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História O muro que nos separa - Cap 02 - O beijo (M)


Escrita por: btzssousa

Capítulo 4 - Cap 02 - O beijo (M)


Fanfic / Fanfiction O muro que nos separa - Cap 02 - O beijo (M)

Do you miss me like I miss you?

Fucked around and got attached to you

Friends can break your heart too

And I'm always tired but never of you

• Olivia O'Brien - Hate u love u


No cinema:

Passei o restante do filme com medo de fazer contato visual com o loiro. Tinha medo de iludir mais. Sempre achei que ficaríamos juntos, mas agora vendo ele e a Kagami juntos, percebo que estava enganada - eles pareciam estar tão felizes.

Eu tentava bancar a forte, dizia pra mim mesma que eramos apenas amigos e eu não tinha que sentir ciúmes, mas como se diz isso pro coração?

O filme acabou e eu sai correndo pro toalete.

No banheiro:

Abri a porta e dei de cara com uma fila enorme - suspirei - pelo menos posso ficar um pouco sozinha. Depois de alguns segundos alguém abre a porta e anda até mim - que era a última da fila.

— Eai, Marinette. – virei pra trás e vi a Kagami sorrindo.
— Oi – tento sorrir.
— Gostou do filme? – ela pergunta se olhando no espelho.
— Gostei e você?
— Ah, ele era legalzinho. Não gosto muito de romance, acho bobo. – ela vira pra mim – Em falar em romance, queria conversar com você.
— O que? – pergunto preocupada.
— Então, como você sabe, eu e o Adrien estamos cada vez mais próximos. – ela fita meu rosto. – E eu não queria te deixar triste, mas eu o amo, Marinette. Você entende isso, né?
— Você o ama?! – falo surpresa.
— Sim, e sei que você também tem sentimentos por ele, não sei se é forte como os meus... – meu coração estava apertado. – Eu não queria te magoar, mas eu precisava te contar isso.
— ... – eu não sabia o que dizer.
— Marinette, você é a minha única amiga, mas eu não vou deixar o Adrien escapar. Somos perfeitos um pro outro, você sabe disso. – aquela última frase acabou comigo, mas eu sabia que era verdade.
— Tudo bem, Kagami. – boto a mão em seu ombro. – Vocês são meus amigos e se vocês estão felizes pra mim já ta bom.
— Sério? Você não ta brava?
— Não - tento sorrir.
— Ai que bom! – ela me da um abraço desajeitado.

A fila andou e foi a minha vez de entrar na cabine. Quando eu sai, já não tinha quase ninguém dentro do banheiro, então lavei as mãos e fui ao encontro dos meus amigos.

Do lado de fora do cinema:

Encontrei eles me esperando na rua, o final da tarde era lindo. Notei que o céu estava meio alaranjado, um típico por do sol em Páris.

Cheguei perto deles de vagar, não queria atrapalhar a conversa, mas o loiro acabou me vendo - ele sorri pra mim - o que fez os outros dois olharem pra trás.

— Estávamos te esperando. – diz o azulado.
— Bom, já que não falta mais ninguém, que tal nós quatro andarmos no parque? – a japonesa pergunta.
— Gostei. - o loiro disse.
— Pra mim não vai dar. – o azulado fala. – Recebi uma ligação da minha mãe e ela quer que eu a ajude com uns instrumentos. – ele fala gentilmente.
— E você? – o loiro pergunta pra mim.

Eu não sabia o que dizer, não queria ficar sozinha com eles dois, mas não queria deixar isso muito na cara.

— Não sei... – falo pensando numa desculpa.
— Ah, vamos. – o loiro sorri pra mim. Droga, eu não sei dizer não pra ele.
— E-esta b-bem... – falo tímida.
— Eu acompanho vocês até o parque e depois vou encontrar a minha mãe. – o azulado passa a mão pelo meu ombro.

No parque:

Chegamos em frente ao parque e o Luka se despediu da gente, esperamos até que o azulado entrasse numa rua e entramos no parque.

Nos sentamos num banco perto da entrada - a vista dali era linda. Ficamos conversando sobre o filme e em como a tarde estava legal. Quanto mais a conversa se esticava mais eu me sentia de lado. Percebi várias trocas de olhares entre eles e eu não queria mais ficar ali, então decido ir numa sorveteria que tinha em frente ao parque. Perguntei pro casal se queriam ir, mas eles negaram.

Na sorveteria:

Peguei meu sorvete e fiquei enrolando sentada num banco que tinha ali. Nesse meio tempo fiquei pensando um pouco na vida.

Aquela sensação de ser a culpada pela perda de memória do sr. Fu vinha direto na minha cabeça e quanto mais eu pensava, mais triste ficava. Sei que havia se passado dois meses, mas foi tudo tão repentino... Eu não podia ficar pensando nisso, me recusava a ficar mal de novo.

Olhei em direção a minha bolsa e vi o rostinho da Tikki, peguei a colher e dei um pouco de sorvete pra ela. Fiquei observando a Kwamii terminar de comer. Peguei meu celular e vi a hora - já estava ficando tarde - me levantei e fui ao encontro dos meus amigos.

No parque:

Andei pelo parque todo e não os achei - fiquei preocupada - Será que tinha acontecido alguma coisa? Andei mais um pouco e de repente uma coisa me chamou atenção, tinha duas pessoas conversando escorados numa árvore. Consegui ouvir os risos de onde eu estava, não sabia se eram meus amigos, mas resolvi ir ver.

Quando eu cheguei perto vi a uma coisa que me chocou muito - o loiro e a japonesa se beijando - senti como se meu coração tivesse sido partido em mil pedaços. Na tentativa de sair dali, acabei tropeçando numa pedra, o barulho da minha queda foi tão alto que o casal parou de se beijar na hora e veio me prestar socorro.

Eles perguntavam se eu estava bem, mas a única coisa que eu conseguia pensar era neles se beijando. Eu estava em choque, mas depois de um tempo me levantei e sai correndo - havia um misto de sentimentos no meu coração.

Na padaria:

Cheguei na padaria querendo chorar, estava tão difícil não demonstrar o que eu sentia. Eu sabia que precisava conversar com alguém, mas ao mesmo tempo queria deixar esse sentimento guardado a sete chaves dentro do meu coração.

Meus pais vieram ao meu encontro, me abraçaram e perguntaram o que tinha acontecido, eu me sentia um peso, estava preocupando as pessoas que mais importavam pra mim.

Tentei os convencer de que estava tudo bem, percebi que não fui muito convincente, mas eles não falaram nada.

No quarto da Marinette:

Sento na minha cama e fico olhando as fotos do loiro no mural, ele era tão perfeito - passo o dedo por uma das fotos - queria muito que o sentimento fosse recíproco, mas não se pode ter tudo.

Penso nas palavras da Kagami, ela o amava. Nunca tinha parado pra pensar em amor, sempre soube que sentia alguma coisa forte pelo loiro, pensava em paixão, mas nunca em amor. O loiro merecia alguém que o amasse de verdade, como a Kagami e não alguém que não sabe dizer o que sente.

— Filha – minha mãe bate na porta. – Posso entrar?
— Oi mãe, pode. – ela entra no quarto e se senta ao meu lado.
— O que aconteceu, meu amor? – ela tira a franja do meu olho com o dedo. – Eu e seu pai ficamos preocupados.
— ... – olhei pra baixo.
— Você esta com problemas do coração, né?
— Como você sabe? – olho pra ela admirada.
— Já tive sua idade, Marinette. – ela me abraça. – Quer me contar quem é?
— Eu não sei. – sussurro.
— Minha filha, seja quem for esse rapaz, ele não merece seu sofrimento. – ela levanta meu queixo delicadamente, me fazendo olhar pra ela. – Não fique assim.

Ficamos abraçadas por um tempo, mas ela precisava atender os clientes. Antes que ela fosse embora, eu segurei sua mão.

— Obrigada, mãe. – ela tinha um olhar doce.
— Eu amo você, minha filha. – ela deu um beijo na minha testa e foi pra padaria.

Fiquei um tempo deitada na cama, estava quase pegando no sono, mas o meu despertador tocou. Era hora da patrulha.

— Tikki, transformar.

Na patrulha:

Estava sentada num telhado de frente pra Torre Eiffel, eu amava aquela vista, me trazia uma paz. De repente vejo um vulto preto perto de mim, era o meu parceiro, Chatnoir. Ele senta do meu lado e ficamos em silêncio observando a vista.

— Você está bem? – meu parceiro pergunta.
— Sim – falo ainda observando a vista.
— Você ta distante... – ele olha pra baixo. – O que ta acontecendo Bugboo? – olho em seus olhos.
— É complicado, tem haver com a minha vida pessoal...
— Ah, quer me contar? – ele pega na minha mão.
— Não posso te falar sobre a minha vida pessoal, Chat. – tiro a minha mão da dele.
— É, eu sei. – ele suspira. Passamos o resto da patrulha toda em silêncio.

No quarto da Marinette:

Deitei e fui direto dormir.
No dia seguinte, acordei adiantada, me arrumei bem rápido - queria chegar cedo.

Na escola:

Entrei e vi as meninas sentadas num banco, fui até elas.

— Oi meninas. – falei.
— Oi Marinette. – elas responderam.
— Você chegando cedo? – a Alix pergunta. – Se preparem que vai chover. – elas riram.
— Conta como foi o cinema. – a morena falou.
— Ah, foi legal. – falo me escorando na parede.
— Só isso? – A Juleika perguntou. – o Luka falou tanto sobre ontem...
— Hã... – tento pensar numa resposta melhor. De repente o Adrien e o Nino aparecem na nossa frente.

— Oi meninas. – eles falam.
— Oi. – respondemos.

— Marinette, posso falar com você? – o loiro pergunta.
— Hã... – olhei para as meninas, que fizeram sinal de positivo com a cabeça. – C-claro.

Fomos nos sentar num banco afastados dos nossos amigos. O loiro me olhava meio tenso.

— Como você ta? – ele botou a mão na nuca.
— E-estou b-bem... E-e você?
— Estou bem. – ele olhou pra baixo. – O que aconteceu ontem? – sua voz era tímida.
— Nada...
— Você saiu correndo, nem nos despedimos.
— É-é que m-meu braço e-estava doendo por causa do t-tombo...
— Ah, e ele ta melhor?
— S-sim... – O sinal bateu.

Eu me levantei e o loiro segura minha mão.

— Eu queria te agradecer. – ele olha nos meus olhos. – sem você eu não teria conseguido sair com a Kagami.
— D-de n-nada. – dou um sorriso sem graça.
— Você é uma amiga maravilhosa, Marinette. – ele solta minha mão.

Na sala:

A morena senta do meu lado, ela tinha uma expressão diferente que eu não consegui decifrar.

— Tenho que te perguntar uma coisa. – ela me olha séria.



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