História O namorado do meu irmão gêmeo - XVII - Sentimentos que se afloram.

Seus pensamentos pairava flutuante em cada canto de seu cérebro, embaralhados e confusos. A cena mais descabida que pode vivenciar martelava seu crânio como um machado na tentativa de partir a madeira. 

Não sabia ao certo se sua consciência pesada o julgava friamente ou se lhe dava a certeza de que aquilo era o que desejava muito fazer desde o primeiro "acidente" naquela maldita caixa cúbica de metal. 

O que mais não entendia era porque diabos isso se tornou ao mesmo tempo algo tão pessoal, quanto interferiu tanto em tudo ao seu redor. 

Certamente estava completamente desconectado do seu verdadeiro eu, ou pelo menos aquele eu que ele acreditava ser. 

Tinha que pensar, reorganizar suas ideias, se encotrar novamente no espaço atmosférico e elaborar uma filosofia que explicasse o que estava acontecendo ou pelo menos lhe desse teorias pra tentar entender. 

Entretanto, estava sendo impossível tirar aqueles malditos beijos ocasionais da cabeça, muito menos aquele baixinho loiro de um rosto fofo que lhe arracanva sorrisos aleatórios e contraditórios. 

Não queria mais voltar pra casa. Não queria encontra-lo novamente e muito menos beija-lo acidentalmente como fora todas as vezes que aconteceu. 

Jogou-se na cama do hotel, apenas com uma cueca branca, a última imagem que lhe veio a mente antes de pegar no sono foi o sorriso jovial e tão doce quanto o garotinho a qual pertencia. 

Ah, como algo assim poderia existir?