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História O namorado do meu crush - Uns shots de bebida


Escrita por: Annye25

Notas do Autor


Oi rs
O capítulo de hoje promete a
Narrado por: Renjun, Donghyuck, Chenle, Jaemin e Renjun, respectivamente.

Capítulo 28 - Uns shots de bebida


 

Barulho.

 

Minha vista embrulha a medida em que reflito acerca do enorme desafio que estamos prestes a efetivar.

 

Ok, isso na verdade pode ser bem simples para os outros, mas aprecio o modo como estes fazem parecer que destroem barreiras junto comigo.

 

Ir a uma festa ao mesmo tempo me parece tão excitante e juvenil. Quero viver novas experiências, provar de uma adrenalina não cotidiana, já que não suporto mais realizar as mesmas coisas.

 

Espero tirar minhas próprias conclusões sobre esse mundo adolescente irresponsável e, se for uma réplica torta de minha cabeça, criticá-lo sem medo de estar errado. Tudo bem, eu poderia começar de maneira mais sensata, como um encontro num parque de diversões, uma saída ao shopping, porém subitamente me vi cheio de vontade. Acho que a culpa foi da animação da escola.

 

Nunca frequentei uma junção fora as que minha família realiza, se é que aquelas pequenas reuniõezinhas de fofoca podem ser chamadas assim,  também não sou de levar em consideração o entusiasmo alheio, então essa deve ser minha primeira vez numa situação como essa.

 

Jaemin e Jungwoo ficaram temerosos demais, acho até fofo o jeito como eles cuidaram dos mínimos detalhes, no entanto não me fizeram voltar atrás.

 

Eu realmente quero confraternizar com os meus colegas.

 

Meu deus, o que estou pensando? Será que sou muito antiquado?

 

Preciso adaptar urgentemente meu vocabulário.

 

Nego algumas vezes, parecendo um louco no meio do corredor do segundo andar. Em menos de cinco segundos Woo-hyung aparece, segurando seu famoso fichário.

 

― Que movimentação toda é essa por aqui? ― Questiono a animação de todos, quase sendo catapultado para o lado oeste do ambiente assim que alguns colegas meus começam o empurra-empurra.

 

― Véspera de festa, o que mais você esperava? ― Hyung brinca, me lavando a crer que pela primeira vez estou inserido nessa realidade.

 

Socorro?

 

Onde eu estive quando as outras milhares de festas aconteceram? Ao menos lembro de interagir tanto quanto nos últimos meses.

 

― Oia! Cuidado pra não se machucar, baixinho, seus namorados vão ficar assustados. ― Kino e Hui impedem que meu rosto vá de encontro ao chão assim que cruzamos o mesmo caminho. O capitão bagunça meus fios, numa intimidade completamente desconhecida ao meu ponto de vista, gargalhando logo em seguida. ― Vejo vocês hoje a noite.

 

E assim, como apareceram, eles somem, me deixando incrédulo ao lado de Jungwoo. 

 

É assim que populares agem? Piscam e vão embora?

 

Uma súbita ansiedade faz com que eu me veja imaginando o que poderia acontecer de tão inesperado nessa junção.

 

Acho que preciso me arrumar.

 

 

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

― Então nós somos namorados a partir de agora.

 

― Não, não é assim que funciona. Você precisa me pedir de um jeito especial. ― Viro-me incrédulo para o canadense burro e idiota, que no mesmo segundo torce o rosto contrariado. ― São as minhas condições.

 

― Eu só queria poder te beijar! ― Mark exclama, retomando o impasse que passamos desde suas benditas cantadas.

 

Ele realmente havia me pedido um beijo no meio do ginásio?

 

Meu rosto esquenta um pouco, me obrigando a olhar para o outro lado quando este se prepara e ajoelha no meio do gramado, atraindo mais olhares do que eu esperava que estariam aqui no local.

 

Eu definitivamente não previ por algo desse tamanho.

 

Sei lá, Minhyung é aleatório e isso literalmente acaba de ser comprovado. Estávamos andando, enquanto eu apenas cantava e ele me encarava com essa cara típica de sonso, eu sequer pude me preparar. Lee soltou que queria unir nossos lábios de maneira tão simples e atrevida. Tipo, querendo roubar meu primeiro beijo descaradamente.

 

Eu obviamente surtei, e talvez ainda esteja internamente convulsionando, mas me vejo contaminado demais com o amor dele para negar. Expor isso não combina muito com a minha personalidade… Quer dizer, eu não posso me importar!

 

Inferno! Estar apaixonado é uma droga...

 

― Assim está bom pra você? ― Foi ridículo a forma como ele fez corações com os dedos, piscando confuso. ― Aceita namorar comigo? Não tenho alianças e essas coisas agora, mas se você quiser podemos ir comprar ou sei lá…

 

O maior continua falando na maior tranquilidade, e eu sinto que posso passar mal. Eu realmente quero que isso seja real.

 

― Isso é uma brincadeira por acaso? Tipo, você está mesmo me pedindo em namoro só porque quer me beijar? ― Apesar da ilusão ser interessante, eu ainda não sou tão trouxa a esse ponto.

.

― O que? Não! ― Ele ri, para piorar meu estado. Aff, odeio demonstrar sensibilidade. ― Hyuck, eu gosto de você de verdade, por isso quero te beijar. ― Lee me encara como se fosse óbvio, porém nem isso é o suficiente.

 

― M-mas… e o Chenle? ― Eu definitivamente não nasci para ser o outro.

 

Por alguns segundos me acho idiota.

 

― Deixei de gostar faz muito tempo. ― O maior apenas murmura, simples, como se estivesse tirando realmente com a minha cara. Bato em minha própria testa, em uma advertência por ter deixado algo tão importante tipo isso passar. ― Eu tentei ser óbvio, mas você é lerdo demais para perceber minhas investidas.

 

Uma sensação estranha de felicidade, timidez e outras coisas que não gosto de sentir com frequência parecem tomar conta do meu rosto em específico, que esquenta mais do que o próprio sol.

 

Porque me sinto tão envergonhado?

 

― H-hum, idiota! Você deveria me falar, eu não tenho bola de cristal! ― Evito encarar Mark diretamente, ainda mais pelo mesmo achar bastante divertido tirar onda com a minha cara.

 

― Estou dizendo agora. ― Mais uma vez ele dá de ombros e, droga, ele fica tão bonito dessa forma.

 

Inferno de macho!

 

― Você poderia aceitar? Não é por nada não, mas meus joelhos estão reclamando do gramado.

 

Acabo gargalhando alto, sem me importar com o restante do pessoal.

 

Ok, ele merece depois de ter se esforçado.

 

― Tudo bem. ― Sorri sincero, juntando nossos corpos. ―  Nos vemos mais tarde… você ainda tem que treinar, namorado.

 

A sonoridade da palavra me agrada e Mark percebe, selando finalmente nossos lábios. Meu coração pula milhares de vezes, numa ansiedade que sequer imaginava ter.

 

Socorro, isso é melhor do que eu esperava!

 

A textura de sua boca parece pluma e a maneira como Minhyung acaricia meus fios faz tudo parecer mais especial. Sem notar, acabo suspirando audivelmente, aninhando-me melhor em seus braços.

 

No entanto, como sempre nessa merda de escola, aparece um imbecil pra atrapalhar.

 

― Treino não é lugar de namoro, Lee! Vinte e cinco voltas na quadra pra você depois da partida.

 

Aff, Até o final dos meus dias escolares eu faço esse treinador engolir a porra daquela bola!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

 

 

 

― Usa essa blusinha verde que é um arraso! ― Estendo a peça única que trouxe de meu guarda-roupa, fazendo Jungwoo e Lucas gargalharem, enquanto Renjun me encara horrorizado, batendo os pés mimado.

 

― Ah sim, porque não coloco uma calça de adubo para combinar? ― Sua frase sarcástica foi muito da mal criada, por isso coloco minhas mãos sobre o peito ofendido.

 

― Ei! Olha como fala do meu senso de moda! Verde é uma cor incrível, só pra você saber, ainda mais esse musgo… Owww! Olha essas pintinhas marrons, ela é uma gracinha.

 

― Se você chama isso de senso de moda… ― Yukhei desdenha, o que definitivamente não posso perdoar. Pulo contra suas costas sobre a cama, arremessando o seu corpo molenga numa perfeita chave de braço. ― Golfinho, você vai me matar!

 

― Retira o que você falou agora. ― Aperto seus ombros de maneira diabólica, ditando entredentes, enquanto Huang e kim nos encaram tediosos demais para tentarem apartar.

 

― Woo! Ele vai me matar! ― Lucas não quer se render, o que é pior pra ele, me possibilitando beliscar seus braços com um pouco de força, o suficiente para fazê-lo gritar. ― Animal, para de me machucar! Me desculpa! Eu juro que não falei por querer!

 

O solto quando ele finalmente fala o que desejo escutar, bastante satisfeito com o resultado em seu corpo alto.

 

É assim que se adestra animais como o Lucas.

 

Seus cabelos estão completamente bagunçados, mas isso de longe é o ápice de sua cena. Wong corre para fora do quarto, me xingando, morrendo de medo de eu voltar a atacá-lo.

 

― Satisfeito? ― Junnie pergunta enjoado e eu apenas dou de ombros animado.

 

― Vamos continuar? ― Pouco me importando, esfrego minhas mãos, voltando a mexer no armário do meu melhor amigo com curiosidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

― Vocês acham que assim está bom? ― Renjun analisa pela múltipla vez a sua combinação de roupa.

 

Porquê nos chamou aqui se não nos deixou opinar?

 

Eu ainda acho que o look indie verdinho claro combinava muito mais, mas ninguém liga para o que eu falo…

 

― Está uma gracinha. ― Jungwoo completa, penteando seus cabelos. Nós literalmente passamos a tarde em função do guarda roupa do Renjun, eu até cheguei a pensar que teríamos que ir ao shopping, até ele se acertar com uma calça jeans preta comum,

 

Puff, todo o esforço para ele ficar com a primeira que tinha experimentado.

 

― Combina contigo. ― Sorri sincero, atirando-me com tudo sob a pilha de camisas da cama. ― Woo, arruma o meu cabelo depois?

 

Chamo o Hyung de maneira preguiçosa e este assente, saindo do quarto para ir apressar o Lucas, que havia colocado uma blusa manchada, que nós fizemos questão de mandá-lo trocar.

 

Felizmente temos algumas coisas por aqui, além de Wong que tem um quarto próprio na casa dos tios, então não foi preciso procurar muito até encontrarmos algo usável.

 

Analiso minha combinação, tirando uma foto para mandar a Jisung.

 

Nada melhor do que verde.

 

Minha bomber é digna dos noventa dólares que penhorei no ebay, enquanto a camiseta estampada branca acrescenta um pouquinho mais de cor a minha composição final. Eu obviamente não poderia deixar de usar jeans e o tênis branco do dia a dia, até porque festa adolescente não tem muitos atrativos além de gente louca e bêbada. Absolutamente nenhum glamour, não merecem as minhas melhores roupas.

 

E meu gosto de moda que é duvidoso, né?  Esse look é perfeito!

 

You

O que você acha?

-Foto-

 

Sung <3 baby

Achei uma gracinha, como o dono rs

 

 

You

KKKKKKK

Bobo e brega

 

Sung <3 baby

Eu sei que você gostou <3 <3

Decorei muitas cantadas para hoje

 

 

 

You

Huum só cantadas?

Não acredito que minha produção foi em vão

 

Sung <3 baby

Dependendo do que pedir -emoji pensando-

Hoje a noite será nossa rs

-Foto-

To saindo de casa, jaja estou ai

 

 

You

~Esperando

Te amo <3 <3 <3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

 

 

 

 

― J-jeno…

 

― Céus, você anda muito sensível ultimamente, Nana… ― A voz sussurrada me faz morder os lábios para não gritar.

 

Lee move suas mãos de maneira tão única e experiente em meu falo que eu simplesmente não posso pensar em mais nada. Seus dedos mornos o envolvem com precisão.

 

Céus, eu vou chorar!

 

Mais, mais, mais… por favor, amor, me dê mais!

 

― N-nono… e-eu preciso! ― Soluço extasiado, tremendo sobre seus braços firmes e definidos.

 

Minha boca morde, chupa, beija e acaricia sua clavícula, a fim de tentar calar minha inevitável combustão. Quando menos percebo estou chorando e choramingando, movendo minha cintura contra suas mãos quase na mesma velocidade de seus movimentos. 

 

Minhas bochechas vermelhas contrastam no espelho e nossa essa cena parece tão suja.

 

Eu sou tão sujo…

 

Não consigo olhar para Jeno, mas seus suspiros são o suficiente para adivinhar seu estado atual.

 

― Céus, precisamos sair! ― Sua exclamação me trás um pouco de noção, o suficiente para escutar o toque de nossos celulares.

 

Não, não não, não!

 

― J-jeno… n-não me deixa assim. ― Quase choro quando suas mãos param de se movimentar, remexendo-me sobre seu colo desesperado, até as mesmas firmarem em minha cintura para me deixarem parado. ― E-eu preciso! Por favor! Amor… por favor…

 

Só paro quando sinto o estalos em minhas bandas desnudas, derramando lágrimas completamente agoniado. 

 

―  Pare de resmungar… ― Lee quase rosna e eu me calo assentindo, morrendo de medo dele me deixar. ― Eu vou ajudar você, babe. ―Seu suspiro eriça os últimos pelos desacordados de minha derme. ― Mas você vai vir rápido.

 

Céus!

 

O grunhido que deixei escapar não foi o suficiente para fazê-lo parar.

 

Continuo tremendo afetivo, só sabendo gemer sob seus toques.

 

Esforço-me ao máximo, tentando fugir de suas mãos quando Jeno espreme propositalmente a cabeça, mesmo que este facilmente apenas mantenha-me no lugar, fazendo o possível para me aliviar rápido diante de sua sentença final.

 

Huuuum eu estou tão sensível…

 

Eu preciso chegar lá!

 

― N-nono! ― Mordo seu braço direito, não permitindo que meus gritinhos deixem o ambiente, ejaculando após a última pressão de seus dedos no meu membro sensível.

 

― Muito bem, Nana. ― Ele ri, acariciando meus fios, enquanto eu tento parar de tremer e suspirar, completamente exausto.

 

Seus elogios são tão bem vindos e me deixam tão aquecido…

 

 

 

 

 

 

 

 

― Divirtam-se meninos, mas lembrem-se: Juízo. ― Mamãe se despede na porta da casa de Injun. Combinamos de ir de uber, já que ninguém vai estar cem por cento sóbrio para dirigir depois de alguns drinks e eu não confio nos loucos que chamo de amigos e namorado.

 

Bom… eu não sei se sou muito confiável também…

 

De qualquer forma, já que alguém ainda precisa ser o responsável do grupo, eu não posso beber.

 

Sinto que deveria ter colocado um casaco por cima… Será que é necessário? Apesar de tudo, o vento é suportável.

 

― Você está incrível com essa roupa, Nana. ― Jeno passa suas mãos por baixo da minha camisa estampada, fugindo do tapa que não demorei a lhe acertar.

 

― Menos, Lee Jeno, bem menos. ― O fuzilo, subindo as escadas da casa do meu amorzinho, pronto para apreciar sua beleza harmoniosa.

 

Céus, ando fantasiando tanto com ela…

 

― Vamos embora. ― Ouço a pirraça de Jisung segurando a risada.

 

― Parece que alguém está apressado. ― Lee é o primeiro a entrar no ambiente, estancando de maneira tão previsível no meio da porta. ― Meu deus, Renjun! Você está incrível!

 

O que? Onde? Eu também quero ver!

 

Agito-me atrás de suas costas, o empurrando com pouca delicadeza, apenas para apreciar o ser completamente airoso, literalmente aos nossos pés, calçando suas meias pretas.

 

E quando ele levanta… Meu deus!

 

Suspiro apaixonado, perdendo-me em suas pernas torneadas.

 

Ele está lindo? Eu não sei como reagir.

 

Renjun veste-se completamente de preto. E, meu deus, acho que nunca o enxerguei tão belo. O espanto de tê-lo pela primeira vez utilizando roupas que não fazem parte do uniforme escolar não deve ser ignorado.

 

Como não o vi assim antes? Meu deus, eu acho que vou babar.

 

Seu corpo é lindo demais, eu mal posso acreditar. Quando menos percebo estou amaldiçoando aquele traje feio e largo que a diretora nos faz usar.

 

― E então? ― Huang gira, envergonhado, e eu vejo que sou o único que ainda o encara estático, já que os outros parecem estar em mundinhos paralelos interessantes demais para notar.

 

― Você está incrível, anjo. Meu deus, estou sem palavras. ― Ri, aproximando-me de seu corpo apenas para sentir o cheiro delicioso de seu perfume. ―Você definitivamente quer me matar.

 

― Eu espero que você fique vivo por bastante tempo. ― Injun gargalha e eu me perco em cada pedaço de sua face. ― Para de me encarar assim, Nana!

 

― Foi mal, anjo, eu ainda estou meio desnorteado. ― Sou sincero, fugindo de seu tapa.

 

― Você e o Nono também estão lindos e eu não fico os encarando como idiota. ― O bico que ele faz chama a atenção do cômodo inteiro, que apenas dá risada de seu jeito acanhado.

 

― Então você é muito forte, anjo, porque eu preciso me segurar vendo vocês dois dessa forma. ― Jeno claramente me provoca, beijando a orelha do menor, enquanto nos encara de maneira maliciosa.

 

― Tudo bem, vamo embora logo que eu não sou obrigado a ver saliências do trisal mais meloso desse lugar. ― Lucas força vômito e nós resolvemos descer já que ele me parece bastante apressado.

 

― Preparados para a minha beleza colossal? ― A voz de Donghyuck reverbera, fazendo a senhora Huang, que carregava uma cesta com roupas dobradas, rir com bastante vontade.

 

― Quem? Eu? Sempre soube que verde me deixava espetacular. ― Chenle o provoca, porém resolvi não dar palco para mais uma de suas discussões idiotas.

 

― Vamos chamar os carros? ― Os interrompo com meu celular, já entrando no aplicativo para buscar a corrida. ― Quem vai com quem?

 

― ‘Vamo todo mundo de casal, que eu não quero aguentar o Chenle e o Donghyuck do meu lado. ― Lucas é o primeiro a se manifestar, agarrando a mão de um Jungwoo confuso, que recém retornou do lavabo.

 

― Vai se catar! ― O ruivo berra, mas não parece de tudo se importar.

 

― Tudo bem, eu já chamei o nosso. ― Jisung olha com ternura para Zhong e eu queria poder fotografar tamanha fofura.

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu estou literalmente me segurando para não encarar o colo dos dois ao meu lado, que engatam num diálogo aleatório. Olho para o trajeto e nada, simplesmente nenhuma paisagem, é capaz de me distrair dos pensamentos que me invadem.

 

Eu estou tão ferrado… Quer dizer, não!

 

Comporte-se Jaemin!

 

Repito xingamentos como se fossem mantras que mantém minha sanidade no lugar.

 

― Você está bem, Nana? Está calado demais… ― Renjun se manifesta preocupado, alisando suas mãos inocentemente em minha coxa coberta.

 

Céus, não!

 

― E-estou sim, só estava pensando demais. ― Jeno não me encara, mas é possível notar seu sorriso de lado.

 

Desgraçado.

 

Eu não vou conseguir me saciar até ter um dos dois por inteiro… um deles sendo completamente fora de meus desejos, e o outro cruel demais para me dar isso de maneira tão fácil.

 

Lee provavelmente vai fugir o máximo que pode, ele é previsível demais, me fazendo cair mais uma vezes em um de seus jogos.

 

Eu só queria poder dar!

 

Meu deus, eu realmente não me reconheço quando estou nesse estado.

 

Céus, preciso manter minha reputação no lugar. Estamos prestes a entrar num ambiente completamente familiar, como vou encarar meus colegas se fizermos burrada?

 

― Acho que vamos nos divertir bastante essa noite. ― Renjun pressiona duas vezes suas mãos perto da minha virilha e eu faço o possível para assentir e segurar o gemido sôfrego que quero deixar escapar.

 

― Vamos? ― Vejo Jeno pagar o motorista do uber, que céus, felizmente não se deu conta de meu estado, deixando o carro para ir falar com seus colegas que nos esperam já na entrada.

 

Huang é o segundo a descer, esperando eu o seguir atordoado.

 

Tudo bem, eu só preciso beber que nada vai sair fora do meu planejado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Festa colegial é uma coisa um tanto quanto curiosa. Diferente do que imaginava, sequer posso arranjar analogias para descrever o quão estranho um ambiente como este é.

 

Por um lado até me lembraria a obscuridade de Caravaggio¹, mas por outro ela é tão viva e sei lá… brilhante como os quadros de michelangelo.

 

Eu realmente não estou bêbado, ainda tenho noção de minha sanidade já que uma lata de cerveja não é suficiente para tal, ao contrário do restante dos indivíduos a minha volta.

 

Segundos atrás Chenle me contava sobre sua ideia de construir um armário novo com caixotes que ele viu no meio do pátio do dono da casa e, surpreendentemente, foi pedir para Hwitaek deixá-lo ficar.

 

Tudo bem, ele estava um pouquinho alto, por isso deixei passar. No entanto ele e Jisung sumiram no meio das pessoas e eu não estou a fim de procurar.

 

Passei uns segundos pensando se deveria ou não me juntar a Jeno e os amigos idiotas dele, mas decidir refutar quando tomo consciência de suas famosas aprontagens.

 

Eles estavam escorregando do telhado para a piscina na última vez que fui lá…

 

Decidido, e com vontade de me locomover mesmo que seja para pegar outra lata, vou em direção a cozinha, passando por um casal que se atraca exatamente no meio do pilar.

 

Como eles conseguem fazer algo desse tipo na frente de todos da escola?

 

Dando de ombros, abro a geladeira mais cara que praticamente toda a mobília de minha casa, deliciando-me com mais uma cerveja gelada.

 

Eu poderia beber soju, mas… Não, é melhor continuar da forma que esta.

 

― Injun! ― Quase pulo quando sinto Jaemin me abraçar.

 

Ele quer me matar?

 

― Você me assustou! ― Acuso fracamente irritado, sentindo seu hálito sobre meu pescoço, automaticamente me fazendo arrepiar.

 

― Desculpa… eu estava com saudades. ― Jaemin faz bico, virando-se até estar encostado na bancada ao seu lado, parecendo ainda mais perfeito do que o normal.

 

Involuntariamente meus olhos viajam sob seu peito coberto apenas por uma camisa vermelha e outra preta colada. Os braços dele são tão lindos...

 

― Injun… ― Ele murmura, tão perdido quanto eu, escutando apenas o meu resmungo como resposta. ― Posso te beijar?

 

Meu deus, sim!

 

Não é preciso pedir novamente. Eu, por algum motivo, me sinto corajoso o bastante para juntar nossos lábios de maneira calma, o prensando ainda mais contra o móvel.

 

Dentro de alguns segundos nosso beijo se torna intenso, parecendo ainda mais gostoso ao som dos zunidos e a bebida que ingerimos minutos atrás. Nana passeia suas mãos sob meus ombros, até encontrar diversão nas minhas costas.

 

E eu me sinto mais determinado a arrancar-lhe suspiros.

 

Nos movemos, nos tocamos e chupamos aos sons de uma banda indie qualquer. Não sabia que precisava fazer algo desse tipo até agora.

 

Meu deus, eu me sinto tão vivo.

 

Jaemin é manhoso em meus braços, o que me surpreende e contrasta com sua personalidade tão decidida e imponete de sempre. Eu simplesmente estou apaixonado por seu perfume e gosto, levemente duvidoso devido alguns shots de soju.

 

Me vejo com vontade de beijar seu pescoço e faço, lambendo antes de selar algumas vezes as veias saltadas, o fazendo suspirar. Minhas mão são curiosas demais e eu sequer estou com vontade de para-lás, quando as mesmas invadem sua blusa, sentindo a textura de seu abdômen marcado.

 

Eu realmente estou ficando excitado, o que é comprovado quando Nana aperta com força minhas bandas e eu acabo gemendo um pouco mais alto.

 

― N-nana… ― Suspiro, procurando mais proximidade com seu corpo.

 

Ele parece tão embriagado, voltando a me beijar de maneira ousada, envolvendo nossas línguas várias e várias vezes, não pretendendo parar.

 

As coisas começam a ficar ainda mais perigosas quando aperto uma de suas coxas, o fazendo tremer maravilhado.

 

― I-injun… ― Seu gemido felizmente apenas deixa o lugar, que aparentemente só conta com a nossa presença, e ele embrenha seus dedos no meu cabelo, o bagunçando ainda mais.

 

Quando dou por mim, estamos nos esfregando sôfregos um contra o outro, em busca de um contato maior.

 

― Nana... ― O chamo uma última vez, e isso é capaz de despertá-lo.

 

― Huum, Injun… acho melhor eu ir ao banheiro. Já volto!

 

Não sei explicar o vazio que senti em minha pele quando ele saiu apressado.

 

Meu deus… eu acabei de deixar Na Jaemin excitado.

 

A fixa não parece cair. Pisco atordoado diversas vezes, encarando a lata de cerveja semi-vazia na bancada como se esta fosse um enorme espetáculo.

 

E não acredito que estou sorrindo por causa de algo tão idiota. Quer dizer, acabo de me pegar com meu crush na porcaria da cozinha de uma festa adolescente que eu fazia questão de pré julgar. É muito para eu assimilar.

 

É normal repetir nossos atos em meu cérebro?

 

Não sei, mas não há moralismo neste mundo capaz de me impedir.

 

― Renjun! ― Jeno cantarola meu nome, alegre o bastante para que eu perceba que está embriagado. ― Eu queria jogar sete minutos no paraíso apenas para beijar você dentro daquele armário do Hwitaek.

 

Sua fala me faz revirar os olhos e ao mesmo tempo rir de seu jeito desengonçado.

 

― Idiota, não vou participar dessas suas infantilidades. ― Me aproximo, acariciando seus fios, enquanto o maior resmunga como uma verdadeira criança contrariada.

 

Mereço...

 

― Mas nada o impede de me beijar aqui e agora… ― Minha voz sai presunçosa e tentadora o bastante para um Lee bêbado juntar com urgência nossos lábios.

 

Ok, talvez eu possa me aproveitar um pouco mais desses momentos gostosos…

 

Continua...


Notas Finais


Não me matem kkkkk
Caravaggio é o nome de um pintor italiano <3
Eu fiz uma enquete para decidir os looks no meu twitter. o link pra vocês conferirem os ganhadores está aqui:
https://twitter.com/sailornanasz/status/1153530616031449088
Até<3


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