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História O Locutor da Rádio. - Suspeito.


Escrita por: MINSKIND

Capítulo 15 - Suspeito.


Fanfic / Fanfiction O Locutor da Rádio. - Suspeito.

 

Uma tarde em um parquinho parecia incrívelㅡ é claro que parecia, pelo menos era assim que Jongdae se sentia. Minseok não gostou da idéia. O combinado era irem ao cinema após os fins da aula, porque eles iriam mudar o plano inicial? Não fazia sentido.

 

O Kim de cabelos encaracolados se mantia emburrado, queria mesmo assistir ao filme que passava essa tarde. Ele até mesmo já havia comprado o ingresso dele, não iria matar Jongdae assistir junto de si.

 

ㅡ Não fique emburrado, meu amor. ㅡ Ele fazia carícias no namorado, clamando por um pouquinho de chamego da outra parte também. ㅡ Está bravo por algo tão simples?

 

ㅡ Não vou falar com você, estou ocupado demais balançando nessa merda de balanço, enferrujado e que vai estragar minha blusa. ㅡ Sentou no brinquedo e pegou um tantinho de impulso, balançando devagar, sem vontade alguma. ㅡ Não queria vir aqui? Então pronto.

 

ㅡ Não seja assim Min, ainda podemos ir ao cinema. ㅡ Sorriu na tentativa, falha, de arrancar um mínimo ânimo do outro jovem. ㅡ Quer ir comigo?

 

ㅡ Não, quem disse que eu queria ir no cinema? Kim Jongdae, meu ex-namorado queria vir ao parquinho. ㅡ Deu ênfase no "ex" que a frase carregava. ㅡ Então nós viemos.

 

ㅡ Bonitinho o jeito que você faz birra, agora vem, vamos ao cinema. ㅡ Pegou a mão do namorado e o levantou do balanço. ㅡ Já que o meu namorado, o melhor do mundo por sinal, quer ver um filme brega e clichê.

 

ㅡ Me erra, Jongdae. ㅡ Bufou e voltou a sentar no brinquedo, balançado mais forte dessa vez, quase chutando o namorado a sua frente, ele mexia as pernas para frente e para trás, um alto fofo.

 

O Kim moreno riu, completamente abobado, ele era um bobo apaixonado, tão apaixonado que doía, seu peito dói ao pensar que seu namorado pode de cansar de si. Assim como ele ameaçava, era tão confiante e determinado ㅡ Mesmo que ele o abrace depois de alguém tempo a procura de carícias e mimos.

 

Jongdae era frágil quando se tratava de Minseok, era ciumento e pouco podia demostrar, por mais que ele tivesse o coração de outro, poucos sabiam, poucos tinham noção do amor imenso que Jongdae sentia e isso lhe partia o coração.

 

ㅡ Min, você voltou a conversar com seu pai sobre... você sabe, nós? ㅡ Jongdae vacilou ao falar, abaixou a cabeça e fitou o chão. Lembrava vagamente da expressão de carinho que ele recebeu do pai de Minseok ao (literalmente) suplicar que o adulto permitisse que ele, ao menos, visse seu pequeno raio de sol. ㅡ Sabe, amor. Não quero mais esconder nosso relacionamento, não acha que podemos dizer a sua mãe, tentar convencê-la?

 

ㅡ Não podemos arriscar, Dae. ㅡ Sussurrou diminuindo a velocidade do brinquedo enferrujado. ㅡ Ela nunca iria me aceitar, sem contar que se ela souber, eu vou direto para a Inglaterra. Mamãe não pensaria duas vezes antes de me mandar para lá.

 

ㅡ Seu pai não pode impedir isso? ㅡ O Kim era esperançoso, tinha para si que o amor de mãe, supera tudo. Mesmo que ele tivesse perdido a mãe novo, ele sabia o quanto a mulher o amava e sabia ainda mais o quanto ele a amava. ㅡ És difícil não poder te abraçar todas as manhãs, ter que me esconder na sala do clube de culinária para poder te dar bom dia, é difícil para mim, meu amor.

 

ㅡ E você acha que para mim é fácil? Jongdae, você anda com os populares e tem milhares de pessoas a sua volta, acha mesmo que é fácil para mim? ㅡ Suspirou pesadamente e enfim, parou a balança. Olhou em volta, viu somente os brinquedos vazios, talvez o frio contribuio para isso ou talvez fosse só o destino, querendo que eles falassem sobre esse assunto que Minseok tanto odiava.

 

ㅡ Eu não disse isso, você sabe que não tem motivos para isso, meu amor. ㅡ Jongdae não largava a forma carinhosa de chamar o garoto, talvez para convencê-lo de uma vez por todas de que era ele, o seu amor, era ele a pessoa no qual Jongdae pensava ao ver uma noite estrelada, ou ao passar por uma barraquinha de sorvete e ver os sabores de cores fortes, era em Minseok que Jongdae pensava. O mundo de Jongdae era repleto de Kim Minseok e nada mais. ㅡ Me desculpe, sei que você não gosta de tocar nesse assunto, mas é importante para mim.

 

ㅡ Eu me sinto pressionado, Jongdae! Poxa, esse assunto me machuca, sinto que não sou um bom namorado só porque não temos um relacionamento "assumido". ㅡ Fez aspas com os dedos e logo voltou a coloca-los nas correntes da balança. ㅡ Você sente falta do que exatamente? Me abraçar no meio de um monte de gente? Me beijar de manhã? Ou só de poder dizer "eu namoro Kim Minseok"? Eu não entendo, simplesmente não entendo.

 

Jongdae não respondeu de imediato, ele parou para escolher as palavras certas a se dizer, respirou fundo e começou já com os olhos lacrimejados.

 

ㅡ Sim! É exatamente disso que eu sinto falta Minseok, de poder demonstrar o meu carinho em qualquer lugar! ㅡ A voz era alta e embargada pelo choro fraco, engasgou antes de continuar a falar, talvez um aviso de que ele deveria parar. ㅡ Você é um idiota, mas também é tão fofo, isso me irrita! Você é sorridente e comunicativo, enquanto eu sou só um bobão que gosta de ler. Eu só queria orgulhosamente dizer que sou seu namorado, dizer que de tantas outras pessoas eu fui o escolhido para estar ao seu lado! Estar ao lado de uma pessoa como você Minseok, é uma honra.

 

As mãos cerradas já adquirindo um tom de vermelho começaram a tremer, Jongdae havia dito, ele realmente disse tudo que desejava. Seu peito ardia assim como sua garganta e talvez por piada, ou não, ele estava chorando, chorando lágrimas desesperadas e culpadas.

 

O assunto magoava muito ambos namorados e não era a primeira vez que isso acontecia. Já são quatro anos de relacionamento,  houveram brigas, uma delas no qual quase terminou no fim do namoro. Todas essas discussões trouxeram resultados, lembranças amarguradas, tão amarguradas que marchavam o tão puro e singelo, amor que os jovens compartilhavam.

 

Jongdae se lembrava de cada episódio que o marcou, seja quando eles foram ao cinema pela primeira vez, um ano de namoro e eles nunca haviam saído em público juntos. Estava indo tudo bem, tão perfeito, seria perfeito se não fosse pelo fato de que Minseok escolherá o mesmo filme que muitos dos colegas de classe dos dois jovens.

 

Jongdae insistiu que eles fossem embora, mas Minseok não queria! Ele havia pago pelo ingresso e ficaria até o fim do filme, tudo isso gerou a primeira briga séria do casal, no banheiro do shopping e com direito a gritos, insultos e no final, um pedido desesperado de desculpas de Jongdae.

 

Era sempre assim, eles discutiam e quem pedia desculpas era Jongdae, como se Minseok não se importasse, como se de uma hora para outra tudo pudesse acabar.

 

O relacionamento era tranquilo e movido na base do carinho e chamego. ㅡ Esse ponto já era bem recíproco, mas o fato de que era em "segredo" se tornou um tópico sensível, tão sensível que fazia ambos sagraram, bem, de alguma forma.

 

ㅡ Eu amo você Jongdae, amo muito. Estamos juntos a quatro anos, não quero voltar a brigar! ㅡ Minseok saiu da balança e se afastou de Jongdae, acariciava o próprio braço com cautela, como uma forma de conforto. ㅡ Você sempre toca na mesma tecla, sempre insistindo em um assunto desnecessário! Eu te pedi pra esperar, Dae. Mais alguns meses e eu termino a escola, assim que eu entrar na faculdade contamos a minha mãe, nós já passamos quatro anos, a merda de quatro anos, por que isso agora? Não quero conversar, minha mãe está em casa, nem tente aparecer lá.

 

O Kim moreno quis responder, quis mesmo, mas não conseguiu, Minseok já havia começado a andar, sem nem deixar Jongdae responder, ele simplesmente foi, mais uma vez.

 

De longe, ele viu os ombros do namorado tremerem um pouco, ele estava chorando. Jongdae queria correr e abraçar ele, mas não iria ceder, não dessa vez. Ele não iria pedir desculpas, não mesmo, ele não deveria se desculpar por simplesmente dizer o que ele pensava, já que Minseok fazia isso o tempo todo.

 

"Não gosto da sua foto de perfil, Dae. Não é o seu melhor ângulo"

 

"Você não acha essa camisa muito colorida?"

 

"Preto é péssimo meu amor, compre a amarela."

 

"Bolo de morango não tem gosto, vamos levar o de cenoura."

 

As vezes era irritante, mas na maioria ele se deixava levar, simplesmente porque ele não conseguia dizer "Não" a Kim Minseok. Mas ele iria ser forte, não daria o braço a torcer, resistiria com sua alma.

 

Convenhamos, sua alma era fraca e ele já estava correndo atrás do namorado e-Pelos Anjos!

 

Como ele agradecia por ser um fraco, quando ele virou a esquina viu Minseok aos prantos, chorava tanto que seu coração se quebrou ao meio, somente por ver aquele rostinho choroso.

 

ㅡ Minseok! Venha aqui, vamos conversar. ㅡ   Jongdae gritou e correu até seu pequeno anjinho, chorava tanto que tinha os olhos avermelhados e a ponta do nariz em um tonalidade parecida com a dos olhos.  ㅡ Eu não devia...

 

ㅡ Me desculpe! ㅡ Interrompeu e abraçou o namorado, era um aperto tão forte, como se ele tivesse medo de perder Jongdae ou, até mesmo, do mesmo fugir. ㅡ Eu deveria me importar mais com você, meu amor.

 

ㅡ Ei, está tudo bem. ㅡ Jongdae nem sabia como se sentir, era primeira vez depois de tantas brigas que Minseok pedia desculpas, que o abraçava na rua sem nenhuma hesitação. ㅡ Não vamos mais brigar por isso, ok? Vamos só esperar, podemos fazer isso, não é?

 

ㅡ É o que deveríamos ter feito desde o começo. ㅡ Sorriu mostrando os dentes branquinhos perfeitamente alinhados depois de anos com o aparelho, gentilmente beijou o namorado. Era só isso que ele estava fazendo, beijando seu namorado e nada mais importava.

 

É claro que não tinha somente aqueles olhares duvidosos ou os de relance despreocupados, tinha também aquele olhar assustador junto do sorriso irônico, além do flash que havia sido esquecido de desativar, há muito tempo, tem alguém observando.

 

[...]

 

Como Kim Jongin era chato, minha nossa! Kyungsoo achou que teria um dia de paz nessa semana, se equivocou. Lá estava Jongin, o seguindo de um lado para o outro dentro do supermercado.

 

ㅡ Cara, isso é sério? ㅡ Perguntou puxando a cesta de compras das mãos do colega de turma. ㅡ Me dê a cesta Jongin, são minhas compras, eu vou carrega-las e pagar por elas! Você é tão insistente, não tem o que fazer não? Sei lá, dever de casa?

 

ㅡ Por que acha que eu estou te mimando tanto? ㅡ Estalou a língua e piscou de forma sapeca. ㅡ Eu vou carregar as compras e você me ajuda com as atividades de matemática.

 

ㅡ Não é necessário, você pode copiar as minhas amanhã.

 

ㅡ Vai Kyungsoo, não custa nada me deixar te ajudar. ㅡ Ainda com as cestas em mãos, Jongin foi em direção a uma prateleira alta e pegou a farinha de trigo, que Kyungsoo procurava já fazia dez minutos. ㅡ Vai me ajudar?

 

ㅡ Não acha que estamos muito grudados esses dias? Assim fica mais fácil enjoar de você, sabia? ㅡ Parou em frente os lacticínios e começou a procurar o leite fermentado que seu irmão tanto gostava, queria ver a reação abobada da criança ao souber que ganhou um pequeno mimo do irmão mais velho. ㅡ Se quer me ajudar, dividirei a lista ao meio, tu pega uma metade e eu pego a outra, ok?

 

Do levantou a mão, três dedos levantados e outros dois formando um círculo. Assim que o outro estudante repetiu o ato, Kyungsoo dividiu a lista ao meio, rasgando de uma forma desajeitada e torta. Entregou o papel para o garoto de cabelos bagunçados e pele bronzeada.

 

ㅡ Se eu terminar primeiro, temos um acordo? ㅡ Sorriu de forma travessa enquanto (tentava) girar uma bandeja de cenouras em mãos, ele só parou quando acabou quebrando o isopor que servia de base para o armazenamento dos alimentos.

 

ㅡ Nós não temos acordo algum! Deixe de rodar esse negócio, vá trocar por outra, agora.

 

ㅡ Você é tão gentil, Kyungsoo. ㅡ Estendeu a língua e deixou as cenouras dentro da cesta. ㅡ Nós deveríamos pegar um carrinho.

 

ㅡ Nós deveríamos? ㅡ Perguntou sem interesse algum enquanto andava devagar a procura de cebolas, aparentemente, decentes. ㅡ Por que o quilo da cebola está tão caro?

 

ㅡ Ei, Kyungsoo! Se liga nisso ㅡ Jongin apontava para uma daquelas placas amarelas com escritas vermelhas, esta que estava colada a uma grande caixa de tomates. ㅡ , "Tomates alegria, coma e sinta azia."

 

A rima improvisada ㅡ Se é que isso é uma rima. ㅡ tirou gargalhadas tão gostosas de Jongin, que Kyungsoo se sentiu mal só de pensar em deixá-lo rir sozinho.

 

ㅡ Deixe de ser idiota, animal. ㅡ Sussurrou ainda meio risonho. ㅡ Vá pegar a sua parte da lista, se terminar primeiro temos um acordo.

 

ㅡ Certo! ㅡ Abriu um largo sorriso empurrando a cesta azul contra o peito de Kyungsoo. ㅡ Vou pegar a minha própria cesta.

 

Por mais que possa parecer idiota ㅡ Já que é realmente uma idiotice. ㅡ , todas as vezes que os garotos se cruzavam pelos corredores murmuravam provações ou sorriam ( Kyungsoo ironicamente) um para o outro.

 

Do até pensou que estivesse sendo fácil demais, sendo legal demais com Jongin. Sendo sincero, ele também foi assim com Minseok, depois do garoto de bochechas gordinhas deu-lhe metade de seu misto quente no primário, eles se tornaram inseparáveis. ㅡ Ao ponto de Minseok dizer que estava tudo bem se eles se beijassem ao jogar pepero game. 

 

Longa história.

 

Por que não ser mais amigável com Jongin também? Era só isso, amizade e nada mais, não tinha para que voltar com as implicâncias antigas, ou tinha?

 

Chegou a hora de conhecer Jongin, o fã de desenho animado.

 

[...]

 

Por uma divisão mal feita e injusta, na opinião de Jongin, Kyungsoo ganhou. Pagou por tudo e voltava feliz para casa simplesmente ter ganhado de Jongin! Era uma animação tão grande que Kim se sentiu injustiçado e desamparado, só faltou chorar.

 

ㅡ Não vai mesmo me ajudar com minhas atividades de matemática? ㅡ A pergunta veio mais como uma súplica boba, o garoto parecia ser carregado pelas sacolas e não o contrário.

 

ㅡ Tínhamos um trato. ㅡ Finalizou com um estalo de língua despreocupado.

 

ㅡ Eu te ajudei com as de sociologia, te dei balas de caramelo e ainda passei um ótima imagem de colega de turma, mesmo que você me odeie. ㅡ Disse fingindo uma careta de nojo, coisa que foi difícil de ignorar. ㅡ Não mereço uma ajudinha?

 

ㅡ Em primeiro lugar, eu não te odeio, odeio as coisas que te compõem. ㅡ Deu de ombros e trocou as sacolas de mão, a sua direita estava pedindo por socorro. ㅡ Em segundo lugar, eu não te pedi pelas balas.

 

ㅡ Ingrato, esquece que já te ajudei então, projeto de gente. ㅡ Arrumou a mochila nos ombros e começou a andar mais rápido, deixando um Kyungsoo risonho para trás.

 

ㅡ Não me ofenda, quebra-nozez. ㅡ Alcançou o garoto e deu dois tapinhas em suas costas, ainda rindo. ㅡ Por que você não tenta um tutu também?

 

ㅡ Esse é um assunto no qual não podemos fazer piada, eu já fiquei com a cabeça presa no tutu de uma amiga do balé infantil! ㅡ Jongin respirava falhamente ao tentar segurar o riso, já Kyungsoo nem fez o mínimo esforço. ㅡ Não ria, é sério!

 

ㅡ Eu não acredito nisso. Meu Deus, você é péssimo!

 

Sem nem perceber, eles já havia chegado. Só notaram quando pararam a frente do portão de Kyungsoo, deixaram de rir e se encararam um pouco. Jongin sentiu as bochechas queimarem um tantinho, devia estar vermelho. Que grande idiota.

 

Quando estava prestes a se despedir, Kyungsoo o interrompeu, tinha uma das mãos na nuca, fazendo um carinho em si mesmo. Talvez estivesse envergonhado.

 

ㅡ Entre, eu te ajudo. ㅡ Abriu o portão branco, esse que batia em sua cintura e tinha uma tonalidade clara.

 

Antigamente era branco, mas a velhice trás consequências, até mesmo para os objetos. Era acompanhado de uma cerca branca e alguns arbustos bonitinhos, tão perfeitamente redondos que Jongin sentia a necessidade de podar eles mais um pouco. A cerca não era tão alta, mas ainda sim segurava um pequeno garoto de seis anos e nariz engraçadinho.

 

ㅡ Não tenho nada melhor para fazer mesmo. ㅡ Kyungsoo completou. ㅡ Seungsoo quer mostrar a você seus novos botões azuis.

 

ㅡ Eu poderia trazer os meus algum dia desses, seria legal mostrar a ele.

 

ㅡ Só não demore muito, dois meses passam rápido. ㅡ  Kyungsoo brincou e foi em direção a porta, estava até mesmo risonho.

 

Jongin fingiu rir também, mesmo que estivesse com um aperto no coração, porque era verdade. Dois meses se passavam rápidos e a primeira semana já havia acabado, o baile e o final do prazo estavam próximos, o tempo passava tão rápido, cada minuto e segundo eram tão velozes, mas deixavam marcas que levariam tempo para serem apagadas, se é que elas irão se apagar.

 

Com o tempo, Jongin se via cada vez mais perdido, totalmente perdido naquele olhar quase inexpressivo e também caloroso (de uma forma louca) do baixinho, sem saber em qual direção seguir, Jongin se encontrou totalmente perdido em Do Kyungsoo.

 

Por agora era melhor ele encontrar as respostas para os exercícios de matemática.

 

[...]

 

Minseok estava mal, mal mesmo. Passou tanto tempo na mesma posição na cama que achou que estava grudado ali. Deitou lá e não saiu, só ficou pensando sobre a briga com Jongdae, mesmo que eles já estivessem se resolvido.

 

O pior de tudo, ele não podia falar com ninguém sobre isso. Seu melhor amigo nem sonhava sobre o namoro as escondidas com Jongdae ㅡ e não seria agora que ele iria contar.

 

Convenhamos, Minseok era pobre de espírito.

 

Ele se considerava assim, pobre de espírito. Julgava todas as opções possíveis de reações de Kyungsoo ao quesito:

 

"Eu já namoro o Dae faz quatro anos, me desculpe por não contar. Agora abaixa essa faca Soo."

 

Ele não tinha um melhor amigo tão amigável assim. Pensou em rezar, depois lembrou que Deus já deveria estar cansados das suas lamúrias, pensou em chorar as pitangas para seu vizinho, um garoto legal, também da escola porém um ano mais novo. Esse no qual Jongdae odiava, era ódio mesmo, com todas as letras ㅡ  e o assento. Tão bobo.

 

Desistiu depois de lembrar que esse vizinho tinha opiniões, controversas, digamos. ㅡ As crianças de hoje em dia são tão despravadas! 

 

Seu pai havia saído com sua mãe e até agora não deu nem sinal de vida. Ele só queria alguém para usar de poço das lamentações, era pedir muito? Ele achava que não.

 

Rolou mais uma vez na cama e sentiu todos os ossos de sua coluna se partirem ao meio, ok ele estava péssimo. Gruniu de dor e passou a mão direita em suas costas, como um velho de setenta anos, não um jovem de dezoito. ㅡ Mesmo que Minseok considera-se os dezoito anos o auge da velhice-jovem.

 

Ele deveria ter parado de rolar, já que não havia mais cama ou seja, ele se espatifou no chão e por lá ficou. Para melhorar seu dia, seu pulso doia, tipo muito. As pessoas deviam parar de usar suas mãos como amortecedor de queda, isso nunca gera coisas boas.

 

Um péssimo instinto.

 

Ele quase gritou um palavrão, se conteve para não assustar Max. ㅡ seu peixe de estimação, sim se chama Max. O nome do bixo causou tanta confusão que ele quase comprou outro peixe beta somente para nomea-lo como Max Jr. Kyungsoo quis morrer. Há aventuras que devem ser compartilhadas.

 

Enquanto Minseok tentava fazer uma tala improvisada com uma fronha de travesseiro e se limitar a coçar a orelha somente com a mão direita. Felizmente ele ainda podia escrever uma carta de despedida aos seus amigos, caso ele morra ao tentar esquentar água. ㅡ Que obviamente será entregue pelo pai de Minseok, já que sua mãe passaria dias perto da cova, não para chorar, mas sim para lhe dar uma bronca daquelas, mesmo ele já estando morto. Seria um desastre.

 

Felizmente seu pai apareceu e o levou até o médico para que a tala ㅡ se realmente precisar de uma. ㅡ , fosse feita adequadamente. O que deixou Minseok meio puto, ele passou vinte minutos para ajustar sua tala improvisada e ela simplesmente foi arrancada de si. Um absurdo.

 

Seu pai riu muito, principalmente do pijama de bolinhas do filho, outro absurdo. Minseok era à favor da liberdade de expressão, e ele estava expressando sua total preguiça com aquele lindo pijama de bolinhas. Última moda de outono, inclusive.

 

A casa hora que se passava ele se sentia mais estúpido, era impossível subir suas calças usando uma mão só. Você sabia disso? É tão irritante que ele quis bater a cabeça na parede e desmaiar no banheiro mesmo, desconsiderou isso ao lembrar que talvez os paramédicos vissem sua bunda branca demais. Péssima idéia.

 

Isso era terrível.

 

[...]

 

O dia seguinte foi pior, porque acredite se quiser, shampoo com cheirinho de uva com o nome "Cheiroso e sem lágrimas", ainda faziam seus olhos arderem! Sim, ele chorou. Pelo menos, tinha realmente uma boa fragrância de uva.

 

Agora ele cheirava a picolé barato e tinha um curativo na bochecha por se arranhar ao coçar os olhos. Isto está sendo um desastre.

 

Talvez fosse o seu carma.

 

Seu curativo do Bob esponja já era vergonhoso o suficiente, teria que se controlar e ter certeza que subiu as calças corretamente. Minseok não iria superestimar o botão da sua calça jeans, foi de cinto, só para garantir. ㅡ Mesmo que aquilo fosse o auge da sua personalidade sertaneja se auto revelando, só faltava botas de couro e o chapéu pontudo. Se é que os sertanejos usam isso.

 

Kyungsoo riu de todas as suas desgraças de uma forma icônica, tão icônica que Minseok quase o matou.

 

ㅡ Você está bem mesmo? ㅡ Aquilo era falso, nem tom de preocupação a voz tinha, era só ironia do baixinho metido a pinguim. ㅡ Desculpe, mas é engraçado. Não é culpa minha, afinal.

 

ㅡ Você foi rebaixado a capacho, não é mais meu melhor amigo. ㅡ Deixou um peteleco no amigo e lhe mostrou o dedo do meio, sorrateiramente.

 

ㅡ Vá se ferrar! ㅡ E ele caiu na gargalhada outra vez, tirando sarro da tristeza do melhor amigo. Isso era decadente.

 

ㅡ Está tudo bem, Minseok? O que é esta tala? ㅡ Jongin apareceu junto do trio parada dura, Jongdae, Chanyeol e Sehun.

 

ㅡ Se machucou? Dói? ㅡ As perguntas segundas vieram de Jongdae, que ainda não sabia sobre o que havia acontecido.

 

ㅡ Estou bem, foi só uma torção. ㅡ Explicou rapidamente. ㅡ Caí da cama ontem, enfim, longa história.

 

ㅡ Tão bobo! ㅡ Kyungsoo voltou a rir ainda sem nem olhar os outros garotos. ㅡ Quem diabos faz isso? Aí, minha barriga está doendo de tanto rir.

 

ㅡ Você é tão podre, Do Kyungsoo. ㅡ Minseok acusou apontando para o amigo, uma falsa expressão de repulsa foi estampada em seu rosto fofo.

 

Antes que alguém pudesse zoar mais um pouco de Minseok pelo curativo do Bob esponja, o barulho dos auto-faltantes sendo ligado foi ouvido. Chamando atenção de todos os alunos, uns abaixavam a cabeça a fim de somente escutar com precisão, outros se encaravam e riam baixinho.

 

Esperando pelo grande locutor.

 

ㅡ Tenham um ótimo dia pessoal! Vocês estão cada vez mais perto da derrota, está na cara de vocês que isso é verdade. ㅡ Enquanto alguns alunos xingavam, de uma maneira correta, o locutor, outros alunos riam, teve gente que concordou. ㅡ Bem, comecei bem o dia, machuquei meu pulso esquerdo, uma merda não é? Pelo menos não preciso escrever, vantagens de ser canhoto.

 

Kyungsoo fechou o armário e encarou a mão do melhor amigo, poderia parecer loucura, mas e se-

 

 

 

 

 

 

 

 

Não! Minseok não seria capaz de fazer o que o locutor está fazendo e além disso, Minseok sempre foi destro. Era só uma coincidência, nada mais que uma grande coincidência do destino travesso. ㅡMesmo que isso parece muito suspeito.


Notas Finais


OI DENGOS😔

Sim, isso é uma miragem.

Voltei depois de quase quinze dias, enfim a tristeza. Queria pedir desculpas😎

Não se preocupem, voltei a ativa depois desse mini-sumiço. Capítulo sem betagem, MAS SAIBAM QUE EU VOU BETAR TODOS OS CAPÍTULOS (junto da maravilhosa Vitória, bjs)

Entretanto, eu tô fudida, completamente fudida, sabe porque? PORQUE DO NADA INVENTARAM DE TIRAR ACENTUAÇÃO DE UM MONTE DE PALAVRAS.

(Apoio) é escrito assim agora

exemplo bem merda.

Coréia não é mais Coréia, agora é Coreia o correto. ISSO É UMA DESGRAÇA

enfim, boa noite meus dengos😔

(OBRIGADA PELO 1K😔😔😔)


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