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História O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - A Maldição Das Almas


Escrita por: Kali911

Notas do Autor


❃.✮:▹ ◃:✮.❃

Capítulo 6 - A Maldição Das Almas


Fanfic / Fanfiction O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - A Maldição Das Almas

P O V ' S   A N N E


Eu olho fixamente para o grande portão que está a minha frente, eu realmente estou com medo do que pode acontecer comigo aqui, não quero morrer desse jeito! Eu me levanto um pouco tonta, o meu corpo dói e eu estou muito cansada para me defender agora, mas se for desse jeito assim seja. O público me olhava e gritava como loucos, o caçador me olha com um sorriso de canto, ele está me testando? Então naquela hora o portão é aberto e a grande bola negra deformada sai com suas patas que quando tocavam o chão todo tremia parecia até que iria se abrir, ela estava atormentada e faminta, eu dou passo para trás sem desviar meus olhos do seu apensar de serem vazios, ela tem pernas por todo o corpo e tinha unhas bem afiadas fazendo com que arranha-se o chão repetidamente, quando ela pula vindo em minha direção acaba me dando um tapa fazendo eu ser jogada para longe batendo contra a parede fazendo um estrondo, sinto minhas costas quebradas, mas... Eu não entendo! Eu era pra estar morta, de repente sinto como se eu estivesse me curando, até o buraco que estava no meu ombro não está mais! Eu me levanto devagar meio tonta e fraca, vejo a grande sombra vindo atrás de mim fazendo um barulho muito alto e agudo fazendo meus ouvidos sangrarem, começo a gritar de dor, quando ela para de fazer aquele barulho eu não consigo escutar muito bem até que minha audição volta ao normal depois de alguns segundos.

—Vejam! Como ela é magnífica... Se cura em poucos segundos e ainda está roubando a força vital do monstro, é esse tipo de criatura que vocês querem por perto? Que só consegue sobreviver sugando a vida dos outro pra se manter jovem e viva?? Eu digo para acabar com essa espécie deplorável! – Todos começam a gritar dizendo para me matarem.

Então eu corro meio tonta e foi naquela hora que vi um pequeno buraco, eu entro e a fera fica com sua pata e unhas tentando me pegar lá dentro, eu comecei a chorar e gritei o mais alto que pude o nome de Derik, várias vezes. Então eu vejo caçadores colocar correntes abençoadas pelas lágrimas de Deuses em volta da fera para ela não atacar fazendo com que ela deita-se forçadamente no chão, eu estava assustada demais então eu saio de lá e tento subir onde estava o público a gritar, mas um deles chuta minha cara fazendo com que eu cai-se de volta para arena.

—Volte para lá e lute sua puta! – Então guardas me pegam e o Caçador sai de seu posto e vem em minha direção descendo as escadas e entrando na arena.

—Oh querida filha, você não está facilitando as coisas para mim, chame o nome dele! Sua praga... – Ele se vira e quando ele ía embora...

—Você vai queimar no inferno seu velho desgraçado! – Grito pra ele cuspindo um pouco de sangue, ele para e se vira.

—Eu já fui bastante paciente com você Chapeuzinho Vermelho. Ei, vocês! Coloquem correntes nela e depois solte a fera! Vamos dar ao publico o que eles querem. – O povo grita eufóricos.

—Espere...! Por favor, não! NÃO FAÇA ISSO! Por favor... – Tento chamar sua atenção chorando, mas ele vai embora.

Os guardas colocam e eu fico de joelhos pois eu não conseguia ficar mais em pé. Eles saíram da arena e foi aí que soltaram o monstro que joga as correntes para longe fazendo um barulho agonizante. Mãe... Estou com tanto medo...! Eu fecho meus olhos e espero pela fera me engolir rasgando a minha pele e mastigando os meus ossos como se fossem chiclete, mas... Sinto meu peito começar a arder e quando vou abrir os olhos uma imensa luz azul aparece e depois de alguns segundos a luz azul some, vejo como se eu estivesse sugando a vida do monstro que logo estava virando poeira no chão fazendo um grito irritante e depois sumindo no vento, quando eu tento olhar para a minha frente para ver quem é no meio daquela poeira toda era o Derik mas, ele está bem diferente... Seu corpo mudou completamente.

—Derik... – Falo em voz baixa pois minha boca estava seca e ferida, eu toco seu rosto com dificuldade quando ele vem até mim chorando, ele toca minha mão com a sua tentando não me ferir com suas garras.

—Eu prometi te proteger, não prometi? – Eu dou um sorriso fraco, então ele quebra as correntes e eu me apoio nele meio franca, todo o público ficou em silêncio pareciam surpreso, mas o Caçador estava aborrecido.

—Você... EU VOU TE MATAR LOBO FILHO DA PUTA, E ESSA NÃO VAI SER A PRIMEIRA VEZ!... – Ele pega seu machado e pula lá de cima fazendo um estrondo no chão e depois vêm em nossa direção com uma fúria em seus olhos.

Na hora que ele ia me soltar e atacar o Caçador que estava correndo em nossa direção chegando cada vez mais perto, um portal roxo aparece em nossa frente e então uma mão feminina aparece pegando o braço de Derik e o puxando ele junto comigo, assim que o portal se abre em outro lugar fomos arremessados para fora fazendo a gente cair no chão.

—Ei! Você poderia pegar leve nesses portais?! – Ele grita com ela.

—Não reclame comigo! Sabe como foi cansativo abrir outro portal para pegar vocês? Você deveria me agradecer ao invés de estar reclamando. – Eu me sento tocando minha ccabeça e depois meu ombro, eu realmente fiz isso? Estou curada, mas ainda sinto um pouco a dor e o cansaço em meu corpo. Derik vem até mim preocupado.

—Você vai ficar bem Anne, deixe eu ver. – Eu tiro a mão do meu ombro e ele tira a faixa, o ferimento tinha sumido, mas ainda sinto como se ele estivesse aqui. Nem sei como aguentei isso por tanto tempo se não fosse Derik e a mulher desconhecida, eu estaria morta.

—Derik eu cuido do corpo dela, só precisamos voltar ao castelo não é muito longe daqui. – Fala a mulher desconhecida.

—Obrigado Dyana, te devo uma. – Diz Derik olhando para ela.

—Deve duas. Agora siga-me, nós não devemos estar muito longe. – Ela vai na frente e eu a observo ir.

—Então... Não sabia que seu corpo mudava desse jeito. O que você realmente é? – Digo olhando para ele fixamente, seu rosto parecia quase humano e seu corpo também... Havia algo nele sujo que cobria sua perfeição, e eu queria saber.

—Quando você estiver bem e segura, eu te conto, tá bom? – Ele sorri para mim e eu logo retribuo.

—Tá bom... – Ele faz um carinho na minha cabeça.

—Então vamos? – Fala ele se levantado, eu tento me levantar, mas não consigo.

—Não se esforce Anne, deixa que eu te carrego. – Ele me coloca em seus braços com cuidado e vai andando em direção a Dyana que estava nos esperando na frente.

—Sabe, não precisava disso eu tenho pernas sabia? – Digo em voz baixa em um tom de brincadeira.

—Claro que tem, mas não consegue nem ficar em pé com elas. – Ele fala sério enquanto eu fico sorrindo para ele.

—Você é tão engraçado, mas mudando de assunto, por que me salvou? Mesmo eu sendo um peso em sua vida você nunca me deixou para trás, por que? – Pergunto meio roca.

—Por que... eu te... – De repente sinto minha pálpebras ficarem pesadas e sua voz ficar distante, então tudo fica escuro outra vez.


H O R A S   D E P O I S . . .

Eu abro meus olhos rapidamente me sentando na cama eufórica colocando minha mão em meu peito tentando me acalmar, parece que eu estou no castelo de Dyana. Acordei com medo pensando que ainda estava naquele lugar horrível! Eu começo a coçar meu ombro... Hmm? Eu olho e não sinto mais dor nenhuma em meu corpo. Dyana é uma bruxa e tanto... Eu tiro esses pensamentos da minha cabeça e me levanto da cama, percebo que estou com roupas diferente, eu uso uma saia longa preta e uma blusa de mangas longas branca com uma meia calça preta, pego as pequenas botas pretas que estava do lado da minha cama e as calço. Derik deve estar em algum lugar, mas este é um castelo enorme, como vou achar ele? Se eu perguntar para alguém talvez eles me mostrem onde ele está. Eu saio do quarto e olho para os lados... Acho que não...! De repente bato de frente com alguém.

—Oh, me desculpe! – Eu me afasto e olho para ver quem é, um homem sem cabeça... Ele está segurando vários livros e tem uma cabeça em cima...

—Não precisa se desculpar moça! Eu quem estava com a cabeça nos livros, literalmente... – Ele fica envergonhado pelo seu tom de voz.

—Tá bom hehe, por acaso você sabe onde está Derik? Um cara gente fina, bem alto e sexy... – Fiz uma pose ridícula imitando o Derik e ele riu.

—Sei sim. Ele está na sala de jantar com a senhorita Dyana, no segundo corredor a esquerda onde tem uma porta com uma caricatura feita de ouro das gêmeas. – Eu agradeço e ele se curva segurando sua cabeça. Eu vou diretamente para onde Derik está.

Quando eu chego no local, antes de abrir a porta eu escuto Dyana e Derik conversando, curiosa eu paro e escuto cuidadosamente colocando meu ouvido na porta...

—Sério mesmo que você disse isso?! Puff... Hahaha!!! – O que é tão engraçado?...

—Cala a boca! Ainda bem que ela desmaiou antes de ter ouvido o resto. – Não acredito...

—Ou talvez ela tenha escutado e fingiu desmaiar pra não magoar você, tadinho! Eu queria ver tanto sua reação! Hahaha!! – Eu abro a porta um pouco e vejo Derik vermelho de raiva e Dyana vermelha de tanto rir, o melhor seria eu entrar logo...

—Pff! As palavras escaparam da minha boca só isso, e ainda mais quem iria se apaixonar por aquela mula-... Ela tá bem atrás de mim né... – Quando ele percebe minha presença ele para de falar e olha pra trás sorrindo nervosamente, enquanto Dyana fica segurando seu riso.

—Ah... Quem exatamente? – Cruzo meus braços enquanto ele fica paralisado e Dyana vem em minha direção e coloca seu braço ao redor de meu pescoço.

—Claro. Derik por que você não conta a ela agora? – Ele à olha com raiva.

—B-bom... – Ele está suando.

—Depois você conta... – Falo o encarando, ao dizer isso minha barriga ronca, o barulho era realmente assustador.

—Oh, me desculpe! Sorte que eu pedi a melhor comida deste lugar. Anne, você gostaria de experimentar a minha nova sopa? – Diz ela com um grande sorriso.

— Oh, deve ser uma delicia! – Digo mostrando um grande sorriso ansiosa pra comer.

—Fala sério Dyana, se quer matar a menina diz logo.

—"Haha", é muito melhor do que comer essas comidas gordurosas! A sopa tem vários nutrientes que eu mesma criei pra ficar com esse corpão que eu tô aqui não foi fácil tá, quer dizer eu nasci gostosa assim mesmo. Desde então, eu não paro de comer...!

—Por isso tá com essa cara de fome todos os dias... – Derik fala baixinho, mas ela escuta e pisa no pé dele fazendo ele gemer de dor tocando o pé dele.

—Hmm, então isso virou café da manhã, almoço, jantar e lanche! Espero que você goste Anne, mas se não te satisfazer você pode comer tipo bife, carne de boi entre outras coisas nada nutritivas... – Diz ela fazendo cara de nojo.

—Eu posso também? – Diz Derik com seus olhos brilhando.

—Não. – Curta e grossa. O sorriso dele logo desaparece.

Ela se senta na cadeira e eu me sento ao lado de Derik que percebe e mantém uma certa distância de mim, o que deu nele? Depois de alguns segundos Dyana chama os empregados que trazem a comida, assim que coloca na mesa eu coloco tudo pra dentro, estava realmente um delícia! Quanto tempo eu não comia assim?... Quanto eu termino de comer eu me estico e lambo meus lábios feliz sentindo o gosto da comida ainda. Eu não sei porque Derik achou essa comida maravilhosa ruim...


P O V ' S   D E R I K

Eu olho para Anne e vejo ela lamber os lábios, fico hipnotizado, mas logo volto a olhar para o prato de carne que estava a comer fechando meus olhos, se concentra Derik... Respira fundo...

—... Derik...? – Quando eu escuto Anne me chamar, eu a olho.

—S-sim? – Mantém a calma...

—Você anda estranho ultimamente, aconteceu alguma coisa? Quer dizer, pode ser por causa de você estar assim nesta forma né... – Eu tento segurar meu desejo, mas... Quero muito morder seu pescoço e fazer você se molhar todinha de prazer Anne... eu quero muito devorar você.

Anne percebe que eu estou me aproximando dela lentamente e tenta se afastar confusa, mas quando eu ia segurar sua cintura Dyana me interrompe chamando a atenção dela, fazendo eu tomar controle de novo e recuar. Isso não pode estar acontecendo... Eu me levanto bruscamente e saio do local.


P O V ' S   A N N E

Sem entender o que acabou de acontecer, Derik se levanta bruscamente e sai da sala de jantar batendo a porta com força que fez eco na sala, eu o olho triste e percebo o olhar calmo e sereno dela, parece que ela também está triste por dentro...

—Anne eu preciso conversa com você um instante, você poderia me seguir por favor? – Diz ela se levantando.

—Está bem. – Eu me levanto e sigo ela.

Nós fomos até a varanda de seu quarto, onde tem uma mesa pequena e duas cadeiras de frente para a paisagem, eu me sento e ela se senta ao meu lado...

—A vista é linda, não é? – Diz olhando para o lado onde estava a grande floresta coberta de neve com a luz do pôr do sol. 

—Sim... – Digo olhando também.

—Eu quero falar sobre o Derik, lembra que você viu o retrato da mãe e o pai dele? Eles dois se apaixonaram, um amor proibido... – Eu balanço a cabeça afirmando tentando entender o que ela quer dizer. —Como sua mãe é humana e seu pai é um Lobo, o corpo do Derik está tendo alterações muito fortes que seu corpo não está aguentando e ainda quando ele ficou perdido por um tempo na floresta em forma meio humano, ele estava fraco e se adaptando ainda, mas as almas viram ele daquele jeito e ele aproveitou sendo assim amaldiçoado foi por isso que ele agiu daquele jeito. Anne quero que você fique o máximo longe de Derik em questão do sentimento amor... Por isso ele não pode mostrar alguma fraqueza ou sentimento por você assim ele estaria dando o controle para as almas abusarem disso, ele consegue controlar, mas com o tempo está sendo difícil. Se ele não souber achar uma cura para isso, ele vai estar com o desejo de querer te comer viva e vai chegar num momento em que ele não vai poder controlar isso, mas eu tenho um plano... Eu vi o que você fez naquela arena e se eu te ensinar como usar bem esse seu dom você pode salvar a vida de Derik, mas também pode acabar com ela então a gente tem que fazer isso certo, tá bom? Por enquanto mantenha distância dele até acharmos um jeito para acabar com isso.

—Tá bom, mas... Por que Derik não me contou?

—Talvez porquê ele tive-se com medo de te assustar ao dizer isso, pois não queria que você fica-se com medo dele e fosse embora. – Agora eu o entendo. —Anne, se você sentir alguma coisa por ele, além de apenas um simples guardião ou amigo... Eu quero que você liberte esse sentimento dentro de você, pois quando você o perder, vai querer voltar no tempo...

—Mas eu não sei se sou capaz disso Dyana... Eu nem terminei meus estudos e nem sei o que fazer da minha vida! Agora tô presa nesse fim de mundo e você quer que eu quebre a maldição dele dizendo que eu o amo mesmo não sentindo nada disso por ele? – Eu me levanto dizendo tais palavras nervosamente sem pensar direito.

—Eu não quero te força a ama-lo desse jeito, e sim, ama-lo como se fosse sua família. Ele precisa de você mais do que tudo Anne, ele não tem mais ninguém além de você. – Eu fico tremula e olho para a paisagem quase chorando.

—Eu acho que vou lá fora, respirar um pouco... – Eu saio sem olhar para ela.

Pego meu capuz que estava em cima da cadeira na sala de jantar e vou indo logo a porta de saída com lágrimas no rosto, eu saio sem olhar para ninguém, apenas quero sair daqui... Eu tento abrir a porta principal, mas estava trancada, então eu entro no quarto ao lado e avisto uma janela, tento abrir com força até que consigo, eu pulo a janela colocando meus pés na neve... Eu vou um pouco para longe até me encostar na árvore mais próxima de mim e sentar no chão chorando com um pouco de frio, eu fico aqui até conseguir parar de chorar, então eu fecho meus olhos tremendo de frio e tento pensar em algo para esquecer sobre o que Dyana tinha me falado, mas era quase impossível...

—Ei, o que faz aqui fora neste frio? – Quando abro meus olhos e levanto minha cabeça, vejo Derik se abaixando perto de mim com a mão em meu rosto enxugando minhas lágrimas, eu me afasto um pouco.

—N-nada... – Ele fica triste e se senta atrás de mim, de costas.

—Eu sei, eu sou horrível... Tentei fazer de tudo para conseguir dinheiro para meu pai pagar a divida que ele devia ao Caçador, mas mesmo assim, não era o suficiente, ele sempre vivia com raiva e gritando comigo e com a minha família só descontando a raiva que tinha sobre sua mãe e você. O resto você já sabe, eu fugi e acabei ficando assim. Não quero que você sinta pena... – Ele se vira para mim e chega mais perto, sinto sua respiração fria, eu me arrepio. —Anne, você não precisa me amar, só quero que seja você mesma até porque quando estou com você eu me sinto vivo... Mas eu não mereço ter você. Me desculpe...

Quando ele se declarou para mim, eu não aguentei e me virei para abraça-lo. Eu sabia que ele estava magoado e precisava de mim, mas eu estou com tanto medo de acabar estragando sua vida tentando ajudar... Ele me abraça ainda mais forte fazendo com que meu corpo ficasse quente, eu não me importo no que ele foi e sim no que ele vai ser, eu quero que ele seja livre...

—Derik... Eu não ligo se você tem essa aparência ou está com essa maldição, eu não tenho medo de você. Mesmo que me mate e me coma viva eu vou continuar... G-gostando de você. Eu não quero que você se vá, não quero perder você de vista nem por um segundo... Sou eu quem devo desculpas, por não ser o que você realmente precisa. – Eu acabando deixando me levar pela emoção, estava com frio e abraçando ele cada vez mais forte, eu estou apavorada... Mas nada vai impedir de eu salvar ele.

Ele me afasta de seus braços e enxuga minhas lágrimas mais uma vez, sorrindo para mim e rindo...

—Bobinha... Não precisa fingir que gosta de mim, eu até te entendo. Não precisa se preocupar comigo, eu vou ficar bem. Agora pare de chorar e vamos entrar, não quero que você morra congelada aqui fora. – Ele mostra um sorriso calmo. Ele não acreditou em mim?...

Ele se levanta e vai indo na frente, logo depois eu me levanto em seguida me abraçando por conta do frio. Ele faz pezinho pra eu subir na janela para eu entrar, ele entra também e fomos andando até o salão para encontrar Dyana, ele disse que ela tinha algo de grande importância para nos dizer.

—Por que estava lá fora descalça num tempo frio desses? Você poderia congelar lá fora sabia? Não quero que você fique naquele estado horrível de novo. – Eu me engasgo com minha própria saliva.

—Eu não senti tanto frio assim, você deveria se preocupar com si mesmo, quem está num estado horrível aqui, é você. – Ele suspira rindo de nervoso, eu falei sem querer aquilo, mas não pude evitar de dizer o que ele realmente precisava ouvir.

 Eu tento não olhar diretamente para ele. Eu disse tudo aquilo antes, mas não o afetou muito, talvez eu deve-se...

—Aí estão vocês! – Diz Dyana nos encarando preocupada, fazendo eu prestar atenção nela.

—B-bom, Anne eu preciso te contar uma coisa... A sua mãe disse para eu te dizer na hora certa, e eu acho que o momento certo é agora.

—Você conheceu minha mãe? - Digo tirando meu capuz, olhando-a nos olhos profundamente.

—Sim, ela era minha melhor amiga, a gente se conheceu na redondezas deste lugar quando só tínhamos 13 anos de idade, eu estava indo pegar algumas maçãs para eu fazer torta de maçã. A sua mãe era realmente muito linda e calma, ela sempre sorria mesmo nós momentos tristes de sua vida, eu a adorava por ter esse jeito único, mas aí... – Ela fica triste e eu olho para minhas mãos confusas...

—Você não respondeu minha pergunta... Dyana, o que minha mãe era? – Digo a encarando seriamente.

—Quando sua mãe estava grávida de você seu pai não aceitava ter um bebê com ela, ele não quis assumir então sua mãe se afastou de seu pai, mas quando ele descobriu que sua mãe tinha o sangue de uma curandeira ele sabia que precisava dela mais do que tudo, ele foi atrás dela forçando ela dizer a verdade e fazer com que ela desse seu sangue para ele continuar a viver jovem, mas ela recusou, disse que suas habilidade era sagrada, ele ficou puto e a levou para um lugar escondido na floresta, longe das vilas e da cidade grande, onde seu pai a machucou querendo que ela colabora-se com ele, mas isso acabou não só afetando ela como a você também, então você tem a mesma força de uma curandeura, por isso consegues se curar em poucos segundos, mas isso requer muita energia sua e seu corpo acaba não aguentando muito a força que você tem. Se fosse uma pessoa normal como qualquer outra você já teria morrido dentro da barriga dela. Então quando sua mãe deu a luz à você naquele lugar horrível... Ela estava sendo levada para outra sala, a porta de saída estava aberta pois eles estavam recebendo os pacotes que pediram, então essa era a chance de você ter uma vida que sua mãe nunca pôde ter... Então ela saiu da cama com você nos braços ignorando os homens que estavam atrás de vocês, ela correu com dificuldade até achar a saída daquele inferno e quando ela saiu de lá, vários guardas estavam cercando vocês, ela correu fraca tentando distrair eles até que chegou na casa de sua vó que entregou você chorando desesperada e cansada, na beira da morte pois os pontos na sua barriga estavam se abrindo, sua vó ficou muito triste quase que se acabava também, sua mãe saiu de lá correndo e atraiu os caçadores para longe e foi aí que um deles mirou e acertou sua mãe na cabeça, o Caçador que estava lá só a olhava com ódio em seu coração. Agora você cresceu e... Me desculpe por não ter feito nada Anne. – Quando ela termina de falar eu percebo que estava chorando e ela também...


. . .

Assim que eu me despedi de Dyana eu fui para o meu quarto. Eu me deito na cama super confortável com meu corpo cansado, mas antes de me deitar eu fui falar com Derik, mas resolvi deixar ele sozinho pois não quero piorar as coisas entre nós mais ainda, não quero incomoda-lo, tudo estava tão claro e ainda confuso para mim... Minha mãe tinha sangue de uma Curandeira... O sangue da minha vó, elas podiam dar e também tomar, mas porque não os evitou? Eu me cubro e fecho os meus olhos lentamente que estavam doendo de tanto eu só chorar hoje. Espero ter forças pra aguentar o amanhã...


~ Fim Do Capítulo 6 ~



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