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História O Monótono Diário de Isaac - 09 de dezembro, 2018 - Domingo (21h42)


Escrita por: lyanklevian

Notas do Autor


Hey, readers! Lyan aqui ^_^

Conto com você como BETA-READER, combinado? Então, caso veja uma das coisas abaixo, pode me avisar:


- Erro ortográfico;
- Problemas na construção de frase;
- Trecho confuso;
- Ou qualquer coisa no texto que cause incômodo


MUITO OBRIGADA por estar me acompanhando na construção deste livro! ^_^

Boa leitura!

Capítulo 140 - 09 de dezembro, 2018 - Domingo (21h42)


Fanfic / Fanfiction O Monótono Diário de Isaac - 09 de dezembro, 2018 - Domingo (21h42)

OBS: a capa acima é referente ao meu conto BL "O Gato do Piano", disponível na Amazon. ^_^

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09 de dezembro, 2018 – Domingo (21h42)


De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Bonecos provocantes e luzes de Natal


 

Boa noite, amiga! Ahh, que dias tranquilos estamos tendo. Eu mal acredito, sabia? Dá até um pouco de medo, se quer saber a verdade. Me acostumei tanto a um padrão de merdas acontecendo que fico desconfiado dessa bondade do universo. Sei lá. Sabe aquela coisa que dizem? Quando a esmola é muita, o santo desconfia. Tipo isso.

E acabei de notar também que meus últimos e-mails para você estão num padrão de “3, 6, 9”. O próximo vou mandar num dia que não seja 12, senão vou parecer um robô programado (acabei de me lembrar daquela música, do Admirável Chip Novo).

Enfim. Vim aqui para contar que estou, neste momento, escrevendo da sacada do Lucas, com o próprio dono do quarto aqui, junto com o pai mais lindo do mundo. Não que eles estejam vendo o que escrevo – eu nunca permitiria isso. Mas estão dormindo. Apagados de cansaço, apesar de ainda ser tão cedo (se bem que para o Lucas está até meio tarde para dormir). Logo chego nos relatos de ontem e hoje. Antes quero contar sobre nossa ida quase perfeita até o centro de Eloporto – de novo. E digo que foi “quase” perfeito porque o Nicolas ficou em casa. Esses dias os locais onde ele levou ponto está um pouco inchado e dolorido. Chegamos a ir ao hospital para ter certeza de que não tem nenhum problema interno, mas está tudo bem. O problema é que aquele homem não para quieto! Você acredita que na sexta-feira ele usou as muletas para apostar corrida com o Lucas? Ah, meu São Crispim, quando vi aquilo minha espinha arrepiou inteira. Já pensou se aquele osso mal colado sai do lugar? Ia ter que quebrar de novo pra realinhar (o próprio médico disse isso, e só de imaginar me deu moleza). No fim, não havia problema algum (apenas inflamação por excesso de peraltice), e meu namorado indisciplinadamente lindo recebeu bronca para sossegar o facho até segunda ordem. Essa sexta-feira em que fomos para o hospital foi a primeira vez que ele saiu de casa desde… Ah, você sabe. Desde que tudo aconteceu.

Bom, voltando… No dia seguinte fomos todos no centro, com exceção do apostador de corrida-de-muletas (ele jurou que ficaria bem, e insistiu que fôssemos, por causa do Pinguinho). No carro, a Jaqueline foi na frente com o Jonas, e eu fiquei atrás com o Lucas. Fomos até o shopping de Eloporto, e lá eu fiz uma coisa que nunca imaginei que voltaria a fazer na vida: tirei foto com o “Papai Noel”. O que me surpreendeu é que não era um cara qualquer usando aquelas perucas no queixo. Era um senhor mesmo, de barba branca e olhar sereno. Cheguei quase a acreditar que havia renas voadoras escondidas em algum lugar, de tão realista que estava aquele Papai Noel. Para o Lucas, aquilo foi incrível. E não tinha como deixar de ser, já que a praça de eventos do shopping estava toda tematizada, tendo até um “labirinto dos duendes” pra andarmos dentro. Coisa bonita mesmo, que faz até adultos céticos voltarem a ter um brilho nos olhos.

A Jaqueline disse que já tinha levado o Lucas nos anos anteriores, mas ele era bebê demais para lembrar.

Depois de passarmos um bom tempo conhecendo o labirinto, os enfeites e o presépio, a fome bateu e pegamos um lanche. Em seguida entramos na loja de brinquedos, e… Amiga, eu juro que deu uma batidinha dolorosa lá no fundo. O estranho é que não faz tanto tempo desde a última vez que entrei naquela mesma loja. Foi quando fomos comemorar a guarda do Lucas (e quando meu primo pediu a Jack em casamento, lembra?). Mas naquele dia eu estava tão entorpecido pela comemoração que entrar na loja de brinquedos não foi grande coisa.

Dessa vez foi diferente. Desde que consigo me lembrar, minha avó não era de entrar nessas lojas (ela sequer ia a shoppings, dizendo ser covil do capeta e mar das tentações – concordo com a segunda parte), então nas vezes que fui eu estava com a Hellen e os pais dela, já que às vezes eles cuidavam de mim a pedido de minha avó. Eu entrava na loja, ficava babando por uma porção de brinquedos, e sentia calores por aqueles bonecos musculosos fardados, sem desconfiar do porquê e sem poder comprá-los. Em resumo, minhas visitas a essas lojas de brinquedos eram um mar de frustrações, tanto no ponto de vista sexual quanto consumista (lembro que um daqueles bonecos de guerra vinha com a camisa meio aberta, dando pra ver o peitoral sarado, e eu fiquei doido virando a caixa para tentar ver os mamilos dele – fiquei decepcionado ao não encontrar e acusando o brinquedo de falta de realismo). E por isso que ao entrar naquele “paraíso das crianças” fez eu lembrar que minha infância não foi tão colorida assim, por mais gay que eu já fosse (sem saber).

Inclusive, acho até curioso que a bandeira LGBT seja tão colorida, sendo que a vida de nossa comunidade é tão obscura. Se tivessem pedido para eu escolher as cores, essa bandeira seria vermelha e preta, para representar o sangue derramado e o luto. É por esse e outros motivos que não posso ser designer. Mas gosto desse vínculo alegre que deram a uma coisa tão mal vista na sociedade. Talvez dê mais coragem às pessoas para serem elas mesmas. Não sei.

Enquanto andávamos na loja, vi um daqueles bonecos musculosos fardados. Não era o mesmo de minha infância, mas tinha o mesmo estilo “sarado” com cara de quem quer brigar (ou pode-se interpretar como a cara de um bad boy quem está pronto para dar uma trepada gostosa – depende de como está sua libido).

Depois de andarmos um pouco nessa loja, compramos para o Pinguinho um Lego, tematizado com castelos medievais e cavaleiros. A Jaqueline inventou uma historinha explicando que ela compraria, mas que entregaria ao Papai Noel para que ele deixasse em nossa casa no dia de Natal. Nesta hora eu esperei que o Lucas fosse para longe com o Jonas, e cochichei:

Depois eu e seu irmão não podemos inventar sobre monstros no quarto, né?

E dei risada, com ela rindo junto e dando um tapinha em minha nuca.

Larga de ser besta, Dáki. São duas fantasias totalmente diferentes!

Bom, eu concordo que deve ser legal acreditar em Papai Noel quando se é criança. Eu nunca acreditei por que nunca me empurraram essa história. Eu conhecia, sim, mas sabia que era invenção. Minha avó fez o favor de contar que era o diabo tentando nos desviar do verdadeiro significado dessa data. Em casa o Natal era para celebrar o nascimento de Jesus, e ponto final. Ela montava um mini presépio no oratório (uma mesa no canto da casa, cheio de santos e folhetos da missa) e deixava a manjedoura vazia até o dia 25 de dezembro, quando finalmente colocava o menino Jesus lá, e fazíamos mais de uma hora de orações, às cinco da manhã, ajoelhados e com as mãos levantadas com as palmas para cima. Para mim, ficar mais de uma hora naquela posição era um castigo (e hoje, refletindo a respeito, creio que minha avó de fato pensava nisso como penitência pelos pecados, pois tenho certeza que os joelhos e braços dela também doíam horrores).

Talvez por esse motivo eu não tenha o Natal como uma de minhas datas prediletas. Mas estes dias ao lado dos Belson, passeando entre os pisca-pisca à noite e visitando o shopping todo enfeitado e cheio de gente sorrindo, está fazendo eu perceber que de fato o Natal pode ser uma data bonita. Quero dizer, eu sempre soube que é bonita, mas… Refiro-me a não ter aquele vínculo com as dores da penitência imposta.

Ai, amiga… Às vezes acho que minha infância foi meio obscura.

Quando voltamos para casa, abarrotados de pisca-pisca compradas numa lojinha de cacarecos, começamos a enfeitar o local. Agora imagine: o Pântano dos Mosquitos tem um terreno de tamanho considerável, e é cheio de árvores (com exceção ao espaço da floricultura). O Jonas e a Jaqueline estavam decididos a pendurar luzes até nas pernas das aranhas, e como o Nicolas não teve como ajudar, fomos nós três que enfeitamos todo o quintal. Ele estava presente, dando apoio moral junto com o Pinguinho, e indicando onde havia ficado com desfalque de lampadinhas. Nunca em minha vida subi tantas vezes naquela escada que abre em forma de “A”.

Eu bem que gostaria de dizer que levamos a tarde toda do sábado para isso, mas a verdade é que a noite chegou e não havíamos terminado ainda. Então hoje pela manhã voltamos a subir escadas para contornar os últimos troncos de árvores que faltavam. Tivemos que puxar três extensões para dar conta de todas as tomadas dos pisca-pisca. Na hora do almoço (que aos domingos saem bem mais tarde), a parte externa estava pronta. Depois começou a parte em que o Lucas gostou mais: a montagem da árvore de Natal dentro de casa. Usamos uma que os Belson já tinham guardada (aqueles pinheiros de plástico, montáveis, que chegam quase ao teto da sala). O momento de colocar festões e bolas coloridas foi o que o Lucas mais amou, porque tinha muita cor e brilho (e porque ele tinha como ajudar, não apenas ficar olhando). Confesso que até eu apreciei o momento. Fiquei olhando cada um dos enfeites na caixinha dos Belson, um mais bonito que o outro.

Nossos pais sempre compravam coisas para essa data. Eles faziam com que fosse mágico”, explicou a Jack, enquanto pendurava um ursinho de madeira num dos galhos.

O Nicolas abaixou a cabeça nessa hora. Ficamos um tempo em silêncio, até que ele disse:

Demoramos pra montar a árvore, né? Era meio que tradição montarmos na metade de novembro, dia do aniversário de casamento de nossos pais, mas… Nesse ano…

Foram dias complicados”, meu primo completou, dando uma espiada em mim.

Dizer que a metade de novembro (e todos os dias anteriores e posteriores) foram “dias complicados” é um eufemismo do eufemismo, quase cuspindo na cara da realidade e dando uma rasteira. Acho que eu devo ter feito uma cara estranha porque naquela hora eles me encararam, e o Nick rolou a cadeira para meu lado. Como eu estava sentado no chão, foi fácil ele se curvar para encostar a testa dele na minha.

Ei, você está bem?

Eu não tive certeza, mas respondi que sim. Acho que não acreditaram. O Lucas sequer percebeu o climão, pois estava entretido brincando com os enfeites, que são miniaturas de madeira pintadas à mão. Até eu, no lugar dele, estaria mais focado nas peças lindas à minha frente do que na conversa de quatro adultos com cara de velório.

A Jaqueline se aproximou também, e colocou a mão em meu ombro:

Ei, estamos aqui com você, tá bom?

O Jonas deu uma piscadela, concordando.

Ver todos eles me apoiando daquele jeito causou uma mistura de gratidão com aquele algo a mais que faz o peito doer. Tinha também um nó horrível em minha garganta. Não sei se é tristeza, indignação pelo que passei, ou se é aquela ideia sombria de que ele não sentiu a dor que eu queria que tivesse sentido antes de sumir no vazio.

Eu penso isso às vezes, sabe? Mas tento evitar. Sei que é uma coisa absurdamente horrível de se ter em mente. E quanto a “sofrer”, a Jaqueline comentou outro dia que ele está sofrendo no umbral mais do que sofreria se estivesse na prisão. Mas como eu não tenho o dom (ou maldição, como achar melhor) de ver espíritos desencarnados, não tenho como ter certeza se ele está mesmo pagando pelo que fez. Mas se eu seguir demais essa linha de pensamento (sobre pagar pelo que se faz), acabo esbarrando na lógica de eu também ter que pagar pelo que fiz. E essa nóia enroscada entre meus neurônios parece comer meu cérebro de dentro para fora. Não sei até que ponto aquilo foi “legítima defesa”, como eles insistem em tentar me convencer.

Talvez eu tenha de conviver para sempre com isso cutucando minha mente. Não sei.

Ah, ok. Chega de ficar falando em coisas sombrias, porque até eu estou cansando de mim mesmo.

Depois de minha recaída na frente de todos, me forcei a sorrir antes que o Lucas notasse aquela cara de cão chutado que eu estava. Aos poucos o clima voltou a ficar leve, e até topamos a sugestão do Pinguinho de fazermos outro piquenique (como eu bem imaginei que ele pediria, lembra?), mas em vez de ser no quarto dele aproveitamos o dia agradável para estender a toalha no gramado aqui fora. Teve uma pequena inconveniência dos insetos, que vez ou outra davam as caras, mas foi legal. Simples de tudo, mas legal. Essa coisa de fazer a refeição em locais diferentes da casa faz com que um acontecimento banal se torne memorável. Você devia tentar fazer isso, amiga. Faz de conta que estou ao lado, compartilhando o momento.

Como o Nicolas e o Lucas estão ambos de férias, passam bastante tempo juntos. Eu sempre fico por perto para ajudar nas coisas que o Nicolas ainda não pode (e foi isso que me fez ter aquela epifania de eu estar aprendendo a ser pai – ainda soa mágico e irreal para mim), mas de um modo geral tento deixá-los a sós, curtindo um ao outro. A “brincadeira” mais segura para o Nick é ler para o Pinguinho, e ele tem feito bastante isso. Acho bem legal, porque às vezes ele pergunta sobre as palavras. Logo vai estar lendo e escrevendo (quando esse dia chegar, não poderei deixar ele espiar a tela de meu notebook).

No meu caso, a brincadeira que tenho feito mais com ele é correr pelo quintal. Como fico lá em baixo para ajudar na floricultura, acaba sendo a brincadeira mais prática. Ele adora se embrenhar pelas árvores, gritando: “Dáki, Dáki, me plocura!”, e eu vou atrás, fingindo não saber onde ele se escondeu. Fico feliz em ser chamado de “Dáki”, sem o “tio” junto. É que ele chama praticamente todos de tio, mesmo que não seja (eu próprio sou um exemplo disso). Então me senti mais íntimo dele quando me tornei apenas “Dáki”, assim como minha cunhada já faz. No fim do dia, o Nicolas o acompanha no banho. Antes eles tomavam juntos, mas com a cadeira de rodas e a meia-tala de gesso fica mais complicado, então fica só por perto mesmo, falando “Você esqueceu as orelhas”, ou “Tem que limpar direito esse passarinho, senão cria meleca debaixo da pelinha” (acho importantíssimo ele ensinar isso… Eu só aprendi a lavar direito minhas partes, puxando o prepúcio para trás, quando tinha uns nove anos – falar dos genitais era tabu para minha avó). O Pinguinho já chegou a pedir que eu tomasse banho com ele, mas neguei. Fiquei por perto, como o Nicolas faz, mas se eu tirasse as roupas ele faria perguntas sobre meus ferimentos na virilha. Eu teria que inventar qualquer coisa, nem que fosse uma mentira sobre cavalgar um dragão sem cela. Mas nunca contaria que sou um desequilibrado que se esfrega que nem maluco.

Ah, como essas mentirinhas tornam as coisas leves, não é? Fantasiar que subi num dragão sem cela, igual aquele Eragon, do livro, é tão mais palatável do que a verdade!

E viver de fantasias é algo que o Lucas sem dúvidas faz bem feito. Depois de todas as coisas que ele assiste, logo vem uma brincadeira relacionada. Ele gosta de encarnar os protagonistas daquelas animações infantis, sabe? E sai pela casa repetindo algumas das falas que ele decora, de tanto assistir a mesma coisa. Aquele menino, que agora dorme junto ao pai na caminha dele, faz meu coração se aquecer.

Eu amo esses dois como nunca em minha vida acreditei ser possível amar.

Fico lembrando de quando descobri que o Nicolas é pai, naquela vez em que ainda estávamos começando a ficar juntos. O sentimento horrível que me deu naquela época, como se eu tivesse sido enganado, sei lá. Mesmo hoje, pensar nele com a Megera me deixa irritado (você sabe disso melhor que ninguém, amiga… As coisas que lhe falei no e-mail anterior, nunca contei a outra pessoa). Mas o drama que fiz na época que descobri foi enorme, e cheguei ao absurdo de ficar com raiva daquele ser minúsculo e inocente que hoje é o amorzinho de minha vida. Puts, você lembra de tudo o que lhe contei aquele dia, amiga? Eu quase morri afogado com meu próprio vômito! E tive que ser resgatado pelo Nicolas, que me viu num estado deplorável, e ainda assim não me odiou… Ah, amiga… Tenho vergonha de ter contado aquilo. Hoje minha cabeça é outra, mesmo tendo passado poucos meses. Sou grato por ele ter o Lucas. Grato mesmo. Esses dois são tipo o lápis de cor para meu caderno cinzento e sem graça. Os Belson são minhas cores, que fazem minha vida ter sentido.

Bom, chega de devaneios.

Esses dias a floricultura tem recebido bastante gente. Estamos fazendo uma pesquisa com os visitantes, perguntando como conheceram a Belson’s Flora, e até agora a maioria das respostas são de que conheceram através do anúncio da Internet. E sabe o que isso significa? Que o que estou fazendo está tendo resultado. Andei estudando melhores métodos de anunciar, e apliquei nas redes sociais da floricultura. Saber que não estou sendo apenas um peso de papel aqui é ótimo para minha estima. E quando tem algum pedido na loja online eu passo para meu primo, e ele faz as entregas. Inclusive, já combinamos que, assim que eu tirar a carta, ajudarei com essa parte quando eles estiverem atarefados aqui.

Durante a janta de hoje surgiu até um papo sobre ampliarmos a área da floricultura, mas como isso exigiria diminuir o espaço livre deixamos para lá. Acho que mais legal ainda seria se alugássemos um espaço mais perto do centro, onde ficaria mais fácil para todos chegarem. Afinal, minha casa é a primeira construção de uma rua sem saída. Ou seja: a ponta sombria de um beco. Chegar aqui não é muito fácil, porque fica bem fora dos principais bairros de Vale do Ocaso. Por isso acho que alugar um terreno perto do centro seria bem legal. Aí poderíamos ter uma recepção personalizada, com prateleiras cheias de pequenos vasos, e coisas do tipo. Seria melhor do que o improviso que temos atualmente, com a mesinha que todas as noites temos que guardar para não ficar ao ar livre. E poderíamos ter também um lugar só para mudas de árvores (que o pessoal começou a pedir), e aumentar o repertório de plantas. Pensei até em bonsais, que o Nicolas certamente saberia cuidar.

Ah, sei lá, amiga… São apenas umas ideias. Eu sequer compartilhei com eles ainda, pois nem temos grana sobrando para alugar um espaço. Mas sonhar não custa, né.

Bom, vou me despedir agora, minha irmã espiritual. Vou comer alguma coisa e dormir mais cedo, pois estou meio cansado. Amanhã começa outra semana de trabalho, e quero estar inteiro.

Que seus sonhos desabrochem (por mais estranho que seja falar isso)! Bye bye.

 


Notas Finais


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