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História O namorado da minha irmã - Reconciliações


Escrita por: SempreGabriela

Notas do Autor


Brasil é tão foda que saiu da copa mas a copa não saiu dele shuashua' Tô chateada porque amooo o Brasil nas copas e sou meio patriota, então, resolvi postar um capitulo pra alegrar minha noite e a de vocês que também estão chateadas com a saída do Brasil!!!
Obrigada por todos os comentários maravilhosos de vocês e bem-vindas leitoras novas! Fiquem a vontade aqui e comentem, deem sugestões e tudo o mais porque eu amoo ler o que vocês pensam sobre a fic. Obrigada por terem me apoiado até aqui. Amoo todas vocês!
Boa leitura
Beijos
~Gabih

Capítulo 27 - Reconciliações


A viagem toda de volta pra casa Eleanor e eu não trocamos nenhuma palavra. Ela percebeu que eu não estava bem e também não tentou puxar assunto e isso foi bom, porque acho que assim que ela abrisse a boca para me falar algo eu socaria meu muffin todo na goela dela.

Quando estávamos subindo no elevador, ela disse:

- Vou declarar meu noivado oficialmente no domingo. 

- Papai virá? - perguntei. Ela assentiu, mas não senti firmeza. 

Entramos em casa e nossa mãe nos obrigou a sentarmos na mesa como uma "Família Feliz". Ela e Eleanor falavam o tempo todo sobre os preparativos do casamento e meu pensamento ficou mantido o tempo todo em Mark. Quem era o Mark que Els falava hoje mais cedo? E por que ela havia mentido sobre ele?

- Você vai aceitar, não é? - Eleanor me deu um cutucão fazendo eu parar de mexer inutilmente na comida e olhar para ela.

Eu sorri sem graça por não estar prestando atenção.

- O quê? 

- Eu queria muito que você fosse minha Dama de Honra. - Els juntou as mãos como se implorasse.

- Okay. - eu disse com desprezo deixando claro para ela que eu não me importava e voltei a empurrar a comida pela garganta. 

- E quem você vai ter como madrinha ou padrinho? - minha mãe questionou.

- Eu fiz o convite a Cara.

- Cara Delevingne? - minha mãe estreitou as sobrancelhas.

- Sim, nós somos muito próximas. - Els contou com empolgação. 

Terminei minha refeição e subi para o quarto. Fiquei trocando mensagens com meu pai dizendo que eu realmente queria voltar para a Califórnia, mas ele tentou me convencer que eu deveria ficar em Londres pelo menos até minhas aulas pausarem. Por alguma razão eu comecei a chorar descontroladamente durante as mensagens e agradeci por não estar falando pelo telefone. Eu não queria que ele me visse chorar.

Harry me telefonou algumas vezes, mas eu não atendi nenhuma vez. Eu queria falar com ele, mas falar o quê? Eu ainda estava confusa com tudo o que estava acontecendo e as imagens do banheiro não saíam da minha cabeça.

"Você deve estar zangada comigo e eu só tenho a te pedir desculpa. Queria que a gente voltasse a ser como antes  -Harry" li baixo a mensagem. Tive vontade de respondê-lo, mas me contive. Acontece que eu também queria aquilo tanto quanto ele. Queria que voltássemos a rir um do outro, a fazer piadinhas azedas e das briguinhas e dramas que eram nossa marca registrada.

Como a gente se afastou tanto assim? Eu odiava o fato da chama dele já não queimar com tanta intensidade. Eu odiava o fato de não tê-lo ali por perto, odiava o fato de realmente gostar dele. Abracei Marcel e expirei todo o perfume que ainda sobrara de Harry. Eu precisava dele não importava o quão chateada eu estivesse.

Acabei pegando no sono. 

Era por volta das três da manhã quando a governanta da casa do meu pai na Califórnia nos telefonou desesperada. Não pude entender muito bem, mas eu soube que meu pai fora encontrado desacordado no banheiro. Eles o levaram para o hospital e ele estava bem, embora tivesse que passar alguns dias em observação.

Eu quis imediatamente pegar o voo para cuidar dele, mas minha mãe me impediu. eu fiquei muito irritada com isso e acabamos discutindo. Passei a madrugada acordada e meu pai teve outra recaída.

Eu não fui pra escola no outro dia.

Nem no outro....

Nem no outro....

Nem no outro....

Nem no outro...

O jantar de Els de noivado foi adiado e minha vida passou a se resumiu em ficar no quarto e rejeitar qualquer tipo de alimento ou uma conversa que durasse mais que dez minutos. Cléo foi me visitar, mas pedi para a empregada dizer que eu não estava em casa. Eu nem sequer pegava meu celular na mão embora soubesse que meus amigos me ligavam todos os dias.

Eu sumi....

Minha mãe batia na porta do quarto, eu não respondia, ela entrava e nada mais fazia do que verificar se eu ainda estava viva. Então ela encostava a porta de novo e me deixava sozinha. Era assim que eu merecia ficar... Era assim que eu queria ficar...

Acho que meu comportamento começou a preocupá-la, meu pai me ligou dizendo que estava bem mas que ainda não podia deixar o hospital. Isso fez com que eu me sentisse melhor, mas ainda sim havia uma tristeza selvagem que me consumia. Acho que eu me enfiei tão dentro de mim que nem eu mesma sabia como achar uma saída. Eu apenas queria passar o resto dos meus dias na cama sem ver minha mãe, minha irmã, sem ver Louis, Cléo, Zayn, Niall, Liam e até mesmo meu pai.

Eu só queria que ele estivesse ali...

- Só estou passando para dizer que eu, sua irmã e Louis, iremos sair pra jantar. Você quer vir conosco? - minha mãe abriu a porta do quarto.

Eu neguei com a cabeça e ela assentiu fechando a porta me deixando com Marcel e a escuridão.

Assim que eles saíram, me senti um pouquinho mais leve. Tomei um banho e voltei para o quarto. Olhei-me no espelho. Meus olhos estavam fundos, lábios ressecados, eu havia emagrecido um pouco e minhas olheiras estavam terrivelmente mais aparentes.Soltei o longo cabelo embaraçado e o coloquei atrás da orelha. Dei um pequeno sorriso para aquela imagem. 

Eu tinha a sensação de que aquela ali no espelho não era eu. Eu me sentia como se estivesse presa e ninguém poderia me soltar. Criei barreiras em meu coração que na minha opinião não podiam mais ser atravessadas. E isso me preocupava. Eu pensava no fato de talvez, nunca mais poder amar e muito menos ser digna de ser amada.

Uma lágrima rolou por meus olhos. Cogitei a ligar para o doutor Pacheco. Ele havia sido meu psiquiatra da vez que eu precisei ser internada na Rehab para tratar da minha parte psicológica quando meu pai foi embora. Talvez ele pudesse me ajudar. Mas eu não o fiz. 

Já era hora de conseguir salvar eu mesma. Eu não precisava de ajuda para me levantar. Eu era forte!

Coloquei um casaco por cima da roupa fina que eu dormia. Não fazia frio, mas mesmo assim achei melhor me prevenir. Abri porta do hall de entrada, não deixei bilhete avisando que eu estaria fora, afinal, isso iria deixar todos em casa preocupados pensando que eu iria cometer suicídio ou qualquer coisa assim.

Saí do prédio e não peguei nenhum táxi, fui andando até chegar na Oxford Street, uma das ruas mais movimentadas de Londres. Caminhei até o fim dela sem me importar com o fato de estar usando uma roupa apropriada para dormir, ou pelo fato de meus cabelos estarem sem pentear. Eu apenas queria aproveitar a noite amena que Londres estava me proporcionando. Queria ver pessoas depois de tanto tempo encubada em um quarto. Queria poder cantar e girar pela cidade. Até que acabei chegando a uma parte da Oxford onde ninguém praticamente vai.

O lugar secreto...

Mirei o prédio abandonado na minha frente. Alguém havia colocado uma faixa amarela para impedir a entrada de pessoas. Pulei a faixa e afastei a porta de ferro. Iluminei o caminho das escadas com meu celular até chegar ao terraço.

Olhei admirada a vista da cidade. Londres acesa é algo que eu jamais cansaria de olhar. Sentei perto da grade e fiquei olhando as luzes ao longe deixando o frescor daquela noite abafada fazer carinho nos meus cabelos.

Foi quando algo se materializou ao meu lado.

- Oi. - ele disse. Eu apenas olhei para o dono daquela voz rouca e macia. Ele fitava as luzes da cidade, que refletidas em seus olhos formavam um arco-íris noturno. Eu nada disse, apenas voltei a olhar para as luzes da cidade também e embora não demonstrasse, eu estava ligeiramente feliz por ele estar ali.

- Você sumiu. - ele continuou.

Fiz silêncio antes de responder:

- Eu precisava de um tempo.

Ficamos em silêncio de novo. Harry riu fraco.

- Seu silêncio é ensurdecedor.

- O silêncio é grito mais alto de uma garota. - Disse mais para mim mesma do que para ele. Mas pude perceber que ele riu de novo.

- Eu não gosto quando esse silêncio fica entre a gente.

Mordi os lábios e brinquei com meu próprios dedos. Eu olhei para Hazza, seu olhar estava baixo e ele enrolava o cadarço do All Star branco, estava de moletom cinza do time de futebol da escola, seus cabelos cacheados estavam por todo seu rosto bagunçados. Eu sorri para aquele garoto ao meu lado. Pude perceber que ele tinha um cobertor xadrez no colo. Será que ele pretendia passar a noite fora de casa ali naquele prédio?

Eu quis dizer que também odiava aquele silencio perturbador entre nós, mas eu nada disse, apenas suspirei fundo.

- Eu queria te pedir desculpas por ter falado aquilo para o Josh. - Senti seu olhar em mim, mas eu não o olhei, apenas continuei brincando com meus dedos.

Outro silêncio se fez....

- Acontece que eu não gosto disso. - Harry disse fazendo-me ficar confusa. - Eu não gosto de te ver com ele, eu não gosto do fato de ver você se afastando de mim. Eu só queria te abraçar e fazer tudo voltar a ser como era antes de você voltar da Califórnia, antes de você ter começado a falar com Josh...

Eu fechei os olhos canalizando toda a raiva que Harry tinha na voz ao falar de Josh. Uma coisa que ele ainda não sabia era que essa mudança minha tinha o nome Louis ou invés de Josh. 

- A culpa não é dele. - Eu disse. - Muito menos das estrelas. A culpa é nossa. A culpa é minha....

- Eu não posso admitir que a culpa é sua, Emy. - ele falou. - Eu odeio o responsável disso ter acontecido conosco e se você se declarar a culpada eu não vou poder te odiar. Eu posso odiar a distância e esse muro que cresceu entre nós dois, eu posso odiar as estrelas, posso odiar as luzes e posso odiar a vida.... Mas eu jamais seria capaz de te odiar.

Abracei a mim mesma. Uma sensação de calor de repente me invadiu.

- Acontece que eu gosto de você, Emily. - Harry se virou sentando de frente para mim. - E nem você mesma vai conseguir mudar isso. Nem mesmo você vai conseguir me afastar de novo. Eu estarei aqui mesmo que você diga não, porque eu sei que o seu 'não' nunca significa realmente 'não'. - Mordi meus dentes tentando filtrar tudo o que ele estava me falando e imaginando aonde ele queria chegar com tudo aquilo. Meu coração parecia bater novamente.

Ele pegou minhas mãos, eu me contraí um pouco. 

- E mesmo que você negue, eu sei as reações que te causo. Sei que o fato de você se afastar nada mais é do que medo, mas eu tô aqui. Não precisa ter medo do agora, não tenha medo da vida...

"Não tenha medo da vida....". Essas palavras voltavam em ondas na minha mente. Harry havia acabado de descobrir meu verdadeiro problema.

Medo de viver....

Eu apenas sorri quando deixei uma lágrima escapar dos olhos e escorrer até minha boca. Harry a enxugou de minha bochecha. Seus olhos verdes nunca pareceram mais brilhantes e seu sorriso nunca pareceu mais sincero.

- Você sabe que não precisa ter medo de mim, você não precisa agir como se fossemos estranhos. No fundo você também odeia essa barreira que está entre nós dois, no fundo você também me quer com a mesma intensidade que eu te quero.

Ele colocou a mão em meu peito, meu coração batia forte. 

- Por mais que meu orgulho seja grande, meu coração está te provando que tudo o que você falou é verdade. - Eu sussurrei. - Eu não tenho medo de você, Styles. Pelo contrário, eu te quero. Eu te quero muito...

Ficamos ajoelhados por um tempo, suas mãos espalmadas uma no meu peito e outra em meu rosto como um carinho. Toquei sua mão que estava em minha face e depositei nela um selinho. Harry me olhava atento. Eu sorri, eu estava quebrando minhas próprias barreiras. 

Minhas mãos se prenderam em seus cabelos, ele me puxou para seu colo num beijo intenso. Meu estômago parecia formigar, minha respiração nunca esteve tão acelerada. Nós rimos alto enquanto nos beijávamos. Suas mãos grandes apertavam minha cintura fina e sua língua explorava minha boca com carinho. 

Ele me deitou com cuidado em cima do edredom xadrez. Seus lábios percorreram minha clavícula, minhas mãos acariciavam seus cachos. Meu casaco foi aberto e seus lábios beijaram meu decote, abracei-o perto de mim. Eu precisava dele. Eu sentia meu coração querer pulsar o sangue novamente. Era como se gizes de gera coloridos estivessem colorindo o desenho em branco que eu fizera da minha vida depois de ter permitido Louis entrar e apagar tudo. Mas na verdade eu não podia culpar Louis. Acho que é isso que acontece quando teimamos em querer algo que não é nosso. 

Tiramos meu casaco. Tirei o moletom dele que sorriu e voltou a me beijar tirando meu cabelo do rosto. Isso me fez rir. Ele já aproveitou e tirou a camisa preta que estava embaixo do moletom. Harry estava sentado em cima de meu quadril e eu deitada no cobertor xadrez, cada perna sua de um lado meu mas de uma forma que seu peso não se soltasse em cima de mim. Ele pegou seu moletom e o enrolou colocando de travesseiro embaixo de minha cabeça. Eu agradeci. Deixei que suas mãos subisse pela lateral do meu corpo e tirassem minha blusa. Me senti ligeiramente envergonhada porque estava sem sutiã, calafrios percorreram meu corpo fazendo que eu me arrepiasse toda, senti os bicos de meus seios rígidos e tive vontade de colocar as mãos em cima deles para escondê-los.

Harry jogou minha blusa para longe, tão longe que ela atravessou a grade e caiu pela borda do prédio. Nós dois ficamos olhando perplexos àquela cena, depois nos entreolhamos e desatamos a rir.

- Era uma da minhas blusas favoritas. - Eu disse manhosa. Ele acariciou minha bochecha.

- Você é tão linda...

Senti meu rosto queimar de vergonha. Seus dedos acariciaram meus seios fazendo com que eu me enrijecesse ainda mais. 

Olhei para o céu acima de seu ombro. Ele seguiu meu olhar. Uma estrela cadente passou por nossas cabeças.

- Faça um pedido. - Ele sussurrou.

- Que você nunca me deixe. - Sussurrei.

Ele me beijou.

- Pedido atendido. 

Nós sorrimos e voltamos de onde paramos.

A noite amena se esquentou logo. Nossos toques, nossos olhares, nossos risos... Cada palavra que ele dizia... Isso tudo só me deixava mais viva. 

Essa era eu.... Eu era essa!!! Pela primeira vez eu sabia o que eu queria. Eu sabia quem tinha a parte maior do meu coração.

************

Acordei sentindo seu peso em cima de mim me protegendo do friozinho da manhã. O sol ainda não havia nascido, mas já havia claridade no céu. Harry já estava acordado e acariciava meu braço enquanto minha cabeça repousava em seu peito.

Eu tremi.

- Está com frio, amor? - Ele perguntou com naturalidade.

Amor... essa palavra ecoou na minha mente.  

Eu assenti e ele puxou a coberta para me cobrir. Ainda estávamos no terraço, nus e abraçados. A noite anterior passou pela minha cabeça como uma ótima lembrança, e isso me fez querer ficar abraçada com ele ali para sempre. 

Olhei para o céu que já não estava mais estrelado. Ontem à noite tínhamos feito amor olhando para as estrelas, a lua vendo tudo o que estávamos fazendo. Acho que ela deve ter ficado envergonhada. Mas talvez aquilo não deve ter sido a pior coisa que a lua já tivesse testemunhado.

Harry me abraçou para mais perto.

- Eu... - Ele brincou com minha mão. - Eu estou realmente apaixonado por você, Emy.

Isso fez meu estômago dar voltas. A coisa mais óbvia que eu faria numa situação dessas era me afastar dele, mas por alguma razão eu o abracei mais forte e lhe beijei os lábios. Ele brincou com uma mecha do meu cabelo. Eu voltei a me deitar em seu peito.

- Emy? - ele perguntou depois de um tempinho.

- Oi. - respondi voltando minha atenção a ele. 

Harry gaguejou por um tempo, me apoiei em meu braço para vê-lo melhor.

- Eu não quero te perder.

- Você não vai me perder. - eu disse sorrindo.

- Então me faz uma coisa? - ele perguntou colocando as mãos em minha nuca.

- Qualquer coisa. - Eu o beijei. Ele sorriu.

- Namora comigo?

Meu coração explodiu. Engoli em seco. Mas algo estranho surgiu no meu coração.

A dúvida...

Meu coração era inteiro de Harry, ou ainda havia parte dele com Louis?

 


Notas Finais


Meninas, espero que tenham gostado. Comentem o que acharam e espero que tenha valido pelo péssimo capitulo anterior. Beijos e até o próximo.


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