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História O Livro dos Sonhos - Ei, você quer morrer? Então se junte a Pepe e faça o Puff!


Escrita por: bellaborges02

Notas do Autor


Oiii! Tudo bem, povo? Como vocês estão? :V Eu não estou nada bem com esse capítulo :V E só quero dizer que eu estou apaixonada pelos shipp's dessa história :v huehuehue! Espero que gostem <3 É o antepenúltimo capítulo da maratona OLDS! Boa leituraaaa!

~ Isabella M.

Capítulo 24 - Ei, você quer morrer? Então se junte a Pepe e faça o Puff!


Martina o viu partir. Ela o viu ir embora, de novo. Não porque ele quis, mas porque ela mandou. Jorge a abandonou pela segunda vez porque Martina mandou-o ir. Tudo o que ela queria agora, era que Jorge nunca tivesse escutado aquelas vozes que ele dizia ouvir. Nem que ela fosse obrigada a expulsá-lo da Associação de Heróis Maiores. Malditas regras, ela sempre tinha que seguí-las não importava a razão que ela tinha para não seguí-las, não importava se ela se apaixonasse. Seu trabalho sempre deveria ser sua prioridade. Ordens do Guardião, ordens de Auxiliares-Mestres, ordens do Livro dos Sonhos. Cortava o coração de Martina saber que Jorge, por dentro, estava sendo controlado de novo. Ela sabia que ele não queria mais isso. Mas ninguém nunca escolhe querer ser controlado ou não. Todos simplesmente são, e ponto. Alguns mais, outros menos. Mas da mesma forma vilões sempre estavam por toda a parte para controlar heróis que não estivessem atentos.

Os olhos dela, de novo, ameaçavam fazê-la chorar, ela era totalmente fraca para isso, e isso a irritava. Jorge Blanco era a sua verdadeira fraqueza. A Auxiliar piscou seguidas vezes impedindo as lágrimas de saírem. Ela já sabia que era fraca, não precisa comprovar isso de novo. Ouviu um barulho estranho, parecido com um graveto sendo quebrado. Virou para trás e se assustou.

- Ah... -Pepe gaguejou, totalmente incrédulo. Martina desviou o olhar para a grama. - Martina...

- Há quanto tempo você está aqui? -Perguntou, direta. 

Pepe olhou em volta, confuso. Ele realmente não fazia a ideia de como foi parar ali. Quase como se não lembrasse de ter ido para lá. 

- Ei, -Começou a dizer- onde está o Mago Implacável e a Ladr... Lodovica? Quer dizer, eu pedi para ela me ensinar a ser rápido que nem ela e... Ah, já sei! Eu fiz Puff sem querer. E vim parar aqui. Entendi, vamos voltar. 

Martina estreitou os olhos.

- O quê? -Perguntou. Pepe começou a gargalhar, o humor dele estava voltando. Isso era bom e ruim ao mesmo tempo.

- Fazer Puff é uma sensação horrível. -Ele respondeu. - Do nada você existe, aí você some, e aparece de novo! É quase como morrer e voltar a vida em alguns segundos.

Ele riu e colocou as mãos nos bolsos, envergonhado. Quase parecia que ele era tímido, exceto pelo fato de que, bem, ela o conhecia: isso era impossível. Timidez e Pepe não poderiam nunca estar na mesma frase. Ele tentou se manter sério o melhor possível, mesmo que não estivesse dando muito certo. Pepe se encolheu um pouco, e soltou as palavras automaticamente:

- Eu não queria ter me intrometido em nada, até porque vocês se completam. Eu... Foi sem querer o Puff.  Não foi minha intenção aparecer. 

Os olhos dela começaram a brilhar, de uma forma bem estranha. Pepe no começo achou que ela diria um "está tudo bem, você é um grande amigo, Barroso" ou alguma coisa parecida. Porém, o sorriso dela sumiu completamente assim que ele disse as palavras. Ele começou a se perguntar se havia dito alguma coisa errada. Se assustou ainda mais quando viu que os olhos de Martina ficaram... Vermelhos. Literalmente, vermelhos. A expressão dela, e o seu jeito de falar mudou completamente. 

"Ah, querida, todos nós sabemos que você está com raiva. Por que não, então, liberar essa raiva?"

Foi a vez dela de sentir grandes dores de cabeça. Michelle. Michelle estava falando com Martina, a voz. Aquela voz era tão... Irresistível. Como se nada no mundo parecesse mais importante. Aquela voz precisava ser ouvida, Martina precisava escutá-la. Precisava fazer o que Michelle mandava. Michelle era... Sua Rainha. 

A garota o observou, com muito ódio, com muita raiva. Ela queria matá-lo. Pepe precisava morrer, ele merecia isso. 

- Sem querer? SEM QUERER? -Gritou, indo até ele, em passos lentos. - Vai dizer que sente muito também?! Você não sente, NINGUÉM SENTE! Ninguém sabe a dor que eu estou sentindo agora! 

Pepe arregalou os olhos, Martina era brava, mas não tanto. Foi um pouco para trás, com um pouco de receio. Quando alguém tinha um ataque de raiva, ou alguma coisa parecida, ele sabia que não era um bom sinal.

- Ah, M-martina... V-voc...-Ele piscou. O pior erro que já havia cometido. Quando percebeu, um raio passou raspando, extremamente perto de sua bochecha. Pepe gritou, assustado. - O QUE ESTÁ FAZENDO?
- Só me certificando de que você tenha o que merece, Barroso! Você, desde o começo dessa história, tem sido um herói inútil! Por culpa sua Michelle existe! POR CULPA SUA JORGE ESTÁ SENDO MANIPULADO! E o que você tem feito para ajudar? Nada! Jorge é o meu herói, e você é o verdadeiro vilão! Por culpa sua, tudo o que está acontecendo, está realmente... ACONTECENDO! 
- O quê? Martina, o que aconteceu?
- Jorge Blanco está virando um vilão de novo! E TUDO ISSO É CULPA SUA! 

E então, ela o atacou. Usando todos os poderes possíveis, ela o atingiu. Martina voou até ele, e segurou Pepe pelo colarinho da camiseta, eles estavam no ar, em uma distância não muito confortável. Os olhos dela estavam em um vermelho bem escuro, ele conseguia ver-se ao reflexo dos olhos dela. Aquela não era a Martina que ele conhecia, não mesmo. Ela não estava nela. Martina ergueu uma das mãos, Pepe já não sabia qual era o poder dela ou de outros heróis, só sabia que quado ela queria, era BEM forte. De sua mão direita, começou a sair fogo, um pequeno círculo de chamas que se aproximava cada vez mais dele.

- Martina, sei que não quer fazer isso -Ele disse tetando se afastar. -, o que está acontecendo?
- Eu não vou perdê-lo de novo! Jorge Blanco não vai ser um vilão outra vez! Você vai morrer, ele não.

A respiração dele estava ofegante, precisava arrumar algum jeito de fazê-la parar com a ideia de matá-lo. Ele gostava de estar vivo, estar vivo é bem divertido até. Mas Pepe não conseguia pensar com aquela proximidade toda. Na verdade, ele mal pensava normalmente, e agora ele não estava nem raciocinando direito. Olhando nos olhos dela, segurou seu braço, tentando não machucá-la e impedir que ela o atacasse. Martina começou a gritar, mandando que ele a soltasse e que aquilo só tornaria a morte dele mais agonizante. E então, Pepe escutou a voz também:

"Não tenha medo, querida. Ele é o vilão da história. Prove seu amor por Jorge Blanco. Mostre a ele que você é forte".

Pepe arregalou os olhos, Martina também estava sendo manipulada. Ela estava escutando Michelle. Martina também estava enfeitiçada. 

- Olhe, eu não quero machucar você! -Falou, sincero. - Vamos resolver isso com calma, sem a parte da matança, tá? 

- Você está morto, Barroso! -Ela respondeu. 

E quando foi atingi-lo, algo estranho aconteceu com Pepe. Ele sentiu um formigamento nas mãos. Uma luz forte começou a percorrer por toda a extensão de suas mãos. Uma magia apareceu nelas. Não uma magia qualquer, não foi nada comum. Aquilo parecia com alguns dos poderes que Martina conseguia controlar, ou com os poderes de Jorge. Parecia com o jeito que o Mago Implacável controlava o tempo. Parecia... Um poder. Ele se assustou completamente quando entendeu: aquele era o poder dele. 

Pepe, em sua mente, automaticamente fez com que essa tal magia, ou o que fosse, conseguisse meio que atingir Martina. Exatamente na mesma hora que ela tentou atacá-lo, a magia apareceu, e Pepe a atingiu, acertando sua cabeça, sem querer. Com medo dela matá-lo, com medo de tê-la machucado. Ela parou de voar imediatamente e os dois caíram bruscamente no chão. Ela ficou inconsciente, Pepe se sentiu extremamente culpado. 

Se levantou, com um pouco de dor, estavam alguns metros do chão, antes de caírem. A primeira coisa que passou por sua cabeça era que ele precisava ajudá-la, o que era bem justo. Ele a havia atingido, ele faria com que ele melhorasse. Olhando para ela, desmaiada, parecia a mesma Martina de sempre. Mesmo que Pepe não entendesse o que fez, ou como fez, ele suspirou aliviado por ela parecer apenas desmaiada. Observou o local: eles estavam sozinhos. Teria que encontrar os outros. Deu alguns passos, tentando se lembrar de onde tinha vindo e ouviu ela rir. Pepe gritou.

- Isso ainda não acabou. -Ela estava de pé, os olhos ainda vermelhos, ela ainda com raiva.
- Martina... -Ele respirou fundo, olhando fixamente para ela. - Sei que Jorge é importante para você. Mas você não precisa fazer a mesma coisa que ele, não precisa ser... Uma vilã também. Eu nunca quis machucá-la, na verdade nem sei o que aconteceu direito, eu só...
- O que importa, Pepito, é que eu esteja ao lado dele. Não importa em qual lado nós estivermos. Vamos estar sempre juntos. Ele me prometeu. -Ela andou em sua direção, de novo. Voltaram à estaca zero. - Jorge está me chamando, ele quer que eu me junte a ele... Eu o amo, eu vou estar junto dele sempre. E você vai ser só mais um dos heróis que nós dois, juntos, -Ela deu uma gargalhada maléfica- vamos matar. 

Ela sorriu, o sorriso dela ainda era o mesmo de antes. Talvez ele ainda tivesse chance de ajudá-la. Olhou para suas mãos, a luz, a magia, tinha sumido. Poderes inúteis, Pepe não entendia como eles funcionavam. Mas que seja, ela precisava descobrir agora. Fechou os olhos, e rapidamente todos os desenhos que ele já havia feito apareceram. Sentiu o poder voltar aos poucos. Todas as vozes que já havia escutado, todos os personagens que havia criado, ele os estava vendo. Quase todos eram vilões, mas Jorge Blanco estava ali no meio, tentando resistir à Michelle. Jorge ainda podia ser um herói, e isso não seria diferente com Martina. Abriu os olhos, e a observou. Por dentro, ela estava lutando também. Estava lutando contra a manipulação de sua inimiga. Estava lutando contra o seu lado ruim, ela não queria ser uma vilã, ele podia sentir. Sentindo-se totalmente poderoso, o Herói da Geração conseguiu manipular seus poderes pela primeira vez. - Ergueu os braços ao lado do corpo, e então, magicamente uma névoa apareceu nelas, quase como uma fogueira de névoa. Seu poder estava aparecendo. Os personagens que ele criou surgiram na névoa, como se estivessem ali, naquele momento, em miniatura. Não estavam. Martina não os via direito. Somente Pepe sabia que eles estavam ali, com ele. Incrível. Sorrindo, ele olhou para cada um dos vilões que estava controlando naquele momento, que ao mesmo tempo olhavam para ele, assentindo. Encorajando-o a fazer o certo. Logo ele viu Jorge Blanco, olhando fixamente para Pepe, agradecido e disposto a ajudá-lo naquele momento.

Tudo começou a fazer sentido, ele começou a entender como seus poderes funcionavam, começou a entender quem ele era no Livro dos Sonhos. Pepe fazia parte da Geração P.B.S. e havia criado inúmeros personagens. Alguns vilões, mas também haviam heróis. Lodovica estava ali, Jorge estava ali. E faziam parte da mão que apresentava heróis verdadeiros. Uma bomba de realidade explodiu em sua cabeça. Mas é claro!, Pepe era somente um ilustrador. A coisa de ter poderes não fazia parte do "ser herói", seus poderes não eram somente dele. Mas de todos os personagens que tinha criado. Por isso a marca, por isso todos os personagens dele tinham a mesma marca. Para que soubessem quem realmente eram. Para que Pepe descobrisse que... Ele não era nada sem seus vilões e heróis, assim como os heróis não funcionavam sem Pepe. Barroso tinha uma família no livro, além de sua geração original. Pepe e seus personagens eram interligados. Eram uma família. Seus poderes incluíam todos os vilões e heróis, todos os desenhos. Pepe tinha criado sua própria geração. 

Não sabia exatamente se estava preparado para aquilo, para manipular todos os seus personagens de uma vez. Pepe só o fez. Sorrindo confiante, falou com todos os que estavam presentes em suas mãos. Pediu para que usassem seus poderes, para que juntos conseguissem fazer o feitiço de Michelle sumir. Para que Martina voltasse ao normal. E quando todos ouviram,  eles praticamente saltaram das mãos de Pepe e pularam no chão. Não estavam totalmente presentes, mas estavam ali, ajudando-o. Não importava se eram vilões ou heróis, todos seguiam a Pepe. - O mesmo olhou para Martina e desmanchou o sorriso.

- Eu sinto muito por isso. -Ele falou.

Logo, todos se posicionaram da mesma forma que Pepe. Todos faziam o mesmo movimento, sendo ágeis e sendo como uma verdadeira equipe. Pepe esticou seus braços, e todos fizeram o mesmo. 

- Esperem, antes de fizermos isso... Tem uma coisa que eu quero dizer. -Ele deu um sorriso travesso, e se concentrou para dizer, realizando um grande sonho, e fazendo a maior referência que gostaria de fazer: - Eu sou o Homem de Ferro. 

E então todos lançaram seus poderes (eles sim eram reais), Pepe imitando o barulhinho da armadura do Homem de Ferro. Martina ficou parada, após ser atingida. Ela caiu no chão e desmaiou definitivamente. Todos os personagens sumiram em seguida, somente Pepe e Martina estavam ali, sozinhos de novo.

Correu até ela. A Auxiliar ainda estava respirando. Pepe não a atingiu porque queria atingi-la. Ele fez isso para que ela voltasse a si, para que o feitiço fosse desfeito. Talvez fosse por essa razão que foi escolhido para ser um dos Heróis da Geração: para controlar todos os Vilões Maiores que tinha criado. Bem justo.

Algumas horas depois, Martina acordou na torre do Livro dos Sonhos. Uma salinha isolada, própria para recuperação. Como a sala que Pepe ficou no hospital, só que mais eficiente e mais rápida. Sua cabeça estava explodindo, ela não se lembrava como fora parar ali. Focou o olhar e se levantou. Não estava sozinha, Jorge estava ali. Com uma expressão preocupada. Estava observando-a com muita atenção, tomando cuidado para que não a acordasse. Quando ele percebeu que havia acordado, a primeira reação que ele teve foi ir abraçá-la com todas as suas forças. 

- Está esmagando minhas costelas. -Martina avisou. 

- Estou tão aliviado que você esteja bem! - Jorge se afastou, e olhou nos olhos dela. Não, ela não parecia com raiva. Só estava confusa. 

- P-Por que não estaria? 

Ele mordeu o lábio inferior. 

- Eu sou uma pessoa horrível, eu sei. Não devia ter beijado você naquele momento, eu concordo! Eu deveria ter te escutado, definitivamente. Mas... A voz estava conseguindo me deixar louco! E-eu...
- Jorge, o que houve? -Perguntou, se levantando. 

Ela desviou os olhos para Pepe, que estava em uma conversa muito séria com Diego. Parecia estar levando uma bronca. O Guardião não parecia feliz. Estava extremamente bravo, quase gritando com o Herói da Geração. O que Pepe tinha aprontado? 

- Ele violou uma das leis principais dos heróis e dos vilões: não se misturar com o lado inimigo. Ele fez isso, e fez muitos heróis e vilões fazerem o mesmo. Inclusive Lodovica e eu. 

Martina olhou de um lado para o outro tentando entender. 

- Como? -Jorge suspirou. Tocou nos ombros dela e sorriu. - Você... Se lembra de alguma coisa?

Ela inclinou a cabeça, mas deu um branco. Absolutamente nada vinha em sua cabeça. Era como... Ter perdido a memória de tudo. 

- Não. 

- Eu também tenho a mesma coisa. Desde que a voz começou a aparecer, minhas memórias fizeram... -Ele riu. - Puff. 
- Jorge. - A Auxiliar tocou nas mãos dele. - O que aconteceu com minhas memórias? Eu perdi... Tudo? Como eu me lembro de você então? 
- Porque... Sou o seu verdadeiro amor. -Ele falou sério. Ela se assustou, fazendo-o rir. - É brincadeira! Bem, eu já passei pelo mesmo. Você não perdeu todas as memórias, do tipo "quem eu sou?". Só não se lembra de acontecimentos recentes. Você só precisa... De um incentivo para se lembrar das coisas. Algo que é realmente importante para você. 
- E como você se lembrou? O que foi tão importante para você que fez você se lembrar do que aconteceu? -Martina indagou. Tudo o que ela queria, era ter suas memórias recentes de volta. 

Jorge deixou de tocar os ombros dela. Não era o momento para aquela conversa. Se ele fosse responder à pergunta dela, naquele momento, ele teria que se explicar. Dizer o porquê do beijo, o porquê das lembranças... O porquê dele estar ali, agora. Suspirando, Jorge Blanco conseguiu sorrir. 

- Você é importante para mim, Stoessel. -Respondeu, simples. 

Ela entrou em choque. Como ela poderia ser tão importante para ele? Por quê? Por que ela e não Lodovica, talvez? Milhares de perguntas começaram a se formar, e ela não sabia como fazê-las. Apenas observou Jorge, por dentro ele estava em um desespero tremendo. 

- J-Jorge... -Ela tentou dizer alguma coisa. Sua voz sumiu totalmente. Ele apenas olhou para Pepe e de novo para ela. 
- Está tudo bem não sentir mais o mesmo.
- Ãh?

Ele deu uma risadinha. 

- Você acha que ninguém percebeu? 
- Percebeu o quê? Não estou entendendo.

Jorge não estava bravo, nem com ciúmes, nem nada do tipo. Ele só estava sendo compreensivo, e colocando o maior sorriso que conseguia, quando o queria na verdade era não deixar que ninguém a machucasse, e que ninguém mais aparecesse para ela como um herói. Era verdade, ele ainda queria ser o herói dela. Porém, Jorge sentia que... Ela não queria que ele fosse seu herói. 

- Ele a salvou dessa vez, Martina. Eu entendo isso. Pepe é o seu herói. Eu não sou mais. 

Martina abriu a boca, tentando pronunciar alguma coisa e protestar. Mesmo que não se lembrasse de acontecimentos recentes, ela ainda se lembrava da vez em que Jorge Blanco havia voltado. Ela estava brava, mas no fundo extremamente feliz por ele voltar. Ela o amava. 

- O quê? N-não, Jorge. Você ainda é o meu herói, eu tenho certeza disso e...
- Não depois de hoje. Não depois de escutar de... D-de todos que é ele quem vai salvá-la no final. O vilão nunca fica com a mocinha. Eu não sou o herói. Só tenho tornado as coisas mais difíceis. Pepe é o herói. Ele salvou você. Graças a ele, você está livre do feitiço. Pepe violou muitas regras. Por você, e somente para te ajudar. Você é importante para ele também, tenho certeza disso! E o herói sempre fica com a mocinha. Essa é a regra. E isso nunca vai mudar. Eu... Só quero deixar claro que, se pudesse mudar as coisas, quando eu beijei você pela primeira vez, eu adoraria ter dito que... Eu também amo você, e nunca vou esquecê-la. 
- Jorge...
- Mas isso nunca daria certo. -Esclareceu, seu coração sendo rasgado a cada palavra que ele estava sendo obrigado a dizer. - Somos de linhagens completamente diferentes. Você merece alguém melhor do que eu. 
- Não quero estar com ninguém que não seja você! 

Ele olhou nos olhos dela pela última vez. 

- Nos vemos em breve, Tini. -Ele fez Puff, deixando-a ali, sozinha. 

Jorge apareceu na saída da torre. Lodovica surgiu em sua frente, em sua forma de pantera. Isso ainda o assustava. De qualquer forma, Jorge sorriu. Pela primeira vez ela foi até ele, e não ele foi até ela.

- Jorge. -Lodovica não estava brava, parecia normal. Sem nenhum sentimento claro em seu rosto, inexpressiva. - Sei que você não fez isso para que ela ficasse com Pepe. Quer me dizer o real motivo para... Ter dado um fora na garota que você é apaixonado desde... Que eu te conheço?

Jorge não riu. Lodovica poderia não tratá-lo como irmão, mas eles tinham sim uma ligação. Eles eram um família, e uma família sempre se preocupa com o outro. Ela estava preocupada com ele mesmo que não quisesse admitir. Suspirou.

- Lodovica...
- Você sempre quis conquistar a minha confiança, e nunca conseguiu. Essa é a sua chance: me diga a verdade. 
- Fiz isso para protegê-la. -Respondeu rapidamente. - Comigo, ela está correndo perigo de se tornar uma vilã. Eu não quero que Martina cometa os mesmos erros que eu cometi. É por isso que eu vou me afastar dela. -Ele deu uma pausa para ver a expressão da garota-pantera. Ela estava surpresa, por alguma razão. -Michelle está me usando para fazer heróis se aliarem a ela. Não é porque eu deixei que isso acontecesse, que vou deixar que aconteça com outros heróis. 

Lodovica conseguiu olhar nos olhos dele por um bom tempo pela primeira vez. A primeira vez que ela sentia que ele não estava mentindo. A primeira vez que ela confiou nele. 

- Você não está mais enfeitiçado. 

Jorge desviou o olhar. Não era mentira. 

- Por que não diz isso a ela? -A garota perguntou. 
- Eu já a decepcionei duas vezes, não pretendo fazer isso pela terceira. Não quero me aproximar de vocês de novo e... Voltar a ser manipulado. 

Ele caminhou até a saída, ela segurou seu braço. 

- Você tem o coração e a coragem de um Filho de Tayla. 


Notas Finais


Eu não tenho nenhum comentário a fazer sobre esse capítulo, é sério :V :') Meu coração ainda não superou esse capítulo em muitos aspectos! O próximo capítulo será o último da maratona, então voltarei a postar normalmente :V hahaha. Espero que vocês não tenham raiva de mim pelos próximos acontecimentos :') Comentem o que acharam, e o que estão achando da fic! Qualquer crítica será extremamente importante para mim <3

~ Isabella M.


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