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História O Legado dos Shinigamis - Erro de conexão


Escrita por: Dani_M_2004

Notas do Autor


Cap de sábado tbm pq aqui a gnt trabalha em fazer vcs felizes

Capítulo 7 - Erro de conexão


Aiko devorava um bolinho e comentava algo sobre o novo episódio do anime favorito dela. As pessoas ao nosso redor seguiam suas próprias rotinas, rindo e conversando. Mas minha mente estava em outro lugar. Meu garfo brincava com a comida, sem vontade nenhuma de comer, enquanto eu continuava voltando aos acontecimentos da noite anterior.

Depois do jantar, Fiona queria fazer um teste comigo. Nós pegamos nossas zanpakutos e descemos até o porão, eu estava com um kimono de shinigami, mas a mulher continuou com suas roupas normais. Como estávamos indo ao porão, imaginei que ela teria uma sala de treinamento escondida, e não um vasto deserto rochoso bem debaixo da casa dela.

Meus olhos se arregalaram. Olhando para o horizonte, o lugar parecia não ter fim. Não tinha a mínima ideia de como isso seria possível, mas resolvi que não queria saber.

— O que estamos fazendo aqui mesmo, Fiona?

— Comprovando uma teoria — disse tirando sua espada da bainha.

A zanpakuto de Fiona era diferente de muitas que já tinha visto. Era no estilo shikomizue — basicamente, era uma lâmina reta, com cabo e bainha pretos.

— Quero que use sua shikai — disse e apontou a espada pra mim. — Eu sei que você já consegue fazer.

— Sim... bom, mais ou menos — foi a minha vez de desembainhar minha arma.

Encarei a lâmina por um momento. Ela sempre foi toda preta, mesmo em seu estado normal. O cabo era da mesma cor, com detalhes roxos e, preso na ponta do cabo, havia um fio com duas bolinhas vermelhas. O tsuba — o disco entra a lâmina e o cabo que protege a mão — da zanpakuto era dourado e arredondado. Às vezes me perguntava se tinha alguma coisa a ver comigo.

— Quando você quiser, querida — disse Fiona, mas esta não tomou posição de defesa. — Não precisa se segurar.

Respirei fundo e passei a mão pela parte lisa da lâmina.

— Desintegre, Kiyohime!

Chamas negras envolveram minha espada e eu usei meu shunpo para atacar Fiona. Com o primeiro golpe, ela bloqueou mas consegui empurrá-la para trás. Acertei mais dois golpes contra a espada dela até que as chamas se dissiparam.

— O quê...?

— Como pensei — ela suspirou. Parecia chateada de estar certa. — Você não consegue mantê-lo por muito tempo.

— Mas... antes eu conseguia por mais tempo do que isso! — protestei.

— Sim, querida. Porém, isso foi antes de você se rebelar contra tudo que era.

— O que... quer dizer?

— Sua conexão com sua zanpakuto está instável — tentava dizer de uma maneira suave. — Porque você não sabe quem você realmente é. Você cortou laços com tudo que acreditava. E isto faz muita diferença em sua relação com sua espada.

— Então... — olhei para ela, suplicante. — o que eu faço, Fiona?

— Vamos dar um jeito nisso. Eu prometo — ela sorriu. — Não é o fim do mundo. Na verdade, é mais normal do que pensa na jornada de um shinigami.

Entretanto, para mim, parecia o fim do mundo.

Voltei à minha realidade com barulho que a bandeja do garoto fez na mesa. Nós duas os encaramos e ele retraiu os ombros.

— Foi mal — disse e se sentou ao lado de Aiko.

— Osh. Decidiu sentar com a gente agora, é? — a ruiva estranhou.

— Por quê? Tem algum problema? Se quiserem eu posso... — Tatsuo pegou sua bandeja, pronto para levantar.

— Não, relaxa. Senta aí. O que a Aiko quis dizer é que a gente achou que você fosse o tipo de pessoa que prefere ficar sozinha.

— Bom, às vezes sim, mas... — ele enfiou uma batata frita na boca. — Eu ficava sozinho porque eu não tinha amigos.

— Cê não tem uma irmã? — questionou Aiko.

— Ela não conta — revirou os olhos. — Mas, enfim, agora eu tenho vocês. Claro, se não tiver problema...

Meus olhos não acreditavam no que viam. Aquele era mesmo o garoto do meu primeiro dia que mal olhou na minha cara e tinha uma aura sinistra? Agora ele parecia mais um ursinho fofo.

— Já falei que não tem problema, não falei? — bebi um pouco de água.

— Ai, que grossa. Agora eu não quero ficar mais aqui também!

— Nossa, então você também é dramático?

— Olha, você não me irrita, Sakura.

— Ui, ele ficou bravinho! — falei com uma voz boba. Ele me encarou sério por um segundo antes de cair na risada. — Ah, você sabe rir! — acabei rindo também.

— Se continuarem assim, vou ser obrigada a shippar — comentou Aiko.

— Sai pra lá, sua doente.

— Misericórdia — Tatsuo fez uma cruz.

— Ai, gente! — O garoto de cabelos castanhos se aproximou. — Vocês viram o aluno novo?

Ren era uma das pessoas mais legais da nossa turma. Ele conversava com todos, sem preconceitos. O famoso amigo de todos e ao mesmo tempo amigo de ninguém; não fazia parte de um grupo específico.

— Que aluno novo...?

Antes que Ren respondesse, a porta do refeitório abriu com um estrondo, como se alguém tivesse chutado. Por ela, passou um garoto que usava uma máscara preta. Daquelas que cobre só a boca e nariz.

— Aquele — indicou Ren.

— Espera aí, aquele é o... — Tatsuo arregalou os olhos.

— Kota?! — dissemos nós três.

— Tô vendo que já conhecem o moleque — Ren deu o fora.

Kota caminhou devagar entre as mesas. Todos os olhares sendo direcionados a ele, mas quando o garoto encarava de volta, todos evitavam o contato visual. Ele estava com o uniforme da escola padrão, tirando o fato de que ele havia simplesmente arrancado as mangas da camisa do uniforme.

— Por que essas caras de bobos? Surpresos em me ver? — disse rindo e se jogou ao meu lado.

— Tá fazendo o que aqui? Você disse que nunca mais voltava para uma escola — Aiko franziu as sobrancelhas.

— É, só que aqui é o único lugar que eu tenho mais tempo com vocês, então — deu de ombros.

— Que fofo!

— Que gay — comentou Tatsuo.

— Olha quem fala! Se eu sou gay, você é o gay dos gays!

— Isso nem faz sentido!

— Qual é a da máscara? — perguntei.

— Ah, essa coisa? Bom, não tinha uma maneira lógica de explicar os dentinhos de tubarão para as pessoas.

— Heh. Faz sentido — pensei por um momento. — Os vaizards concordaram?

— Eles não podem concordar com algo que não sabem — deu de ombros. — Somos um grupo, mas eu não gosto deles sabendo de todos os passo que dou. Então, eu só saio sem falar nada.

— Então você foge todo dia?

— Ei, você também fez isso. Não tem moral para julgar!

— Isso não vem ao caso. E abaixa essa guarda, cacete, eu não tô te julgando.

— Caralho, já te falaram que você tem um puta jeito de mãe?

— Oh, dois! — Aiko chamou. — Enquanto vocês discutiam...

— Parece até eu e minha irmã conversando — Tatsuo revirou os olhos de novo ao lembra da irmã.

— Eu e o Tatsuo tivemos uma ideia. Nós pensamos que talvez nós poderíamos ir ao cinema amanhã depois da aula.

— Cinema...? — virei a cabeça de lado.

— Cê não sabe o que é isso, né? — Kota suspirou. — Pelo amor de Deus... olha, você sabe o que é um filme? Diz que sim, por favor — assenti. — Bom, lá é onde geralmente eles estreiam primeiro. O cinema é basicamente uma sala escura com um telão e várias cadeiras. Você compra um ingresso, pipoca, e assisti o filme.

— Ah — meus olhos brilharam. — como um teatro!

— Você sabe o que é um teatro mas não sabe o que é um cinema?! Menina...

Aiko bateu na cabeça dele com um livro.

— De onde cê tirou esse livro, caralho?!

— Não importa — a ruiva fez um bico. — Deixa a Sakura em paz, ela não tem culpa. Nunca deixaram ela vir ao mundo humano.

— Sério? — ele me encarou surpreso. — Nunca tinha colocado os pés aqui? Eu achei que você tinha vindo uma vez ou outra...

Neguei.

— Tudo o que eu sei foi o que a Aiko me ensinou quando eu era mais nova — dei de ombros. — Meu pai nunca quis que eu viesse para o Mundo Real.

— Foi mal por te zoar — estendeu a mão para mim. — Prometo que não vou fazer de novo.

— Tudo bem — apertei a mão dele. — Eu adorei as músicas que você me mandou.

— Claro que gostou, eu tenho bom gosto musical — disse estufando o peito. — E para filme também, posso escolher o que vamos assistir?

— Depende — Tatsuo ponderou. — Se for terror...

— Nah. Relaxa, cara. Eu sei que você ia se borrar de medo.

— Não! Eu ia dizer que eu gosto de terror!

— Sei... — Kota franziu as sobrancelhas. — Minha escolha obviamente seria alguma coisa de super heróis. Tem muito filme bom saindo!

E assim Kota e Tatsuo entraram em uma discussão de qual tipo de filme seria o melhor para assistirmos. E parece que nenhum dos dois iria desistir tão fácil.



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