1. Spirit Fanfics >
  2. O muro que nos separa >
  3. Cap 07 - Os Kwamis (M)

História O muro que nos separa - Cap 07 - Os Kwamis (M)


Escrita por: btzssousa

Capítulo 14 - Cap 07 - Os Kwamis (M)


Fanfic / Fanfiction O muro que nos separa - Cap 07 - Os Kwamis (M)


'Cause you've been hurt before
I can see it in your eyes
You try to smile it away
Some things you can't disguise
Don't wanna break your heart
Maybe I can ease the ache, the ache


• Glee - Give your heart a break

No quarto da Marinette:

Sai do colégio e fui correndo pra casa, eu teria que me arrumar e me alimentar bem pro possível teste de esgrima hoje. Não queira que o Adrien e a Kagami me vissem bagunçada.

— Marinette, o que vamos fazer com essa apresentação? - a minha kwamii falou voando de um lado pro outro. - você vai mesmo interpretar a Ladybug?
— Calma, Tikki. - me sentei de frente pro computador. - aqui na folha que o diretor deu, diz que quem for fazer a Ladybug tem que usar uma roupa vermelha e uma máscara apenas.
— E se te reconhecerem? - sua voz era aflita.
— Vou fazer uma máscara que não pareça muito com a da Ladybug, fica tranquila. - pesquisei modelos de máscara no google.
— Não sei não...

Olhei alguns modelos de máscara, tentei parecer tranquila pra não preocupar a Tikki, mas eu estava morrendo de preocupação por dentro.

A máscara tinha que ser extremamente diferente da original, pro meu próprio bem.

Depois de procurar bastante acabei achando uma que fosse diferente o bastante - sorri confiante - vai dar tudo certo.

— Marinette... - disse o Wayzz atrás de mim. - precisamos conversar com você.

Olhei pra trás e vi todos os kwamis que viviam na caixa.

— Oi gente... Aconteceu alguma coisa? - perguntei.
— Sim e não. - falou a Trixx.
— Como assim?
— Marinette, ontem quando eu te pedi pra deixar a caixa no quarto, era porque eu queria conversar com os outros kwamis a respeito de uma coisa. - disse a Tikki. - uma coisa muito importante e que finalmente chegou a hora. Não aguentava mais guardar esse segredo de você.

Olhei seria pra eles. O que estava acontecendo?

— Antes de perder a memória, o mestre Fu conseguiu entrar em contato comigo e me pediu pra guardar uma coisa. - a minha Kwamii falava sem jeito. - aparentemente ele já sabia que você iria acabar virando a guardiã, muita coisa estava acontecendo e todos nós temíamos pelo pior.

Eu escutava atentamente.

— O mestre Fu me pediu pra guardar o "diário" dele. - os Kwamis apareceram com um livro grande e velho enquanto a Tikki continuava. - nesse diário tem muitas coisas sobre a vida dele como guardião, principalmente sobre as poções e sobre nós os Kwamis.

Olhei rapidamente pro grande livro que estava na minha frente, nele tinha um grande cadeado - aparentemente enferrujado.

— A chave está aqui. - a Daizzi (Kwamii do porco) me entregou.
— Uau. - falei fitando a grande chave prateada.

Notei uma tensão entre os Kwamis.

— Mas se é só isso, por que essas caras? - perguntei.
— Não é só isso, Marinette. - o Wayzz falou. - Com esse diário em suas mãos, você terá que ter o triplo do cuidado com ele e com a caixa. Aqui está todos os segredos que o mestre aprendeu em seus anos como guardião. - ele falava sério.
— Entendi. - falei pensando aonde esconderia isso.
— Bom, você terá que estudar sobre essas coisas que estão ai. - a Tikki falou. - mas nós não podemos saber de nada, isso é muito perigoso.
— Eu sei, Tikki. - sorri pra ela. - e como fica a esgrima? - perguntei.
— Você poderá ter sua vida normal, mas é só tomar muito cuidado, principalmente com essa apresentação. - continuou a minha kwamii.

Dei um suspiro. Aquilo ia ser complicado.

— Todos nós sabemos que podemos contar com você. - o Fluff (Kwamii do coelho) falou.
— Sim! - todos falaram juntos.

Fiquei emocionada ao escutar isso.

— Fico muito agradecida por ter vocês comigo, mas tem uma coisa... - eles pareciam estar prestando atenção. - eu vou poder conversar com o Chatnoir sobre isso?

O Kwamis se entreolharam.

— O mestre não falou nada sobre o Chatnoir, então acreditamos que não. - o Wayzz falou.

Concordei com a cabeça, mais um segredo pra esconder do Chatnoir...

— Está bem. - olhei pro livro. - vou esconder isso no ioiô por enquanto, depois arrumo um esconderijo melhor pra ele.

Olhei as horas no celular e vi que teria que me apressar.

— Vou me arrumar pra esgrima. - falei. - vou guardar a caixa e o livro  agora, está bem?

Eles concordaram.

Na cozinha:

— Filha, come de vagar. - meu pai falou. - você pode se engasgar.
— Deixa ela, Tom. - a minha mãe disse a ele.
— Eu estou atrasada. - falei engolindo a comida mais uma vez.

Ouvi a minha mãe dar uma leve risada.

— Ah, antes que eu me esqueça. - contei do evento e da apresentação para eles.
— Você vai fazer a Ladybug? Que honra. - meu pai disse. - sempre soube que você tinha vocação pra heroína. - ele sorriu gentilmente.
— Estou muito orgulhosa de você, minha filha. - a minha mãe me deu um beijo na cabeça. - agora termina de comer pra não se atrasar mais.
— A esgrima! - falei olhando o relógio que tinha na parede.

Depois de comer fui rapidamente pro quarto, me arrumei e corri pro colégio.

Na aula de esgrima:

Entrei no pátio meio apreensiva, eu não conhecia quase ninguém ali. Resolvi dar uma volta pelos tatames atrás do sr. Armand D'Argencourt (o professor de esgrima). Eu precisava conversar com ele.

O procurei por todo o pátio, mas eu não consegui acha-lo. Pensei em ir me sentar num dos bancos e observar as pessoas lutando enquanto não sabia o que fazer, mas antes de ir me sentar, acabei esbarrando num garoto que passava correndo por ali.

— Ai! - falo olhando pro chão.
— Mil desculpas, menina. - o garoto me segura. - te machuquei?

Olhei em sua direção e o reconheci imediatamente, era o menino bonito da padaria.

— Eu te conheço. - o moreno falou. - da padaria dos Dupain-Cheng, certo?
— Sim. - falei sorrindo. Que coincidência encontrar ele ali.
— Prazer, meu nome é Marco Sousa e o seu? - damos um aperto de mão.
— Marinette Dupain-Cheng. - ele abriu um sorriso enorme ao ouvir meu nome.
— Nome bonito.
— O-obrigado. - falei corando.

O moreno ficou com uma expressão confusa por um momento.

— Você não faz aulas aqui, ou, faz?
— Na verdade, não. - falei tímida. - eu vim ver se podia fazer um teste.
— Bom, não sei se tem vagas ainda, mas espero que você consiga.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, o Adrien surge do nosso lado.

Marinette? O que faz aqui? - sua voz era surpresa.
E-eu v-vim v-ver s-se c-conseguia f-fazer o teste... - falo envergonhada.

Notei um clima estranho entre os dois.

Vamos falar com o sr. D'Argencourt? - o moreno pergunta sem olhar pro loiro.
— Cla-cla-claro.

O Marco me levou até a diretoria e conversou com o professor sobre a minha situação.

— Olá, Marinette. - o sr. D'Argencourt me olha seriamente. - Então, primeiro vamos ver se você é boa o suficiente pra ter aulas comigo. - ele olha pro moreno. - Você será o encarregado de lutar com ela, Sousa; estarei observando vocês e no final da aula direi o resultado.
— Sim, senhor. - ele fala piscando pra mim.
— Sem dar colher de chá pra ela, hein. - o professor falou.
— Pode deixar.

O Marco me levou até uma sala onde eu pude encontrar um uniforme e um capacete pra poder lutar. O moreno foi muito legal comigo, primeiro ele me ajudou falando as teorias da esgrima e depois começamos a luta.

Como eu tinha que lutar como Ladybug, aquilo não foi tão difícil pra mim. Eu conseguia conduzir a espada perfeitamente e como meus reflexos eram bons, o Marco quase não conseguia me acertar.

— Caramba! Você é boa, Dupain-Cheng. - o moreno fala tirando o capacete. - Você já tinha feito isso antes?
— Ah, poucas vezes. - falo rindo.

O professor veio em nossa direção.

— Qual é o seu nome mesmo? - o Armand fala olhando pra mim.
— Marinette Dupain-Cheng...
— Ah, sim. - ele ajeita a postura. - Dupain-Cheng, fiquei bastante surpreso com o que eu vi hoje, parabéns. Agora é só vir com seus pais e acertar tudo.
— Sério? - eu falo animada.
— Sim. Depois que acertamos tudo te passo os cronogramas das aulas. - concordei e o professor saiu andando.

Na verdade, eu já sabia os horários das aulas, mas não podia falar isso - poderia soar estranho.

— Parabéns! - o moreno fala animado. - Agora eu vou ter uma boa adversária pra enfrentar além da Tsurugi e do Agreste, vai se preparando... - ele me joga um sorriso desafiador.
— Pode deixar. - retribui o sorriso.

De repente a Kagami apareceu do meu lado.

— Marinette, que surpresa ver você lutando. - ela sorriu. - nunca pensei que você lutava tão bem, parabéns.
— Obrigada, Kagami.
— Muito bom saber que já conhece o Sousa. - ela apontou pro Marco com a cabeça. - tirando eu e o Adrien, ele é o melhor daqui. - o moreno sorri pra ela. - agora irei me trocar, com licença.

A japonesa saiu me deixando sozinho com o Marco.

— Mari. - olhei pra ele confusa. - posso te chamar assim, né? - concordei. - vou me trocar também, ta? Depois a gente se fala.

Olhei ele indo embora e tirei o uniforme que eu coloquei por cima da minha roupa. Deixei tudo num banco e fui pra saída.

Eu caminhava até a escada, mas senti vários pingos de chuva sobre mim - olhei pra cima - fiquei um tempo vendo os pingos caírem; como eu gostava dessa sensação.

— Ta chovendo, né? - o Adrien fala aparecendo do meu lado. - amo quando o tempo está assim, sabia? A chuva era uma das coisas que a minha mãe mais gostava...

Olho pra ele.

— Fiquei admirado com você hoje. - ele olha nos meus olhos. - quando você aprendeu a lutar assim?
— A-ah. - fiquei nervosa. - acho que sozinha... - menti.
— Uau. - ele não parecia surpreso. - vindo de você eu acredito em qualquer coisa. - o loiro sorriu.

Senti um arrepio.
 
— Ainda aqui, Marinette? - a Kagami apareceu do lado do Adrien. - por que vocês estão na chuva?

Sorri sem graça pra ela.

— Amo... - a japonesa olhou pra mim. - Adrien, eu já vou pra casa, quer carona? - sua voz não transmitia qualquer emoção.
— Hã... Pode ser. - ele deu um sorriso tímido. - tchau, Marinette.
— Tchau, Marinette.

Eles entraram no carro da Kagami e foram em bora.

Resolvi fazer o mesmo.

No quarto da Marinette:

Eu já tinha conversado com os meus pais sobre a esgrima, então fui pro meu quarto pensar um pouco.

— Ela ia chamar ele de amor... - murmurei.

Fui olhar as fotos do loiro no mural.

— Uma pena as coisas serem assim. - passei o dedo por uma das fotos. - mas você está feliz, então tudo bem pra mim.

Me sentei na cama e resolvi escrever no meu diário, fazia um mês que eu não fazia isso.

De noite:

Depois que terminei de escrever, passei o dia todo fazendo a máscara, parei somente quando vi que estava na hora da ronda.

Me transformei.

Na patrulha:

Cheguei antes do Chatnoir, o que me deu a chance de ficar observando a vista por mais tempo. A noite estava nublada, mas não deixava de estar bonita.

Depois de alguns minutos o meu parceiro chega.

— Olá, my lady. - ele senta ao meu lado. - tudo bem?
— Oi, Chat. - suspirei. - está sim.
— Tem certeza? - seu olhar era desconfiado.
— Tenho sim. - sorri pra ele.

Resolvi que faríamos uma ronda completa hoje, eu precisava estar em movimento pra não pensar no Adrien.

Rodamos por umas duas horas e nada, então vi que era hora de voltar pra casa.

Me despedi do gatinho e joguei meu ioiô no prédio mais próximo.

No terraço da Marinette:

Fiquei por ali mesmo depois de voltar a ser apenas uma civil - eu queria continuar observando a vista.

Comecei a lembrar do sr. Fu e a  dificuldade que foi pra eu conseguir superar sua perda; ver aquele diário me deixou mexida, principalmente por não poder conversar com o Chatnoir sobre isso. Tirando a Tikki, ele era a única pessoa que eu confiava pra esse tipo de conversa.

Quando eu decidi descer pro meu quarto sinto alguém pular atrás de mim.

— Tem um tempinho pra mim? - olhei pra trás e vi o meu parceiro sorrindo. - preciso de um conselho...
— Conselho? - falei indo em sua direção. - o que está acontecendo?

Nós nos apoiamos na grade e ficamos olhando pra frente.

— Lembra que te falei sobre a menina que eu estava conhecendo? - concordei. - então, hoje ela perguntou o que eu achava da gente ter alguma coisa mais seria...
— Caramba, eai? - perguntei curiosa.
— Na verdade, eu não sei. - o Chatnoir suspirou. - eu gosto dela, sabe? Mas será que gosto a esse ponto? - ele virou seu rosto na minha direção.
— O que seu coração diz? - olhei em seus olhos.

O loiro ficou calado olhando pra baixo, parecia estar pensando.

— Ele diz que eu preciso seguir... - nossos olhares se encontram novamente. - Esquecer de vez meus sentimentos pela Ladybug e confiar nos meus sentimentos pela... Menina. - senti seus olhos penetrarem nos meus.

Quando estávamos conversando assim, me dava uma sensação estranha...

— Você deveria seguir o que seu coração diz. - virei o rosto. - vai ser melhor pra você, acredito.
— É, você tem razão. - ele botou sua cabeça no meu ombro. - obrigada... Amiga.

Sorri ao ouvir aquelas palavras, era bom que ele tivesse confiança em mim como Marinette. Se um dia ele descobrisse que eu sou a Ladybug, as coisas poderiam ser mais fáceis.

— Posso te perguntar uma coisa? - ele olhou pra mim.
— Pode.
— Quem é o menino que você gosta? - corei, não esperava que ele lembrasse disso. - você me deixou curioso.
— Esquece isso. - continuei olhando pra frente.
— Pode confiar em mim, eu nem devo conhecer ele.

Pensei por um momento em contar quem era, mas não podia fazer isso e se ele conhecesse o Adrien?

— Tudo bem, sei que é complicado. - ele deu de ombros.
— Desculpa... - olhei pra ele.
— Relaxa, princesa. - ele piscou pra mim.

Nossos olhares se encontram novamente e acabamos ficando mais perto um do outro.

Sorri, ele era um bom amigo.

O anel dele apitou.

— Minha princesa favorita, agora tenho que ir. - ele fez uma cena dramática. - seu amigo real está prestes a virar abóbora.

Dei uma risada.

— Oh não. - imitei o loiro.

Rimos juntos.

— Boa noite, Marinette. - ele pegou a minha mão e deu um beijo nela.
— Boa noite, meu caro amigo real. - meu parceiro sorriu.

O Chatnoir subiu na grade e pulou num telhado.

No quarto da Marinette:

Me arrumei pra dormir e deitei na cama.

— É impressão minha, ou, você está gostando do Chatnoir? - disse a Tikki.
— Que? - dei uma gargalhada. - lógico de que não, Tikki. - ele me olhou desconfiada. - somos só amigos.
— É... Que bom. - ela sorriu.
— Agora vou dormir, não posso me atrasar que nem ontem.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...