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História O menino loiro do parquinho - Drarry - Winky e a Marca Negra


Escrita por: GemaEscura e cxrie-

Notas do Autor


Boa leitura ^^

Capítulo 42 - Winky e a Marca Negra


Fanfic / Fanfiction O menino loiro do parquinho - Drarry - Winky e a Marca Negra

"Cap. 42 - Winky e a Marca Negra"

||2500 palavras||

    Harry nunca imaginaria que, dentro de toda a animação, cantoria e felicidade sobre a grandiosa vitória da Irlanda, algo de ruim fosse acontecer.

    Quando voltaram à cabana — o Sr. Weasley tentava não ficar aborrecido com o fato de que os gêmeos haviam apostado (e ainda ganhado a aposta) que fizeram com Ludo Bagman —, estavam todos sonolentos, mas querendo ficar acordados. A cantoria desafinada da multidão afora vinha com o ar da noite, os leprechauns sobrevoando toda a área e forçando a todos a não dormirem com suas risadas.

Quando foram para as beliches, o som da cantoria e batidas estranhas ainda não havia sumido, mas Harry estava tão sonolento que não demorou para adormecer.

Pareceu que Harry havia acabado de pegar no sono quando o Sr. Weasley começou a gritar, acordando-os propositalmente:

— Levantem! Ron, Harry, vamos logo, levantem, é urgente! 

Harry se sentou depressa, ainda imerso no poder do sono.

— Que foi? — perguntou sonolento.

Foi só então que percebeu que o barulho no acampamento tinha mudado. Ao invés de cantorias animadas, ele ouvia gritos e passos apressados de gente correndo.

— Apanhem uma jaqueta e saiam, depressa! 

Harry e Ron correram para fora das barracas, encontrando Ginny e Hermione no meio do caminho, parecendo alarmadas e assombradas, e então Fred e George. Através da mínima luz que reluzia das poucas fogueiras acesas, eles perceberam que pessoas fugiam de algo, correndo para a floresta.

Um grupo de bruxos marchavam pelo acampamento, se movendo ao mesmo tempo e apontando as varinhas ao alto. Harry percebeu que esses bruxos estavam controlando uma família de trouxas, fazendo-os rodopiar no ar, caindo no chão e ouvindo-os gritar assustados. Caçoavam deles.

— Vou ajudar o pessoal do Ministério. — gritou o Sr. Weasley enrolando as próprias mangas. — Vocês... vão para a floresta e fiquem juntos. Irei apanhá-los quando resolvermos este problema aqui!

O Sr. Weasley saiu depressa até os baderneiros enquanto bruxos do Ministério procuravam soluções para o problema.

— Anda. — disse Fred, agarrando a mão de Ginny e puxando-a para a floresta. Harry, Ron, Hermione e George os acompanharam.

Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores enquanto crianças choravam e pessoas gritavam, cobertas pelo pânico. Sentindo ser empurrado de um lado para o outro, Harry ouviu uma voz familiar, demonstrando pressa.

— Vocês precisam entrar mais profundamente na floresta!

Harry, Ron, Hermione, Ginny, Fred e George se viraram rapidamente. Draco Malfoy estava parado sozinho perto deles, o peito subindo e descendo rapidamente, completamente assombrado.

— Quem você acha… — começou George se irritando com a presença, e fazendo impulso para se aproximar de Draco, mas Ginny foi mais rápida e repeliu o irmão de atacá-lo.

— Estou falando sério. — Draco tornou a falar, espiando o acampamento sombrio. — Eles estão caçando nascidos-trouxas. É muito perigo-

— Onde é que estão seus pais? — perguntou Fred com fúria. — Lá no acampamento usando máscaras, é?

Draco pareceu se deprimir.

— Só meu pai. — respondeu demonstrando nojo. — Ele ainda queria que minha mãe fosse junto…

— Ela está com eles? — perguntou Harry. — Quero dizer, se sua mãe estão com aqueles bruxos…

— Não, ela está querendo ajudar o pessoal do Ministério. — respondeu preocupado. — Disse que é melhor eu ficar aqui.

Com lampejos verdes vindo do acampamento, eles ouviram mais gritos assustados.

— Vão, se apressem… — implorou Draco. — Eles podem chegar aqui a qualquer hora.

— E você? — perguntou Ginny demonstrando preocupação. — Não vão te pegar?

— Pode ter certeza que não. — respondeu. — Vou ficar aqui, estou preocupado com minha mãe…

— Vem conosco. — pediu Harry.

Draco engoliu em seco. Então negou.

— Vem, Draco, sua mãe vai ficar bem… — tornou a dizer Harry.

Draco espiou o acampamento mais uma vez, suspirou, e caminhou até eles, incentivando-os a adentrar mais profundamente na floresta. Apesar de estarem confusos com o comportamento de Draco, Fred e George apenas deixaram ser levados, já que — por mais absurdo que eles achassem —, Harry, Ron, Hermione e Ginny pareciam dar completa confiança ao sonserino.

— Ah, não, não acredito! — exclamou Harry de repente, com as mãos procurando desesperadamente algo nos bolsos. — Perdi minha varinha...

— ‘tá brincando!

Os outros pegaram suas varinhas, a ponta brilhando. Harry olhou ao redor mas não achou nada que parecesse com sua varinha.

— Talvez tenha ficado na barraca. — disse Ron. 

— Talvez tenha caído do seu bolso quando você estava correndo. — sugeriu Hermione ansiosa. 

— É — falou Harry apreensivo. —, talvez... 

Os sete pularam de susto quando, repentinamente, eles ouviram um ruído. Uma elfo doméstica estava tentando sair de uma moita de arbustos ali perto, com visível dificuldade. 

— Tem bruxos malvados aqui! — ela disse nervosa.

— Winky? — perguntou Hermione.

— Quem? — disse Harry sem entender.

— Winky, a elfo doméstica dos Crouch… esteve guardando lugar para o Sr. Crouch lá no jogo quando você e Draco saíram...

— Gente voando… — tornou a dizer a elfo. — lá no alto! Winky está saindo do caminho! 

Ela desapareceu nas árvores do outro lado, ofegante.

— Que é que há com ela? — perguntou Ron curioso. — Por que ela não consegue correr direito? 

— Aposto como não pediu permissão para se esconder. — disse Draco, provavelmente se lembrando de Dobby. 

— Sabem, os elfos domésticos têm uma vida duríssima! — protestou Hermione indignada. — É escravidão, isso é que é! Aquele Sr. Crouch fez Winky subir até o topo do estádio, e ela estava aterrorizada, e enfeitiçou ela dessa maneira para que nem possa correr quando eles começam a pisotear barracas! Por que ninguém faz nada para acabar com uma situação dessas? 

— Ué, os elfos são felizes, não são? — disse Ron. — Você ouviu a Winky durante a partida... “Elfos domésticos não devem se divertir”... é disso que ela gosta, que mandem nela... 

— É gente como você, Ron — começou Hermione com desdém. —, que sustenta sistemas podres e injustos, só porque são preguiçosos demais para... 

Uma nova explosão aconteceu. 

— Vamos continuar andando, vamos? — disse Draco querendo mudar de assunto, desconfortável.

Continuaram a caminhar; Harry ainda revistava os bolsos com pressa, mesmo sabendo que sua varinha não estaria ali. 

Quando chegaram para o que parecia ser o coração da floresta, pareceram que finalmente estavam sozinhos. Espiaram para os lados e não ouviram barulho algum. Talvez o tumulto tivesse chegado ao fim.

— Espero que os outros estejam bem. — disse Ginny de repente.. 

— Estão. — tentou tranquilizar Fred.

— Imagine se algum bruxo do Ministério apanha meu pai... — disse Draco se espreguiçando. — Já pensou se for seu pai, Ron, que apanha o meu?

— Ele vive dizendo que gostaria de ter alguma coisa contra seu pai. — respondeu Ron.

— Terei de concordar com o Sr. Weasley. — Draco soltou um risinho, e os gêmeos se entreolharam confusos, mas antes que pudessem dizer alguma coisa, Hermione lamentou-se nervosa:

— Mas, e os coitados daqueles trouxas... E se não conseguirem trazer eles de volta ao chão? 

— Vão conseguir — Ron tranquilizou-a. —, vão arranjar um jeito...

Mas Ron se calou quando ouviram um movimento perto deles, que parecia cambalear por trás das árvores escuras. Então os passos pararam.

— Tem alguém aí? — perguntou Ron nervoso. Ginny estremeceu.

Mas Ron não recebeu resposta. Harry espiou por trás da árvore mas estava tão escuro que ele não pôde ver nada.

— Quem está aí? — Hermione perguntou corajosamente.

De repente, algo que lembrava um grito e, ao mesmo tempo, um feitiço, cortou o ar:

MORSMORDRE!

Algo verde e brilhante voou para o céu da direção do movimento. Draco prendeu a respiração quando o brilho atravessou a copa das árvores e se expandiu no céu como um espetáculo de fogos de artifício.

— Que mer… — começou Harry arregalando os olhos para a coisa no céu, enquanto Draco resmungava coisas baixinho, parecendo horrorizado.

Harry, só então, percebeu que aquilo que brilhava no céu era um crânio enorme feito, pelo que parecia, por estrelas de esmeralda. Uma cobra saia da boca como uma língua.

Enquanto Harry, Ron e Ginny olhavam, sem entender, o crânio flutuando, Fred e George pareciam assombrados, ao mesmo tempo que Draco e Hermione murmuravam palavras descompassadas e sem sentido.

— Quem está aí? — dessa vez, foi Harry quem perguntou.

— Harry, vamos anda! — Draco agarrou-o pela jaqueta, puxando-o para trás.

— Que foi? — Harry perguntou espantado ao ver o rosto coberto de pânico de Draco.

— É a Marca Negra, Harry! — gemeu ele, puxando-o mais uma vez. — O sinal de… de…

— O sinal de Você-Sabe-Quem. — completou Hermione parecendo tão aterrorizada quando Draco, que ganhou a ajuda da amiga para também puxar Harry.

— De Voldemort!?

— Harry, anda logo!

Os sete atravessaram a clareira, mas logo tiveram de parar pois ouviram a chegada de dezenas de bruxos à toda a volta. Cada um deles tinha a varinha apontada a eles, e Harry só teve tempo de gritar:

— ABAIXA!

ESTUPEFAÇA! — berraram umas vinte vozes ao mesmo tempo, lampejos passando por um triz perto deles. Ergueu a cabeça minimamente, mas a única coisa que viu foi uma pessoa conhecida, que berrou:

— Parem! PAREM! São meus filhos!

Os lampejos pararam, e o Sr. Weasley veio com uma expressão aterrorizada no rosto.

— Meus filhos… — ele gemeu. — Harry, Hermione e… — ele parou, encarando Draco. — Draco Malfoy? O que ele está fazendo aqui?! Ah, o que importa? — pareceu desistir de tentar descobrir o motivo dele estar com seus filhos. — Vocês estão bem?

— Saia do caminho, Arthur! — disse a voz fria de Sr. Crouch cujo rosto estava contorcido em tensão. — Qual de vocês fez aquilo? — perguntou raivoso. — Qual de vocês conjurou a Marca Negra?

— Nós não conjuramos aquilo! — protestou Harry. — Não conjuramos nada!

— Por que quiseram nos atacar?! — perguntou Ron ao pai, parecendo incrédulo.

— Não minta! — gritou o Sr. Crouch com a varinha apontada para o grupo de adolescentes. — Vocês foram encontrados na cena do crime. — sua varinha passou a apontar apenas a Draco. — Aposto que foi o garoto Malfoy!

— Eu não fiz nada! — Draco exclamou.

— Bartô, — murmurou uma das bruxas na qual cercava o grupo jovem. — eles são meninos, Bartô, nunca teriam capacidade para…

— De onde saiu a Marca? Respondam! — mandou o Sr. Weasley.

— Dali, — Hermione apontou para o ponto na qual eles ouviram a voz. — havia alguém atrás das árvores… gritou umas palavras… uma fórmula mágica. Mas já deve ter desaparatado.

— Acho que não — disse Amos Diggory, o pai de Cedric. — Nossos raios passaram direto por aquelas árvores... há uma boa chance de os termos atingido… — Amos atravessou a escuridão para a direção em que a voz veio. — Tem alguém aqui! Inconsciente! É, mas… caramba!

De repente, o Sr. Diggory reapareceu carregando uma figura minúscula nos braços na qual Harry reconheceu ser a elfo Winky que aparecera anteriormente. Os bruxos do Ministério se viraram para o Sr. Crouch cujo rosto se paralisou branco, os olhos ardendo.

— Isso não pode… não pode ser… — dizia ele andando até o Sr. Diggory e Winky. — Mas… a Marca Negra é um sinal de bruxo. Exige uma varinha!

— E tinha uma varinha. — disse o Sr. Diggory erguendo uma varinha. — Aqui…

Quando Amos Diggory ergueu a varinha, Harry a reconheceu como sua, então disse:

— Ei... é minha!

Todas as cabeças se viraram a ele. 

— Perdão? 

— É a minha varinha! — repetiu Harry. — Deixei-a cair! 

— Deixou-a cair? — repetiu o Sr. Diggory. — Isto é uma confissão? Você se desfez dela depois de conjurar a Marca? 

— Amos, lembre-se de com quem está falando! — disse o Sr. Weasley zangado. — Acha provável que Harry Potter conjure a Marca Negra? 

— Hum... claro que não. — murmurou o Sr. Diggory. — Desculpem... me empolguei... 

— De qualquer forma, não a deixei cair lá. — disse Harry. — Dei por falta dela logo depois que entramos na floresta. 

— Então, — disse o Sr. Diggory descendo seu olhar para a figura inconsciente de Winky. — acho que devíamos ouvir o que ela tem a dizer. Enervate!

Os olhos castanhos de Winky se abriram e ela piscou, erguendo o tronco e se sentando. Olhou para o céu e gritou horrorizada, irrompendo em soluços.

— Como você está vendo, elfo, a Marca Negra foi conjurada aqui há alguns instantes! — bradou o Sr. Diggory. — E você foi descoberta! Foi encontrada com uma varinha na mão!

— Não foi ela! — afirmou Hermione. — Não parecia com a voz da Winky.

— Decididamente não parecia. — confirmou Ron.

— É. Era uma voz humana. — concluiu George, tentando tranquilizar Ginny, que ainda tremia.

— Eu não estava fazendo isso. — Winky se engasgou. — Eu não estava… eu não sei fazer!

— Você será castigada! — bradou o Sr. Crouch.

— M-m-meu senhor... — gaguejou Winky mirando o Sr. Crouch através das lágrimas. — M-m-meu senhor, p-p-por favor... 

— Esta noite — tornou a falar ele. — Winky se portou de uma forma que eu não teria imaginado possível. Eu a mandei permanecer na barraca. Mandei-a permanecer ali enquanto eu ia resolver o problema. E descubro que ela me desobedeceu. Isto significa roupas. 

— Não! — berrou Winky. — Não, meu senhor! Roupas não, roupas não!

A única maneira, e Harry sabia muito bem, de libertar um elfo doméstico é presenteando-o com roupas. Mas os elfos não gostavam de ser libertos, com exceção de Dobby, o antigo elfo de Draco.

Winky chorava alto, e o Sr. Weasley, que estava achando a situação desconfortável, se pronunciou:

— Bom, vou levar o meu pessoal à barraca. Amos, a varinha de Harry…

O Sr. Diggory devolveu a varinha de Harry ao dono, que a guardou.

— Vamos, todos vocês. — mandou o Sr. Weasley parecendo esquecer que Draco Malfoy fazia parte do grupo.

— Que é que vai acontecer com Winky? — perguntou Hermione assim que deixaram a floresta.

— Não sei. — respondeu o Sr. Weasley. 

— O jeito como a trataram! — disse ela furiosa. — O Sr. Diggory chamando-a de “elfo” o tempo todo... e o Sr. Crouch! Ele sabe que não foi ela e ainda assim vai despedir Winky! Não se importou que ela tivesse sentido medo nem que estivesse perturbada, era como se ela nem fosse humana! 

— E ela não é. — provocou Ron. Hermione se voltou contra ele. 

— Isso não significa que não tenha sentimentos, Ron, é repugnante o jeito…

— Hermione, eu concordo com você — disse o Sr. Weasley querendo evitar confusão. —, mas agora não é hora de discutir os direitos dos elfos. — e se virou a Draco, que paralisou com o olhar de Sr. Weasley. — E você, Malfoy, o que acha que estava fazendo lá?!

Sem saber o que falar, Draco abria e fechava a boca, e, percebendo que não receberia resposta, o Sr. Weasley perguntou de mal grado:

— Sabe onde estão seus pais?

— S-Sei, Sr. Weasley. — mentiu Draco educadamente, se virando para sair sem destino.

Vendo Draco sumir em meio às barracas destruídas, e querendo ir atrás dele mas se vendo incapaz de fazê-lo, Harry ouviu o Sr. Weasley murmurar, mexendo a cabeça:

— Cada coisa que me acontece...

{...}


Notas Finais


Com amor,
Clara
<3


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