História O Ninja e a Máfia - Encontro inesperado

Blumenau, Santa Catarina.  Uma das mais belas cidades localizadas no Sul do Brasil.  Era Outubro, e durante essa época do ano, essa maravilhosa cidade, fundada por alemães, como a maioria das cidades catarinenses, realiza um grande evento musical e cultural, o Oktoberfest.  Blumenau já estava cheia de turistas de várias partes do Brasil e do mundo todo, a maioria vindos da Alemanha, uma vez que a maioria dos catarinenses são teuto-brasileiros. 

Entre os presentes nesse festival, uma bela jovem alemã, filha de pai japonês.  Seu nome; Hitomi.  Hitomi é filha de um sensei de karatê, e estava no Brasil por conta do Oktoberfest.  Vestida a caráter, usando um vestido alemão, típico da Bavária, Hitomi aproveitava o festival musical local.

HITOMI:  Aqui é muito lindo mesmo!  Sem dúvida, o Brasil tem suas belezas, por isso que é tão procurado pelos turistas.

Todavia, a bela nipo-alemã estava a pensar em alguém que muito gosta.  Melhor dizendo, ama! 

HITOMI:  Ryu...  que saudade de você...  nunca mais nos vimos, desde que saiu para investigar criminosos da Yakuza pelo Japão.  Espero poder voltar a ver-te o mais cedo possível, não me agüento mais de saudade de você, meu querido.

Ryu Hayabusa, o Super Ninja, estava no Japão, investigando os crimes praticados por membros da Yakuza, a máfia japonesa.  Durante as investigações, descobre algo estarrecedor. 

RYU:  E aí, Hayate, alguma novidade?

HAYATE:  Sim, Ryu.  Soube que agentes da Yakuza estão trabalhando em conjunto com mafiosos de South Town, e o líder dessa organização criminosa de lá é um bandido muito perigoso, chamado Geese Howard.

RYU:  Então os canalhas da Yakuza estão cooperando com o Geese...  muito bem!  Precisamos dar um jeito nesses canalhas.

HAYATE:  Não vai ser fácil!  Geese é muito perigoso, todos os que tentaram detê-lo foram mortos por ele.  Dizem que Geese possui poderes muito além da compreensão humana!

RYU:  Mas eu também tenho algum poder dentro de mim, que ele, sem dúvida, vai gostar de sentir.  Nós vamos pegá-lo, sim, mas, por hora, irei ao Brasil, preciso muito ver uma pessoa, que não vejo há muito tempo.

Nisso, Ryu olha para o céu.  Já era noite, enquanto no Brasil, ainda era dia. 

RYU:  Hitomi...  que saudade de ti, minha pequena deusa...  Você deu um novo rumo à minha vida, fez tudo valer a pena para mim.

Ryu olhava para as estrelas, principalmente para aquela que mais brilha e se destaca dentre as demais; a Estrela do Norte.  Ryu sempre busca por Hitomi ao ver essa estrela, pois para ele, a nipo-alemã é linda e irradia sua beleza com a mesma intensidade da estrela mais brilhante do nosso sistema solar. 

No dia seguinte, eis que chega a Blumenau uma figura pra lá de ilustre!  Era Wolfgang Krauser, conhecido também como o Conde de Strolheim.  Por ser alemão, decidira visitar o Brasil, mais precisamente o Estado de Santa Catarina, por conta do Oktoberfest.  Nesse momento, o poderoso Conde estava hospedado num dos hotéis mais caros da cidade.

KRAUSER:  Magnífico!  Essa região do Brasil é totalmente moldada ao estilo alemão.  Aqui me sinto como se estivesse em casa.

Em vez de sua armadura dourada, Krauser trajava um terno caríssimo, e passava o tempo em seu quarto, apreciando um vinho tinto.  Nisso, recebe uma ligação em seu smartphone. 

KRAUSER:  Alô...  ah, é você, Geese.

Geese e Krauser são meios-irmãos por linha paterna, embora sejam de diferentes nacionalidades.  Geese, ianque, e Krauser, alemão. 

GEESE:  Oi, Krauser, soube que você está de férias no Brasil, verdade?

KRAUSER:  Sim, Geese, estou na cidade de Blumenau curtindo minhas férias.  Nesse momento, ocorre o festival Oktoberfest aqui.

GEESE:  Perfeito!  No entanto, soube que um ninja muito intrometido, chamado Ryu Hayabusa, está querendo interferir em meus negócios, e nós temos que eliminá-lo, de qualquer forma.

KRAUSER:  Mas você tem alguma forma de se livrar dele?

GEESE:  Tenho, sim.  Um de meus informantes me disse que ele tem uma jovem namorada, uma garota filha de japonês nascida na Alemanha, que também está aí, nesse tal Oktoberfest.  Tudo que temos que fazer é capturá-la e usá-la como refém, e aí, ele virá até nós, tentar salvar a namorada, e finalmente nos livramos dele.

KRAUSER:  Excelente!  Mas e os Lobos Solitários, eles não tentarão impedi-lo?

GEESE:  Isso jamais chegará ao conhecimento deles, não tem perigo.

Será que não?

Dois dias depois, o Oktoberfest já chegava ao seu último dia.  Hitomi queria poder curtir ao máximo o evento, já que agora, só próximo ano.  Apesar de estar sozinha, não dava mole a ninguém, pois seu amor pelo ninja era maior que tudo, e ela não quer, por nada, desapontar Hayabusa.

HITOMI:  Nossa, hoje essa noite promete!  Música alemã misturada com ritmos locais, está muito bom mesmo.

De repente, ao se afastar mais da multidão, Hitomi, um tanto desastrada, do jeito que é, esbarra em alguém.  Um homem todo bem arrumado, com a aparência de um conde.  Era ninguém menos que Krauser, o Conde de Strolheim.

Ao perceber o que houve, Krauser se aproxima dela.

KRAUSER:  Oh, minha nossa, você está bem, senhorita?

HITOMI:  Eu...  tudo bem, me desculpe se fui desastrada, senhor.

KRAUSER:  Sem problema, permita-me...

E lhe estende a mão, ajudando-a a levantar-se.

HITOMI:  Muito obrigada, senhor...

KRAUSER:  Krauser.  Wolfgang Krauser à sua disposição.

HITOMI:  Sr. Krauser?  O Conde de Strolhein...  aqui?

KRAUSER:  Sim!  Vim ao Brasil desfrutar de umas férias, após tanto tempo monitorando meu pessoal, que serve como guarda-costas da nobreza européia.

HITOMI:  Também vim apreciar o festival local, mas amanhã cedo embarco de volta para Nuremberg.  Bem, com licença, e boa noite, Sr. Krauser.

Pobre Hitomi!  Nem desconfia que aquele maravilhoso homem, que lhe fora gentil, na verdade, é um demônio, o típico lobo em pele de ovelha.