História O Lord Das Trevas e O Último Herdeiro Le Fay - Interativa - Theo Brooke

Haviam se passado duas semanas desde o baile do dia das bruxas e a grande descoberta do segredo de Catrina Granger. Quem imaginava, Catrina era apaixonada por Vênus e apenas queria proteger a melhor amiga de Caio. Aos poucos, Vênus e Caio também se tornaram amigos. Vênus viu que no fim das contas, o garoto apenas queria um amigo e invejava a amizade de Catrina e Vênus. Caio não imaginava, mas uma simples atitude sua, acarretara em enormes reviravoltas. Graças a sua chantagem, Catrina deixou de ser amiga de Vênus, se tornou amiga de Safira, virando seu seguro de vida, quando Safira chantageou Alexei e Colton Le Fay, cansado de apanhar de Caio, se tornara um garoto cruel e arrogante. Mas Caio havia se arrependido de tudo o que fez, ninguém podia negar.

Vênus viu Jungkook sentado sozinho na mesa da Corvinal e foi até o mesmo, convida-lo para se sentar com ela e seus novos amigos. A princípio, Jungkook recusou, não gostava de Catrina, achava que a mesma tinha magoado Vênus e nunca entendeu como elas reataram a amizade, pois não falara com Vênus desde então, mas por fim, decidiu se juntar a eles e logo, Jungkook ficava amigo daquele grupo.

Theo e Erena conversavam animadamente, enquanto viam Minerva e Astrid parecerem em clima de romance, mas se negarem a admitir.

- Precisamos unir as duas, já está ficando repetitivo esse clima entre elas e as duas tontas não conseguirem ver – diz Theo e Erena assente, sorrindo decidida.

- Vamos unir essas duas – diz Erena estendendo a mão de Theo, que apertou a mão da mesma, sorrindo marota.

Logo, Theo notou que uma garota sonserina se aproximava de Will, tentando se insinuar para o mesmo. Não admitia que gostava de Will, para ele era apenas amizade, mas ficou tão furioso ao ver a cena, que saiu correndo. Astrid, Erena, que lançou um olhar sério ao irmão e Catrina pensaram em ir atrás do garoto, mas Caio interviu:

- Ele não vai querer conversar com vocês. Deixa que eu vou! Eu sou homem e entendo o que ele está passando, ele gosta de alguém que não quer ficar com ele – Caio lançou um olhar a Catrina, que corou - Ele vai querer conversar comigo – diz Caio e as garotas assentem.

Logo, Caio corria até Theo, que chorava compulsivamente enquanto corria, desembestado. Theo se dirigiu até a torre de astronomia, por algum motivo, aquele lugar o instigava. Sempre que ia ali sentia uma paz infinita, se sentia verdadeiramente em casa. Logo, Caio se sentava ofegante ao lado do amigo na torre de astronomia.

- Você corre que é uma beleza, né? Estou até cansado – diz Caio, enquanto respirava fundo, depois de tanto correr. Theo apenas revirou os olhos, ainda com lagrimas nos olhos.

- Caio, me deixa em paz! Vai lá ficar com a Catrina, falar sobre quadribol com a Astrid, só me deixa aqui, eu quero ficar sozinho – disse Theo chorando cada vez mais, mas Caio continuava sentado ali no mesmo lugar – SAI LOGO! – gritou Theo irritado, mas Caio não se moveu.

- Acredite, você não quer ficar sozinho. Você quer socar a cara de alguém, chorar como se o amanhã não importasse, xingar o mundo inteiro, chorar para sempre, ficar se depreciando e dizendo o quanto você é inferior e como ninguém nunca vai te amar, comer doces, se entupir de doces até ficar gordo e essa tristeza passar, você quer jogar um Crucio seguido por um Avada na cara daquela garota, que estava conversando com o Will. Você quer matar alguém, você quer fazer tudo, menos ficar sozinho.  Você diz sai, mas seu coração diz: Fica. Porque você está cansado de ser sozinho, de ninguém te entender. Da vida ser uma bosta. E adivinhe? A vida é uma bosta mesmo e só vai piorar! Mas você não precisa passar por isso sozinho, eu tentei, fiz de tudo para ter uma camada sarcástica e arrogante para que ninguém se aproximasse, afastei todos de mim, até a Safira e a Catrina, que eram as únicas pessoas que me importavam e eu sofri, uma delas morreu e eu nem pude me despedir. Você não vai querer fazer o mesmo, não vai querer sentir culpa quando alguém que você ama for tirado de você da pior forma, acredite a dor é agonizante e não vale a pena – diz Caio, deixando que lagrimas caíssem de seus olhos.

- Esse é o problema, eu não me importo mais. Ninguém me ama. Meus pais agem como se eu não existisse, eles não suportam a ideia de um filho bruxo, ou uma aberração, eles queriam um filho melhor. Eu fui torturado fisicamente e psicologicamente por Colton e Nath por dois anos e você não sabe o quanto eu sofri. Depois o Nath me enganou, se fez de meu amigo, me encantou, se tornou meu namorado, conheceu de perto minhas fraquezas, me fez acreditar que ele me amava, me tornou vulnerável e dependente dele. Ele me traiu, me enganou, me manipulou, me fez viver uma mentira e tirou a minha virgindade, uma coisa que eu sonhava em como eu perderia. Eu imaginava um garoto cavalheiro e perfeito, que eu amasse e que me amasse, que seria bom para mim e faria devagar e seria perfeito na hora. Em um lugar romântico e calmo. MAS NÃO! FOI EM MEIO AOS JARDINS, COM TODOS OS SONSERINOS ME OLHANDO! Nunca esquecerei aquelas palavras do Nath, ele me destruiu por dentro. Destruiu a única coisa boa que eu tinha, a minha ingenuidade. Os sonserinos me torturaram, riram de mim, viram meu corpo nu e zombaram. Eu chorei na frente deles! Eu morri naquele dia, nunca mais confiei em ninguém. Eu não acredito que ninguém me ame, o Will nunca vai olhar para alguém tão podre como eu, a Astrid só fala comigo porque anda com o Will e a Minerva, tenho certeza... E você e a Catrina, se tornaram meus amigos por pena, chegará o dia, em que me abandonarão e eu espero que esse dia chegue logo, para eu sofrer menos – diz Theo desabafando, chorando cada vez mais, vendo Caio olha-lo surpreso.

Caio não sabia que Theo se sentia assim, tinha vontade de azarar Nath e Colton, por fazerem seu melhor amigo se sentir desse jeito.

- E porque você acha que eu e a Catrina te abandonaríamos? – perguntou Caio e Theo suspirou.

- Olha só para mim, eu sou chato, tímido, atrapalhado, um sangue-ruim... Um nada. Porque vocês seriam meus amigos? Vocês só são meus amigos, porque não tem ninguém melhor para ser amigo, mas vão achar algum dia – diz Theo sincero abaixando a cabeça.

- Você está certo, você é um sangue-ruim! Mas o meu sangue-ruim, o sangue-ruim da Catrina. O nosso sangue-ruim. Eu não sabia que você se sentia assim, mas isso nunca vai acontecer. E sabe porquê? Porque você me lembra ela – diz Caio sorrindo triste – A Safira! Não a Safira louca, malvada e obcecada por Tom Riddle. Você me lembra ela em sua versão inocente, quando eu a conheci. Você me lembra ela toda vez que é doce. Sua lealdade me lembra ela. Seu jeito atrapalhado me lembra ela, quando tentava se aproximar de Tom Riddle, no nosso segundo ano. Seu altruísmo me lembra ela. Safira poderia estar muito mal, mas se ela visse algum amigo mal, ela ignorava sua própria dor e ajudava quem ama. Essas qualidades que ela tinha e que eu prezo você tem. Você é a cópia fiel da Safira e eu morro de medo de te perder, assim como eu perdi ela. Catrina é a garota que eu amo, Safira foi minha melhor amiga e você é o meu melhor amigo. Eu poderia ter escolhido milhões de pessoas para ocupar o lugar da Safira, mas de milhões, eu escolhi você e apenas você! Isso quer dizer alguma coisa, por mais que você não confie em mim ou na Catrina, sempre estaremos aqui para você – diz Caio e Theo o abraça fortemente, como se precisasse daquele abraço.

- Você acha que algum dia o Will me notará? – perguntou Theo e Caio riu.

- Eu acho que você deveria se fazer presente. Não adianta nada você ficar, OI WILL e corar, fugir toda vez que o vê com uma garota. Uma pessoa que ama de verdade corre atrás, se impõe, toma atitude, se arrisca. Se você ficar ai parado esperando Merlin agir por você, nunca vai acontecer. O antigo e arrogante Caio era assim, mimado, tudo que ele queria ele conseguia, eu corria atrás e não desistia até conseguir, o que eu chamava de meu, virava meu. Talvez sirva para você – diz Caio e Theo sorriu.

- Vou tentar – diz Theo sorrindo – Eu realmente torço para que você se acerte com a Catrina, cabeça de vento.

- Eu também sangue-ruim, eu também – Caio suspirou e eles ficaram algum tempo ali, sozinhos calados – Você me acha bonito? – perguntou Caio curioso.

- Que pergunta é essa? – perguntou Theo rindo.

- Só quero saber se eu faço seu tipo – diz Caio rindo e Theo o acompanha na risada -  Eu sempre imaginei como é ser gay, beijar um homem, tipo dois garotos se beijando, deve ser estranho...  – diz Caio fazendo uma careta.

- Quer experimentar? – pergunta Theo e Caio assente rindo. Logo, os dois se aproximavam, dava para sentir a respiração um do outro, suas bocas estavam coladas uma na outra, ambos sentados. Caio tomou a iniciava e beijou Theo. Ambos apenas queriam experimentar, saber como era o beijo um do outro, no caso de Caio, a curiosidade era grande, nunca havia beijado um homem. Logo, eles se separavam por falta de ar e começaram a gargalhar. Era uma risada gostosa, de dois amigos que se divertiam com uma situação e riam, cumplices.

- Foi como beijar um irmão, foi estranho – diz Caio rindo.

- Foi como beijar meu melhor amigo – diz Theo rindo – Eu tenho cada vez mais certeza que eu gosto do Will.

- E eu da Catrina, vai lá e corre atrás do cara que você gosta, não deixa ninguém tira-lo de você – diz Caio e Theo assentiu.

- Caio! – Theo chamou o amigo – Se você não me convidar para ser padrinho do seu casamento com a Catrina, eu te bato – diz Theo e Caio riu. Theo era uma figura! Nem sabia se algum dia conseguiria ficar com Catrina.

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Theo estava decidido a ir falar com Will. Após o almoço, os grifinórios teriam tempo livre e Theo decidiu matar sua aula com a Lufa-Lufa, coisa que nunca fizera antes. Mas teve uma grande surpresa, quando decidiu antes ir ao banheiro masculino para criar coragem e viu um garoto parecendo chorar.

- Licença! – diz Theo e o garoto o olhou assustado. Ambos estavam de pé em frente a pia do banheiro e o garoto parecia tentar controlar seu choro, em vão. – Por quê está chorando? – perguntou Theo curioso.

- Isso não te interessa, sangue-ruim! Vocês sangues sujos são tão intrometidos, além de uma raça podre – disse o garoto na tentativa de magoar Theo para ele sair dali, mas não surtiu efeito, pois Theo sorriu.

- Você sempre foi o único amigo do Le Fay que eu gostei. Parece tão diferente dele... Tão mais doce, mais humano. Não me importa seus xingamentos, estou aqui se quiser desabafar – diz Theo, surpreendendo o garoto.

- Mas você nem me conhece... – sussurrou o garoto, surpreso.

- Eu não preciso te conhecer para saber que você é legal, Fred Parkinson. Te vejo todos os dias, porque chora? – perguntou Theo e o garoto suspirou.

- É que eu terminei a minha amizade com o Colton. Ele era meu melhor amigo, sabe? E eu sinto a falta dele – diz Fred sentindo as lagrimas serem derramadas de seus olhos.

- E porque vocês terminaram a amizade? – perguntou Theo curioso.

- Eu o vi beijando a Anastasia! Ele deu em cima dela, eu vi! A própria me disse. E isso é uma coisa que eu jamais perdoaria, um amigo meu querer roubar minha namorada, eu pensei que ele fosse meu amigo, mas ele não era – diz Fred em um tom magoado.

- Você sabe que o Le Fay também viu o Abraxas beijando o Tom Riddle, né? Isso para mim tem cara de Poção Polissuco. Por mais que eu deteste Colton Le Fay e olha que eu o odeio mesmo, Colton Le Fay é leal, ele mataria por quem ama. Nisso somos parecidos. Ele jamais beijaria a namorada de seu melhor amigo. Ele jamais teria outros olhos para outra pessoa que não seja Tom Riddle, sério ele é louco por ele. Tem gosto para tudo nesse mundo. Alguém está tentando tirar os amigos do Le Fay dele, eu não me admiro, ele fez muitos inimigos. Mas ele realmente te ama, Fred, dê um voto de confiança a ele – diz Theo e Fred o fita, chocado. Poção Pollissuco? Poderia ser!

- Poção Polissuco? Será? – perguntou Fred cogitando a hipótese.

- Tenho certeza! Só de pensar em Colton e Anastasia, minha cabeça já da voltas, eles nem se falam, como que do nada, ele iria acordar um dia e decidir roubar a Petrova de você? – pergunta Theo rindo e Fred sorri. – Quando alguém toma a poção polissuco e tiver um fio de cabelo de uma pessoa, a pessoa que preparou a poção se torna igual a outra, podem muito bem assumir a forma que quiserem – explica Theo.

- Vou falar com ele, obrigado Theo – Fred sorriu – Amigos? – perguntou estendendo a mão para o garoto.

- Amigos – respondeu Theo sorrindo.

Theo nunca imaginara que se tornaria amigo de Fred Parkinson. Tanta coisa havia acontecido naquele dia. Primeiro, Will conversando com aquela garota, depois Caio demonstrando que realmente se importa com ele e agora, Fred havia virado seu amigo. Estava feliz, mas ainda tinha algo a fazer.

Caminhou decidido até a quadra, onde os meninos começavam a guardar suas vassouras. Logo, viu Charlus Potter, a quem ele odiava e se aproximou:

- Viu o Will por aí? – perguntou Theo friamente e Charlus fez uma careta.

- Por acaso eu tenho cara de vidente? – perguntou Charlus sarcástico.

- Não, você tem cara de trasgo mesmo – diz Theo no mesmo tom – Vai me dizer onde está o Will ou vou ter que te azarar? – perguntou Theo com um sorriso desafiante, não estava para brincadeira.

- Quero ver você tentar – desafiou Charlus rindo.

- CRUCI... – começou Theo pegando sua varinha rapidamente e apontando para Charlus e Will, que vinha em sua direção, olhou surpreso para a cena – Salvo pelo artilheiro, Potter. Eu realmente iria te azarar, da próxima vez, te aconselho a não levar minhas ameaças na brincadeira, porque quando eu quero algo, eu falo sério – diz Theo rindo, vendo Charlus lhe fitar com um olhar assassino.

- Você iria azara-lo mesmo? – pergunta Will.

- Claro – respondeu Theo sorrindo na maior naturalidade do mundo, como se dissesse que 2+2 é 4 – Precisamos conversar... – diz Theo sério, vendo Will lhe fitar curioso...