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História O muro que nos separa - Cap 10 - A Escolha (M)


Escrita por: btzssousa

Capítulo 20 - Cap 10 - A Escolha (M)


Fanfic / Fanfiction O muro que nos separa - Cap 10 - A Escolha (M)

What has happened to it all?
Crazy, some'd say
Where is the life that I recognize?
Gone away
But I won't cry for yesterday
There's an ordinary world
Somehow I have to find
And as I try to make my way
To the ordinary world
I will learn to survive


• Duran Duran - Ordinary world


No terraço da Marinette:

Enquanto eu observava o sol se levantar no horizonte, senti uma brisa gelada passar pelo meu corpo e com isso, as memórias de um amor não correspondido vieram a mente. Eu tinha tanta preocupação e pra piorar, ainda havia o fardo de ser apaixonada por uma pessoa que gosta de outra.

Comecei a me lembrar da conversa com a Alya e passei a refletir sobre suas palavras, eu não podia ficar nessa pra sempre. Eu tinha que seguir a minha vida, com ou sem o amor do Adrien.

— Marinette, o que você está fazendo no terraço tão cedo? - a kwamii falou passando pela porta.
— Oi, Tikki. - relaxei na cadeira. - eu não consegui dormir bem essa noite e vim pra cá pensar um pouco.

A kwamii sentou na minha perna.

— É por causa do diário? - perguntou ela.

Eu não soube responder a pergunta, até porquê, nem eu sabia o motivo de tanta inquietação. Ontem me aconteceu tanta coisa e o que eu li no diário me deixou preocupada. Essa evolução dos poderes seria a minha carta na manga para derrotar o Hawk Moth, a única falha desse plano é que o mesmo melhora bastante seus poderes e isso é péssimo. Mas felizmente, eu tenho uma pessoa que pode me ajudar.

— Tikki, preciso conversar com você sobre um assunto. - peguei ela nas mãos. - não posso te dar muitos detalhes, mas preciso de uma opinião.
— Marinette...
— Você já ouviu falar da evolução dos poderes? - perguntei receosa.

A kwamii olhou pro lado.

— Tikki?
— Eu sei o que é. - ela respirou fundo e me olhou. - o grande destino está ligado a isso.
— Então você sabe sobre a evolução e o tal grande destino? - me lembrei da nossa conversa sobre 'o grande destino' - você não conversou com o Plagg, né?
— Eu não podia te contar nada, Marinette. Nós kwamis, temos uma ordem para nunca comentarmos isso aos nossos portadores, tirando três exceções.
— Que são?
— Só poderá ter essa informação se um dos portadores for um guardião, um portador do miraculous da vida ou um portador que for atingido caso ocorra a evolução. - sua voz era tensa. - sei que você deve estar se perguntando o motivo de nunca ter escutado sobre isso antes...
— Sim. - murmurei.
— O mestre havia me dito uma vez que você é preciosa demais e que o destino estava preparando várias coisas importantes pra você, isso incluía ser a nova guardiã. - ela piscou pra mim. - mas você teria que encontrar seu destino sozinha. O mestre me proibiu de falar qualquer coisa sobre isso até que você me perguntasse algo relacionado a evolução, porque isso iria 'demonstrar' seu interesse e sua preocupação com o assunto.

Fiquei boquiaberta.

— E eu achando que não podia entrar em detalhes com você... - dei uma risada nervosa.
— Eu não sei muito sobre a evolução dos poderes. - ela riu de volta. - mesmo tendo uma ordem para não contarmos, sempre acaba tendo um deslize ou outro.

Fiquei um pouco em silêncio. Ultimamente eu andava recebendo tanta informação que meu cérebro parecia precisar fazer força pra funcionar.

— Tikki, o que você acha sobre eu evoluir a caixa? - perguntei olhando a paisagem. - sei que é proibido, mas seria de uma grande ajuda.
— Você sabe o riscos, certo? - ela perguntou.
— Sim.
— Eu não posso te dizer o que fazer dessa vez, essa escolha deve ser somente sua. - olhei pra kwamii. - você tem que estar ciente dos riscos e também saber que terá grandes consequências com essa evolução, sendo boas ou más.
— Tenho que pensar primeiro, é muita responsabilidade. - falei me levantando. - isso é mais perigoso do que conversar com o Chatnoir pelo celular.

A kwamii riu.

— Tikki, eu prometo seguir meu coração nessa escolha, mas hoje o dia vai ser cheio. - tentei conter o nervosismo. - o Adrien vai vir aqui em casa e vamos terminar de ensaiar.
— Vai dar tudo certo. - ela da um sorriso amigável.
— Espero... Enfim, melhor eu ir me arrumar.

No pátio do colégio:

Depois que terminei de me arrumar, corri para o colégio. Eu sentia que precisava de uma distração e o que seria melhor para me distrair do que os meus amigos? Entrei no pátio e avistei as minhas amigas de primeira, elas estavam sentadas nos degraus da escada conversando.

— Oi gente. - falei parando de frente pra elas.
— Oi Marinette. - elas falaram em coro.
— Você tem alguma coisa pra nos contar? - a Mylène perguntou.

Naquele momento a única coisa que me veio na cabeça foi a Ladybug.

Não, por quê? - ri nervosa.
— Ah, qual é? Já sabemos que você beijou o Adrien. - a Alix disse irônica.
— Ah, é isso. - respirei aliviada.
— Tem outra coisa pra nos contar, Marinette? - A Alya perguntou.
— Não, claro que não. - me apoiei no corrimão. - minha vida é um livro aberto pra vocês.

As meninas se entreolharam mas não fizeram nenhum comentário sobre.

— Enfim, conta pra gente como foi o beijo. - a Rose falou pela primeira vez.
— Ah, não foi nada demais. - falei. - só nos beijamos por causa da peça mesmo. Sem falar, que ele e a Kagami estão cada vez mais próximos...
— Sinto muito. - a Juleika falou com a mão no meu ombro.
— Tudo bem, gente. - sorri. - eu e ele fomos feitos apenas para sermos amigos.

Senti os olhares de pena das minhas amigas em mim, isso era tão frustante.

— Meninas, eu vou lá encima beber água. - falei pensando em como sair dali o mais rápido possível.
— Quer companhia? - a Alya perguntou.
— Não precisa, eu já volto.

No segundo andar:

Enquanto eu caminhava até o bebedouro, escutei meu celular tocar; tirei ele do bolso e tomei um susto quando vi o apelido do Chatnoir estampado na tela.

— Chatnoir, por que você está me ligando? - falei baixinho. - aconteceu alguma coisa?
— Desculpa, bugboo. Eu queria ouvir sua voz. - ele riu. - não estou acostumado em ter tanta facilidade pra falar com você.
— Eu não acredito nisso. - fui em direção a sacada e fiquei observando as pessoas. - o que você quer? Perdeu o juízo, foi?
— Só queria te desejar uma boa aula. - sua voz estava um pouco triste. - e também saber se você veio pro colégio.

Respirei fundo.

— Chat, não me faça brigar com você. - falei brava.

Ouvi murmúrios vindo do celular do Chatnoir.

— Chat?
— Desculpa, my lady. - sua voz falhava. - tenho que desligar.

Antes que eu pudesse dar uma bronca nele pela ousadia, ele encerrou a ligação.

— Que garoto sem noção. - resmunguei guardando o celular.

Na sala:

Depois de beber água pensei em voltar a conversar com as meninas, mas o sinal tocou e corri pra sala; me sentei no lugar de sempre e arrumei meu material.

— Por que você não voltou pra escada? - a Alya perguntou se sentando ao meu lado. - chateamos você?
— Não. - falei olhando pra ela. - eu só acabei me distraindo e perdi a noção do tempo.
— Ta nervosa com o ensaio? - a morena riu. - pera, vocês marcaram de ensaiar, né?
— Não. - sacudi a cabeça. - quer dizer, sim. Não. Ah, você entendeu.

A morena caiu na gargalhada bem na hora que o Nino e o Adrien entraram na sala, eles sentaram em seus lugares e viraram pra trás.

— Qual é a graça? - o Nino perguntou.
— Nada. - falei rapidamente.
— Não é nada. - a morena disse botando a mão na barriga. - como você está, meu amor? - ela pegou na mão do namorado e eles começaram a conversar entre si.

Senti que essa era a minha deixa e me virei pra frente pra conversar com o Adrien.

— Oi. - falei.
— Marinette, temos um problema. - o loiro falou. - meu pai me deixou de castigo e eu não vou poder ir na sua casa hoje.
— Ah.
— Mas por um milagre meu pai deixou eu te convidar pra ensaiar lá em casa. - o loiro corou. - só não sei se você vai poder ir.
— Ir na sua ca-casa? - perguntei surpresa. - claro que posso.
— Podemos ir depois da aula? Você pode almoçar lá.
— Si-sim.
— Combinado, então. - ele deu um sorriso encantador.

Meu coração acelerou e senti um arrepio passar pelo corpo - eu detestava quando isso acontecia - é pro meu coração esquece-lo e não dar pulos de alegria a cada sorriso que o Adrien me der.

Minutos depois a srta. Bustier entrou na sala e passei a focar a minha mente apenas na matéria.

Na saída do colégio:

O dia foi super tranquilo, hoje só tive aula de matérias que eu gosto e não sei se foi por isso, mas a manhã passou voando. Fizemos um breve ensaio com o professor de artes, mas só a parte da akumatização da Lila. Deu tudo certo, mesmo com as provocações da italiana e o esforço dela de fazer tudo dar errado.

Quando o sinal finalmente tocou, nos encontramos com nossos amigos na porta do colégio.

— Que dia! - a Alix falou. - bom, agora só temos que terminar de pintar o cenário, certo?
— Ah, isso é a parte que eu mais gosto de fazer. - o Ivan falou. - tudo com vocês é mais divertido.
— Você é um fofo. - a Mylène deu um beijo na bochecha dele e se dirigiu a mim. - e você Marinette, o que vai fazer agora?
— Vou na casa do Adrien ensaiar. - apontei pro loiro com a cabeça.
— Senão fosse pelo ensaio a gente ficava aqui com vocês pra ajudar na pintura. - o Adrien falou botando a mão no meu ombro.
— Não, tudo bem. - o Nino falou sorrindo. - vocês tem muito o que fazer.

De repente uma buzina tocou, olhei pra trás e vi o carro do pai do loiro.

— Precisamos ir, galera. - o Adrien falou. - até amanhã.
— Tchau, gente. - abracei meus amigos e desci as escadas.

No carro:

Quando entrei no carro vi que o Gorila estava acompanhado de um homem. Olhei pro Adrien e ele me explicou.

— Marinette, esse é o Charlie. - o homem olhou pra trás. - ele é o meu mais novo segurança.
— Prazer te conhecer, senhor. - falei.
— O prazer é meu, Marinette. - sua voz era muito amigável. - todo amigo do Adrien é meu amigo também. - sorri pra ele.
— Podemos ir? - o Gorila perguntou.
— Claro, meu caro amigo. - o homem respondeu virando pra frente.

Aproveitei que estava no carro e mandei mensagem para a minha mãe explicando a mudança de planos repentina.

No quarto do Adrien:

— Ok, temos duas horas antes da Natalie nos chamar pra almoçar. - o loiro disse fechando a porta. - quer começar de uma vez?
— Por mim pode ser. - falei olhando ao redor.
— Hã... Que parte você quer ensaiar primeiro? - o loiro perguntou.
— Do início?
— Está bem.

O Adrien pegou nossas mochilas e as colocou na cama, depois ele foi até o armário e pegou duas máscaras pra gente.

— Essas máscaras aqui são de uma fantasia que eu achei. - ele me entregou uma delas. - podemos usar para fingir a transformação.

Peguei a máscara meio receosa e a fitei, ela era branca com umas fitinhas coloridas - menos mal - não são nada parecidas com a da Ladybug.

— Hã... Ok. - falei.
— Vamos começar.

Nos sentamos na cama do loiro fingindo que estávamos no colégio, falamos nossas falas e fingimos ver uma akumatizada na nossa frente. Nessa hora, eu peguei a máscara que estava ao meu lado e coloquei no rosto. Depois dei um pulo da cama e parei de frente pro Adrien - sua máscara era verde com umas penas vermelhas - o que me fez querer rir, mas me contive. Pulamos de um lado para o outro fingindo lutar com alguém e logo depois veio a parte da neutralização do akuma.

— Bom, agora é aquela parte. - o Adrien falou com a mão na nuca. - eu vou entender se você não quiser ensaia-la.
Deixa de besteira. - precisei de todas as minhas forças pra falar essa frase.
— Ok.

O loiro se aproximou lentamente, ele colocou uma de suas mãos na minha bochecha e a outra na minha cintura, me puxando pra si.

— Ladybug, você está bem? - nossos olhares se encontram. - eu estava com tanto medo de te perder.
— Estou sim, Chat. - falei botando uma das minhas mãos na sua nuca. - você não vai me perder, está tudo bem, o pior já passou.

Nos encaramos por longos segundos até que o loiro me beijou. Esse beijo foi muito mais intenso que outro, parecia urgente - pelo menos da minha parte - senti como se o tempo parasse e só existisse nós dois no mundo.

Quando paramos, olhei pro Adrien e senti uma estranha vontade de revelar de uma vez por todas meus sentimentos. Nós ainda estávamos abraçados e por essa razão, parecia a hora certa.

Tomei uma dose extra de coragem e disse:

— Adrien, eu tenho uma coisa pra te contar. - senti suas mão me segurarem mais fortes. - mas não sei como você vai reagir a isso.
— O que? - sua expressão me passava mil pensamentos diferentes.
— A-adrien eu-eu...

De repente a Natalie bate na porta.

— Meninos, o almoço está pronto.
— Já estamos indo. - o loiro disse me soltando.
— Está bem. - ela disse. - só não demorem, seu pai está chegando e quer comer com vocês.

Depois de ter certeza que a secretária havia saído, o loiro me perguntou:

— Hã... Então?
— Não era nada demais. - falei rindo de nervoso. - eu ia falar que não posso ficar pra almoçar.
— Por que não?
— Me lembrei do meu figurino, ainda não consegui acaba-lo... - corri pra pegar as minhas coisas na cama e coloquei a máscara na mesa. - por isso não vou poder ficar, mas o ensaio foi ótimo. Até amanhã.

Dei um beijo na bochecha dele e sai do quarto correndo.

Na rua:

Fui andando pra casa e no caminho comecei a pensar sobre a minha vida, eu tinha tantos problemas, uns bem maiores que outros, mas não conseguia entender o por que do Adrien ser o maior peso da minha vida. Pode acontecer o que for na minha vida como Ladybug, lutas incansáveis, um vilão querendo saber a minha identidade, mas não me deixe lembrar que o dono do meu coração ama outra. Beija-lo foi como a realização de um sonho, mas preciso acordar. Eu sempre tive a completa noção que o Adrien não era meu e me dói tentar ter esperança. Eu tenho que parar com isso, preciso cortar meus sentimentos pela raiz.

Enquanto eu andava avoada pelas ruas de Paris, acabei esbarrando em um menino.

— Ai. - ele gemeu.

Olhei pra pessoa na intenção de pedir desculpa e vi que o menino que eu tinha acabado de esbarrar, era o Luka.

— Ai Luka, me desculpe, não te vi. - falei com a mão no peito. - eu estou com a cabeça cheia esses dias.
— Tudo bem, Marinette. - ele sorriu. - você se machucou?
— Não, não, estou bem.
— Que bom. - o azulado me abraçou. - eu estava com saudades de você.

Fiquei tão feliz de ter encontrado com ele que acabei tendo uma ideia.

— Luka, você está livre amanhã?

O azulado fez uma cara pensativa.

— A Juleika me convidou pra peça que vai ter na sua escola. - ele me olhou. - você é a protagonista, aliás.
— Sim. - sorri. - quer ir comigo?
— Claro, que horas passo na sua casa?
— Hã... Tenho que estar lá uma hora antes da peça começar.
— Esta bem. - ele pegou uma das minhas mãos e a beijou. - agora tenho que ir, depois a gente se fala.
— Ok, Tchau Luka.

Fiquei observando o azulado ir embora.

"cortar meus sentimentos pela raiz" - pensei atravessando a rua.

No quarto da Marinette:

Cheguei em casa, peguei alguma coisa pra comer e fui correndo pro meu quarto. Como eu queria manter a minha mente ocupada, resolvi que iria terminar de fazer a roupa naquela tarde. Enquanto eu terminava os poucos detalhes da máscara, passei a pensar no que eu havia conversado com a Tikki - eu tinha que tomar uma decisão sobre a evolução da caixa - não posso adiar isso.

Peguei o meu celular e digitei uma mensagem ao Chatnoir, falei eu que não poderia comparecer a ronda hoje por motivos de saúde. Sabia que isso ia preocupa-lo, mas era o único jeito dele não ficar fazendo perguntas.

Quando comecei a costurar o macacão que eu iria vestir, a Tikki apareceu do meu lado.

— Como você está indo? - ela perguntou.
— Bem, pretendo fazer tudo hoje. - mostrei a roupa pra kwamii. - amanhã quero apenas me preparar pra peça.
— E como está você com isso? Os beijos, o Adrien...
— Nada bem. - respirei fundo. - mas não posso continuar assim, ele é da Kagami e querendo ou não, o beijo só aconteceu por causa da peça mesmo.
— As coisa vão se acertar, você vai ver. - ela sentou encima da máquina de costura. - o destino tem tanta coisa reservada pra você, Marinette.
— Bom, no amor parece que não. - dei uma risada leve.
— Temos que esperar pra ver.

Olhei pra ela meio desconfiada, mas dei de ombros. Eu tinha que terminar a roupa.

Horas depois:

Quando finalmente terminei tudo, já era bem tarde. Como eu tinha avisado pros meus pais sobre as roupas, eles falaram que não iriam me incomodar essa noite - o que era um ponto positivo pra pesquisa que eu queria fazer -, mas por precaução botei o baú encima da porta.

— O que você vai fazer? - a kwamii perguntou.
— Tomar uma decisão. - respirei fundo. - preciso ler novamente o diário e quero ver se acho mais alguma coisa sobre a evolução.
— Vai dar tudo certo. - ela me abraçou. - sei que você vai saber fazer a escolha certa, confio muito em você e o sr. Fu também confiava.
— Obrigada, Tikki. - tentei sorrir. - bom, agora é comigo.

A kwamii sorriu de volta e foi até a cama pegar o diário, ela o colocou encima da mesa e disse:

— Qualquer coisa avisa, está bem? Irei descansar no armário.
— Ok.

Quando a kwamii me deixou sozinha, senti uma ansiedade me dominar, eu teria uma grande escolha a fazer e não me sentia nada preparada pra enfrentar as consequências. Me sentei na cadeira e abri o diário, achei a página que falava sobre a evolução e a li novamente. Fiquei um bom tempo estudando cada parágrafo do texto, eu precisava saber tudo de cabeça.

Depois fui procurar outros capítulos que falassem mais sobre a evolução.

"O que achei sobre a evolução - título"

"A evolução é uma das coisas mais temidas por todos os guardiões, só o fato de uma pessoa errada achar um miraculous evoluído, é motivo de caos. Tive que ler sobre isso umas 20 vezes nos livros proibidos que consegui salvar do incêndio.

Mas cada vez que eu lia sobre, mais a minha curiosidade sobre o assunto aumentava. Como um bom guardião, fiz questão se procurar tudo sobre essa possível evolução e por um milagre, consegui descobrir como se fazer.

Por incrível que pareça é bem simples, a única coisa que a pessoa vai precisar é: segurar a caixa dos miraculous e dizer 'eu, (o nome da pessoa) aceito o poder supremo que esta caixa pode me oferecer. Miraculous, ativar'..."

Peguei um lápis que estava perto e marquei o que se deve dizer pra ativar a evolução.

"...Sei que eu sou um dos poucos guardiões que realmente se interessa pela evolução e por saber demais sobre o assunto, aqui vai uma dica caso alguém esteja lendo isso aqui.

Pense bastante antes de aceitar esse fardo pra sua vida, os poderes que isso dará a você são inimagináveis, mas as dores e consequências são pro resto da vida. Os poderes que a kwamii da vida receberá são tão fortes que talvez seja demais usa-lo, dores em todo o corpo poderão aparecer e isso será muito prejudicial a você.

Aparentemente a única pessoa que sofrerá as sérias consequências, é a pessoa que evoluiu a caixa - o que é bom de certa forma -, a Ladybug precisará de ajuda e não é somente do Chatnoir estou falando."

"Obs: Marinette, mil desculpas por não ter contado a você sobre a evolução antes, mas tente entender, o destino queria assim. Mas isso não quer dizer que eu não possa te ajudar, como você acabou de ler ali encima, a Ladybug vai precisar de ajuda.

Você precisa contar tudo ao Chatnoir - não digo sobre as identidades -, mas sobre os feitiços e sobre a profecia do 'grande destino'. Chegou a hora de vocês dois saberem a verdade.

No final do diário colei um pendrive e nele tem um vídeo que eu fiz explicando tudo a vocês.

Uma última coisa antes de deixar você seguir com sua decisão. Ainda não é a hora de revelar suas identidades, lembre-se de quem você está enfrentando e os poderes que ele terá quando você evoluir a caixa. Tenha cuidado. - mestre Fu."

Fechei o livro com toda a força que eu tinha, isso era muito pra mim, se já não bastasse o peso de ser a guardiã e a Ladybug, agora terei que tomar o triplo de cuidado com tudo.

Eu sentia uma imensa vontade de chorar. Eu não sabia o que fazer e se eu não fosse boa o suficiente? Pior, e se o Hawk Moth descobrisse tudo?

"Eu não posso ser assim, as pessoas precisam de mim, Paris precisa de mim, o Chatnoir precisa de mim..." - pensei.

Eu não podia amarelar agora.

— Fiz a minha escolha. - murmurei olhando o diário.

Chamei a Tikki e me transformei em Ladybug; peguei a caixa dentro do ioiô e voltei a ser uma civil novamente.

— Tikki, eu de...
— Eu sei, Marinette. - ela me interrompeu. - você tomou a sua decisão.
— Não posso mais ser fraca. - falei segurando a caixa com força. - chegou a hora.

A Kwamii se afastou e foi pro canto do quarto.

Respirei fundo e falei em voz alta:

Eu, Marinette Dupain-Cheng, aceito o poder supremo que está caixa pode me oferecer. - levantei a caixa. - Miraculous, ativar.

Um raio vermelho atingiu a caixa dos miraculous e uma luz forte apareceu em volta de mim.



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