História O noivo da minha irmã - Você de novo?

LINSS O'BRIEN

(Um ano atrás)

Se via de tudo naquele parque. No grande parque que eu tanto amava. O amor é algo novo pra mim. Tantas pessoas reclamavam de se apaixonar e que o amor é o pior sentimento do mundo. Mas pra mim não! Ele é lindo, não se pode vê-lo, mas se pode senti-lo. Amar é otimo, não sei o que esses seres humanos tem tanta coisa contra amar. É normal, é ser feliz com a pessoa que te ama e você ama. Justin Bieber é o cara que me faz sorrir, com apenas seu olhar sobre mim, ou com apenas seus beijos, seus toques. Bom, tudo que vem dele me faz sorrir. Ele é maravilhoso, não tenho palavras para descreve-lo. Só sei que eu o amo, o amo mais que mim mesma. 
       

– Linss, precisamos conversar. — sua voz era em um tom de nervoso. Não um nervoso furioso, e sim um nervoso preocupado. 
     

  O olhei curiosa, e sua fenção não era das melhores. 
     

 – O que foi, meu amor? — acariciei sua bochecha, chegando mais perto dele. 
   

  Só que antes de qualquer coisa, ele recuoou fechando os olhos. Qual era o problema? 
   

  – Não dificulte as coisas para mim, Linsses! — respondeu grosso. Ele só falava meu nome todo quando estava bravo. 
   

   – Justin, diga-me logo o que está acontecendo! 
   

    Ele respirou fundo, abrindo seu olhos. 

       – Aconteceu que eu não te amo mais!

  ---DIAS ATUAIS.

  Ouvir meus pais discutindo não é uma boa forma de acordar, certamente. Mas fazer o que? Depois que toda minha família soube que Leilah iria se casar, –– minha linda irmã –, todos ficaram ansiosos para o casamento da ''Princesa do Reino''. Claro, Leilah sempre foi a coitadinha em tudo, a inocência em pessoa e o carinho em alma, mas claro, só na frente dos familiares importantes e dos amigos ricos e falsos que ela tinha.

Nunca cheguei a odiar minha irmã, mas também não idolatrava como todos faziam. Ela é uma grande sínica, mimada e irritante. Não tem como alguém se casar ou ter algum tipo de relacionamento com Leilah, ela é incrívelmente insuportável! Não, eu não tenho inveja como ela diz, seu jeito de filhinha do papai é muito chato... Meus pais sempre enxergaram Leilah como a perfeita da família. Oh, coitados, mal sabem o que ela aprontava e eu era obrigada a ficar calada. O por que não posso falar, eu não gosto de relembrar.

– Dona Linsses, seu pai está te chamando, e seu irmão está perguntando sobre onde você colocou a camisinha dele! – após dizer a última palavra, soltou um riso e não me segurei, ri junto.

– Obrigado, Hayle, mas já pedi para parar de me chamar de Dona Linsses, não é? – tentei ser o mais sensível que pude. Ela assentiu envergonhada. – Pode me chamar apenas de Linss, não tem problema. E já estou descendo, obrigada novamente.

Logo depois saiu do quarto, fechando a porta. Me levantei lentamente, não estava naqueles dias de super animação. Até porque hoje é o dia em que... Minha vida virou um completo inferno.
   

   Hoje era o ''aniversário'' do meu término do meu namoro secreto com Justin.
Obrigado Deus, por me lembrar disso, ok? – pensei alto, com um tom de irônia.

Eu definitivamente odiava Justin, ele foi a pessoa que eu mais amei na minha vida. Para chegar em um dia alegre e dizer ''Eu não amo mais você, e tracei duas vezes com uma garota, me desculpa Linsses, não sou um homem para você.'' 

Claro né, fofo? Homem que trai, com certeza não é digno do meu lindo e destruido coração. Oh sim, eu ainda estava com o sofrimento ali, parado, sozinho, querendo a cada segundo que a dor diminua.

– PORRA LINSSES, VAI ME DIZER ONDE COLOCOU A MERDA DA CAMISINHA? SABIA QUE EU NÃO TRANSEI ONTEM POR CULPA SUA? É ISSO AÍ, SUA VA... – Dylan não terminou sua frase, ao entrar no meu quarto sem permissão alguma. – Olha, eu ia te chamar de vadia louca, mas acho melhor eu me calar antes que papai me bata...

O interrompi.

– Papai? Humm, sempre soube que você gostava de pênis, mas não precisa deixar tão na cara assim não é, Dyl? – ri do meu comentário, e ele só revirou os olhos. – Mas por que tá com medo? O papai – eu sim podia falar. – vai te bater?

– Você sabe né, Linss? – fechou a porta e se aproximou da minha cama. Enquanto eu colocava minha calça, ele se jogou com tudo na cama desarrumada. Nunca liguei do meu irmão me ver de calcinha. – Leilah tá vindo com o noivo pra cá, e a qualquer momento pode chegar, e vai ser meio ''Sejam normais, meu noivo rico e bonito está comigo, ele não pode saber que vocês são uns idiotas desocupados da vida!'' – imitou uma voz de garota, me fazendo gargalhar.

– Verdade... Será que o noivo dela é gatinho? – perguntei do nada. Boca estupida!

– Hum, nem viu o cara e já vai dar de uma irmã-putinha? Bom, putinha você já é... – meu irmão idiota começou a falar, mas não deixei terminar.

– Cala boca, eu tava só brincando, babaca!

– Mas enfim, CADÊ MINHA CAMISINHA? – peguei minha maquiagem, e assim que fui passar o batom, Dylan me acertou com um travesseiro, fazendo que o batom caísse com tudo no chão.

– SEU FILHA DA P... – fui interrompida por mamãe na porta.

– Acho bom você nem terminar essa frase, Linsses! – minha mãe falou irritada. – Se arrumem agora, estamos indo para o Restaurante onde Leilah está. Se comportem e Dylan, – olhou para meu irmão que segurava o riso. – a sua camisinha está no meu armário, não quero meu filho transando agora, na fase da adolescência. 

– Mas mãe... 

Após falarem, os dois sairam do meu quarto tendo uma discussão pela camisinha-que-Dylan-não-usou-e-agora-ficou-sem-sexo-porque-com-certeza-a-garota-não-queria-trepa-sem-proteção. Entenderam?

– Ai que babaca infeliz, olha o que ele fez com você, bebê! – me agachei pegando o batom todo destruido. – Você foi caro, sabia? – bufei.
                                           

   * * *

– Mãe, eu to gostoso? – Dylan perguntou mordendo os lábios tentando parecer sexy, só tentando né?! Ai, garoto idiota.

– Você tá bonito sim, Dylan.. – mamãe respondeu revirando os olhos e rindo. – E você, Linss, deixa eu ver? – empurrou meu irmão um pouco para o lado, podendo ter a visão toda do meu vestido lindo e caro que ganhei de Justin.

Oh sim, eu estou usando uma roupa que meu ex-namorado-secreto me deu, sou meia doente, mas o vestido é lindo, e ele tem um decote maravilhoso que valorizava meus seios. Não que eles fossem muito grandes, mas também não eram pequenos. Papai não gostou muito disso, mas já mamãe amou completamente. Enquanto iamos entrando no carro, Dylan dizia o quanto eu estava gostosa e queria cometer um incesto quando chegassemos em casa.

Ri com aquilo, mas meus pais só deram uma bronca e pronto. Garoto besta, por que tinha que ser meu irmão?

Quando chegamos no restaurante dei um ''aleluia''. Não aguentava mais minha família falando sobre sexo no carro. Pois é, eles falavam que só depois do casamento deveria ser feito sexo, como Leilah vai fazer. Tadinhos, até parece que Leilah é virgem. Haha.

– Por favor... – pediu papai antes de entrar pela porta do restaurante. – Comportam-se!
Logo ao entrarmos, avistamos minha irmã sentada sozinha em uma mesa de luxo, digamos. O garçom nos levou até lá, sendo o mais educado possível, e era por isso que eu gostava de uns Restaurantes Chiques de vez em quando. Até por que, sem comentários para essas lanchonetes baratas, tudo um bando de mal educado que se deixar, come com os próprios pés.

– Filha! Que saudades. – papai e mamãe se aproximaram dela, a abraçando. Seu sorriso sínico estava estampado no seu rosto. Argh, até com eles, ela é assim.

– Cadê o homem que logo logo será seu capacho? – Dylan arqueou as sobrancelhas, perguntando simples. Segurei a risada, ao ver a cara de Leilah e meus pais.

– Dylan! – mamãe o repreendeu. 

– Tudo bem, não ligo para os comentários de crianças. – sorriu mostrando aqueles dentes lindos que ela tinha. 

– Então, cadê ele? – foi a vez de papai, estava na cara que ele parecia um pouco ansioso para conhecer o novo ''amor'' de Leilah.

– Está no banheiro, papai. – respondeu, olhando para os lados. Com certeza procurando pelo mesmo. 

Eu e Dylan nem faziamos questão de abraçar ou dizer 'sentimos sua falta' – porque seria uma tremenda mentira.–  Só se sentamos, e escolhemos nosso prato, esperando aindo o tal noivo.

– Ah, lá vem ele! – bateu as palmas da mão, igual uma criança feliz quando vê seu doce preferido. Rolei os olhos, e meus pais e até mesmo meu irmão olharam em direção do carinha.

– Olá, boa noite... – soou uma voz rouca, bastante conhecida por mim. Virei minha cabeça, procurando o dono dessa linda voz e... não, não e não!

– Família, quero que conheça, Justin, o meu noivo! – se levantou indo até ele, fazendo o sorrir, olhando primeiro para mamãe e papai e depois Dylan.

Quando seu olhar ficou sobre mim, seu sorriso se desmanchou. Completamente.
 

Continua...