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História O Lado Cego do Amor - Norminah - Capítulo 11


Escrita por: Letcia95

Capítulo 11 - Capítulo 11


"Parece risonha esta manhã," comentou Ally, olhando sua amiga entrar na cozinha trazendo um sorriso na cara. "O chat com seu pai foi bom?"

Normani fez uma pausa, então sorriu.

"Oh, sim. Meu chat com papai foi maravilhoso." Inclinou-se para beijar a bochecha da mais velha. "Deixou café para mim?"

Pálidas sobrancelhas se levantaram. "Deixei," respondeu, "mas não acho que a cafeína seja realmente adequada para ti esta manhã."

Normani riu e colocou o café na xícara. "Bom, hoje estou de bom humor."

"Estou vendo," concordou Ally, sentada em sua cadeira. "Por algum motivo especial.?” Normani considerou a pergunta enquanto apertava os números no microondas. "De verdade, não sei" respondeu "Suponho que gosto de estar solteira."

"Brindarei por isso." Ally levantou sua própria xícara de café antes de tomar um gole. "e o que vai fazer hoje?"

Normani bocejou antes de responder. "Estudar," explicou sentidamente, mas sorriu no instante que o microondas anunciou que seu café estava pronto. "Ah, divino." Puxou uma cadeira e sentou-se, sentindo-se refeita e feliz.

"Bom, que seu querido pai falou?" perguntou Ally, estudando intensamente sua amiga, tinha seu olhar em Normani, ainda que sua vista foi atrapalhada pela xícara em seus lábios.

"Disse que sentia minha falta e espera que possa ir visitá-lo antes que acabe o verão. E que tem alguém que quer que eu conheça, uma nova amiga" Fez uma pausa para beber seu café. "Isso é tudo."

"Mas ficou online toda a noite. Eu ouvia você digitando."
Normani obviamente não esperava esse comentário porque ficou paralisada momentaneamente, a xícara de café ficou no meio do caminho até seus lábios. Então relaxou e sentou-se melhor. "Estive conversando no chat com Jane" admitiu.

Era óbvio para Ally que Mani não era consciente do ridículo sorriso em sua cara. "Jane" repetiu. "a ciber lésbica?"

"A única e verdadeira" confirmou.

"E o que conversou com a ciber lésbica Jane?" Ally perguntou curiosamente, colocando seus cotovelos sobre a mesa.

"Só falamos de coisas sem importância," respondeu casualmente. "E deixe de chamá-la assim. O que foi, que olhar é esse que está me dando?"

Ally negou com a cabeça. "Sei o que está acontecendo," explicou. "Estudei psicologia na escola." Foi a vez de Normani de parecer interessada. "Não vai me dizer, por favor, sua análise, Dra. Brooke?"

"Esta fazendo essa coisa," disse Ally, apontando um acusador dedo a sua melhor amiga. “Decidiu mudar de lado por um tempo."

Normani olhou para cima e ficou de pé, levou sua xícara de café com ela. "Que esperta," respondeu com fingida surpresa. "Que eloquência!" Ally também estava de pé, não estava preparada para abandonar o tema.

"Thomas te feriu e agora vai renunciar aos homens. Isso é o que está fazendo. Vai ferir o coração dessa pobre lésbica!"

Normani indo para seu quarto. Fez uma pausa e virou. "Oh, mencionei que ela é atriz? Igual a você." Sorriu e entrou em seu dormitório, fechando a porta.

"Vou dizer a sua mãe que trocou Thomas por uma ciber lésbica!" ameaçou Ally brincando do outro lado da porta.
Normani riu dissimuladamente. Não seria bárbaro? Agitando a cabeça e ainda de estupendo humor, se pôs a estudar para seu último exame do semestre. Desfrutou do som de escovar os dentes. Era consolador. Dava-lhe um sentido de limpeza… E… consolo. Preciso dormir mais. Agitando a cabeça, olhou seu reflexo. Que sexy. Nada como uma escovada nos dentes a boca cheia de espuma para fazer exclamar os homens, "Uuu lala".

Saiu do banheiro. Sua amiga estava em seu lugar diante da TV, zapeando sem parar por todos os canais. "É assinamos esta tv cabo e segue sem ter nada." Normani olhou para ela. Toda a noite, era a mesma discussão. "Eh, deixa-me perguntar algo, normalmente dá nosso número a desconhecidos?"

"Só aos que pedem," respondeu Ally com meio sorriso. "E mesmo que não desse está em seu cartão." Normani concordou.

"Deu meu cartão para aquele rapaz?"

"Que rapaz?"
Às vezes, tinha a sensação de que Ally adorava lhe irritar. "O cara com a Jane…"

"Quem é Jane?" Normani levantou as mãos num movimento de estrangular o pescoço de Ally. "Está tentando me enlouquecer?”.

"Estou entediada, não há nada," Ally disse. "Você é tudo que tenho para entreter-me." Sorriu brilhantemente. "Em qualquer caso, lhe dei o cartão, escrevi o número na parte de trás."

Normani não suportou a falta de lógica de sua amiga, não fez isto. "O número já estava no cartão," disse, inutilmente.

"Duuh" disse Ally. "Mas não podia dar simplesmente o cartão, 'Eh, aqui está o cartão de minha melhor amiga. Ligue qualquer dia'." balançou a cabeça. "Senti que a ação de escrever o número realmente se fez necessário no momento." Ally parou de procurar um canal. "Rendo-me. Não me importa o que tiver passando vou ver."
Normani viu as mensagens e balançou a cabeça. Hora de escrever para Jane.

"Vai escrever para sua nova namorada?" brincou Ally.

"Que idade disse que tinha?" perguntou Normani.

Ally levantou um dedo e balançou-o de um lado a outro. "Não. Uma verdadeira atriz nunca revela sua idade. É pior que a morte. Há uma maldição em Hollywood. Esses famosos terminam fazendo comerciais às três da manhã." Normani levantou seu próprio dedo zombadoramente e fez movimentos circulares junto a sua orelha. "Calada." Devolveu sua atenção para o seu computador "sei sua idade, palhaça.."

"Então devo te matar," disse Ally.

"Oooh, estou morrendo de medo," Ally olhou para sandálias nos pés de sua amiga. "Sapatos lésbicos," notou, agitando a cabeça. "A transformação começou."

 

Querida Jane,
Depois de um frustrado esforço por encontrar algo para ver minha amiga deixou à sorte e o destino decretou que deveriamos sofrer vendo Happy Days. Lhe supliquei que mudasse de canal, mas não mudou. Esta noite terei pesadelos que envolvam o Fonze de qualquer forma, maneira ou lugar, vou mata-lo.
Passei o dia estudando para meu exame de História da Arte. Amanhã acabam minhas aulas mal posso esperar! Três meses de liberdade; três meses de arte. Terei tempo para começar a coleção, se ainda estiver interessada, a esta altura não me parece correto te vender. Considere como um presente.
Thomas ainda não me procurou, o que é bastante raro e me preocupa um pouco. Quero dizer, vai para Harvard na próxima semana… O menos que podia fazer era se despedir. Não acha? Não pode estar tão bravo ainda comigo. Bom… talvez esteja.
Meus pais o adoram porque vai ter sucesso. Mas é que não vejo o sucesso como requisito para o amor. Nem sequer importa-me. Me importa mais que uma pessoa seja feliz. Talvez só estou tentando me convencer de não ser uma completa perdedora. Não, isso não é verdade. Acho que só invejo o fato que quando meus pais lhe olham, vejo orgulho e respeito em seus olhos. Quando me olham, só vejo desilusão e vergonha.
Oh, a propósito, diverti-me muito ontem à noite contigo. Talvez possamos voltar a conversar outro dia? Depois de amanhã terei todo tempo do mundo, me avise se quiser conversar no chat depois de amanhã.
sua amiga,
Mani

*

Dinah olhou sua agenda e tinha uma convenção prevista para o próximo mês. "Vai ser infernal," comentou e pôs o papel na mesa. Olhou o peixe colorido que nadava pelo tanque. Oceana era seu lugar favorito para comer. Servia o melhor marisco da cidade, e proporcionava uma agradável atmosfera privada onde podia desfrutar sua comida, sem ter que se preocupar que os demais clientes ficassem olhando.

Em lugar de mesas ou reservas, Oceana tinha pequenas "grutas" individuais Tinha inclusive uma cortina para assegurar maior privacidade. Na parede tinha uma Janela de cristal dupla com uma pequena vista privada do aquário. Peixes de todas cores, formas e tamanhos nadavam ao redor, passando pelas Janelas de todos em sua circular viagem.

"Vejo que a Operação ‘Abraça teus fãs’ não vai dar em nada," Ucker, pegou o horário. "Vejamos. Convenção oficial de Guardian. Prêmios de cinema da MTV." Fez uma pausa. "Rádio City Music Hall? New York. Bom, aposto que está contente."

"Estou radiante," Dinah respondeu secamente.

Ucker olhou-a por um momento, então voltou ao horário. "Bom, foi indicada para que prêmio?”

Dinah olhou para o alto. "Melhor Beijo."

"Logo este," disse Ucker, agitando a cabeça desaprovando. “Que beijo é este? Espera. Deixa-me adivinhar, foi aquele festival de saliva com Rye Philips?”

"Esse mesmo," confirmou com leve desconforto. "A língua dele quase chegou no meu pulmão."

Ucker franziu a testa. "Obrigado por me fazer imaginar essa cena, perdi até a fome, Jane. Me lembre de ficar com você sempre que eu precisar fazer dieta." Olhou a sua comida significativamente.

"Hei, quem foi beijada daquela forma fui eu" discutiu. Cobriu o rosto com uma mão. "Oh, Deus, provavelmente irão querer que nos beijemos de novo . Acho que não vou. Poderia dar-lhes uma dessas desculpas tipo 'Estou filmando meu próximo filme em Nuku'alofa e não poderei ir.'”

Ucker consentiu. “Acho que não vão acreditar."

"Ao menos acham que sou boa beijadora," disse alegremente, tentando encontrar um lado positivo. Quem sabe Mani ficaria impressionada. Sim, o que exatamente precisava para impressionar à garota. Ganhar um Prêmio por beijar alguém.

"Que foi?" perguntou Ucker.

"Você me odeia," Dinah confessou.

"É um improvisado jogo de 'Adivinhar quem'?"

"Mani" disse Dinah. "Perguntei o que achava de Dinah Hansen e disse 'Parece insuportável e maliciosa'."

Ucker assobiou. "Ela foi cruel, mas tem toda razão, mas, não era assim que você optou ser? E devo dizer que interpretas muito bem esse papel."

"Obrigada" respondeu, seu apetite rapidamente foi diminuindo.

Brincou com uma ervilha no prato. "Não quero que pense que sou insuportável e maliciosa," admitiu suavemente.

"E você se importa com o que ela pensa?" perguntou Ucker.

"Não quero que pense nada. Quero que saiba." Seu olhar aterrizou no aquário de peixes. "É frustrante ser tão sincera com uma pessoa e ainda sentir como se estivesse mentindo. Quero dizer, não há como ser 100 % sincera."

"Diga que você é a insuportável Dinah Hansen" disse Ucker. "o pior que pode acontecer, será?" Dinah olhou para seu melhor amigo incrédula.

"Vejamos. Provavelmente não vai acreditar, o que, portanto, levaria que achasse que sou uma completa mentirosa. Fim da amizade. Ou se, por milagre, acreditar poderia pensar que estava gostando de brincar com ela. Porque, na opinião dela a Dinah Hansen é maliciosa. Fim da amizade. Ou poderia reenviar todos meus e-mails a jornalistas que, os rastreariam de algum modo até chegar a mim. E então, não só estaria fora do armário, e ainda perderia sua amizade."

Ucker consentiu, pegando seu chá gelado. "O que está dizendo é que o pior de tudo, a esta altura, é perder sua amizade?"
Os olhos castanhos pestanejaram um par de vezes com surpresa. O que acabo de dizer?

"Interessante," comentou Ucker, pressionando o cristal em seus lábios. "E ainda diz que essa relação não te preocupa em nada?"

Dinah fechou os olhos levemente e disse. "Ela é hetero."

"Mas você não," rebateu Ucker. "Em todos os anos que te conheço, nunca, nem uma vez, mostrou um interesse romântico, ou de outro tipo, por outro ser humano e de repente está preocupada com que essa garota de Nova York pensa de ti?"

Dinah deixou cair seu olhar. "Ela é especial."

"Deve ser mesmo," disse Ucker. "Ela te tem na palma da mão e ainda não se deu conta."

"Não é verdade" rebateu.

"Quer que eu seja seu par no MTV Movie Awards?" perguntou.
Dinah se assustou pela súbita mudança de tema. Está tentando me deixar louca?

"É claro que sim," falou. "Não posso aparecer sozinha."

Ucker consentiu. "Então me permita te perguntar algo, Jane. Até este ponto, eu ainda não apareci em público contigo. Mas as câmeras vão cair inevitavelmente sobre mim em algum momento do programa."

"E?" Dinah estava começando a impacientar-se.

Ucker balançou a cabeça e olhou para ela. "Como conseguiu o e-mail de Mani em primeiro lugar?"

"O cartão," respondeu ainda perdida. "Que você me deu?"

Dinah paralisou-se. "Merda," foi a única coisa que pôde pensar em dizer.


 



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