Prendi a respiração, droga, o Tae já sabe! Mas e agora? O que eu falo? Não posso simplesmente falar que o Jungkook mataria todos se eu não terminasse com o Jimin e ficasse com ele, o Tae seria capaz de me internar em uma clínica psiquiátrica, já que o Jeon é dito como o santinho daqui.
-Eu confundi meus sentimentos, então preferi desfazer isso antes que alguém acabasse se machucando de verdade. -Meu peito doeu ao dizer aquilo.
-Mas o Jimin se machucou de qualquer forma, ele veio até aqui procurando você, chorando! Me perguntando se tinha feito alguma coisa de errado para você não gostar dele!
-Você acha que eu estou feliz com isso? -Acabei elevando meu tom de voz. -Poxa, Tae, tente entender, vai ser melhor assim para todos nós!
-Só me responda uma coisa. Você ainda ama ele?
-Não.
-Olhe nos meus olhos, Nari. -Respirei fundo e o encarei.
-Não, eu não amo mais o Jimin. -Vi ele balançar a cabeça negativamente.
-Eu lhe conheço o suficiente para saber que está mentindo, mas se continua dizendo que não é por que existe um motivo para isso. -Desviei o olhar, por que ele tinha que descobri tudo das pessoas? -Só espero não me arrepender de não lhe fazer dizer o porque.
-Só peço que não insista, vai ser melhor assim, tem que ser.
-Seja lá o que essa cabecinha esteja planejando. -Ele bagunçou meu cabelo. -Faça o que achar certo, eu estarei aqui para o que precisar.
-Obrigada. -O abraçei apertado. -Você não sabe o quanto é bom ouvir isso.
-Disponha, agora pode ir me soltando e indo para o banheiro, acho que alguém precisa de um banho.
-Taehyung! -Revirei os olhos enquanto abria a porta do meu quarto, que por incrível que pareça, ficava na frente no quarto do Tae. -Só você para falar uma coisa dessas.
-Deixe de enrolar! -Ele me empurrou para dentro e fechou a porta rindo. Me joguei na cama, fitando o teto, lembrando de tudo o que aconteceu hoje.
-Minha vida está uma loucura! -Resmunguei fechando os olhos.
***
Terminei de pentear meus cabelos e me olhei no espelho.
-Você está linda, Nari. -Pisquei para o meu reflexo e em seguida peguei minha bolsa em cima da cama, descendo as escadas indo para a sala.
-Nossa. -Taehyung começar a assobiar para mim. -Se não fosse minha prima…
-Nem termine essa frase! -Ri. -Ah, olá Hoseok, como vai?
-Já estive melhor, mas estou tentando retomar minha vida.
-Ouvi dizer que o Yoongi viajou, verdade? -Tae perguntou pegando as chaves de casa.
-Sim, ele conseguiu passar na academia de música e teve que se mudar para morar com a nossa avó no Canadá.
-Entendi, vamos? -Tae entrelaçou seu braço no meu.
-Vamos! -Eu e Hoseok falamos juntos.
Hoje quando acordei, pela manhã, fui chamada para ir a uma festa, junto com TaeTae. Já que o Hoseok iria também e a casa dele é perto, resolvemos ir todos juntos. O lugar não era tão longe, por isso nos fomos a pé. O som alto dava para ser ouvido do outro lado da rua, as pessoas estavam espalhadas por todos os locais e haviam garotas quase sem roupa, mesmo estando em um frio desses.
-Estou vendo que a noite vai ser boa. -Taehyung resmungou e eu revirei os olhos rindo. Entrei na casa sentindo o cheiro de álcool invadir minhas narinas, várias pessoas dançavam loucamente em cima das mesas e se pegavam como se ninguém estivesse vendo.
-Bem, vejo vocês depois. -Hoseok se misturou a multidão. Tae me olhou sorrindo e eu suspirei.
-Pode ir, eu vou ficar bem. -Ele me abraçou e deu um beijo em minha bochecha.
-Por isso que eu te amo! -Exclamou enquanto sumia da minha vista. Balancei minha cabeça negativamente e fui andando pela casa até parar na cozinha.
-Vai uma bebida, gata? -Um garoto perguntou.
-Pode ser. -Ele me entregou um copo rosa e assim que coloquei um pouco do líquido na boca já identifiquei o que era, uísque. -Obrigada.
Com o copo na mão, me escorei na porta que dava para sala vendo as pessoas dançando. De repente, sinto dois braços rodarem minha cintura e as apertarem com precisão.
-Você é tão linda. -Ouvi aquela voz rouca bem próxima do meu ouvido.
-Jungkook, tem muita gente aqui. -Falei me afastando dele, o que não adiantou muito já que ele me puxou para perto novamente. -Você pode parar, por favor?
-Por que? Você é minha agora, não me importo dos outros verem. -Ele ficou na minha frente e tentou me beijar, mas eu virei o rosto, sentindo suas mãos me apertarem ainda mais, isso vai ficar roxo. -Acho melhor você cooperar, se não mato aquele garoto irritante que você gosta aqui mesmo.
-Ele nem está aqui. -Falei simples e vi Jungkook sorri.
-Se não for ele, quem é a pessoa que está encostada na parede ao lado da janela nos encarando agora? -Seu tom era irônico, engoli em seco e discretamente levei meu olhar até lá. MERDA.
-Jeon, você não teria coragem, aqui está cheio de gente. -Sussurrei.
-Não tem problema. -Ele estralou os dedos e todas as pessoas congelaram, como se o tempo estivesse parado, menos para mim e ele.
-Meu Deus! -Arregalei os olhos.
-Poderia matá-lo facilmente.
-T-tudo bem… volte ao normal, isso está me assustando. -Ele estralou os dedos e eu soltei a respiração, a qual não sabia que tinha prendido.
-E então, ainda vai recusar?-Arqueou as sobrancelhas.
-Mas o Jimin está vendo… -Acabei falando alto.
-Eu não ligo. -Não tive tempo para raciocíniar, quando dei por mim Jungkook já estava explorando cada cantinho da minha boca. Senti minhas costas baterem contra a parede e logo ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço.
-Jeon… para… -Gemi baixinho quando ele lambeu minha pele. Senhor, que menino é esse?!
-Você ainda vai ceder, Nari, eu sei que vai. -Ele me olhou com raiva e sumiu entre as pessoas que dançavam. Passei a palma da minha mão pela minha pele com nojo.
-Me dá a bebida mais forte que você tiver! -Pedi ao garoto que estava no balcão.
-Tem certeza?
-Sim. -Ele me olhou desconfiado, mas me entregou um copo cheio, o qual eu engoli tudo de uma vez.
-Calma moça! -Ele arregalou os olhos.
-Cala a boca e coloca mais!
Perdi a noção de quanto eu já bebi, mas eu não conseguia andar sem segurar nas coisas, minha vista estava turva e minha cabeça estava girando. Meu corpo se desiquilibrou e eu fechei os olhos me preparando para a queda, mas antes que isso acontecesse uma figura de cabelos rosados me segurou.
-Nari, você está bem?
-Ah, Jimin… -Sorri o abraçando. -Estava com tantas saudades!
-Claro que você não está bem! -Ele revirou os olhos. -Vem, eu vou te levar para casa.
-Não! Eu quero ficar aqui com você… -Acariciei seu rosto com as mãos, vendo-o fechar os olhos. -Eu te amo tanto… você não tem noção!
-Se me ama, por que não volta?
-Eu não posso… eu quero, mas não posso!
-Pode sim! Nari, eu não consigo ficar um segundo sem pensar em você.
-Não, não, não. Ele não vai gostar, não vai. -Jimin tentava segurar meu rosto.
-Ele quem? Nari, fale de uma vez.
-Jungkook, Jimin, me ajude eu não quero mais…
-Então termine com ele, simples. -Balancei a cabeça negativamente várias vezes.
-Você não entende. -Comecei a chorar, vendo seu rosto passar de confuso para assustado. -Eu queria tanto poder andar de mãos entrelaçadas as suas, poder escutar sua voz dizendo que me ama, sentir o gosto dos seus beijos…
-Não seja por isso. -Ele colou seus lábios nos meus em um beijo afoito, o qual o retribui da mesma forma. Minhas dedos pegaram o seu cabelo sedosos e os apertaram de leve enquanto nossas línguas travavam uma prazerosa batalha.
-LARGA A MINHA NAMORADA SEU DESGRAÇADO!
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