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História O lobo - Um trem para Annetown


Escrita por: mistvnture

Notas do Autor


Oi! O próximo tem uma surpresa! Espero que gostem! S2

Capítulo 5 - Um trem para Annetown


CAPITULO 8

            Trem

 

Elas entraram em todas as casas perguntando se alguém havia visto sua avó. E, em todas as casas, a resposta foi negativa. Algumas pessoas disseram para elas desistirem porque, provavelmente, ela já havia sido morta pelo lobo. Bela estava começando a se frustrar, então disse a Rubi:

-E se for verdade? E se o lobo já a matou? Você acha que devemos continuar procurando?

-Mas, e se não for? Vamos desistir da vovó assim? Sem mais nem menos?

-Já fizemos tudo que estava ao nosso alcance. Não! Não tem mais o que fazer!

Rubi parou e pensou. Um pouco depois, olhou para Bela e disse:

-Mas e se não fizemos tudo?

-Como assim?

-Vem comigo!

Rubi saiu correndo e Bela foi logo atrás. Bela queria perguntar para onde estavam indo, mas não conseguia alcançar Rubi de jeito nenhum, ela corria muito, muito depressa.

Ao chegar à padaria, Rubi esperou, esperou e esperou pela irmã, mas parecia que ela nunca chegava. Depois de alguns minutos, Bela apareceu andando, com um aspecto cansado. Rubi disse:

-Bela você está se sentindo bem? Para demorar tanto, e ainda estar cansada só para vir até a padaria, não me parece um bom sinal.

-Rubi, eu demorei o tempo normal, você que corre absurdamente rápido.

-Ah, obrigada! Não precisava.

-Não, não é um elogio. Ninguém corre assim, nem um cavalo consegue correr assim tão rápido!

-Você...você acha que tem alguma coisa de errado comigo?!

-Talvez. Mas, saindo um pouco do assunto, por que voltamos para a padaria?

-Você já vai ver.

Rubi entrou na padaria e pediu um favor a James:

-James, você nos daria dinheiro para comprarmos duas passagens de trem até a vila vizinha?

-O quê?! Vocês querem viajar sozinhas?!

-É! Para achar a vovó!

-Nem pensar! Enquanto vocês morarem comigo, estão sob minha responsabilidade!

-Ah, James!! Deixa!

-Ah, meu Deus. Tudo bem! Mas, vocês vão agora e voltam ao por do sol! Entenderam?

-Sim, claro! –disse Rubi, estendendo a mão para receber o dinheiro.

James pegou vinte moedas de ouro e deu a elas. Depois pegou cinco pães, dois bolinhos e três maçãs e colocou em uma bolsa que entregou a Bela:

-Não se metam em encrenca!-disse James, pouco antes de elas saírem correndo da padaria.

Chegando à estação de trem, elas compraram as passagens e embarcaram. Ficaram maravilhadas com as mesas individuais douradas com toalhas brancas, com os bancos vermelhos bordados com flores, com as luminárias de cristal e com o tapete de veludo que cobria todo o corredor:

-Nossa!! Como é grande!!

-Como é bonito!! Não acredito que a vovó nunca nos levou para passear de trem!

-A vovó nunca nos levou para lugar algum, pensando bem.

-Devia ser para proteger a gente.

Elas sentaram em um banco vazio e ficaram lá, olhando pela janela. De repente, uma mulher bem vestida e, aparentemente rica, parou na frente delas. Com um ar arrogante, disse:

-Com licença, mas vocês estão sentadas no meu assento.

Rubi começou a olhar para o banco em todos os lugares, como se estivesse procurando algo. Depois, ela olhou para a mulher e disse:

-Não tem nome nenhum aqui.

-Como é?

-Eu disse que não tem nome nenhum no banco, isso significa que não é seu.

-Desculpem-me, mas vocês nunca andaram de trem, não? Porque está  escrito em meu cartão que meu assento é B14, que, no caso, é este assento. Olhe no seu cartão e veja qual é o seu.

Rubi e Bela pegaram as passagens, olharam, e então disseram para a mulher:

-N18. –disse Rubi.

-N17. –disse Bela.

-Então, por favor, saiam do meu assento e se dirijam até o de vocês, no outro vagão.

Bela e Rubi pegaram suas coisas e foram até o outro vagão. Chegando lá, viram duas fileiras duplas de bancos marrons, mesas de madeira e pouca iluminação. Era bem diferente do outro vagão. Rubi, vendo aquilo, disse:

-Acho que estamos no lugar errado.

-Não. Não estamos. Olha lá: N17 e N18.

-Mas por que estamos em outro trem?

-Não sei. Olha, esse lugar se chama classe econômica.

-Que nome estranho para um lugar. Qual era o nome do lugar de antes?

-Deixa eu ver. –Bela olhou para uma placa no trem- Primeira classe.

-Mas o que esses nomes significam?

-Não sei. Acho que a primeira classe é das pessoas que chegaram primeiro. E a classe econômica é para economizar moedas. As pessoas devem dar moedas para a economia do trem.

-É, deve ser isso.

Logo depois que Rubi terminou de falar, uma mulher, que acompanhava a conversa desde o inicio, começou a rir, e então disse:

-Crianças, vocês já andaram de trem?

-Não.

-Então, está explicado!

-O que está explicado?

-Ah, crianças! As classes não são divididas assim. A classe econômica é para quem não pode pagar muito, para quem não tem dinheiro para luxos. E a primeira classe é para quem tem mais dinheiro. Para quem pode pagar bancos de veludo e chá importado.

-Mas, nós pagamos quinze moedas!

-Há, há, há, há, há!!! Crianças, para ter tudo aquilo, você precisa de muito mais!

-Tipo quanto?

-Cem moedas de ouro.

-CEM MOEDAS!!??-As duas disseram impressionadas.

-Se você acha quinze moedas muito, isso te classifica como classe econômica. Porque as pessoas da primeira classe pagam cem moedas e nem ligam, porque sabem que tem cem vezes isso!

-Nossa!! Eles devem ter um quarto só para guardar moedas!!-disse Rubi impressionada.

-Rubi! Não deve ser só um quarto! Devem ser cem quartos! Um para cada moeda!! Pelo tanto de dinheiro que eles tem, eles podem fazer tudo o que desejarem e o que ainda irão desejar!!

-TODOS EM SEUS ASSENTOS. O TREM IRÁ PARTIR DA ESTAÇÃO EM UM MINUTO. -o condutor disse.

As duas se sentaram e ficaram olhando pela janela. A mulher, que estava sentada atrás delas, perguntou:

-Por que estão olhando pela janela? Sabem que o trem está na estação ainda, não sabem?

 

-Sabemos, e é bem por isso que estamos olhando. Moramos na floresta, em uma cabana de madeira, a vida toda. Só víamos nossa avó, o carteiro e nós mesmas o tempo todo. Não tínhamos contato com nenhuma pessoa. Era nossa avó quem ia, sozinha, para a vila, comprar as coisas. Por isso é que estamos olhando. É a primeira vez que a gente vem a uma estação de trem. Estamos vendo o movimento de pessoas que nós perdemos a vida toda.

A moça ficou calada. Devia estar surpresa pelo fato de elas morarem na floresta a vida toda, sem serem mortas pelo lobo.

O trem finalmente andou, e elas ficaram eufóricas, pois estavam em um trem em movimento.

CAPITULO 9

Carlos, de Annetown

 

O trem, finalmente, chegou à estação. Todos desceram e foram mostrar a passagem para os caixas. As duas meninas e a mulher conversaram o tempo todo na viagem e continuaram a conversar na estação:

-Então meninas, vocês não querem tomar um café comigo?

-Seria ótimo! Vamos, Bela! –Rubi pegou o braço de Bela, mas ela se soltou e disse:

-Na verdade, não podemos. Estamos aqui para procurar nossa avó que desapareceu há alguns dias. Mas, obrigada pelo convite! Adeus!

-Boa sorte com a sua avó!!

As duas saíram da estação e foram direto ao centro da vila.

Elas olharam em cada casa, cada hotel, cada loja, cada canto, mas não acharam nada que poderia ajudar:

-Rubi, ainda tem uma loja que não olhamos.

Elas foram até a loja de ervas de chá e perguntaram ao vendedor se ele tinha visto sua avó, e ele respondeu:

-Meredith? Claro! Ela veio e comprou algumas ervas!

-Quando?

-Há alguns dias atrás.

-Não. Nós estamos perguntando se viu ela, sei lá, ontem?

-Não! Mas esperem um pouco! Acho que tenho algo para vocês. –o homem virou e foi até um balcão. Procurou alguma coisa nas gavetas e pegou uma carta que entregou para elas- Tomem! Acredito que seja da avó de vocês.

Elas pegaram a carta e começaram a ler:

Carlos,

Sou eu, Meredith. Todos acreditam que eu estou morta, porque, em uma noite, quando o lobo apareceu, eu desapareci. Não estou morta, e além de minha escrita como prova posso dar algumas informações que comprovam minha identidade. Minha filha se chamava Tina, se casou com Albert e tiveram minhas netas, Rubi e Bela. Na casa onde moro, a madeira das paredes é de pinheiro, e o fogão tem um botão rachado no canto esquerdo. Então? Acredita em mim? Eu estou n~

-É ela mesmo, Bela!!!

-Mas ela não terminou carta! E se um animal selvagem a atacou? E ela não disse onde está.

-Pense positivo!! Ela pode estar bem! E se um animal selvagem a tivesse atacado, como a carta estaria aqui?

-Sei lá! Vento?

-Ah, sim! E o vento iria trazer a carta bem para o lugar que a vovó queria que ela viesse? Ela deve estar com alguém.

-Mas quem?! Já falamos com todos de duas vilas!

-Mas ela não precisa estar em uma vila! –disse Rubi, olhando para a floresta.

-Não!! Não!! Não!! Nós não vamos até a floresta!!

-Mas...mas e se a vovó estiver lá?

-Você já me disse isso. Lembra o que eu fiz? É perigoso Rubi! E além do mais, já está anoitecendo! Vamos para casa! James deve estar esperando por nós! Obrigada por tudo, Carlos!

Bela pegou o braço de Rubi e elas saíram da loja. Então, Carlos disse:

-Nossa! Elas deviam ser muito ligadas a avó – Carlos, que era muito emotivo, começou a chorar- Eu nem conheci minha avó!!


Notas Finais


Então? Eu estou escrevendo um história que eu acho que seria legal porque no próximo capítulo algumas coisas relacionadas ao passado de Albert e Tina ficam no ar. A história em questão seria a história de Albert e Tina, já que ela nem aparece nesse livro e o passado deles é bem pouco comentado. Se vocês gostaram da ideia respondam nos comentários que eu começo já postar aqui!
Espero que tenham gostado do capítulo S2


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