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História O Mistério do Oriente - Procura-se aquele prestes a perder.


Escrita por: Its-faith

Notas do Autor


DEMOREI, MIL PERDÕES. ENTRETANTO, para recompensar a vocês tenho muitas novidades nas notas finais!

Capítulo 23 - Procura-se aquele prestes a perder.


Os pés tão próximos, roçando-se aos seus, enquanto o aroma fresco dos fios escorregadios sobre seu rosto causou sensações de cócegas a Lee Jeno. Ele virou-se, com um sorriso enorme lhe enfeitando os lábios, um completamente devoto a Huang Renjun.  

O chinês entreabriu seus olhos sonolentos, o sorriso preguiçoso aos poucos também o tomou. Assim como uma leve coloração rosada chegou-lhe as bochechas ao recordar-se do dia anterior. 

— Como você está? Dores de cabeça? — Lee Jeno questionou com a voz preguiçosa e levemente rouca.  

Surpreendendo-lhe, Huang Renjun negou. Talvez por todas as vitaminas e alimentação regrada que obteve em seu tempo de recuperação, e após, ele parecia estar firme com relação a bebida digerida.  

Jeno estreitou os olhos, um sorriso arteiro nascendo enquanto Renjun o observava com desconfiança. Logo, não tivera como correr do agarre de Jeno que distribuía beijos por todo seu rosto, carinhosamente.  

Renjun gargalhou e Jeno agarrou-lhe a cintura enquanto invertia a posição, o deixando deitado por cima dele. Renjun sorriu enquanto aproximava-se, selando os lábios aos de Jeno.  

— O que é isso? Eu sinto, eu sinto algo aqui. — Renjun indagou, engolindo em seco.  

Jeno sorriu lindamente.  

— Também sinto. Eu era tão inteligente e costumava me gabar sobre isso. Mas, com você, me sinto um tolo perdido.  

Renjun deixou carícias nos fios enquanto escutava com atenção as palavras do coreano. Jeno lhe tocou as maçãs rosadas, antes de puxá-lo para se aproximar. Os lábios rentes, roçando-se.  

— Teremos tempo para descobrir. — Jeno assegurou.  

Contudo, o tempo corria de maneira venenosa contra o Lee. Ele só não sabia. Beijaram-se, até Renjun distrair-se com um filme colocado na televisão do quarto de Jeno.  

A campainha ressoou.  

— Volto já. — Jeno avisou, levantando-se.  

Renjun, em seu inconsciente, podia sentir aquela sensação desagradável lhe apertando o peito. Franziu o cenho, massageando-o com sua mão. Estranho.  

Jeno caminhou com despreocupação até a porta, mas o sorriso bobo que não o deixava foi desaparecendo, como um sopro de ar fervente jogado contra si, ao ter seus olhos encontrando os sérios e rígidos de Mark Lee em sua porta.  

Mark não sorriu, tampouco o cumprimentou. Seus olhos e expressões rígidas demonstravam a razão pela a qual estava ali. Jeno estreitou os seus próprios olhares na direção do amigo e colega de trabalho, estreitou-os ao ponto de ler sua mente com destreza o suficiente para dar um passo para trás. Suas mãos erguendo-se, em um pedido ou clamor ao seu amigo de tantos anos.  

— Não. — Pediu. 

Mark respirou fundo. Seu sapato preto deu um passo à frente, mostrando à luz sua farda igual ao que o Lee sempre usava. Jeno escorreu os olhos pelo fardamento militar, antes de engolir em seco, sentindo o seco descer rasgando por sua garganta. Suas mãos apertaram-se contra a porta.  

— Você não vai fazer isso! — Jeno avisou sério. 

— É tarde demais, Lee Jeno. — Mark disse. E o mais agonizante a Jeno é a falta de expressão que tomava o oficial a sua frente. Era apenas vazio. Obrigação.  

— Você não precisa fazer isso, Mark. Não você! Você é meu amigo.  

Mark deu mais um passo em direção a Jeno.  

— Você sabe, você é inteligente e sabe muito bem que sim, eu preciso fazer isso Jeno Lee.  

Jeno balançou a cabeça, sentindo-se hiperativo. O corpo movendo-se como se fosse dar um passo, como se fosse correr. Entretanto, não conseguia sequer ter forças para o fazer perante o estado catatônico que se mantinha ali, aquela porta.  

— Eu não vou deixar! — Jeno disse entredentes, fechando a porta com força.  

Mark, todavia, prevendo suas ações e sendo ágil o suficiente, conseguiu segurar a porta que Jeno esforçava-se para fechar. Mark sabia. E Jeno também. Era um jogo perigoso aquele. Um jogo perigoso Jeno ir contra aquilo. Não tinha como, não havia jeito. Mesmo o tão inteligente Lee Jeno não teria como voltar ao tempo e escapar, ou burlar tal situação.  

Era uma teia de aranha.  

Uma que ele estava infortunadamente preso sobre.  

— Você não tem o que deixar, Jeno! — Mark retrucou alto. Forçando a porta o suficiente. Contudo, Jeno mantinha-se firme.  

Não vendo alternativas, o agente Lee Minhyung ergueu sua perna dando um chute sob a porta que ainda segurava. Aquilo distraiu Jeno o suficiente para que Mark adentrasse, o empurrando pelo o peito para longe.  

— Onde ele está? — Indagou, seus olhos passeando sobre o ambiente até parar no corredor onde o levaria aos quartos. Pelo o barulho de televisão, ele só poderia estar ali.  

Jeno o olhou de canto, seu peito subindo e descendo pelo o recente esforço, mas não hesitou em puxar Mark.  

— Você não vai levá-lo. Eu não vou deixar.  

Mark sentiu-se ser empurrado e virou-se com o rosto avermelhado de raiva em direção a Jeno, até partir para cima dele com um empurrão, prendendo-o sobre a parede.  

— Você não tem que deixar nada, Lee Jeno! Você não manda, não mais.  

Jeno sentiu o peito contraindo-se. Enquanto movia-se arduamente na tentativa de soltar-se, escapar. Tinha que haver uma brecha. Tinha que haver.  

— O que você estava esperando, Lee Jeno? Você sabia que não podia fazer isso! Você sabia, e ainda assim, você o fez. Por que Lee Jeno pode fazer absolutamente tudo que ele quer, não é? Sempre foi assim. — Mark cuspiu as palavras enquanto segurava Jeno contra a parede gélida. — Mas não mais. Você não tem controle e está em desvantagem. Não consegue sequer pensar como conseguia antes, está fora de controle. E por quê?  

Jeno engoliu em seco. Mantendo-se em silêncio enquanto mexia as mãos presas frente ao corpo pelas de Mark.  

— Por que? Me responde!  

Jeno balançou a cabeça, negando-se.  

— Não consegue admitir Jeno? Não consegue admitir sua falha? Seu erro. O erro que se fosse com outro, você os culparia. Entretanto, Lee Jeno pode. Somente Lee Jeno pode cometer um erro como este não é, dar-se ao luxo de escapar de algo assim. Mas você não vai. Você não é uma criança. Sabia onde estava se metendo e sabia os limites.  

Jeno sentiu a raiva tomando-o em proporções gigantes, conseguindo se soltar do aperto de Mark rápido o suficiente para que este conseguisse defender-se do soco enraivecido de Jeno, desferido contra sua face.  

Mark virou-se com ódio. Devolvendo o soco, enquanto jogava Jeno sobre o chão frio e sentando-se sobre ele enquanto tentava contê-lo. Jeno ergueu as pernas, prendendo-as firmes nas laterais de Mark, e puxando o braço dele para desequilibrá-lo e virando-se com maestria, reverteu as posições. Estando por cima, foi fácil socá-lo.  

— O que você quer que eu admita? Que eu o amo? — Jeno suspirou, exausto. Seu corpo descansado enquanto aos poucos largava os braços de Mark que prendeu segundos antes de gritar imerso a sua adrenalina.  

Mark o observou, surpreso.  

— Então é verdade... Eu estava blefando. Mas... Você o ama?  

Jeno respirou pesado. Seus olhos encontrando os de Mark e vendo o brilho ali, o brilho conhecido de seu amigo de longa data. Seu companheiro em inúmeras missões.  

Com um suspiro, Jeno balançou a cabeça. Incapaz de negar a verdade.  

Mark balançou a cabeça.  

— Isso... Não está certo, Jeno. — Havia repulsa em seu olhar. — Ele passou anos trancado. Ele passou anos nas mãos de algum louco. Ou alguns, nem sabemos ainda. Por que você não anda com esse maldito caso. Ele... Jeno, você tinha que o proteger. Não dormir com ele! — Mark reverteu as posições socando a cara do Lee com rapidez, de maneira tão imprevisível, que Jeno ainda melancólico foi incapaz de soltar-se. Apenas aceitando os socos e apertos contra o chão. — O que você fez com ele?! Ele é um incapaz, Lee Jeno. Ele sofreu traumas a vida toda, é como uma criança e você... Você realmente! O que você fez? — Mark apertou a camisa de Jeno com força enquanto chacoalhava-o.  

Jeno não podia aguentar o olhar de julgamento. Lágrimas queriam deixá-lo, pois nada daquilo era real e, entretanto, ainda o machucava grosseiramente, muito mais que os próprios socos em seu rosto.  

— Eu não o machuquei! Eu nunca o machucaria. — Tentou defender-se.  

— Jeno. — Mark respirou fundo, largando a camisa de Jeno. — Ele é um incapaz. Ele sequer falava antes tamanho os traumas, ele não tem noção. Ele não viveu. Vou levá-lo comigo.  

Mark ergueu-se, mas foi impossibilitado de dar um passo a mais quando Jeno puxou-o pelo o calcanhar. Mark tentou chutá-lo, mas Jeno usufruindo de mais força, derrubou.  

— Nunca mais fale dele! Nunca mais ouse falar assim dele! — Gritou com raiva. Prendendo Mark ao chão. Sua mão ergueu-se com fúria, mais uma vez. — Você não vai tirá-lo de mim! 

— Eu não preciso. Você mesmo o tirou de você, Lee Jeno! — Mark retrucou com força em seu tom.  

Força o bastante para impactar o Lee o suficiente, fragilizando-o ao ponto de escorrer a mão, desistindo em meio ao caminho. E se Mark estivesse certo? E se Jeno foi tão errado quanto... De repente era difícil respirar. Não conseguia. Era incapaz enquanto sentia a angústia tomar-lhe, prendendo-lhe a garganta como garras. Garras de tigre despedaçando-o à medida que erguia os olhos, vendo a silhueta perfeitamente parada ali.  

Reconhecia com perfeição. Tanta perfeição que se negou a erguer os olhos e encontra-lo, negou-se por vergonha de Huang Renjun o presenciar daquela maneira. Tão fora de si, tão indefeso, tão sem escolhas. Prestes a perde-lo.  

Jeno balançou a cabeça, negando-se. Ainda que uma voz insistisse em tomar-lhe a cabeça. “É sua culpa. O olhe.” 

Jeno, aos poucos, e dolorosamente ergueu a cabeça. Seus olhos encontrando os de Renjun. Olhares incógnitas em sua direção, olhares dolorosos.  

— Jeno disse que não ia mais machucar. — Seu tom quando o disse era doloroso. Mais que isso, machucado.  

Jeno não podia lidar com aquilo naquele momento. Seus olhos deixaram os de Renjun com vergonha tomando-o, encontrando o rosto de Mark tão avermelhado quanto o seu. Perdeu o controle. Jeno havia perdido o controle. Erguendo-se, ele levantou as mãos. Renjun o olhou, fitando-o com emoção. Ele não gostava de nenhum tipo de violência e Jeno sabia, Jeno tinha aprendido a odiar junto a ele também. Então por quê? Por que Jeno tinha se descontrolado?  

— Renjun... 

Jeno deu um passo à frente.  

Renjun deu dois para trás.  

Jeno parou, estancando no lugar. Magoado. Entretanto, Renjun também se encontrava magoado. E era tão nítido em seu olhar.  

Jeno o perdeu. Porque ele não podia mais, ele não queria estar perto de Renjun enquanto ele estivesse assim, ele não queria que Renjun o visse daquela forma. Ele não queria. Ele tinha prometido.  

— Jeno prometeu. — Renjun o lembrou.  

Sim, ele prometeu.  

Jeno olhou Mark com pesar. E, pela a primeira vez naquele dia, Mark correspondeu. Demonstrando algum pesar sobre tal situação. Então, logo, Mark também se levantou, mirando com simpatia o rosto cheio de emoções de Renjun.  

— Renjun, você quer vir comigo? — Mark estendeu a mão.  

Renjun escorreu seus olhos para ela com hesitação, com um olhar incompreendido. Possivelmente por estar deixando-se levar por inúmeras questões em sua mente. O Huang desviou os olhos a Jeno, porque ele não queria deixar Jeno, mas havia um impasse, pois, sentia-se magoado pela promessa que achou que o Lee o deixaria.  

Jeno, mesmo sofrendo, desviou seus olhos. Ele não queria que Huang Renjun o visse como um cárcere. Ele não queria ser o segundo a prendê-lo a uma síndrome de Estocolmo. Mark estava certo. Jeno não podia deixar Huang Renjun acomodar-se, depender dele como um escape. Não podia fazer isso com ele.  

Aquele caso desde sempre foi desprovido de imparcialidade. Talvez fosse por isso que não andava, que não encontravam. Por isso, Renjun não teria alguma paz.  

Renjun ainda se manteve ali, esperando que Jeno o olhasse.  

— Pela polícia investigativa de Seul, Renjun. Queremos oferecê-lo proteção, você terá proteção máxima enquanto trabalhamos em seu caso. Enquanto não for seguro. Mas farei o possível para mantê-lo seguro. Você vem comigo? — Mark prosseguiu. 

Jeno sabia o significado daquilo. E Renjun também. Portanto, ele não olhou para Mark, mantendo seus olhos fixos a Jeno, esperando alguma reação. Todavia, Jeno evitou seus olhos. E Renjun já não podia fazer mais nada, abaixando seus olhos até encontrar apenas a mão de Mark em seu campo de visão. E ser para ela que caminhou, erguendo as suas contra as dele que entrelaçou os dedos, deixando claro que agora era ele...  

Jeno observou tudo a sua frente, com o sentimento angustiante de impotência.  

Mark o olhou.  

— Você precisa manter distância da vítima. O governo está cuidando do caso e Renjun é uma enorme evidência no encaminhar dele.  

Era mais que aquilo, Jeno sabia.  

— Detetive Lee Jeno, está expulso do caso de Huang Renjun. 

 


Notas Finais


Então, para recompensar vocês eu tenho:
— UMA NOVA NOREN FINALIZADA, UM CONTO DE ROMANCE DE ÉPOCA INSPIRADO EM UM CONTO DE FADAS:
Não sei se vocês sabem, mas sendo apaixonada por contos de fadas, tenho alguns contos finalizados (por enquanto noren e renmin) que são sobre contos. Um da bela e a fera bem diferente renmin e agora uma versão cinderela de noren um pouco diferente: https://www.spiritfanfiction.com/historia/o-sangue-ilegitimo-22147131
Eu espero que vocês gostem.

— Além dessa, também atualizei A Dança dos Elfos, que é minha noren de fantasia:
https://www.spiritfanfiction.com/historia/a-danca-dos-elfos-20374205

— E, a outra novidade é que, agora eu também estou postando O Mistério do Oriente na plataforma do wattpad para quem gosta e prefere: https://www.wattpad.com/story/265507055-o-mist%C3%A9rio-do-oriente-noren

Fora isso, vocês já sabem que no meu perfil encontram inúmeras fanfics de norenmin, noren, renmin, nahyuck, yujae, jaeyong e etc. Portanto, sintam-se a vontade para ler, grande maioria estando finalizada:
https://www.spiritfanfiction.com/perfil/biebermalikhora/historias

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