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História O jogo - Ayla


Escrita por: uni023

Capítulo 1 - Ayla


Fanfic / Fanfiction O jogo - Ayla

-Ayla?-alguém chama por mim.  

Me nego a abrir os olhos ou movimentar pelo menos um centímetro do meu corpo. A minha cama está tão gostosa.O quentinho do cobertor me abraça com tanto carinho.É como se fosse a minha segunda pele.O sono estar presente e ele me deixa cada vez mais leve. 

 -Ayla?-A pessoa insiste. 

 É uma voz familiar, mas o meu sono estar tão gostoso que meu cérebro preguiçosos se nega em  reconhecer a voz. Eu só quero ficar nessa cama para sempre.Acho que se eu morresse agora mesmo, morreria feliz.  

-Ayla Lewis Melcher, você vai se atrasar para o trabalho-a voz Insiste em me oportunar.  

Pego o travesseiro e coloco na minha cabeça.  Eu só quero dormir em paz, isso é pedir muito? Deixo o sono me consumindo aos poucos.O meu corpo vai relaxando.  

Droga! 

 Eu --> Trabalho  

Trabalho-->Eu

Ergo a cabeça rapidamente e tiro algumas mechas de cabelo castanho do rosto e procuro pelo relógio que geralmente fica ao lado da minha cama. 

O relógio está no lugar?  É, claro que não!  

Eu tenho um trabalho! 

 Cadê meu celular? 

 Tento não surtar, pois preciso dele para verificar a minha caixa de mensagens. Procuro debaixo dos travesseiros, e em meio aos lençóis e nenhum sinal do infeliz. Eu tenho um celular, mas cadê ele? Pela graça de Deus ouço ele tocar em alguma parte do meu quarto que eu não sei qual.  

E se for o meu chefe me ligando? Esse trabalho é uma grande oportunidade para a minha carreira!

  Me desespero e me arrasto para fora da cama, mas não dar muito certo, pois acabo tropeçando nos travesseiros que eu joguei no chão.Ao cair de costas parecendo um saco de batata.O barulho faz eco pelo quarto. 

 O dia já começou ótimo! 

 Fico deitada no chão olhando para o teto e criando coragem para me levantar e ir viver a minha desastrosa vida. Logo me arrasto para o banheiro.Tomo um banho e lavo o meu longo cabelo castanho.Ao fazer minha higiene pessoal volto para o quarto, pois meu celular está tocando.Eu só não sei onde.Praticamente reviro o meu quarto atrás dele.Acho o maldito atrás da minha cômoda branca.Não me pergunte como ele foi parar ali, pois eu não faço idéia.Aliás,  dá para ver claramente o cuidado que eu tenho com o meu aparelho celular.  

-alô?-atendo e com a outra mão livre procuro uma roupa para vestir.  

Pego um jeans escuro, camisa xadrez  e tênis. 

 -Ayla, onde você está?-Jean resmunga. 

 Jean é o meu chefe no hospital onde trabalho.

 Visto a calça correndo e logo a camisa. 

 -eu estou chegando-calço o tênis.  

Passo perfume e desodorante.É o básico na vida de um ser humano. Pego a minha bolsa que está pendurada atrás da porta. 

 -Ayla, porque você está demorando tanto? 

  Saio do meu quarto feito um raio e desço as escadas. 

 -é o trânsito.Nova York é uma loucura-digo atravessando a sala da minha casa correndo. 

 -Ayla?-meu pai chama por mim da cozinha. 

Droga! No trânsito não tem o meu pai chamando por mim. 

-é seu pai? Você ainda está em casa?  

Merda! 

 -o que?você está ouvindo coisas, Jean.Estou há dois quarteirões daí-minto-preciso ir.Falar ao telefone enquanto  que dirijo é perigoso.

 Eu sou ridícula mentindo   

-Ayla, na...  

-beijos-desligo o celular e jogo dentro da bolsa.  

Procuro pela sala a chave do meu carro e a encontro pendurada no chaveiro. 

 -você não tem vergonha de mentir para o seu chefe?-o Meu pai sai da cozinha. 

 Ele é um senhor de cabelo grisalho, barbudo e Hippie.  Muito Hippie! 

-eu não sou louca de dizer que estou em casa.Te amo, pai.Preciso ir-saio correndo porta a fora.

  Ao entrar no meu velho jipe suspiro.Iigo ele e saio em uma velocidade razoável.Gosto de dirigir pelas ruas de Nova York.O trânsito está tranquilo para o horário.Em meia hora estaciono em um prédio executivo.Creio que todos os prédios dessa rua sejam executivos.  Ao sair do carro e ir em direção a entrada eu me sinto tão desconfortável com as pessoas em volta.Todos estão tão formais e bem vestidos. Mostro o cartão de visita e sou guiada por uma mulher loira peituda e bem gentil. Assim que chego no décimo andar sou recebida por Bill o empresário e Sean Schluter o treinador e pai de Cameron Schluter, um jogador de futebol alemão, mas  muito famoso nos E.U.A por suas grandes vitórias e por sempre se envolver em polêmicas no quesito mulheres.Para ser bem sincera não acompanho o trabalho dele, mas dizem que o homem é muito bom no que faz.Cameron é cobiçado de várias formas e os fofoqueiros de plantão vivem  caindo matando em cima dele. 

 Quando meu pai me deu essa oportunidade de trabalho eu explodir de alegria.Sean é um velho amigo do meu pai e em algumas conversas com o Sean e com o Jean eu fui escalada para esse trabalho, mas tem uma única condição...eu tenho apenas uma semana para conseguir tirar o Cameron da cama.Se eu não conseguir convencer-lo a se tratar estou fora desse trabalho e outro Fisioterapeuta vai me substituir. Ninguém está conseguindo fazer Cameron levantar da cama para a reabilitação  e ter força de vontade.Espero que eu consiga cumprir isso. 

 Depois da reunião com Sean e Bill eu finalmente fui dispensada e pude ir atender os meus pacientes no hospital.

Estou ansiosa, pois a partir de amanhã eu serei fisioterapeuta do Cameron Schluter.

Sean passou no hospital no final do meu expediente para me levar para conhecer Cameron e me apresentar como sua nova Fisioterapeuta.

  -Você tem certeza que não precisa que eu vá junto?-Sean me olha preocupado.  

-tenho sim.Obrigado pela carona-sorrio e abro a porta do carro. 

-Ayla?  

-oi? 

 -você vai precisar de muita paciência com ele.Boa sorte. 

 Pelo salário que eu estou ganhando terei toda paciência do mundo. 

 -obrigado mais um vez.Até mais-fecho a porta do carro e me afasto.  

Observo Sean arrancar com o carro e ir embora. 

 Vamos lá Ayla! 

 Você vai conseguir.

  Respiro fundo antes de girar os meus calcanhares e ir em direção a portaria da mansão. Sean deixou avisado aos porteiros e seguranças a minha chegada.Então assim que cheguei na portaria fui guiada para dentro do condomínio e até a mansão. 

A mansão é de encher os olhos. 

Aperto uma espécie de campainha e por enquanto aguardo mexo em uns lindos vasos de flores brancas.

  -olá-sorrio assim que uma mulher abre a enorme porta dourada.

A porta deve ter uns quatro há cinco metros de altura. 

Os olhos verdes da mulher me olham dos pés à  cabeça, mas ela mantém a sua postura elegante.Ela tem cabelo pratinado curto na altura dos ombros. A pele com um bronzeado leve a deixa com um ar sexy. O corpo é atlético, mas sem exagero. Ela vesti um macacão branco com duas fendas na perna. Está descalça, mas mesmo assim continua muito elegante. Ela provavelmente deve ser noiva ou qualquer coisa ligada ao Cameron. Com a sua elegancia me olha da cabeça ao pés e então ergue uma das sombracelhas quando me ver segurando um dos vasos de decoração. Eu rapidamente dou um sorriso sem graça e devolvo o vaso para o seu lugar.  Eu e minha mania de mexer nas coisas. 

 -em que posso ajudar?  

-Sou Ayla Lewis Melcher-estendo a mão mantendo um sorriso. 

 Ela olha para a minha mão  como se eu tivesse lepra ou outro tipo de doença contagiosa.  

-e quando foi que eu perguntei o seu nome?-ela me olha com indiferença. 

 Com a mão estendida eu rapidamente coloco ela no bolso e dou um sorriso sem graça. 

 -Grossa você em-coço a nuca.  

Ela continua me olhando com indiferença, mas deixa bem claro o quanto está impaciente. 

 -Querida, você pode me dizer logo o que está fazendo aqui-ela olha as próprias unhas-eu não tenho o dia todo.Agora mesmo tenho as unhas para fazer. 

 Enfio as mãos no bolso do jeans e olho para as unhas impecáveis da loira.As unhas dela  já que estão bonitas.

  -Eu sou a...

  -Eu realmente espero que você não seja umas das piranhas interesseiras que o Cameron está acostumado a comer. 

 A mulher me interrompe e então me olha da cabeça ao pés pela quinta vez. 

 -aliás, você até que tem carne nesse corpo e não é as modelos varapau que ele pega, mas você é tão sem sal.

Eu fico em silêncio e completamente sem graça.Eu me sinto ofendida com as suas palavras e ao mesmo tempo eu  me convenço  que vim sem o Sean foi uma péssima idéia. Eu não sei o que dizer ou como reagir com essa situação.

  -é..É Eu sou a... 

 -espero que você não faça eu perder o meu tempo?!fala logo quem você é!  

 Limpo a garganta. 

 -você nem ao menos me deixa falar.Eu sou a Ayla.  

Pensei que com o meu nome ela saberia  quem sou 

 -Eu já sei que você é a "Ayla"-revira os olhos cruzando os braços. 

Ela realmente não sabe quem sou! 

Ninguém avisou a ela? 

 -sou a nova fisioterapeuta do Cameron-explico tirando a minha credencial do bolso do meu jeans.  

Vejo o queixo da mulher ir no chão e voltar.Toda aquela agorancia dar lugar a alguém sem graça e  desconfortável.  

Acho que o jogo virou não é mesmo?!

  -quem é?-um rapaz alto Moreno surge andando com suavidade pelo salão vazio. 

 A loira olha para mim e então olha para o homem moreno com uma pinta de galã vindo em nossa direção. 

 -puxa, você deve ser a Ayla, Fisioterapeuta do Cameron-ele abre um sorriso de lado e estende a mão em minha direção. 

 Aperto sua mão e retribuo o sorriso.  

-fui informado sobre a  sua chegada-comenta-só não imaginava que seria alguém tão nova e... 

 Ele olha para a loira e então desiste de continuar.Eu não sei o que são um do outro, mas posso notar no olhar de ambos que existe algo sentimental.Só não sei se é por parte dele ou dela.

 -Ayla Lewis  melcher

Ele sorri e abre a porta ainda mais  

-Seja Bem-Vinda.Entre-me dar passagem.  

 A loira contínua no lugar em silêncio e me olhando.Não é tão confortável.  Entro em um saguão com uma estátua e alguns quadros. Cameron realmente gosta do que faz.E por ser a casa de um jogador futebol não imaginei que seria diferente do que vejo.Confesso que o bom gosto e a amornia do branco e dourado me surpreende.  

-venha comigo-O moreno de olhos castanhos claros me faz um sinal.  

Acompanho ele.Percorremos um corredor com portas para todos os lados.Era de se esperar que essa mansão tivesse tantos cômodos. Ao chegar em uma enorme porta dourada.O rapaz para e sorrir.

  -sou o Dean-Ele dar uma piscadela e então abre a porta. 

 Assim que a porta se abre entramos em um espaço escuro e com uma enorme tela onde está passando filme.É praticamente um cinema particular.Tem várias poltronas pretas, frigobar e até uma máquina de pipoca e de refrigerante.Eu sou pobre e então quando vejo esse tipo de coisa não tem como não pensar

  " nossa, ele tem o seu próprio cinema"

  Eu realmente me sinto em um cinema.Acho que se tivesse uma sala dessa na minha casa.Eu ia morar nela.Meu pai teria que chamar ajuda para me tirar da sala.

  Dean pega um controle remoto e então aperta algum dos botões que faz as luzes da sala acender. Assim que acende eu consigo ver a sala com mais clareza. Duas garotas loiras erguem as cabeças da poltrona e olha para Dean por enquanto que limpam as bocas.

 Eu não quero nem imaginar o que elas estavam fazendo já que tem um rapaz entre elas.

  -Cam?-Dean  chama por enquanto que se aproxima da primeira fileira de poltronas. 

 -vai para o inferno, Dean!-uma voz grave e com sotaque alemão  vem da poltrona da frente.

  Dean continua em pé no mesmo lugar olhando para o homem que provavelmente deve ser Cameron.

  -eu encontrei a Ayla la fora. 

 -é mesmo?legal-Cameron diz em um tom preguiçoso. 

Caramba, ele tem um sotaque e um tom de voz sexy...

Ayla!

 Dean cruza os braços e então pausa o filme que está passando na tela. 

 -Caralho, Dean!-Cameron resmunga jogando algo em seu amigo.  

Caminho para mais perto de Dean.  

-Essa é a Ayla Lewis Melcher.  

Cameron está sentado na poltrona de um jeito relaxado, a perna está apoiada em um bufê quadrado.Ele segura uma garrafa de cerveja. 

 -ela até que é gata, mas é  muito novinha e estou muito ocupado para fazer caridade-Ele se inclina sobre o braço para poltrona para me olhar. 

 -você não está ocupado.Isso aqui é importante.Ayla é sua fisioterapeuta.  

Cameron estreita os seus olhos e me estuda com atenção.A cor verde de seus olhos é tão diferente que me deixa um pouco confusa, surpreendida e intrigada.Não é  um verde comum.Por um momento chego a me questionar se são dele ou é lente de contato. Ele tem algo no olhar que me deixa intrigada...

O contato visual dele é constante.Suponho que ele está tentando ver através dos meus olhos. 

-Continuo ocupado para ela-responde como se eu não estivesse na sala. 

 Cameron passa a mão no seu cabelo dourado e com a outra bebi sua cerveja.

  -você pode está de brincadeira, não é?  

 Cameron não responde.Apenas volta o seu olhar para a tela do filme pausado e bebi a sua cerveja.Ele deixa bem claro o quanto não se importa quem eu seja.Percebo que não vai demorar muito para ele me mandar embora. 

 Cameron então me olha esperando que eu diga algo, mas o que dizer.  

-aliás, vocês estão atrapalhando o meu filme com as garotas-Cameron diz todo cheio de preguiça 

 -Ayla apenas veio fazer o trabalho dela. 

 -eu não fui até a casa dela e a obriguei vim aqui.Aliás, se você acha que vai me convencer a ser tratado por uma garota de 15 anos está enganado.Portanto você perdeu o seu tempo e a garota também.Aposto que deve ter sido coisa do Sean.Ele me paga.sugiro que você e sua nova amiga saíam da sala e me deixam em paz assistindo meu filme-ele aponta para a porta. 

 Ele é um idiota. Eu não vou negar que me sentir desconfortável ou com vontade de chorar. 

Limpo a garganta e tento parecer confiante.

 -prazer em conhece-lo Sr.Cameron.Desculpa o incômodo, isso não vai mais acontecer 

 -acho bom.A sua presença é nada bem vinda.Quantos anos você tem?16? 17?  

Ele continua me olhando de um jeito  preguiçoso.

 -Amanhã às  08:00 começamos a nossa primeira sessão de fisioterapia.-dou um sorriso de lado e vou em direção a porta de saída.

  -você é surda, garota? 

 -não, senhor.até amanhã.   

 Saio da sala sem olhar para trás, mas escuto  passos vindo atrás de mim.

 -Ayla? 

Ao me virar vejo Dean vindo em minha direção. 

-você me desculpa pelo Cameron? 

Dou um leve sorriso.

 -está tudo bem, Dean.Obrigado por ter me recebido bem. 

-vou te levar até seu carro. 

Dean me acompanha até o meu carro e durante o caminho percebo o quanto ele é gentil e engraçado. 

Ao me despedir do Dean, entro no meu jipe e afundo no banco. 




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