1. Spirit Fanfics >
  2. O manual de como não se apaixonar >
  3. Capitulo-1

História O manual de como não se apaixonar - Capitulo-1


Escrita por: Rockeypocket

Notas do Autor


A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.
John Kennedy

Capítulo 2 - Capitulo-1


                    CAPITULO-1

  

      Existem momentos da nossa vida que a gente cansa de fazer certas coisas. E eu tava cansada de viver em aeroportos. 

           Mas uma vez eu estou no aeroporto, dessa vez em São Francisco, Califórnia. 

             Minha vida sempre foi assim a cada mês uma cidade diferente, a cada ano um país novo.          Ao invés de amigos eu tenho um psicólogo particular, ao invés de um pai, eu tenho uma vó rabugenta, e ao invés de uma mãe presente, eu tenho uma advogada que acha que eu e a minha "família", somos bonecos que ela pode levar de um lugar para outro.

             Essa já era a quinta vez que mudávamos de país em menos de quarto anos, e de cidade em menos de um mês. Eu sei que minha mãe trabalha duro e que todo esse esforço dela é para dar tudo do bom e do melhor para mim e para minha vó e para que eu tenha o  Oliver, o psicólogo, sempre comigo. Mas caramba né, cansa você não poder ficar em uma escola e ter amigos, ou ficar em um mesmo lugar por muito tempo, poder falar com seu vizinho do lado e ver ele ficar velho.

           Em toda a minha vida eu já morei em quinze países entre, Alemanha e Japão, em em 23 cidades diferentes, em toda a minha vida.E olha que eu só tenho quinze anos.

           Porém dessa vez eu sinto que de São Francisco nós não saímos mais. Ás vezes acho que minha mãe tem medo de eu me apegar a algo de certo lugar e querer sair pelo mundo, sozinha, ou para tentar esquecer meu pai.

        A minha vó, coitada, essa não tem escolha, como diria ela " Ou eu morro sentada olhando pela  janela do mesmo lugar todos os dias, ou eu saio me divertindo pelo mundo a fora, vendo tudo aquilo que posso ver!", mas eu sei que no fundo a única coisa que ela quer é volta para Nova York e poder viver todo o resto do que  tem de sobra e viver no seu local de origem. 

     Já o Oliver, se ele não fosse amigo da  família, tenho certeza que já teria ido embora desde a primeira mudança que fizemos. Ele tá comigo desde quando eu aprendi a falar, sabe de tudo que já passei em toda a minha vida até hoje,  como me sinto com toda essa coisa de mudança, e acho que ele gosta de mim e da minha família, porque se não né! Porque sabe ter que aguentar minha vó reclamando de dor de coluna, ou porque cada vez mais o programa da Ellen DeGeneres passa tarde,chega a ser cansativo.

             Mas nós quatro vivemos uma vida até que bastante normal, podemos até ser como nômades, porém ainda somos  uma "família" feliz. Por que acho que você não pode escolher em que família vai nascer, não é ?

              Então como em qualquer final de mês normal para mim; eu e minha família estávamos no aeroporto, em uma cidade nova, em uma casa nova, criando uma vida nova.

              Eu,vovó e Oliver estamos  sentando no Starbucks esperando minha mãe resolver algo do problema do motorista. Minha vó mexia em seu celular e conversava com Oliver enquanto bebia seu café Latte. Oliver só conversava com ela. Já eu nem ouvia o que eles diziam, estava ouvindo música e jogando enquanto  o chantilly do meu Frappucino de chocolate derretia. 

            - Aí essas criancas de hoje em dia. Não vivem mais a vida só ficam com esses fones no ouvido,ouvindo besteiras e jogando esses jogos online. Olha essa menina já está tão viciada que até no aeroporto ela joga.- Pude ouvir minha vó dizer, após uma de minhas playlists de música ter acabado. 

          - Ah senhora Barbara, ela só é uma adolescente. É normal que todos eles façam isso, às vezes eles só querem fugir do mundo, e não ter que ouvir a vovózinha deles reclamando, e isso os ajuda.- Disse Oliver, e eu o agradeço a ele por ter dito algo que eu estava prestes a falar.

            - Mas ela deveria fazer algo mais produtivo! Ultimamente essa menina anda passando muito tempo jogando e pensando em nada, ao invés de fazer algo que lhe traga valor é aprendizado.

               Naquele momento eu fechei meu notebook, tirei os fones de ouvido e respondi minha, querida, avó:

             - Olha primeiramente vó, eu tô ouvindo tudo tá! E segundo Legue Of Legends exigi muito do meu tempo tá, ou você pensa que chegar ao elo platina é tão fácil? 

              - Eu sei minha querida, na verdade, não sei. Mas enfim, Amália, você precisa fazer algo mais interessante! Que tal voltar a tocar piano.- Minha vó completou e pude ver Oliver revirar os olhos.

              - Vó aceita eu nunca mais vou tocar piano novamente, não depois do que aconteceu. Desiste.

               - Mas você toca tão bem, ganhou tantos prêmios, não é só por causa de um erro que deveria parar...

               - Vó já chega eu não vou tocar piano de novo, aceita e não importa  todos esses prêmios o que adianta ter um monte de prêmios mas uma vida de verdade não. Prêmios não preenchem aquilo que não existe. - Eu interrompi minha vó e acabei percebendo que estava passando vergonha no meio da Cafeteria pois todos olhavam para mim.

              Coloquei meu notebook dentro da minha mochila, coloquei os fones e peguei meu Frappucino e sai ando e complementando:

              - Eu vou esperar sentada lá fora, não se esquecem de mim. 

                Eu sai do Starbucks percebendo todos os olhares a minha volta, mas não dando atenção.

               Andei até um banco no meio do corredor entre os free-shops e fiquei olhando uma menininha pedir para o pai, um mickey de pelúcia. 

               Eu fiquei pensando em como seria se em  minha vida toda, meu pai estivesse ao meu lado. Talvez tudo fosse diferente; nós não mudaríamos de casa a cada mês, e seríamos uma família. 

                Fiquei olhando a doce menina, loirinha de vestido rosa, com seu pai na fila, após ter o convencido de comprar o brinquedo de pelúcia; e pude perceber Oliver se sentar ao meu lado.

             -Você sabe que eu sinto falta dele né?- Perguntei ao psicólogo, olhando no fundo de seus olhos.

               -Eu sei querida; na verdade sempre soube. Mas olha Amália, isso poderia acontecer com  qualquer um. Seu pai já foi embora a muito tempo...-Oliver fala mas eu logo o interrompo.

                -Dez anos.

                 - Querida, não importa a quanto tempo ele se foi; você precisa saber que seu pai sempre estará contigo. Eu sei que ele te amava muito, a final ele era o meu melhor amigo. E sei que você também o ama muito. É isso faz com que ele sempre esteja com você.

           - Mas porque minha vó implica tanto comigo? Eu não vou tocar piano, não depois da morte do meu pai, não depois de ter perdido o concurso, eu não quero. Eu tô cansada Oliver de viver em um lugar diferente a cada mês, não fazer amigos.- Eu disse revoltada.

             - Amália, eu sei disso. Mas você tem que entender sua avó só não quer que você perca seu tempo se lamentando com o que aconteceu e acabe perdendo tudo o que você gosta por causa disso, como ela.- Oliver diz rindo por eu estar nervosa.

               - Eu sei Oliver, mas não é minha culpa se ela fraturou a perna, e por isso acabou com sua carreira.- Digo agora um pouco triste lembrando das coisas.

              Na adolescia da minha avó, todos os adolescente de sua escola sonhavam em ser médicos, cientistas, trabalhar no banco. Já a minha avó sonhava com a Broadway. Ela era incrivelmente talentosa, e se quando disse-se ao contrário ela mostrava as sua prateleiras com vinte cinco prêmios do Tony Awards. Mas sua carreira começou a vir à tona. Se apaixonou pelo meu avô, ela teve o meu pai e acabou quebrando a perna, digamos que aquela frase de sorte "quebre a perna" realmente aconteceu. Mas isso não impediu que o casal mais famoso de toda "Broadway Avenue" continuassem na trilha da fama. Ela é vovô dirigiam e  produziam alguns musicais. Mas aí  meu pai cresceu, se casou, faleceu, e logo o meu avô. E tudo isso fez com que minha avó desistisse de tudo isso, de um sonho.

            Quando voltei a realidade Oliver ainda falava comigo: 

              - Amália perceba, a sua avó só quer o seu bem, uma competição, um garoto, não podem mudar o que você é, e nem afetar o seu futuro. Sua vó e sua mãe não querem que você se prenda ao passado. Viva o agora Amália.

              Eu olho Oliver e sorrio, não sabia o que dizer. Talvez ele tivesse razão, é mesmo que não tivesse, sempre achava palavras que me traziam conforto.

                Ficamos ali sentados por um tempo até, que de repente, eu vejo uma majestosa moça, aparentando ter quarenta e dois  anos, o que realmente era sua idade. Cabelos castanhos claros lisos até os ombros, olhos claros, com um lindo vestido Kate Spade branco social, e sua bolsa cinza Louis Vuitton coleção número 1-Paris, é um leve cheiro de seu perfume Dior. Ela vinha acompanhada de minha vó.

          - Vem vamos nos levantando aí vem elas.- Oliver disse se levantando e eu faço mesmo.

           A moça de cabelos castanhos claros se aproxima de nós e diz:

            - Vamos o motorista chegou. E Amália precisamos  conversar ao chegarmos.

            Olhei para minha avó com um olhar mortal, já sabendo do que minha mãe tratava.

            Fomos até o carro, e ajudamos o motorista com as malas.

             O aeroporto internacional de São Francisco, está localizado a vinte e um quilômetros do centro da cidade. Ou seja estava na viajem mais longa da minha vida.

              Olhei minha mãe e pude ver o Chester, o motorista, flertando ela. E Oliver rindo sozinho. Não quero nem saber o que minha mãe fez em todo aquele tempo que "resolvia o problema do motorista". 

                Comecei a sentir grandes náuseas. E a pensar que nada podia piorar, até minha avó abrir a boca:

             - Sabe Chester meu filho, James, era um grande homem. Ele era alto forte e musculoso. 

             - Nossa senhora Collins, a senhora deveria ter um grande filho.- Chester diz olhando minha avó pelo retrovisor do carro.

             - É ele era um ótimo filho. Ás vezes falo com ele no meio da noite. Sabe o que ele me conta?

              Oliver começou a segurar o riso ao meu lado, e eu comecei a revirar os olhos, como sempre faço quando minha avó inventa histórias.

             - Não senhora Collins, não sei.

              - Ah. Ele me disse que adora aparecer no meio da noite, no quarto de pessoas displicentes com a esposa dos outros, principalmente a dele.

               Nessa hora Chester não responde apenas se concentrou em continuar a dirigir.

               Agora eu ria. 

            Comecei a olhar a cidade pela janela do carro. Estava um dia de céu limpo, de noite, e o que era aquilo Polo norte, Brasil, Japão e Venezuela?

               São Francisco era maravilhosa. Luzes por toda a parte, pessoas, prédios. Mas tudo se tornou mais bonito ao passarmos pela Golden Gate, e pude sentir meus olhos brilhando com tanta beleza; a vista da cidade, era incrível.

               Quando coisas ainda passavam pela minha cabeça, mau pude perceber que havíamos chegando na casa nova.

               Descemos do carro e pegamos as malas.

               Todos entraram na casa, mas por um instante, eu não conseguia sair de onde estava, por algum motivo fiquei hipnotizada com a casa. Era como se ela quisesse me dizer: " Bem-vinda ao seu novo lar, não iremos nos separar tão rápido".

                 Fiquei alguns minutos observando a casa, até que Oliver abre a porta e diz:

            - Que isso Amália viu um vulto. Vamos entre longo.

 

              

                 

 

       

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...