História O noivo da minha irmã - Chegamos

Alexy - Pelo amor de Deus Ali, ou você atende esse celular ou então desliga ele antes que eu jogue isso fora. (Ele disse resmungando e tampando a cara com o travesseiro.)

Optei por desligar o celular, eu já tinha falado com minha mãe hoje no mínimo umas 3 vezes e só eram 08:00 da manhã, ela estava me ligando pra saber o que era necessário para levar em um acampamento, eu só queria dormir, estava com sono e o acampamento era hoje. Desliguei o celular e me deitei de novo, tentei dormir, mas foi impossível graças à alguém que bateu na porta, eu resmunguei antes de levantar e o Alexy nem se mexeu, bufei e me levantei pra ir atender a porta.

Armin - Pela sua cara eu acho que eu te acordei. (Bocejei e cocei o olho.) Tudo bem, agora eu tenho certeza.

Ali - Não exatamente. Seu irmão ronca e minha mãe me liga de 5 em 5 segundos pra perguntar alguma coisa inútil do tipo se pode levar secador pra um acampamento porque a Debrah não fica sem arrumar o cabelo. (Disse com os olhos fechados, encostada na porta e falei tudo embolado, nem sei se ele escutou ou entendeu, creio que sim, ele riu provavelmente do meu sono.)

Armin - Meus pêsames por você. (Ele disse com humor mas o meu sono não me deixou rir.) Mas eu vou ter que te perturbar mais um pouco preciso falar com o Alexy. (Resmunguei de novo.)

Ali - Espera. (Forcei a abrir os olhos.) Já arrumou seu quarto? (Ele fez uma cara de quem não entendeu o porque da minha pergunta.)

Armin - Hm... Não, porque? (Ótimo!)

Ali - Maravilha. Tchau! (Ele riu quando entendeu.) Me desencostei da porta e saí do quarto o vendo entrar, fui muito devagar até o quarto do Armin e me joguei na cama, pelo menos estava silencioso, não demorou muito pra que eu pegasse no sono novamente e eu acabei dormindo. Não sei exatamente por quanto tempo eu fiquei dormindo, só sei que acordei tomando um susto. Eu estava no meu vigésimo sono quando eu senti alguém segurar meus pés e meus pulsos, quando eu abri os olhos eu estava sendo carregada da cama, comecei a gritar e a me debater e os dois filhos da mãe a começaram  rir e me seguraram com mais força. Armin segurava meus pulsos e o Alexy minhas pernas, eles começaram a andar comigo pra fora do quarto.

Ali - ME SOLTEM! O QUE É QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? (Eu disse gritando e ainda tentando me soltar.)

Armin - Vamos te acordar direito, porque você dorme muito. (Ele disse rindo. Como assim?)

Alexy - E nada melhor pra acordar do que tomar um banho. (Ok, eles rindo assim chegava a dar medo.) 

Ali - O QUE? ME SOLTEM! (Caramba eles eram fortes, por mais que eu tentasse me soltar era impossível. Quando menos percebi nós já estávamos no banheiro, Alexy soltou minhas pernas fazendo com que meu pé entrasse em contato com o chão que estava muito frio, achei que essa seria uma boa chance pra fugir, engano meu. Eu tentei correr, mas o Armin ainda segurava meus pulsos e isso só fez com que ele me prendesse mais ainda, ele me abraçou por trás e me apertou, agora que eu não conseguia sair mesmo.) ARMIN ME SOLTA! (Não adiantava, eles me ignoravam, escutei o barulho do chuveiro sendo aberto e já esperei o que vinha a seguir, ele me empurrou pra debaixo do chuveiro e água estava muito gelada, dei um grito mais alto. Eles começaram a rir mais ainda e desligaram o chuveiro.) Eu juro que é melhor vocês correrem, eu vou matar os dois.

E assim foi, eles correram e eu corri atrás do dois. O resultado foi a casa inteira molhada porque eu corri sem me enxugar e eu acabei distribuindo uns bons tapas neles que não fizeram diferença na verdade, acabei me juntando a eles na risada, depois do momento de desespero e o frio ter passado, era engraçado. Nós acabamos gastando algumas horas enxugando a casa. Os pais deles tinham saído pra ir trabalhar e o almoço ficou por nossa conta, foi mais uma bagunça do que realmente o almoço, ficar esse tempo com os gêmeos era como viver em um filme de comédia, era impossível você ficar sem ter nada pra fazer ou ficar triste.

Já era por volta das 16:00 da tarde, eu já tinha arrumado a mochila e finalmente resolvi ligar o celular, foi a conta de fazer isso e tinha umas 20 mensagens e 15 ligações perdidas, suspirei e disquei o número de casa. Já era sexta e eu precisava ir pra casa porque eu ia ter que ir esse acampamento, nós íamos sair às 17:00, então eu precisava ir pra casa logo, nós não íamos ficar muito tempo, só íamos passar a noite de sexta e voltar no sábado à tarde.

Ligação On

Anna - QUAL É O SEU PROBLEMA QUE VOCÊ NÃO ATENDE ESSE TELEFONE? (Ela berrou no celular e tive a impressão de ficar surda por alguns segundos.)

Ali - Eu queria dormir, você não parava de ligar pra me perguntar umas coisas sem o menor sentido. (Respondi com a maior naturalidade possível, era apenas a verdade.)

Anna - Vem pra cá logo que já estamos querendo sair. (Tão amorosa você.)

Ali - Daqui a pouco eu chego aí.

Ligação Off

Armin - Já está indo? (Me virei e vi ele entrando no quarto.)

Ali - Já, antes que eu morra telepaticamente. (Eu disse com humor e nós rimos.) Tem como você me dar uma carona até em casa? (Chegaria mais rápido e me pouparia talvez alguns minutos de xingamentos.)

Armin - Claro. Vamos? (Assenti pegando a mochila e saindo do quarto.)

Me despedi do Alexy e disse que no sábado à noite eu estaria de volta, ele assentiu e se despediu de mim com um abraço e um beijo no rosto, fomos até o carro e entramos. Armin já tinha tirado carteira por isso eu tinha pedido carona, não estava muito afim de voltar pra casa andando também. Não demorou nem uns 5 minutos direito para que chegássemos, meus pais estavam saindo de casa e colocando as coisas no carro, Debrah carregava tanta coisa e fazia o Castiel carregar mais ainda que eu pensei que ela estava indo viajar pra Paris por uma semana e não acampar por um dia. Me despedi do Armin com um beijo no rosto dele e agradeci pela carona falando que no sábado nos veríamos de novo, saí do carro e ele foi embora. A atenção de todos estava em mim agora, respirei fundo esperando que minha mãe começasse com as reclamações.

Anna - Até que enfim, eu achei que você não ia chegar nunca mais. (Ela disse com o tom de voz alterado mas felizmente ela não estava gritando.)

Ali - Pra que esse tanto de coisa? (Perguntei fazendo careta e olhando as trocentas mil bolsas que estavam levando pro carro.)

Debrah - Você acha que é fácil ficar linda desse jeito? (Ela apontou pro próprio rosto.) Claro que não. E eu tenho que ficar linda pro meu Castizinho. (Ela disse se aproximando dele e lhe dando um selinho, fiz cara de nojo e revirei os olhos.)

Ali - Eu acho que eu vou vomitar. (Balancei a cabeça negativamente suspirando. Por algum motivo aquilo me incomodou mais do que deveria, estranho.)

Fiquei encostada no carro até conseguirem colocar tudo no porta-malas do carro, o que levou alguns demorados minutos, o porta-malas quase não fechou de tão cheio que ficou, sem contar as outras que foram em cima do carro, não entendi a necessidade de tudo isso mas tudo bem não é? Quando finalmente terminaram, começou uma discussão sobre quem iria onde, fiquei calada escutando aquilo e estava tão entediada que de repente até a mosca passando na minha frente se tornou mais interessante. Quanta confusão pra nada, por Deus.

Anna - Ali, onde você quer ir? (Ela disse chamando a minha atenção e eu não sei se tinha escutado direito, ela nunca pergunta o que eu quero.)

Ali - Que? (Perguntei pra ter certeza do que ela tinha falado. Ela revirou os olhos e suspirou.)

Anna - Onde você quer ir, presta atenção menina. (Estranhei isso e arqueei as sobrancelhas. Mas não me importava onde iria afinal.)

Ali - Por mim tanto faz, é só um hora de viagem, não faz diferença. (Dei de ombros e ela revirou os olhos mais uma vez.)

Carlos - A Ali tem razão, a viagem é rápida, não tem necessidade de ficar com essa discussão. (Meu pai, sempre sendo sensato, ainda bem.) Eu dirijo, Anna vai do meu lado, e Castiel, por favor vá no meio pra ninguém se matar no caminho. (Eu ri e balancei a cabeça negativamente.)

Todos nós entramos no carro do jeito que meu pai tinha falado que seria, me encostei na janela e coloquei a mochila em cima do colo, era cerca de uma hora de viagem, meu pai colocou umas músicas caipiras dele lá e distraiu com elas, era engraçado as letras e ele gostava daquilo. Já tinha passado alguns minutos e minha mãe acabou dormindo, e eu percebi que a Debrah também quando escutei um ronco alto, fiz uma cara de assustada quando escutei e virei o rosto pra olhá-la, ela realmente estava dormindo.

Cast - Eu disse que ela roncava. (Ele disse com humor e sussurrando, eu ri discretamente.)

Ali - Como você consegue dormir? (Ele riu e balançou a cabeça negativamente.) 

Cast - O pior é que eu quase não durmo. (Coitado.)

Ali - Faz sentido porque você dorme de tarde quando está todo mundo acordado. (Já estava começando a achar estranho isso, mas agora faz sentido, ele riu e assentiu. Ficou calado por um tempo, parecia pensar.)

Cast - Porque... (Ele não continuou, parecia incerto no que queria dizer. Olhei pra ele esperando que ele terminasse de falar.) Porque não volta pra casa? (Oi? Pisquei algumas vezes estática com a pergunta. Ele estava só curioso, creio eu. Certo?)

Ali - Hm... (Ainda estava digerindo.) Eu só estou tirando umas férias de tudo. (Não era mentira.) Porque a pergunta?

Cast - Hm... Não sei. Curiosidade eu acho. (Ok, essa conversa está ficando muito estranha. É melhor mudar o rumo dessa conversa. Olhei pra minha mãe e pra Debrah pra ter certeza de que as duas estavam dormindo, olhei pro meu pai e ele ainda estava concentrado nas músicas dele e na estrada, voltei minha atenção pro Castiel e sorri maliciosamente, cheguei a boca bem perto da sua orelha.)

Ali - Está sentindo falta das minhas provocações Cast? (Sussurrei da forma mais maliciosa possível que eu consegui, dedilhei meus dedos até chegar ao seu membro e por cima da calça que ele usava apertei levemente escutando suspirar, sorri com a língua entre os dentes.) Eu acho que está. (Ele olhou pra Debrah pelo canto do olho porque ela havia se remexido um pouco, mas continuou dormindo. Ele segurou meu rosto com uma mão e com a outra tirou minha mão que estava em cima da calça dele.)

Cast - Não me faça esquecer que nós estamos num carro com a sua família. (Ele disse com a voz rouca e próximo ao meu rosto segurando o mesmo com uma mão enquanto ainda me segurava pelo pulso com a outra. Ok, eu estava ficando louca, desde quando eu faria algo assim?)

Carlos - Ali! (Nos soltamos rapidamente. Acho que ele não viu nada, espero muito que não.)

Ali - Oi. (Perguntei tentando manter a voz normal, mas por dentro estava desesperada.)

Carlos - Onde era o lugar que nós ficamos da última vez mesmo. (Soltei o ar que nem tinha percebido que estava prendendo.)

Ali - É onde tem aquele carvalho grande, a ponte e o lago. (Sorri o lembrar do lugar, era digno de uma cena de filme.)

Carlos - Então nós já chegamos. (Olhei pela janela e pude ver o lago, minha vontade era de pular nele ali agora.) Castiel, acorda  Debrah por favor? (Ele disse enquanto cutucava minha mãe.)

Cast - Debrah, Debrah acorda! (Ele sacudiu ela levemente, ela resmungou e sussurrou algo muito baixo que só ouvi como "Ric..." e não entendi mais nada.) Debrah! (Ele falou um pouco mais alto e ela acordou dessa vez.)

Será que...? Hm... É possível, não seria algo tão absurdo, não seria a primeira vez também. Dei de ombros pra esses meus pensamentos, meu pai parou o carro e nós descemos pra poder ajeitar as coisas. Assim que desci senti o Castiel segurar o meu braço me fazendo olhar pra ele assustada. Por Deus, estava todo mundo acordado, ele se aproximou rápido do meu ouvido e sorrindo sussurrou.

Cast - Espero que você não pense que isso vai ficar assim. (Logo ele me soltou e continuou andando.)

Fiquei tentando absorver a informação. É, esse acampamento vai ser longo.