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História O Jardineiro - Diz pra mim


Escrita por: JillianJill e Rose_Quartz

Notas do Autor


Vocês acharam que o capítulo passado estava sensível? HÁ!

Mal sabem o que lhes aguarda! Aquilo foi só a preparação pra esse aqui, meus anjos

Tem também um agradinho na varanda pra vocês que sentiram falta da "ação" no último capítulo rs

Espero que gostem e tenham uma boa leitura <3

Capítulo 19 - Diz pra mim


Fanfic / Fanfiction O Jardineiro - Diz pra mim

A lua estava brilhante. Não sabiam que horas eram, mas com certeza já passava das sete. Deitados ali, nos braços um do outro, perdiam completamente a noção do tempo.

Sasuke tinha os dedos entrelaçados aos de Sakura. Admirava as mãos que cuidavam de seus jardins com tanta delicadeza enquanto ela tinha a respiração serena e baixa. Achou até que ela estivesse dormindo, quando a voz ressoou pela clareira:

— Sasuke.

— Hm?

— Quero te fazer uma pergunta. Promete me responder? — pediu com a voz mansa, acariciando os fios negros com a mão desocupada.

Os olhos verdes brilhavam sob a luz das estrelas. Sasuke podia se ver refletido naquela imensidão cor de jade.

— Pode fazer quantas perguntas quiser — beijou-lhe os dedos.

— Mas promete responder?

— Prometo — estava tão feliz ali com ela que jamais cogitaria que poderia se arrepender daquela promessa.

Sakura puxou a mão para si e ficou de bruços, apoiando-se sobre o peitoral de Sasuke e subindo o corpo nu um pouco mais. Queria olhá-lo nos olhos.

— O que aconteceu com sua família? — Sasuke emudeceu na mesma hora e Sakura se ajoelhou ao seu lado. — Sasuke...

Ele ergueu o tronco depressa, sentando-se e deixando o cobertor escondê-lo da cintura para baixo.

— Não acho que deveríamos falar disso agora, Sakura — a voz tornou-se profunda de repente.

Sakura suspirou e alcançou sua blusa há muito esquecida por ali, vestindo-a num segundo, antes que Sasuke se levantasse e a deixasse ali com todas suas perguntas.

Tocou-o no braço e não foi rejeitada. Talvez fosse um bom sinal. Sentou-se de frente para ele, apoiando as costas no tronco  da árvore mais próxima.

— Sei que não gosta de falar sobre isso, mas quero saber, Sasuke. Preciso conhecer sua história. Falar sobre isso pode ajudar. Eu me senti mais leve depois de contar o que havia me acontecido — ela apertou as mãos de Sasuke.

— Você não entende, Sakura — suspirou pesadamente. — O que lhe aconteceu foi uma fatalidade. O que aconteceu comigo foi culpa minha. Cabe a mim carregar essa cruz.

— Sasuke, não diga isso, olhe aqui — segurou o rosto bonito para que ele lhe olhasse nos olhos. — Diz pra mim...

Sasuke não sabia por onde começar. Como contar aquilo sem que Sakura começasse a vê-lo como o monstro que realmente era? Sentia raiva, tristeza, ódio, saudade e culpa.

Oh, a culpa...

Queria se abrir com Sakura. Devia se abrir com Sakura. De todas as pessoas do mundo, talvez ela fosse a perfeita para entender toda sua dor e angústia.

Suspirou e a encarou. Devia aquela história a ela.

— Eu era muito novo. Tinha pouco mais de oito anos quando minha mãe sofreu um derrame que a deixou debilitada e vegetando em uma cama pro resto dos dias dela. Meu pai não era um bom marido e eu soube no dia em que o vi agredi-la. Após o acidente, ela não mais era capaz de falar ou se mover corretamente. E, durante todos os momentos miseráveis dela sobre aquela cama, eu era o único que a visitava todos os dias. Eu a amava muito. Ela era meu porto seguro.

“Uma enfermeira foi contratada para tomar conta dela assim que ela voltou do hospital. Era uma moça bonita. Karin era seu nome. Mas nunca gostei dela. Talvez fosse porque meu irmão mantinha olhos brilhantes sempre que a olhava e meu pai também parecia se agradar muito com sua presença, porém, jamais lhe ofereci um sorriso sequer. Eu a odiei ainda mais durante minha adolescência. E eu até poderia me sentir mal com aquilo, mas não aconteceu. Jamais aconteceria.”

“Um dia, após a aula, cheguei em casa e encontrei minha mãe tendo outro derrame. Procurei a maldita enfermeira por toda a casa e a encontrei montada sobre meu pai enquanto minha mãe definhava no outro quarto. Daquela vez, ela não resistiu. Faleceu sozinha enquanto eu e meu pai brigávamos.”

Sasuke parou e esfregou o rosto com as mãos. Sakura viu como as emoções dele estavam agitadas naquele momento. Ele não queria perder a compostura, mas estava sendo difícil lutar contra as lágrimas.

— Você me disse que os jardins eram de sua mãe. Agora entendo porque é tão ligado a tudo o que é dela, Sasuke. Você a amava muito... — aproximou-se, ofertando a ele um carinho no rosto.

— Ela era meu mundo. A criatura mais doce que já existiu na face da terra. Tão paciente e amorosa com os filhos do homem que ela talvez nem amasse. Ela dizia que só existiam duas coisas que ela não suportaria perder. Os filhos e os jardins que fazia questão de cuidar com tanto esmero — ele sorriu triste em meio aquela confissão.

— Por isso ficou tão chateado quando maculei o jardim com os lírios — Sakura arrependeu-se na mesma hora. — Deus, Sasuke. Eu não sabia. Eu jamais-

— Você não maculou nada, Sakura. O modo como agi com você naquele dia não tem desculpas e fico feliz que seus lírios estejam crescendo fortes ao lado das rosas de Mikoto. Ela os amaria, com toda certeza. Mas, naquele dia, eu tive medo. Tive medo que aquilo fosse mais uma mudança no legado que minha mãe havia deixado, como Karin fez após o casamento com meu pai.

“Depois que surtei com meu pai pela morte de minha mãe, ele me enviou para um internato muito rígido e longe dali. Casou-se com Karin um mês depois. Quando voltei já graduado, tudo estava diferente. Não via nada que me lembrasse minha doce mãe. As cores, as pinturas, as fotografias. Tudo foi jogado no porão e esquecido.”

“Mas eu compreendi, Sakura. Eu entendo agora que aqueles lírios fazem parte da sua história como as rosas fazem parte da história de minha mãe. Você não manchou as lembranças dela. Você as embelezou ainda mais. Quando replantei aqueles brotinhos, quis afirmar para mim mesmo o quanto você também merecia uma parte nisso tudo. O quanto você faz parte da minha vida e como você é um alguém que eu jamais quero esquecer.”

Sakura sentiu os olhos encherem-se d’água. Se não se segurasse, logo seriam dois patetas chorando ali.

Saber aquilo da boca de Sasuke era a melhor coisa que poderia pedir naquele momento. Aproximou-se um pouco mais, beijando-o na testa.

— Fiquei tão feliz quando você os replantou que eu poderia explodir — beijou-o novamente. — Não pare agora, você está indo bem. Conte-me tudo.

— Eu não queria ficar ali com aquela mulher odiosa e meu pai e irmão que pouco se lembravam que eu ainda existia. Tentei a todo custo arrumar um emprego e sumir dali, mas não conseguia. Eu vivia fora de casa, pouco me importava com as consequências. Era um moleque sem perspectiva alguma.

“Meu pai vivia viajando a negócios e Karin nunca o acompanhava. Numa noite em que ele estava fora, saí para me encontrar com alguns companheiros. Acabei exagerando e voltei cedo para casa. Peguei Karin e meu irmão na cama. Foi um choque. Percebi ali que ninguém naquela família valia um centavo sequer. Eu precisava fazer algo sobre aquilo.”

“Querendo dar um basta naquilo e imaginando que aquela era a minha chance de me livrar pra sempre de Karin, eu consegui fotografar os dois em flagrante e mandei as fotos para meu pai. Eu só queria acabar com tudo aquilo. Imaginei que ela seria posta para fora e que meu irmão aprenderia a ser uma pessoa digna. Pensei que meu pai entenderia aquilo como um castigo. A vida o punindo por ter sido tão canalha com seus filhos e primeira esposa. Mas me enganei.”

“Ele recebeu as fotos e, num acesso de loucura, assassinou os dois e, depois, cometeu suicídio. Tudo por minha causa. Tudo pelas malditas fotos que eu mandei. Eu fui a ruína da minha família. Eu destruí ainda mais aquela casa. Jamais quis causar a morte de ninguém, mas fui eu, Sakura. Eu fui o responsável.”

Sasuke não fazia mais questão de conter o pranto. Nervoso, passou as mãos com força pelos cabelos. Não chorava há anos. Não deixava aquelas emoções aflorarem em seu peito há tanto tempo que não se surpreenderia se estivesse jorrando areia de seus olhos.

Sakura ameaçou se aproximar, mas ele a parou.

— Sasuke?

— Eu os matei, Sakura. Matei meus próprios pai e irmão. Seria capaz de amar um homem assim? — os olhos sofridos refletiam toda a dor que ele guardara por tanto tempo.

— Oh, Sasuke — e ela o puxou para si, deixando que ele encaixasse a cabeça entre seus seios macios.

Sasuke chorou copiosamente agarrado à única coisa boa em sua vida naquele momento. Ele apertava Sakura como se tivesse medo de que ela também se fosse. Ela seguia o acarinhando nos cabelos e sussurrando palavras doces enquanto o beijava no topo da cabeça. Imaginou há quanto tempo aquilo tudo estava guardado e sofreu junto dele.

Ele precisava daquele momento.

— Está tudo bem. Pode chorar. Você não precisa ter vergonha ao meu lado, Sasuke... — as palavras gentis só faziam com que o homem desmoronasse mais e mais — Sei que se culpa por essa tragédia, mas isso não está certo. Você não escolheu tirar a vida de ninguém Sasuke. Seu pai o fez. Você não é o culpado. Nunca vai ser — tudo vinha acompanhado do doce carinho que ela oferecia.

Era doloroso, triste e completamente libertador para Sasuke contar tudo aquilo.

Chorou por longos minutos. Deixou-se lavar na alma. Quando Sakura já sentia o coração dele batendo mais calmo e via apenas lágrimas silenciosas, puxou-lhe o rosto para beijar os lábios.

Ela limpou as lágrimas com zelo, sem nunca deixar de ser carinhosa ou compreensiva. Cobriu aquele rosto bonito de beijos e encostou sua testa a dele. Sasuke não merecia se sentir miserável por um erro que nem mesmo era dele.

— Você também estava quebrado, Sasuke. Ainda está. A dor não nos deixa enxergar com clareza. Você é bom. Não é como seu pai, como Karin ou como seu irmão — esperou os olhos negros caírem sobre os seus novamente. — Você é bom como sua mãe foi, Sasuke.

Os olhos pesados pareciam ficar mais leves conforme aquela frase entrava na cabeça de Sasuke.

Sakura lhe sorria.

Ele era bom, não era? Precisava ser bom. Como seria diferente se tinha alguém como Sakura ao seu lado?

— Obrigado — fungou, aconchegando-se mais no colo que lhe era ofertado.

Só resolveram sair dali quando Sasuke levantou a hipótese de estarem sendo procurados. Logo alguém entraria ali e os pegaria seminus e abraçados como se suas vidas dependessem daquilo.

Voltaram envoltos por um clima silencioso e estranhamente confortante. Sasuke se perguntava como podia sentir tudo aquilo num intervalo de tempo tão curto e ainda sentir-se tão bem ao lado de Sakura.

Na volta, era ela quem abraçava Sasuke por trás e o beijava vez ou outra na nuca e pescoço, segregando-lhe as palavras certas, o amando baixinho.

Ambos pareciam cansados. Sasuke não tinha mais os olhos vermelhos, mas via-se que estavam pesados.

Entraram na casa e foram direto para o quarto. Sakura se jogou na cama assim que a viu e logo sentiu o peso de Sasuke afundar o colchão ao seu lado.

— Está cansada? — Ele perguntou, se virando para olha-la. — O que fizemos no pomar te deixou exausta, hein?

Sakura riu e o beijou.

— Você também está com cara de cansado. Foi um dia cheio. Acho melhor dormir um pouco.

— Não estou com sono — ele se levantou. — Vou tomar um banho e volto pra descer pro jantar.

— Certo.

— Você me espera? — ela assentiu e ele foi aproveitar seu banho.

Infelizmente, a soneca na parte da tarde não pareceu tê-la deixado 100% satisfeita, visto que estava apagada quando Sasuke voltou.

Ele sorriu quando viu o rosto adormecido de Sakura em meio aos edredons. Era sempre difícil se adaptar ao fuso-horário nas primeiras vezes.

Ou, talvez, realmente tivesse dado uma canseira daquelas em Sakura, não?

Ela só levantou algumas horas depois, vendo todas as luzes da casa apagadas.

Ótimo, estava com o sono todo desregulado. Resmungou alguns impropérios e logo se policiou. Sasuke provavelmente dormia como um anjo ao seu lado.

Checou o lugar onde ele devia estar, mas não o viu. Estranhou. Olhou no banheiro do quarto e no banheiro do corredor. Também não encontrou nada.

Imaginando que ele estivesse no andar de baixo, aproveitou o momento para se limpar. Ainda estava com as roupas do passeio e o cheiro de maçãs impregnado em si.

Demorou-se no banho e, ao sair, decidiu que Sasuke andava merecendo um agrado.

Vasculhou na mala até encontrar um dos conjuntos sensuais que havia comprado. Puxou uma delicada e minúscula calcinha de renda, junto de uma pequena camisola de busto rendado que não passava da metade de suas coxas. O tecido semitransparente que pendia por sua cintura e caía pelo quadril era tentador.

Com receio de ser flagrada usando aquelas indecências, Sakura se cobriu depressa com um roupão de seda que passava seus joelhos.

Andou cautelosa até a sala principal, com medo de acordar alguém. Rodou todo o primeiro andar, até encontrar Sasuke sentado numa cadeira na varanda. Ele aproveitava um de seus charutos.

— Sasuke? — ele a olhou imediatamente.

— Sakura, vejo que acordou — pôs o charuto ao lado. — Você dormiu enquanto eu tomava banho. Quis te esperar, mas a fome falou mais alto. Já é quase meia-noite — ele bateu na cadeira ao lado, num convite para que ela se juntasse a ele.

— Desculpe, acho que eu ainda estava cansada da viagem — ela se aproximou, sorrateira como um gato.

Rodeou a cadeira que Sasuke lhe ofertava e sentou-se sobre o colo dele, passando os braços pelo pescoço de Sasuke.

— Está mais disposta? — ele subiu a mão direita pela coxa dela, brincando com a barra do tecido negro do roupão.

— Uhum... — sussurrou manhosa, curvando-se para beijá-lo sugestivamente no pescoço.

— Ah, Sakura... — o modo como o nome saía da boca de Sasuke, fazia com que Sakura pensasse que aquilo deveria ser declarado um crime contra sua sanidade. — Talvez devesse ao menos jantar primeiro, hm?

— Acho que vou pular para a sobremesa — enrolou as pernas compridas na cintura de Sasuke, deixando que o roupão subisse um pouco mais.

Ele viu um pequeno pedaço de renda preta. Aquela minúscula prévia do que estava por baixo o atiçava ainda mais.

Sakura desatou o nó de seda e baixou os braços, esperando que ele a despisse.

Sasuke não titubeou. Guiou as mãos ansiosas para os ombros de Sakura e puxou muito vagarosamente, até que o roupão caísse num amontoada de tecido logo abaixo dos dois.

Ela estava quente, quase febril. Não se lembrava duma época em sua vida em que tivesse tanto apetite sexual. Todavia, não era uma fome de qualquer coisa. Era fome dele. Era fome de Sasuke.

Ele contemplou a visão espetacular que era Sakura metida naqueles trajes covardemente sensuais. Os seios, por estarem apertados no bojo firme e rendado, saltavam para fora, formando aquele belíssimo contorno cordiforme. O tecido negro semitransparente era como um estimulante potente para sua imaginação aguçada e a peça íntima que a cobria por baixo era tão delicada que seria um pecado rasgá-la da forma como Sasuke estava bastante tentado a fazer.

Devia confessar que o maior de seus desejos era ver Sakura vestida com algo vermelho bastante luxuriante, mas aquilo? Oh, aquilo estava saindo melhor que a encomenda.

— Estão todos dormindo — os olhos negros ainda se perdiam nas curvas daquela mulher.

— Vamos torcer para que ninguém acorde, não é?

— Teremos de ser silenciosos... — ele deslizou o toque dos ombros para os braços.

— Então não ouse me fazer gritar — ela sussurrou ao se inclinar sobre ele e roças os lábios pelo pescoço masculino.

Por Deus, fariam aquilo ali mesmo? Na varanda? Correndo o risco de serem pegos?

Sakura ronronou ao rebolar contra a ereção que começava a subir nas calças de Sasuke.

Ah, pra quem tinha rolado entre as macieiras, o que era um bom sexo na varanda? Sasuke subiu dois dedos pela coluna de Sakura e a pegou pela nuca, puxando-a para um beijo lascivo.

Ela lhe beijava cheia de manha e luxúria. Os quadris faziam movimentos sacanas o suficiente para aproveitar a protuberância abaixo de si. Aquela mulher era fogo puro. Não sossegaria enquanto não fosse plenamente satisfeita e, sinceramente, Sasuke não via problema algum naquilo.

Como de costume, Sakura pouco interesse tinha em ir devagar. Raspou as unhas pelo peito e abdome de Sasuke até atingir o cós da calça. Sem cerimônia alguma, invadiu o tecido grosso e puxou para fora toda a extensão do membro que endurecia um pouco mais a cada movimento.

Ela deslizou a palma quente da base até a ponta e aproveitou para circundar a glande com os dedos. Sasuke arfou, despejando um gemido sobre os lábios de Sakura.

Divido entre a vontade de tocá-la de verdade, pele com pele, e continuar tendo a visão do paraíso que era Sakura vestida daquela forma, Sasuke parou para admirá-la novamente.

Por Deus, era um crime ter que escolher.

A lua refletia na pele pálida, deixando-a com uma aura sensualmente delicada. Ela arfava, estava desejosa. Ele seguia a acarinhando na coxa como se fosse a mais cara porcelana.

Sakura sorriu um riso malicioso demais para aquele rosto corado e se ergueu alguns centímetros. Não precisaria quebrar a fantasia de Sasuke para satisfazer-se, afinal.

Puxou as finíssimas alças da camisola e deixou que os seios se descobrissem. A brisa fria da noite fazia os mamilos se eriçarem gloriosamente. Sasuke baixou a cabeça para plantar um beijo em cada um deles, permitindo-se brincar com a língua ali durante alguns segundos, provando o sabor daquela pele.

Sakura enganchou o dedo indicador num dos lados da calcinha que usava e apenas a afastou. Não era como se precisasse estar completamente nua.

Arrastou-se sobre Sasuke. Estava absurdamente molhada. Esfregou-se uma segunda vez e jogou a cabeça para trás. A fricção era boa demais. Ela continuou. As mãos unidas na nuca de Sasuke. Os quadris serpenteavam sobre o colo dele. Seus olhos se encontraram e ela quase não conseguia mantê-los abertos. Estava desorientada tamanho era o prazer que sentia. Sem a penetração, apenas o roçar os sexos.

— Você gosta disso, não é? — Sasuke sussurrou ao ouvido dela no tom mais pecaminoso que ela já ouvira.

Sakura deixou a cabeça pender para frente, encostando a testa à clavícula masculina e gemendo baixinho.

Não podia gritar, não podia gritar, não podia...

Sasuke a puxou para cima, desfazendo o contato delicioso. Sakura quase o mandou à merda, mas parou de respirar ao senti-lo a invadir, preenchendo-a.

Mordeu o ombro de Sasuke. O gemido alto preso em sua garganta. Não esperou nem dois segundos para começar a subir e descer freneticamente diante dele.

Devia guardar a voz trêmula e os impropérios apenas para ele. E foi o que fez.

Era de revirar os olhos as sacanagens que Sakura sussurrava ao Uchiha. Ele a segurava firmemente pelas nádegas, ajudando no trabalho ao dar impulso e puxá-la repetidamente.

Ela arqueou as costas. Queria mais rápido, mais fundo, mais urgente.

Não aguentou. Gozou chamando alto o nome de Sasuke e ele não se demorou a alcançá-la.

Ele relaxou na cadeira e Sakura, em seu colo. Riram cúmplices, imaginando o que tinham acabado de fazer.

Aquela fazenda já poderia ser considerada afrodisíaca.

Subiram suados e trocando carinhos e risos abafados. Já tinham arriscado demais na varanda. Não era bom abusar da sorte fazendo barulho pela casa.

Sakura pediu com jeitinho que usassem a banheira juntos e Sasuke cedeu aos seus encantos. Lá dentro, repetiram o que havia acontecido no pomar e na varanda. De um jeito mais lento e preguiçoso, mas, ainda sim, prazeroso.

Sasuke nunca na vida havia se imaginado com tanta disposição para aquele tipo de coisa, mas Sakura andava se mostrando realmente insaciável.

Após o banho demorado, enrolados em roupões brancos felpudos e trocando sorrisos e beijos, caíram cansados na cama. Sakura perguntava o que ele havia feito nas horas em que não estavam juntos e tagarelava sobre algum sonho que tivera enquanto cochilava.

Aquele sorriso puro no rosto, a animação que ela não fazia questão de esconder, a voz que aumentava de tom de repente para, logo em seguida, baixar de novo, já que nem mesmo deveriam estar acordados. Todas as facetas que ela mostrava a Sasuke o deixavam cada vez mais embasbacado.

Sakura era sua pessoa favorita.

Ele levantou num rompante, fazendo Sakura se calar. Foi em direção ao armário e começou a procurar algo.

— Sasuke? Sasuke, o que está fazendo? — Sakura perguntou, sentando-se na cama.

Não pronunciou uma palavra. Voltou e se sentou de frente para ela. Em suas mãos, uma grande caixa de veludo azul.

— Eu quero te dar uma coisa — ele abriu o estojo e Sakura levou as mãos à boca. — Não queria te dar o conjunto incompleto. Yuuko terminou o brinco há algum tempo, então...

Sakura encarava o conjunto completo das joias de Mikoto que ela havia usado. O mesmo bracelete e brincos, porém, daquela vez, um belíssimo colar também os acompanhava.

— Sasuke... — ela balançou a cabeça e piscou forte. — São as joias de sua mãe.

— Agora são suas — ele colocou a caixa aberta no colo de Sakura, mas ela prontamente o empurrou de volta.

— Não, não posso aceitar. Eu sei agora o quanto elas significam pra você, Sasuke. Não pos-

— Eu quero dar isso a você. Faço questão — pousou novamente o estojo no colo de Sakura. — Além disso, elas não combinam comigo da forma como combinam com você.

Sakura riu e Sasuke sinalizou para que ela se virasse. Com rapidez, ele passou o colar pelo pescoço dela e plantou um casto beijo na nuca de Sakura quando ela repuxou os cabelos para que Sasuke pudesse ver o que estava fazendo.

— Sasuke, se eu perdê-las... — passava os dedos pelo trabalho delicado que emoldurava a pedra esmeraldina do colar.

— Sei que não vai perdê-las, Sakura. E elas são suas. Pode fazer o que quiser com elas — segurou-a em uma das mãos — Eu confio em você.

Sakura virou-se por completo e sorriu antes de beijá-lo mais uma vez e, quando tudo indicava que poderiam ter mais uma rodada daquilo, o estômago de Sakura roncou forte.

— Isso foi sua barriga? — Sasuke perguntou, incrédulo e querendo conter o riso.

— Acho que eu não devia ter pulado para a sobremesa...

~ѽѼѽ~

— Sabe, sentirei falta daqui... — Sakura dizia saudosa enquanto ajudava Sasuke a ajeitar algumas malas no carro.

A semana havia sido maravilhosa. Tudo ali parecia ser perfeito. Como se fosse uma terra distante onde a infelicidade não pode alcançar alguém.

A comida caseira, os produtos do campo, as maçãs.

Hm, as suculentas maçãs...

— Também sentiremos falta de vocês. Foi ótimo receber visitas — Jiraiya a puxou para um abraço. — Traga-a mais vezes, Sasuke. Todos aqui adoraram essa garota! Além de simpática, também é muito formosa.

— Oh, Jiraiya... — ela riu.

— Seria um prazer transformá-la na próxima protagonista de um dos meus livros — Sakura espantou-se.

— Nossa, mas seria uma honr-

— Vai aprender a escrever postumamente, Jiraiya?

O velho riu da carranca que Sasuke fazia.

— Ora, deixe de ser mal humorado, moleque — pegou a mão de Sakura e, antes que conseguisse depositar um beijo, Sasuke a puxou.

— Vamos, não queremos perder o voo.

Jiraiya soltou outra gargalhada e, enquanto o carro se distanciava, ele acenava se despedindo e esperando que realmente voltassem.

— Esse velho anda cada vez mais abusado... — Sakura ouviu Sasuke resmungar quando já estavam na estrada.

— Sasuke, que bicho te mordeu? — A namorada riu. — Qual é o problema dele fazer uma personagem inspirada em mim?

Sasuke aproveitou a direção tranquila para abrir o porta-luvas e puxar de lá uma edição do que Sakura julgou ser um dos livros de Jiraiya.

— Leia o prólogo.

Sakura revirou os olhos e começou a ler com o riso preso nos lábios.

A cada linha, ia ficando mais chocada.

— Oh, meu Deus...

— Gostaria que ele colocasse uma cena na varanda? — brincou e Sakura sentiu o rosto esquentar.

— Sasuke! Eu não acredito!

Sakura começou a rir. Era, provavelmente, o prólogo mais pervertido e indecente que já tivera o prazer de ler.

No fim das contas, acabou arrancando um riso de Sasuke quando disse que seria bom ter uma leitura para o caminho de volta.

Por mais suja que fosse.


Notas Finais


Hmmm, esse ficou bem grandinho, hein? E tivemos de tudo um pouco, não é mesmo? Um draminha, um romancezinho, umas safadezas indevidas - de novo - rsrs

Olha que lindo, gente. DANDO AS JOIA DA MAMÃE. QUE MENINO PRECIOSO, SOCORRO AAAAA

Quero chamar atenção para uma coisa que acho bem importante nesses dois capítulos ambientados na fazenda. Percebam que, quando se está nela, nada de ruim pode lhe atingir. É quase um refúgio. A ela só cabem as boas lembranças e memórias e eu acho isso muito bonito.
É como um santuário que jamais foi maculado com tristeza, olha que lindo <3

Mas acabou a temporada na fazenda :( Adeus, Chidori. Adeus, maçãs. Adeus, saliências em lugares inapropriados.

Não tenho previsões para o próximo, mas já estou trabalhando nele, ok? E não se surpreendam se o tempo tiver passado muito rápido desse aqui para o capítulo seguinte. Lembrem-se: a fic é bem rápida nesse sentido kkkkkkkk

Vejo vocês no próximo! Mil beijos e até lá.


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