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História O Maravilhoso Sr. Depp - Capítulo 27


Escrita por: IsaReis28

Notas do Autor


Aviso: este capítulo contém insinuações de violência doméstica, se você tem algum tipo de sensibilidade ou gatilho, pule a parte em itálico.

boa leitura ♡

Capítulo 28 - Capítulo 27


Fanfic / Fanfiction O Maravilhoso Sr. Depp - Capítulo 27

"Era o último trabalho daquela noite e Maya não parava de contar os minutos para que acabasse logo.

Antigamente, ela costumava amar seu trabalho e não se importaria em ficar horas fotografando e conversando com seus modelos para que eles ficassem mais confortáveis e também porque Maya adorava conhecer as pessoas.

Mas Patrick, seu namorado, nos últimos meses vinha implicando todas as noites em que ela chegou tarde em casa e Maya não gostava da forma que ele ficava.

Nas primeiras brigas, ela conseguiu contornar a situação e terminaram a briga na cama. Porém, as outras foram se tornando mais intensas quando ele começou a acusa-la de estar o traindo. E assim foi todas as vezes que ela ficou presa no trabalho.

Então, para evitar confusão Maya começou a adiantar seus trabalhos, o que chamou atenção de Olivia, mas não contou a sua irmã o que estava acontecendo. Elas não estavam se entendendo, pois Olivia não apoiava seu relacionamento com Patrick.

Maya não entendia o porque sua irmã implicava tanto assim com ele, Patrick era uma boa pessoa, só estava passando por uma fase ruim. Ela compreendia isso, por que Olivia não

Mas para o seu azar, desta vez Maya não conseguiu adiantar seus trabalhos, levou uma tarde inteira para terminar as fotos externas, o que atrasou outros trabalhos. E agora ela estava saindo dos estúdio as uma da manhã. 

Maya pegou as chaves do carro e suas mãos tremiam, ela sabia o porque, mas ignorou isso e seguiu o caminho de casa. Ela tentou ligar para Patrick e avisar que chegaria tarde, mas o celular do ruivo só havia dado caixa postal. Isso a deixou tensa.

Talvez ele não estivesse em casa. Podia muito bem ter ido em algum bar com os amigos depois do trabalho e se Maya chegasse antes dele, talvez ele nem notaria.

Esse foi o pensamento da morena durante o caminho, isso ajudou a se manter calma e parando um pouco a tremedeira das mãos.

Porém, ao chegar em casa e ver a moto estacionada na garagem, Maya sentiu o coração gelar e um arrepio na espinha só de imaginar como Patrick deveria estar irritado.

Maya desceu do carro, respirou fundo e começou a subir as escadas. Assim que chegou no seu andar e olhou para a porta de seu apartamento, o pequeno corredor pareceu se alargar conforme ela andava, pois sentia que nunca chegava. Se sentiu andando em um corredor da morte.

Colocou a chave na porta e, com muita dificuldade, pois suas mãos tremiam, ela girou a maçaneta devagar.

Abriu a porta revelando que o apartamento em um completo breu, Maya não teve certeza na hora que entrou, mas viu alguns copos quebrados no chão ao lado do abajur que deveria estar acesso a essa hora. 

A única luz e som vinham da televisão que estava ligada em um programa desses em que as pessoas vão fazer coisas bizarras para ganhar dinheiro e Patrick estava sentado no sofá. 

Maya torceu para que ele estivesse dormindo, assim poderia ter uma noite tranquila, mas assim que fechou a porta, ouviu a voz de Patrick.

-Está atrasada. –sua voz era arrastada, revelando que ele provavelmente havia bebido, o que explicava para Maya os copos quebrados.

O ruivo não se levantou, continuou sentado e Maya sabia exatamente o que ele queria, que ela fosse até ele. Naquela época, Maya nunca teria admitido, mas estava morrendo de medo dele naquele momento, por isso se manteve parada no mesmo lugar.

-Eu fiquei presa no estúdio. Alguns trabalhos atrasaram, precisei...

-Eu não ligo para seu trabalho! –Patrick se exalta. –Pensei que você tivesse entendido que deveria estar em casa antes de eu chegar.

Maya engoliu seco. Não estar vendo o rosto dele, não saber quais eram as expressões que ele fazia, tornava tudo pior, porque só pelo tom de voz, Maya sabia o quão irritado ele estava bem.

Ela se viu em silencio sem saber o que falar, com medo de qualquer tentativa de explicação resultasse em uma explosão de seu namorado.

-Maya, venha aqui! –ele a chamou, mas ela se manteve imóvel. –MAYA!

Os ossos da morena tremeram ao ouvir ele gritar seu nome com tanta raiva, mas ela continuou parada no mesmo lugar, sem mexer um musculo com medo do que poderia acontecer se fosse até ele.

Ouviu o volume da televisão ser aumentado e a silhueta de Patrick se mexer, os passos dele se levantando e indo até ela.

Ele era mais alto, muito mais alto do que Maya e o que antes havia sido algo que ela achava atraente, agora só a deixava assustada.

Quase não conseguia se enxergar naquele apartamento, Maya sentiu quando a respiração dele estava na sua frente e as mãos grandes apertaram seus pulsos com força.

-Quando eu chamar, você vem. Sem hesitar! –ele diz pausadamente, revelando o cheiro de cerveja em seu hálito. –Agora você vai me dizer o nome dele.

-O que? –Maya ficou confusa. –Patrick, eu não estava te traindo. Estava trabalhando, eu juro!

A morena falava desesperada sentindo os apertos ficarem cada vez piores.

-Está mentindo! –o ruivo diz com uma certeza que quase fez Maya duvidar de si mesma.

-Eu tentei te ligar para avisar, mas você não me atendeu. –ela diz numa tentativa de amenizar a situação e fazer com que ele soltasse seus pulsos.

Pobre Maya. Ela era ingênua demais nessa época para desconfiar que Patrick não havia atendido o telefone, porque estava ocupado demais comendo a vizinha da frente enquanto Maya estava no trabalho.

-Não tente colocar a culpa em mim! –ele grita. –Se você é incompetente no seu trabalho, isso não é problema meu. –as palavras do irlandês a machucam tanto que Maya precisa se controlar para não acabar chorando na frente dele. –Você é minha mulher! E mulher minha não chega tarde em casa, da próxima vez...

Patrick ficou em silencio, soltou os pulsos de Maya, causando alivio na mesma, mas o que ele faz em seguida é pior. Muito pior.

O ruivo pega uma vaso de decoração que havia na sala, Maya sentiu o coração gelar. Era o vaso que ela e Charlie haviam feito juntos quando faziam cerâmica, eles mesmo pintaram de tons azuis e roxo, uma combinação que Maya tinha odiado na época, mas seu pai havia adorado

E assim que foi morar com Patrick, o objeto foi a primeira coisa que levou para lá e o ruivo sabia o quanto era importante para ela.

Porém, a morena mal teve tempo de dizer algo, pois viu Patrick jogar o vaso na parede ao seu lado fazendo com que Maya se assustasse e desse um grito muito alto.

Ninguém apareceu. Talvez a televisão estivesse alta demais ou os vizinhos preferiram se fingir de surdos.

Patrick se aproximou de Maya novamente, segurando em um dos seus braços apertando forte o suficiente para deixar uma marca.

-Da próxima vez, eu não vou errar. –Patrick vai até a porta e abre, não antes de olhar para Maya uma ultima vez. –Não me espere acordada.

E ele sai de casa, deixando uma Maya completamente assustada olhando para os cacos que restaram de seu adorado vaso. A última memoria que ela tinha com Charlie antes do acidente.

Ela sentia o desespero crescer em seu peito, seu corpo inteiro tremia. Qualquer pessoa estável teria juntado suas coisas e ido embora, mas não ela...

Maya já estava há algum tempo nessa situação, e sua saúde mental já estava comprometida e ela nem mesmo sabia disso ainda.

No momento, no meio de uma crise de pânico que a deixava paralisada e sem saber o que fazer, ela apenas se sentou no chão, cortando uma das mãos nos cacos espalhados, mas não se importando com isso no momento.

E ela ficou ali, sozinha, chorando...”

Maya acordou em um arranco, quase caindo da cama, sentindo seu coração acelerado e o corpo tremendo como há muito tempo não acontecia.

Ela sentiu uma vontade enorme de chorar, mas se concentrou em se manter calma. 

Havia alguns anos que ela não tinha sonhos tão vividos com as memorias de seu passado. Com os pesadelos que a atormentavam. 

Se lembrou de como foi os primeiros meses, onde ela mal conseguia dormir sem que o rosto de Patrick viesse assombra-la e se não fosse pela terapia, ela com certeza não teria sobrevivido no primeiro ano.

-Merda! –ela diz ao sentir algo molhar seu rosto e perceber que estava chorando. –Por que é tão difícil me deixar em paz? –Maya enxuga as lágrimas e resolveu pegar o celular para ver as horas. 3:30 p.m.

-Eu dormi a tarde inteira? –ela pergunta confusa e só então se lembra das ultimas duas semanas. 

Após sair do hospital deixando Olivia aos cuidados de Dave, Maya e seu cunhado decidiram que seria bom para sua irmã e seu/sua sobrinho (a) descansassem um pouco. Então, a contragosto Olivia ficou de repouso em casa, enquanto Maya com a ajuda de Jennifer tomaram conta do estúdio.

Para o alívio da loira que havia ficado apreensiva, as coisas se saíram melhor do que o esperado. Mas Maya não podia negar que não foi exaustivo fazer dois trabalhos ao mesmo tempo, afinal um dos motivos do porque Olivia ficou com a parte burocrática, era porque Maya odiava tudo isso.

Agradeceu pelo pouco conhecimento que Jennifer tinha de direito e da ajuda que ela lhe deu ao ler alguns dos contratos.

E depois dessas duas semanas intensas, Maya deu aos funcionários um fim de semana de folga, afinal todos precisavam de um descanso. Ela, especialmente. Se lembra de ter chegado tarde em casa, fechar as cortinas do apartamento e deitar em sua cama.

Apesar de ter passado um dia inteiro dormindo, ela sentia seu corpo pesado, talvez culpa do pesadelo que teve, mas resolveu deixar isso de lado e tomar um banho.

Renovada e bem alimentada, Maya abriu todas as janelas e apreciou os vestígios de sol entrando em seu apartamento. 

Fazia um tempo que não ficava sozinha ou em casa, Jennifer sempre a arrastava para fazer alguma coisa e ela normalmente ia porque ficar sozinha não lhe fazia muito bem.

Ficar alguns meses morando com Olivia e Dave, fez com que Maya estranhasse um pouco voltar a morar sozinha e o conselho que Kate lhe deu na época foi redecorar completamente a casa. 

Seria uma maneira de sumir com todas as lembranças ruins e de se reencontrar novamente. 

Com a ajuda de Olivia, ela conseguiu deixar seu novo apartamento do jeito que sonhou quando era mais nova. Porém, ficar sozinha ainda era algo que ela não gostava muito.

Mas desta vez, ela estava disposta a tentar se acostumar e voltar a apreciar sua própria companhia. Isso incluía passar o restante do dia deitada no sofá, comendo besteira e assistindo alguns dos filmes que Jennifer tinha lhe recomendado. 

Parecia ser um bom plano para Maya. Até ela já estar no meio do filme e seu celular começar a tocar.

-É serio? –ela resmungou olhando para o aparelho em cima da mesinha de centro.

Maya pensou seriamente em deixar cair na caixa postal, mas depois se lembrou que poderia ser Olivia. Era melhor atender, pausou o filme e pegou o celular.

Assim que pegou o mesmo, viu o nome de Johnny brilhar no aparelho e sentiu seu coração saltar.

-Johnny? –ela atendeu.

-Maya! –a voz dele continha um suspiro de alivio. –É muito bom ouvir sua voz!

-Aconteceu algo? –ela perguntou sentindo que havia algo errado com o mesmo.

-Não, não aconteceu nada, estou bem. –ela podia o imaginar sorrindo do outro lado da ligação. –Na verdade, eu queria saber se você está ocupada agora.

Maya se viu em silsilêncio  um instante, olhando para os pacotes de cookies jogados e o filme congelado na tela, refletindo sobre o que gostaria de fazer.

-Não, estou livre no momento. –ela diz tentando ignorar as borboletas em seu estomago.




Notas Finais


oq esperar desse reencontro dos dois? Lembrando que eles não se veem desde o observatório...
Agora, uma perguntinha, qual o filme favorito de vcs?


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