouco dos segredos de guerra, das conspirações, dos traumas e explica algumas coisas. Boa leitura.

Capítulo 16 - Alfa suprema.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Alfa suprema.

   -Não me olhe assim, você sabe que eu tenho razão, precisamos acelerar o processo, o soro que usamos já não é suficiente, e apesar de todos os resultados que apresentamos o governo está desconfiado, precisamos de um pouco mais ou ele pode cortar o dinheiro.

-Apliquei o soro em mim na semana passada, os resultados foram imediatos, está mais forte que antes, é um avanço, sabe disso, a quarenta anos só conseguíamas ter resultados em ferimentos leves, hoje podemos curar doenças degenerativas, nossos corpos aparentam ter ainda trinta anos, quando ambos sabemos nossa verdadeira idade, se isso não é um bom resultado eu sinceramente não sei o que pode ser. Explicou Edward.

-Isso é irrelevante, o resultado em nossos corpos é um segredo, sabe bem que se eles descobrirem que estamos vivos e jovens desde de os anos quarenta nós mesmos seríamos as cobaias, quanto a solução das doenças, sim é importante, se o governo ligasse para isso, ele quer uma arma, isso ainda não conseguimos, ou pode me dizer que estou errada? A mulhe tomou o gole do líquido espesso em sua taça, parecido com vinho tinto, mas obviamente não era vinho.

-Não, os resultados ainda são inconclusivos, só podemos transformar um ser humano comum em alfa a custo de muitos ômegas e muita sorte com o candidato, isso ainda não é bom...E eu sinceramente não aguento mais machucar esses meninos, tantas vidas perdidas...Me diz Helena, não sente pena deles, nem mesmo um pouco? Daqueles que morreram para que nós estivessemos aqui, vivos e belos, jovens e com saúde.

A mulher riu alto, sua risada cristalina ecoou na sala ampla, ela se levantou e caminhou com seus saltos altos, vermelhos vivo até uma janela escura e olhou a paisagem lá em baixo, não via nada, era noite, sem lua e sem luzes, mas ela olhava além daquele ponto, um pensamento talvez, uma lembrança há muito quase esquecida.

-Eu me lembro da dor Edward, da bala que atravessou meu coração inocente e matou minha humanidade...Acha mesmo que Adolf Hitter iria recuar se não fossem nossos esforços? As vidas perdidas naquele dia ainda me assombram, minha vida me assombra, o governo podia ter impedido todo aquele massacre, eles podiam ter impedido aquela bala, ter impedido que matassem meu filho, mas o que eles fizeram? Me obrigaram a trabalhar para eles, a lutar contra aquele sádico louco que queria dominar o mundo e certamente teria conseguido...Se não fossem por pessoas como eu e você e como meu amado Peter. Ela suspirou e terminou sua taça, o líquido gelado perdia logo o sabor.

-Mas eles salvaram sua vida Helena, aplicando o soro, mesmo ainda em fase de testes em você e isso lhe deu uma nova vida, maior força e inteligência incomum.

-Eles me deram o sangue inocente de meu filho! O sangue do meu filho que eles haviam transformado em ômega naqueles longos dois anos em que o mantiveram lá! Eles me deram a vida dele!! A vida dele!! E depois acha mesmo que eu acredito nessa baboseira de paz? De um mundo sem dor e sem doenças? Uma humanidade nova, com alfas e ômegas? Nunca! Eu serei a alfa suprema, eu controlarei o governo, eu terei a voz de comando mais poderosa e todos os betas e ômegas me obedeceram, e os poucos alfas que eu permitir que existam serviram o único propósito de me obedecer, nunca mais o mundo verá uma guerra, nunca mais um filho perderá sua mãe, eu juro!

-Helena, esses meninos são vítimas, tanto quanto seu filho foi um dia, você os tortura, os mantém presos, assustados, muda seus corpos, tira seu sangue, me obriga a dormir com eles, a machuca-los...Você e eu somos os monstros agora, não vê isso?

-Não, esses meninos são baixas de guerra, são necessários para um bem maior. Ela falou, os olhos brilhando em fúria, a mão apertada na taça a ponto de quebra-la a qualquer momento.

-E não me chame mais de Helena, esse nome morreu para mim, agora sou Mary...

-Você tem Peter agora, ele é seu filho também, ele está apaixonado por Lucas, a união deles te dará o soro, os outros meninos te daram o resto, esqueça a arma, fuja, liberte os meninos depois de tirar deles o que deseja, me liberte...O homem pediu, ainda sentado onde estava, ele tinha esperanças, esperanças leves de ser ouvido, de poder viver em paz em algum lugar do mundo, viver com seu pequeno ômega, cuidar dele, ser livre, envelhecer e morrer numa vida humana comum.

A mulher riu sádica, a taça estilhaçou em sua mão e o sangue correu vivo, tão vermelho quanto seu longo vestido de cetim, ela largou os cacos e piso neles, os esfacelando no chão, lambeu o sangue e ergueu a mão, vendo o corte fechar quase na mesma hora e sorriu.

-Eu viverei para sempre, serei a líder desse mundo, nem que para isso eu sacrifique todos eles, e você junto, não tem mais medo de morrer? Ela se aproximou perigosamente do alfa a sua frente, sua energia exalava um odor forte e pulsante, como terra depois da chuva, algo profundo e animalesco que fez o pobre homem tremer a sua frente.

-Tenho, mas não quero mais machucar eles...Eu gosto deles, sofro ao ter que toca-los sem a permissão deles, é muita maldade...

-Pensa mesmo que não sei o que aconteceu? Hora, hora, a quanto tempo eu te conheço? Muitas décadas para meu gosto, mas eu sei que se apaixonou...Sinto o cheiro em sua pele, quem foi? Sebastian? Ele é lindo não é? É doce e pequeno, tem aqueles imensos olhos claros assustados...

Ela esperou, sorriu...

-O mais jovem! Você se apaixonou pelo mais jovem, numero 26? É isso?

-Pare com isso, eles não são numeros, são pessoas! E o nome dele é Gabriel!

A mulher riu baixinho e tocou a fase bela do homem a sua frente, seus cabelos ruivos soltos caindo displicentes no rosto másculo e forte, de angulos firmes, ele era um homem muito atraente mesmo.

-Seu Gabriel não é? Não era esse o nome de seu pequeno ômega na época da guerra? Quando desenvolveu o soro para o governo?

O ruivo abaixou a cabeça, ela o pegou, estava perdido, novamente, sempre a mercê dessa mulher, sempre um passo atraz.

-Sim, mas eles são diferentes, meu Gabriel era um voluntário na guerra, ele não era uma cobaia inocente, e ele era forte, sabia se defender, esse menino é como uma criança que eu possuí a força, eu não quero mais machuca-lo, quero ama-lo. Respondeu sinceramente.

-Trabalhe no soro definitivo, e me de o que quero, então pode ficar com seu ômega e viver sua vidinha comum em qualquer lugar do mundo, eu não me importo. Ela falou e o beijou.

-E Peter e Lucas? Vai deixa-los viver?

-Peter é meu filho...Nosso filho...Ele vai viver para me servir, como um alfa poderoso, mas Lucas não terá essa sorte, seu sangue é único, ele é o melhor ômega que temos, se der certo...Bom, se der certo eu usarei todo seu sangue e viverei para sempre.

O homem suspirou cansado, ele não podia vencer, nunca pode, mas ainda tinha uma esperança, quem sabe não é?

-Venha ao meu quarto mais tarde, quero você. Ela falou e deixou a sala.

“ Não se preocupe meu Gabriel, eu não vou perde-lo desta vez...Juro!” Pensou o homem ainda ali, cansado e infeliz.

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 Lucas se mexeu um pouco dolorido, e acabou percebendo que estava preso num abraço de urso, sorriu ao sentir os braços que contornavam sua cintura e o mantinham ali, mas corou ao ver que estava sem roupas, isso era constrangedor.

-Peter? 

-Hum...

-Peter? Pode me soltar um pouquinho, estou sentindo meu corpo dormente...

-Lucas...Desculpe...Falou o outro, o soltando e se virando na cama, sorrindo ao faze-lo.

-Fadinha...Minha Fadinha...

-Bobo, já disse que não quero que me chame assim, é constrangedor, não sou uma menina...Resmungou Lucas e mostrou a língua para o namorado, que num ato muito rápido o puxou de volta a cama.

-Ai! Você tem super velocidade agora? Perguntou arfando o menor.

-Você me dá esse poder, me deixando louco assim...Mostra a língua de novo, mostra...

-Não...Me solta...Resmungou fazendo bico, completamente corado.

-Nossa, eu sempre achei que uma vez que a gente fizesse amor esse seu rostinho corado iria desaparecer, e eu já sentia saudades, mas veja só mesmo depois de ontem você ainda consegue corar, que fofo!

-Não é fofo, é muito...Sei lá...Pode me soltar eu quero ir ao banheiro...

-Vai Fadinha. E quando Lucas levantou levou um tapa certeiro na bunda.

-Pervertido! E isso doeu...

-Valeu a pena...Falou Peter e se deitou na cama de novo, bem a vontade mesmo sem roupa.

Lucas foi ao banheiro, sentia o corpo dolorido, meio estranho, tinha que admitir aquilo tinha sido uma delícia, mas ele iria precisar de um tempo até poder fazer de novo, porque sua parte mais íntima estava precisando de repouso, e ele riu ao pensar nisso. Depois de um banho gostoso e de escovar os dentes um tempão ele se sentiu pronto, saiu do banheiro enrolado na toalha e foi vestir o roupão, sorrindo ao ver uma farta mesa com o café da manhã.

-Vai comendo meu lindo, eu vou pro meu banho, já volto.

-Tá...

Seu corpo parecia mesmo precisar se reabastecer, então ele atacou a comida, nunca teve tanta fome na vida, amar e ser amado era mesmo muito bom, e logo ele sorriu ao ver Peter vir em sua direção e se sentar ao seu lado.

-Lucas, já ouviu falar de ômegas?

-Já, em histórias na internet...Porque?

-Nunca analisou isso, quer dizer...Nunca pensou que você é igualzinho um ômega. Falou Peter, enquanto cortava uma maça em fatias e servia seu lindo namorado.

-Já pensei, mas são só boatos...Não é? Falou aceitando uma fatia de maça.

-É real...Você é um ômega, e eu sou um alfa, somos frutos de experiências genéticas de uma organização.

-C-como soube de tudo isso? Perguntou Lucas, tremulo de medo.

-Detetive Farrel me contou, ele descobriu isso a algum tempo, sabe aqueles dias em que fica doente e tem febre?

-Sim...Respondeu Lucas, constrangido de lembrar disso.

-Você fica quente de um jeito diferente não é? Tem desejos muito intensos, e muito provavelmente se toca bastante nesse período, estou certo?

-Pare...eu tenho muita vergonha disso, é horrível, eu me isolo de todos, fico faminto, dói meu corpo todo, e mesmo assim...Mesmo assim eu quero...Lucas não conseguiu continuar, tinha muita vergonha dessa parte de sua vida, ainda se lembrava do primeiro desses episódios, quando ficou tão assustado que tomou quase um vidro de remédio para dor, e acabou dormindo por um dia inteiro, mas acordou ainda mais necessitado, foi a primeira vez que forçou seus dedos em sua própria entrada, gemendo de prazer ao faze-lo, e depois morrendo de vergonha por ter feito.

-Não fique assim, a culpa não é sua, é o cio, é natural nos ômegas, mas é um período delicado, deve ser passado com um alfa que pode cuidar dele, alimentar, acalentar e lhe dar prazer, sem machucar. Explicou Peter, acariciando o rosto delicado que o observava cheio de cautela e vergonha.

-Vai acontecer de novo, e eu tenho tanto medo. Respondeu Lucas, tremendo.

-Dessa vez eu estarei lá, cuidarei de você, juro que não será ruim, não deixarei que fique com fome, nem sede, nem sinta dor alguma, sou seu alfa agora.

-Você tem cio também?

-Tenho...Mas é diferente, eu fico mais quente e antes eu procurava a pessoa que poderia me satisfazer, mas eu nunca achava...Era tão frustante! Agora eu só penso em você, mas demora mais para acontecer, leva uns seis meses mais ou menos.

-Porque o meu é tão rápido? Exatamente a cada três meses, uma tortura...

-Não sei...Tudo que sei já te contei, teremos que descobrir juntos, só posso prometer que faremos isso juntos...E dizendo isso selou seus lábios de forma doce aos lábios lindos do ômega, do seu ômega...

 


Notas Finais


Ok, estão curtindo a conspiração?Governo, segunda guerra, essa mulher malvada e manipuladora...Eita, quantas surpresas ainda aguardam meus leitores lindos?


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