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História O meu professor de química - Pegando carona com o professor


Escrita por: Bizzlerauhl

Notas do Autor


Oi gente, desculpem a demora, mas prometo que o próximo capítulo sai domingo! Nesse capítulo me inspirei na fanfic que falei (Law Of Attraction), tem um capítulo parecido (link nas notas finais).

Queria agradecer a Karine (uma das minhas autoras fav) por fazer a capa da fic ❤️ Tá linda gente, vão ver e comentem que tá linda ❤️

Boa leitura

Capítulo 3 - Pegando carona com o professor


- Tá tudo bem, Malia? - Zayn perguntou ao perceber que eu balançava as pernas inquietamente.

Depois da frase impactante do senhor Tomlinson em mim eu fui para a frente da escola encontrar com os meus amigos para decidirmos o que iríamos fazer.

- Sim. Só estou um pouco cansada.

- Mas você vai para o cinema com a gente, né? - Lily perguntou afastando Harry do caminho e vindo em minha direção.

- Agora? - Eles assentiram. - Não, vou dormir - suspirei e virei para meu irmão. - Você me leva em casa?

- Não.

- Faço a tua tarefa de matemática.

- Toda a página?

-Sim, todas as dez questões.

- Consegue mudar a tua caligrafia para não ficar igual? - Questionou com as sombracelhas arqueadas.

- Consigo.

- Entra no carro - ele puxou a chave do bolso e abriu a porta do veículo.

Quando eu cheguei em casa, corri para a cozinha. Tanto eu quanto meu irmão adoramos comer. Se tem uma coisa que eu gosto mais do que assistir série é comer. A mamãe diz que nós ainda somos bebês, pois tudo o que fazemos é dormir, comer e soltar pum - ressaltando novamente que o de Niall é mais fedido. 

Séries. Outra paixão minha. Eu tenho um amor por séries e amo mais ainda quando os atores são gostosos. Depois de comer um pedaço de lasanha, subi para o quarto e me joguei na cama, com a imensa dúvida se eu durmo ou entro no Netflix. Decidi tomar um banho e enquanto eu me ensaboava, decidi dormir. Acordei com o barulho de carro e logo em seguida a risada de Niall.

Bufei e levantei da cama, peguei minha mochila, livro, o meu caderno de uma boneca com olhos de botão e o caderno de surfista do meu irmão. Isso é que dá deixar a sua mãe comprar seu material escolar sem você. Ao invés dela comprar um caderno bonito, ela compra os de capa mole e, ainda por cima, sem adesivos. "Não precisa ir comigo, Malia. Deixa que eu trago um caderno bonitinho". Observei meu caderno. Tão feinho... Tão desmilinguido...

Fiz bico, abrindo o livro e resolvendo rapidamente as questões em meu caderno, depois copiei imitando o máximo que pude a caligrafia garranchada de Niall. E em meia hora tudo estava terminado. Joguei os cadernos no chão e liguei a TV, entrando no Netflix e quando eu ia começar a me deliciar assistindo Friends, um animal entra em meus aposentos.

- Terminou? - Ele se jogou em minha cama.

- A hã - respondi observando o Chandler fazer seus sarcasmos sentado no sofá marrom do Central Perk.

E quando eu comecei a cantar a abertura da série, meu irmão tira, indo para a página inicial.

O olhei incrédula: - POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?

Ele deu de ombros.

- Eu quero assistir The Walking Dead.

- VOCÊ TEM TELEVISÃO NO SEU QUARTO!

- Não grita, Malia. Você não é tão mal-educada assim, né? - Ele disse dando play na série.

- Niall... Vaza. Fora. Capa o gato. Xispa daqui. 

- Ah não, Malia! Eu já to até deitado.

O empurrei.

- Quando for levantar do chão aproveita para ir embora - e então eu voltei para Friends, vendo pelo canto do olho meu irmão me dar língua e fazer gestos ofensivos para mim. O ignorei.

No dia seguinte eu acordei animada. No meu último tempo eu tenho química, isso quer dizer que eu vou poder babar no meu professor. Será que ele tem namorada? Ou será que ele é casado? Ah meu Deus! E se eu estiver tendo sonhos com um homem casado? Como eu vou poder beijá-lo se ele for comprometido? Choraminguei frustrada, me jogando novamente na cama desarrumada.

- Malia, só tem um pouco de cereal. Você vai querer? Por favor, diz que não! - Niall abriu a porta do meu quarto.

- Não. - O som saiu abafado pelas cobertas.

- Amém! - E então a porta foi fechada. 

- Malia! Você vai se atrasar! - Mamãe gritou lá da cozinha.

Choraminguei, fazendo tudo o que tinha que fazer. Quando desci as escadas, Niall estava fazendo sua refeição. Me juntei a ele e conversamos com mamãe sobre coisas aleatórias, mas que nos impediam de dizer que nossa mãe não tinha tempo para a gente. Sempre temos momentos em família. Meu pai se mudou para Austrália depois do divórcio, só vemos ele três vezes ao ano.

Quando entramos na sala, todos os nossos amigos já estavam em seus lugares habituais.

Me sentei em frente à Harry que me lançou um sorriso. Sorri de volta, dando um beijo em sua bochecha. Liam puxou um assunto para nosso grupo: o chocolate preto é melhor que o branco.

- Não mesmo! - Retruquei de imediato.

- O branco é mil vezes melhor! - A voz do meu irmão soou incrédula, como se não entendesse Liam por cogitar que o chocolate preto seja melhor.

- Preto é melhor - Zayn disse com um tom desafiador.

- É verdade - Lily concordou.

- Eu gosto dos dois - Harry deu de ombros quando os nossos olhares caíram sobre ele esperando a opnião do mesmo.

- Mas qual é melhor? - Lily insistiu.

- Bom dia, alunos - a voz de algum professor soou. Me virei rapidamente e quando vi que se tratava do professor de matemática, voltei a olhar para Harry.

- Não consigo escolher um para ser o melhor. É muito difícil! - Ele disse parecendo frustrado.

- É só escolher o que mais gosta de comer - Zayn disse.

- É, por exemplo, você está no supermercado e só tem dinheiro para comprar um. Você compra qual? - Eu perguntei.

- Eu...

- Vocês seis, sem conversa. - Não precisei virar para saber que o professor falava com a gente.

- Continua, Harry - Liam disse ignorando o professor.

- É, vai logo - Niall resmungou curioso.

- Eu compraria o...

- Eu disse sem conversa - Cameron, o professor de matemática, chamou a atenção. - Virem para frente.

Nos viramos para frente.

- Então, como eu disse na aula passada, vamos usar na questão dezenove o diagrama de Ven. Então fica setenta e quatro sobre... - parei de prestar atenção no que ele dizia quando ouvi meus amigos chamarem Harry.

Me virei para trás.

- Fala logo.

- Ah, é. Eu compraria o preto.

- Viram?! O preto é melhor! - Zayn sorriu debochado e Lilly bateu palmas.

- Já chega. Vocês seis não dão certos juntos. Não sei nem de quem foi a ideia de deixar dois Horan na mesma sala, e pior do que essa ideia, foi deixar o sexteto junto - Cameron coçou a testa. Ele é um professor legal.

- Nos perdoe, Cameron - Lily disse fazendo biquinho.

Eu soltei um risinho.

- A gente vai ficar quieto - Niall disse e o professor o olhou irônico.

- Não vão. Malia, senta aqui - bateu em uma mesa na sua frente. Me levantei com o meu material e me joguei na cadeira onde ele indicava. Fiz biquinho para ele, que me encarou divertido. - Vocês são os terroristas da sala, não dão certo juntos.

Ouvi alguns alunos rirem. 

- Zayn, lá no fundo.

- Pô, Cameron...

- Agora - retrucou. Zayn se levantou e foi para o fundo da sala, na carteira encostada na parede.

- Deixa ele sentar aqui, ele vai ficar sozinho lá atrás - eu disse apontando para a cadeira vazia ao meu lado.

- Não. Vocês vão conversar. O Zayn, sozinho lá, ainda vai conversar com a parede. Ele não consegue ficar calado.

A turma riu.

- Niall, ao lado do Alex - apontou para a cadeira na mesma fileira que a minha, porém a três carteiras atrás. - Agora sim! - Cameron sorriu. - Continuando...

- Ei, sabia que eu gosto do teu sovaco? - Me virei para a garota atrás de mim, Emma.

Ela arregalou os olhos e começou a rir, assim como todo mundo.

- O que? - Ela me olhou ainda rindo.

- Eu acho bonito - dei do ombros.

- Malia, eu vou te dar anotação - Cameron me olhou sério.

- Me perdoa, professor. Vou ficar caladinha - elevei meu dedo mindinho do mesmo jeito que faço quando vou prometer algo.

Ele caminhou até mim, encostando seu dedo mindinho no meu.

- Quieta. - Ele disse antes de se voltar para o quadro e começar a escrever as contas.

Estava tudo silêncio, apenas Cameron falava. Mas isso foi interrompido por Liam, que caiu da cadeira. Me virei assustada com o barulho e o vi no chão. A turma explodiu em gargalhada e eu tentei não rir. Claro que eu não consegui.

- De novo? - Um garoto perguntou ainda rindo.

- Liam deve estar maduro, só pode - ouvi outro comentar. Alguns segundos depois a turma se acalmou.


Passei o restante da aula sem conversar, prestando atenção em tudo o que Cameron explicava. Quando a campa bateu, ele agarrou a mochila e parou na minha mesa.

- Tchau, Malia.

- Tchau, Cameron. Manda beijos para a Teacher SuSu! - Vi o brilho no olhar dele quando disse o nome dela. Ele e a minha professora de Inglês são casados.

Quando ele saiu, eu voltei para o meu lugar, assim como Niall e Zayn.

 

Eu estava sentada na cadeira de couro, esperando a minha vez de ouvir o sermão. Enquanto observava minhas unhas descascadas, lembrei do que eu tinha feito para estar ali.

- Professor, já tocou - eu disse para o professor de filosofia que insistia em dar aula mesmo o tempo já tendo acabado.

- A aula só acaba quando eu saio da sala - assim que ele terminou de dizer isso eu ouvi um coro de "pôoooooooo, não deixava não". 

- Então o intervalo só acaba quando eu entro na sala - segui a lógica do meu professor, o coro de "pôoooooooo" aumentou e alguns palhaços da turma assobiaram e soltavam mais incentivos desse tipo.

Todos nós rimos muito. Agora eu estou na diretoria.

- Malia? - Levantei a cabeça quando vi o professor Tomlinson me olhando curioso.

- Oi, senhor Tomlinson - abri um sorriso amarelo.

- O que você está fazendo aqui?

- Digamos que eu fui participativa até de mais na aula de filosofia - ele arqueou as sobrancelhas e eu expliquei a história para ele, que gargalhou alto quando eu contei.

- Você é tão tímida na minha aula - ele observou. E por um momento eu cogitei a ideia dele me observar com outros olhos sem ser o de um professor. Mas seu olhar sem malícia dizia ao contrário. Ele provavelmente deve ser muito bom de memória e já deve saber um pouco da personalidade de cada aluno.

- Sou tímida porque não tenho intimidade. Mas acredite em mim, você me prefere tímida - eu disse séria, mas quando vi ele sorrindo, eu sorri também.

- Por que? Você é algum tipo de bagunceira master? - Ele perguntou divertido.

Eu assenti, orgulhosa.

- Eu e os meus amigos somos conhecidos por sexteto... - ele me interrompeu surpreso.

- Vocês são o sexteto de que todos os professores tanto falam? O que não para de conversar um minuto sequer?

- Ei! - Eu disse de imediato. Levantei um dedo e apontei para ele de forma acusadora. - Nós não conversamos o tempo todo.

Ele abanou a cabeça.

- Continue tímida.

Assenti, rindo fraco.

Um aluno saiu da sala do diretor e logo o mesmo saiu, me olhando.

- Você é a próxima. Quem foi que encaminhou você?

Eu abri a boca para responder, mas não foi a minha voz que soou.

- Eu a mandei, mas já nos resolvemos. Não acho que seja preciso lhe incomodar com isso. Certo, senhorita Horan? - A voz de Louis saiu séria e disciplinada. Abri a boca em surpresa. Mas assenti, entrando na onda.

- Sim, senhor Tomlinson. 

- Ah, tudo bem então. - O diretor entrou novamente na sala dele e fechou a porta.

Louis segurou delicadamente meu braço, me guiando para fora dali.

- O que foi aquilo lá dentro? - Perguntei baixinho quando paramos no corredor.

- Considere uma oferta para estudar química - ele sorriu. Não sorria desse jeito para mim. Um estalo me veio à cabeça. Desci o olhar para sua mão e não vi nenhum tipo de anel. Beleza, já sabemos que ele não é casado.

- Obrigada - lancei a ele uma piscadela, girando os calcanhares e indo em direção a minha sala de aula.

- Até o último tempo! - Ele gritou, olhei para trás, o vendo parado no mesmo local em que o deixei. Fiz joinhas com as mãos e voltei a andar.

Quando a campa do último tempo bateu, eu peguei meu celular e coloquei no instagram.

- Bom dia - Louis falou para a turma, que o respondeu em um coro.

Vi Ashley caminhar até ele seguida de suas duas amigas. Virei para trás, Lily me encarava curiosa.

- Cadê a foto? - Ela perguntou passando as mãos pelos cabelos louros mel.

- Achei! - Mostrei o celular a ela. Na tela brilhava a foto de um Golden Retriever.

- É verdade! Parece mesmo o Niall! - Ela disse colocando a mão na boca e tendo uma crise de risos.

Eu a acompanhei. Niall, Liam, Harry e Zayn tinham treino de futebol agora, então eles saíram mais cedo.

- Qual cachorro eu pareço? - Perguntei para Lily. Ela me olhou pensativa.

- Horan - Louis me chamou e então eu percebi que ele havia anotado algo no quadro branco. - Você está fazendo três coisas erradas. Pode consertá-las? 

- Huuuuuuuum - levei meu indicador em direção a testa e murmurei de olhos fechados, fingindo pensar.

Travei o celular o jogando na mochila e me virei para frente.

- Está faltando uma coisa.

Peguei meu estojo e coloquei a minha caneta em cima da mesa.

- Agora sim. Que aluna inteligente!

- Eu sei - sorri, malandra.

- É o seguinte, pessoal. Como vocês sabem eu sou novo na escola e eu não sei quem de vocês tem mais dificuldades em química e quem não. Por isso o diretor me autorizou a fazer uma prova surpresa - ouviu-se murmúrios baixos, mas que juntados, tornaram-se altos. 

- Eu não acredito - Lily disse atrás de mim.

- É só uma atividade - dei de ombros; não sei para quê tanta confusão.

- É uma prova, Malia!

Arregalei os olhos.

- O que?! Isso vale ponto? - Perguntei a ela, que balançou a cabeça em um gesto que dizia que não sabia. - EI! - Todo mundo se calou com o meu grito. Louis olhou curioso para mim. - Isso vale ponto?

- Claro que vale, isso é uma prova - Ashley respondeu óbvia.

Revirei os olhos. Quem essa garota acha que é?

- Vai valer cinco pontos. O assunto é do primeiro e segundo ano. Quem terminou pode sair. Duvidas antes de eu entregar? - Ele perguntou olhando para os alunos, vendo se alguém se manifestava. - Fale - pediu quando uma garota levantou o braço.

- Pode ser em dupla?

- Sim, você e o seu cérebro - alguns alunos soltaram risinhos abafados. Mas eu não. Eu estou muito assustada para rir.

Prova de química? Eu estou mais que ferrada. Eu não estudei. Eu não sei nada do assunto. Eu passei nos dois últimos anos na recuperação. Como eu vou fazer uma droga de prova? Respirei fundo tentando não me descontrolar.

- Relaxa, Malia - Lily disse atrás de mim.

- Ah, se eu ver alguém colando, zero na hora. - E então ele começou a distribuir as folhas brancas repletas de questões. Tinham quinze. - Boa sorte.

Mordi a palma da mão assim que li a primeira pergunta.

1- Explique a teoria celular? Quem a desenvolveu?

Que diabos é isso? Eu estudei isso? Aí meu Deus. Jeová, Jesus, Salvador, Cristo amado, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, me ajuda. Eu preciso da ajuda divina.

Depois de rezar e vasculhar minha mente, eu não encontrei a resposta. Me apavorei quando vi Trevor, um garoto do fundão, entregar a prova. Mas o professor distribuiu não faz nem quinze minutos!

Pulei a questão. 

5- Cite três elementos que são condutores de energia.

Ferro, prata e alumínio, escrevi.

Fui resolvendo lentamente as outras questões e quando percebo, só estava eu, Lily e mais outros cinco alunos. Eu só tinha respondido sete questões de quinze. Não era nem a metade.

Me desesperei. Voltei para a primeira. 

1- Explique a teoria celular? Quem a desenvolveu?

Teoria celular? Que diabos é isso? Eu vou me ferrar. Não chora, Malia. Não chora. Eu não posso deixar essa questão em branco. O que eu respondo?

Teoria celular é quando a bateria do celular acaba no momento em que você mais precisa. Quem desenvolveu foi Android e IOS (e Windows phone)

Fui para a próxima questão.

Pelo canto do olho eu vi Lily entregar a prova junto com os outros alunos. Ela olhou para mim e eu neguei.

- Professor, posso falar com a Malia rapidinho?

Louis a analisou, pensativo se ela iria ou não me dar cola, quando ele percebeu que a gente não iria colar na frente dele assim, na cara dura, ele deixou.

- Malia - disse ela vindo até mim -, falta muito para você acabar? Mamãe está me esperando para resolvermos umas coisas. 

- Niall também já foi né? - Ela assentiu e eu deixei minha cabeça cair na carteira. - Beleza. Pode ir, eu vou de ônibus. - Voltei a encará-la.

- Se você não demorar, eu te espero.

Sorri para ela.

- Eu vou de ônibus.

- Tem dinheiro? - Ela perguntou e eu assenti. - Tá. Desculpa, beijos.

- Sem problemas. Tchau.

Louis estava sentando em sua mesa, me encarando.

- Quanto tempo eu tenho? - Perguntei a ele. 

- A campa bate daqui a dez minutos, mas posso ceder mais dez ou vinte se você precisar.

Assenti.

- Tá, se prepare para ficar com fome - eu murmurei insinuando que eu iria precisar dos minutos extras. Ele riu fraco.

Observei a prova e bufei frustrada. Senti o olhar do professor em mim mas nem liguei. Química não é para mim. Depois de dois minutos eu percebi que, por mais que eu tentasse, eu não sabia as respostas. Então eu desisti. Levantei da cadeira e caminhei até ele com a prova na mão.

- Terminei.

- Não posso aceitar em branco - ele disse e eu revirei os olhos. - Regras da escola, Malia Horan.

- Eu sei. Só as acho um saco. - Resmunguei e voltei a minha mesa.

Peguei a caneta e comecei a escrever palavras aleatorias nas respostas.

Você prefere chocolate branco ou preto? Eu prefiro branco.

A química do cabelo de algumas pessoas é ruim.

Baleia baleia baleia.

E no fim da prova eu escrevi um bilhetinho para o meu professor:

Senhor Tomlinson, com qual cachorro o senhor acha que eu me pareço? Tipo assim, eu acho que Niall se parece com um Golden Retriever, mas eu não sei com qual eu me pareço.

Terminei as questões e entreguei a ele, que guardou a minha prova sem olhar. Amém. O que eu menos precisava agora era o meu professor lendo as minhas respostas ridículas.

Guardei meu material e saí da sala junto à Louis.

- Está gostando da escola? - Perguntei a ele.

- Sim, aqui tem alunos bem dedicados - ele olhou em meus olhos. Senti vontade de prensá-lo na parede e o beijar. Eu não sou nenhuma pervertida, mas esse homem me seduz.

- Louis! - Suzzane, a professora de sociologia do primeiro ano o chamou com um sorriso malicioso. - Até amanhã.

- Até - ele sorriu educado.

Assim que passamos por ela eu revirei os olhos.

Senti o olhar de Louis em mim.

- O que foi? - Ele quis saber.

- Você não percebe? - O olhei incrédula. - Estava escrito na testa dela "me beija".

Ele gargalhou e eu corei. Talvez não devesse ter dito isso.

- Você se incomoda? - Seu olhar me penetrava como se quisesse ver minha alma.

Engasguei, desconcertada.

- Não, quero dizer... Sua namorada deve se sentir incomodada. - Apelei para isso. O olhei rapidamente. Será que ele tem namorada?

- Não tenho namorada - senti meu corpo relaxar. - Mas eu também me incomodaria se algum garoto desse em cima de você. - Sua voz saiu mais rouca. Meus pelos da nuca se arrepiaram, um calafrio passou pelo meu corpo.

- Ah é, por que? - Engoli em seco, agradecendo estar de cabelo solto para que ele não veja o efeito que causou em mim.

- Porque o seu namorado não deve gostar - ele usou a mesma desculpa que eu. E por um momento eu me permiti achar que isso era apenas para descobrir se eu sou comprometida ou não.

- Bem, eu também não tenho namorado.

- Então não tem problema eu te levar em casa - ele tirou a chave do carro do bolso e me mostrou.

Me assustei. Meu professor gostoso me dar carona? Não sei, não.

- Como você sabe?

- Ouvi você falando com a sua amiga - ele disse e só então percebi que estávamos indo em direção ao estacionamento. Ele parou ao lado de um Jeep preto. Ele destravou o carro e abriu o banco do carona. - Vamos?

- Carro legal - comentei encantada. Esse é o carro dos meus sonhos.

- Obrigado - ele passou a língua nos lábios. Estremeci. Disfarcei. - Você está enrolando! - Ele disse com os olhos levemente arregalados, apontando o dedo para mim.

- Não estou, não! - Gritei de volta, também arregalando meus olhos. Ele sorriu. - Não sei. Não acho que seja uma boa ideia, e além disso não quero te atrapalhar - fui direto ao ponto.

Ele passou as mãos no topete, me olhando com uma expressão suave e divertida.

- Não percebe? - Ele perguntou. Uma confusão se formou em meu rosto. - Você disse 'não' quatro vezes. É muita negatividade - negou e fez cara de decepcionado.

Arfei sorrindo.

- Sim.

- Sim o que? - Agora quem estava confuso era ele.

- Sim, me leve para casa. - Segurei a saia do meu uniforme do mesmo jeito que uma princesa segura o vestido.

- Entre na carruagem - ele disse, se mantendo no personagem. Empinei o nariz e me sentei no banco de couro. Em segundos Louis estava ao meu lado. Ele ligou o carro e saiu da escola. - Onde você mora?

Dei a ele meu endereço e tombei um pouco para perto dele.

- Posso ligar o rádio?

- Fique a vontade.

Coloquei na estação em que tocava músicas atuais. O som de uma música conhecidas invadiu meus ouvidos. Olhei para o lado esperando uma confirmação de Louis de que podia ser essa música. Ele assentiu parando no sinal vermelho.

Cantarolou a música, dançando de forma engraçada. Gargalhei, mas o olhei encantada.

- Além de dar aula você ainda canta? - Eu perguntei.

Na realidade eu estou maravilhada. Ele é gostoso, charmoso, inteligente, engraçado, divertido e ainda canta bem? Deus, me case com esse homem.

- Fazer o que né? - Se gabou.

- Sabe cozinhar? 

- Só o básico.

- Casa comigo! - Brinquei. 

Ele gargalhou.

- Você cozinha? - Ele me olhou rapidamente.

- Não, mas eu adoro comer! - Eu falei animada. Falar sobre comida é legal.

Louis se virou incrédulo para mim.

-  Se a gente casasse você ia me fazer de escravo? 

Eu me fiz de desentendida.

- Eu? Claro que não. Nem sei do que você está falando - Louis bufou.

- Eu tenho preguiça de cozinhar.

- Eu também - murmurei fazendo bico de pato.

- Mas você nem cozinha!

- Mas a minha mamãe cozinha, e a minha mamãe demora. Eu fico esperando a comida e isso dá fome - retruquei.

- Aproveita enquanto alguém ainda faz a sua comida. Quando você mora sozinho, é cada um por si. Tu quem tem que cozinhar, lavar a louça, colocar os pratos...

- Não me apavora! - Coloquei as mãos nos ouvidos. Louis gargalhou. - É por isso que eu vou casar com alguém que saiba cozinhar. Assim eu não preciso fazer isso.

- Que garota esperta! - Ele fingiu surpresa.

- Eu sei.

Ele dobrou na rua de casa. 

- É aquela ali - apontei em direção a minha residência.

Louis parou em frente à minha casa. Olhei para a garagem e me desesperei. Não tinha nenhum carro ali.

- Ai caralho! 

- Que feio! - Ele me repreendeu de gozação e eu o ignorei.

Puxei minha bolsa rapidamente e comecei a procurar por chaves. Não achei nenhuma.

- O que houve? - Ele perguntou ao ver meu pequeno desespero.

- Não tem nenhum carro na garagem e eu estou sem chave.

Abri a porta do carro e corri para a entrada de casa, batendo na porta.

Bufei quando ninguém atendeu. Louis desceu do carro e veio até mim. 

- Liga para eles - sugeriu e eu assenti.

Disquei o número da minha mãe.

- Malia Horan. Eu estou em reunião! - Ela me brigou baixinho.

- Tá. Que horas a senhora chega?

- Saio daqui cinco da tarde. Tchau. - Ela desligou.

- Puta merda! 

- Desbocada - Louis revirou os olhos.

- Desculpa. Tô nervosa.

- O que ela disse?

- Ela só vai sair de lá cinco horas. E Niall está com o time de futebol junto com todos os garotos. - Joguei minha mochila no chão e me sentei na escadinha de casa.

Louis soltou um riso. O encarei séria.

- Tá rindo de quê?

- De você. Está toda emburradinha - revirei os olhos e ele riu mais ainda. - Vem, vamos lá pra casa.

- O que? Não!

- Deixa de ser teimosa, Malia. Você fica lá comigo e quando sua mãe chegar eu te deixo em casa - ele disse como se fosse simples. Mas não é.

- Senhor Tomlinson eu não posso ir para sua casa! - Falei óbvia.

- Por que não?

- Porque não! - Retruquei. - Eu agradeço, de verdade. Mas eu não quero atrapalhar. Você veio até aqui a toa, e ainda vai ter que aguentar uma garota que gosta de falar...

- Eu faço comida.

- Mas já que você insiste eu vou - dei de ombros e me levantei agarrando minha mochila.

Ele gargalhou. Entrou no carro e eu entrei também.

- Gosta de macarronada? - Ele perguntou quando começou a dirigir.

- Adoro. 

- Ótimo, pois é a única coisa, tirando lasanha, que eu sei cozinhar. - Eu não consegui conter o riso.

Depois de um tempo conversando com ele eu percebi a burrada que eu estava fazendo. Eu estava indo para a casa do meu professor de química.

- Chegamos - ele anunciou para mim, parando na portaria de um prédio e se identificando.

Agora não tem volta. Eu vou mesmo para o apartamento do meu professor de química.

 

 

 


Notas Finais


Me digam o que acharam! Beijos da Clara que ama vocês

Link LOA: https://spiritfanfics.com/historia/law-of-attraction-1775904


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