História O ômega de Jeon Jungkook - Capítulo 1

Me chamo Jeon Jungkook, tenho 18 anos, estou no primeiro ano da faculdade, atualmente, graças a Deus, de férias. Tenho cabelos castanhos, olhos escuros, pele levemente morena, um corpo digamos que normal e saudável, e não querendo me gabar, mas posso lhes dizer que sou bem bonito.

Embora eu tenha essas - e outras - qualidades eu não tenho um namorado ou namorada e nem mesmo um ou uma ficante, como a maioria das pessoas pensam. Pois embora eu seja um adolescente, não sou do tipo que só quer saber de uma noite de sexo com um beta ou ômega qualquer, não, eu não sou esse tipo de alfa.

E sim, eu também tenha meus desejos, mas não pretendo usar um beta ou ômega apenas por prazer. Sempre pretendi ter minha primeira vez com um ômega ou beta que eu amasse de verdade, pois queria que fosse especial, tanto pra mim quanto para meu ou minha parceira, mas infelizmente isso não foi possível, por dois "simples" motivos. Primeiro, porque a primeira vez que dormi com alguém foi com uma beta - que nem mesmo eu sabia o nome - durante uma festa do colégio, e o segundo pelo fato de que Jimin - o ômega que eu amo - eu nunca poderei ter, já que além dele ser mais velho, o mesmo ainda é o irmão mais novo do meu Appa.

É, infelizmente eu sou apaixonado pelo meu próprio Tio!

Kim Jimin, o ômega mais lindo e encantador que eu já vi. Embora ele seja mais velho é mais baixo do que eu, fato que sempre faz meu Pai tirar sarro dele. Os cabelos do meu baixinho são incrivelmente macios e brilhantes a da última vez que o vi ele havia tingido os fios de castanho, os olhinhos pequenos dele o deixam incrivelmente adorável, principalmente quando ele sorria e os olhinhos se transformavam em duas pequenas meias-luas. A boquinha pequena e rechonchuda, que possui um rosadinho natural, me deixa louco de vontade de provar.

Eu não sei ao certo quando minha paixão por meu Tio começou, mas eu só percebi que meu amor por ele ia além de uma coisa fraternal quando depois de uma das visitas dele aqui em casa, eu me peguei pensando em como ele era lindo e encantador, depois daí minha cabeça se encheu de pensamentos confusos, e o sentimento complicado de desvendar que eu sentia foi se transformando na paixão que é hoje.

Ninguém, exceto meu melhor amigo Taehyung, sabe sobre essa minha paixão secreta. Nunca contei a mais ninguém sobre isso, e embora tenha outros dois amigos, eu só confio no Tae para contar algo assim, pois somos amigos desde pequenos, e o baixinho marrento sabe todos os meus segredos mais obscuros, se é que roubar manga do vizinho chato é algo obscuro.

Mas, deixando esses meus dias de ladrão para trás e voltando a falar do Kim, nesse momento estou me despedindo dele, e torcendo para o namorado dele não voar na minha cara, já que o Min está me encarando com um olhar nada amigável.

— Boa viagem, Kookie! — Falou o ômega enquanto me abraçava. Eu admito que adoro os abraços do Tae, mas nesse momento tudo o que eu mais quero é que esse abraço acabe logo ou eu vou virar tapete.

— É... boa viagem, Kookie. — Min Yoongi sabe bem como fazer uma pessoa tremer apenas com três palavras.

Vocês devem estar pensando que eu sou um medroso né? Na verdade, eu não sou não, já briguei muito com alfas idiotas no colegial, mas entendam, um Alfa enciumado nem um Lúpus detém!

— Oi meninos! — Sou tirado de meus pensamentos pelo meu Pai, que acabará de cumprimentar Taehyung e Yoongi — Vamos filhote, seu Appa está esperando. — Avisa me fazendo assentir.

— Eu e Taehyung desejamos boa viagem aos Senhores. — Yoongi se pronunciou educadamente, e eu juro que ouvi meu Pai o chamar de fofo, antes de entrar no carro e sorrir agradecendo o Min.

— A gente se vê na segunda Kookie. — Ouviu Taehyung dizer antes de me dar outro abraço. — Qualquer coisa me liga viu? — Assenti, e apenas para provocar o ciumento do Min, dei um beijo na bochecha do Tae, que corou.

Depois de entrar no carro e me sentar no banco de trás, colocando o cinto em seguida, dei um aceno para o Kim, que já estava nos braços do baixinho, que o abraçava de forma protetora.

O Tae e o ciumento formavam um casal e tanto, e eu torcia de coração que eles continuassem daquele jeito pelo resto da vida deles... isso soa estranho (?!)

— Kook? — Sou, novamente, tirado dos meus pensamentos por meu Pai.

— Sim?

— Você tem certeza que seu cio acabou? O seu cheiro ainda está meio forte. — Dessa vez meu Appa fala.

— Tenho sim Appa! Meu cio acabou ontem. Eu estou bem. — Falei com confiança. 

— Assim espero, porque estou tão ansioso para ver o Ji, faz tempo que não nós vemos.

O meu Tio havia feito aniversário a dois dias atrás e nos convidou para a pequena festa que ele fez - que de pequena eu sei que não tinha nada - só que bem no dia eu entrei no cio e como não tenho ômega meus pais acharam melhor me doparem, e como eles não queriam me deixar sozinho, acabou que nenhum de nós três fomos ver meu Tio. Mas quando meu Appa ligou para explicar o que aconteceu, meu Tio disse para nós três irmos para casa dele quando meu cio acabasse, para passarmos um tempo com ele, pois ele estava se sentindo solitário, por morar sozinho.

Uma coisa interessante e curiosa sobre meu Tio é que ele não possui um Alfa, namorado ou ficante que seja, e isso me deixa de certa forma intrigado, afinal ele é um ômega lindo e tenho certeza que tem vários Alfas atrás de si.

Meu querido Tio mora em uma chácara muito bonita em Seul, o mesmo se mudou para lá, para pode administrar a empresa da família que tem na capital. Meu Appa cuida da que tem em Busan, onde nós moramos, e meu Tio em Seul. Na nossa família - principalmente pela parte do meu Appa - ninguém tem "preconceito" com ômegas, como a maioria dos – principalmente - Alfas tem, sendo assim os ômegas podem muito bem trabalhar no que quiser e não são obrigados a cuidarem da casa.

Mas antes de meu Tio se mudar para Seul ele morava em Busan e quando ele disse que ia se mudar eu não gostei nada, pois sempre fomos muito apegados, mas ele disse que a gente sempre ia se ver e que ele nunca ia esquecer o sobrinho lindo dele. Eu simplesmente odeio quando ele me chama de sobrinho, essa palavra saindo pelos - lindos - lábios de meu Tio sendo direcionada a mim me irrita e muito, normalmente ele me chama de Kook, Kookie ou Kookie-ah, raramente se refere a mim como sobrinho, isso só acontece quando estamos em algum jantar de família ou com outras pessoas - estás não sendo meus pais. - as vezes eu me sinto horrível por amar e desejar meu Tio de forma errada, mas infelizmente ninguém manda no coração.

[ ... ]

Estava tão entretido nos meus pensamentos, enquanto ouvia uma música qualquer pelos meus fones, que nem reparei quando chegamos em Seul e que já estávamos em frente à casa do meu Tio.

Observei meu Appa parar o carro em frente do grande portão de ferro e tocar o interfone.

— Adivinha quem é a celebridade que chegou! — Disse meu Appa, e em questão de segundos o grande portão se abriu, fazendo-o adentrar o carro na residência e o estacionar na garagem que lá tinha, em seguida descemos do veículo, e eu finalmente pude o ver novamente, depois de vários meses.

Lá estava Jimin, lindo como sempre, vindo em nossa direção. Ele usava um short preto - que parecia ser um modelo feminino - e uma blusa cinza, que quase cobria todo o short, seus cabelos, para minha surpresa, estavam rosas, ele tinha aquele perfeito Eye Smile no rosto enquanto se aproximava. Maravilhoso!

Só reparei que o ômega já estava perto quando senti aquele maravilhoso cheiro, que me fez suspirar baixinho.

— Oi Nam! — Disse animadamente enquanto abraçava meu Appa, que retribuiu o ato.

— Oi pingo de gente. — Disse fazendo eu e meu Appa rir, e recebendo um biquinho emburrado de Jimin. Tão adorável.

— Jinie! — Disse indo até meu Pai e o abraçando. — Quanto tempo Hyung, você continua tão lindo, se eu fosse um alfa te roubava desse poste. — Disse recebendo um resmungo do meu Appa.

— Obrigado pequeno, você também continua um arraso! — Riu — O castanho te deixava lindo, mas eu tenho que admitir que essa cor ficou maravilhoso em você. — Disse e meu Tio sorriu animado e agradeceu o elogio, em seguida veio em minha direção.

— Que saudade de você Kookie-ah! — Disse e me abraçou, eu passei meus braços pela cintura dele e o abracei de forma protetora.

— Eu também senti saudades, Hyung... — Falei quase em um sussurro o apertando mais em meus braços — e do seu cheiro também. — Sussurrei roçando de leve meu nariz no pescoço dele, e podia jurar ter o ouvido suspirar.

— Melhor você não ficar tão próximo Ji, o Kook acabou de sair do cio e os extintos dele estão aflorados. — Falou meu Appa e senti o ômega se afastar de mim, me lançando um sorriso fofo em seguida.

De repente um trovão alto fora ouvido nos assustando.

— Jungkook, me ajuda a levar as coisas para dentro, porque acho que vai chover. — Assentir, indo até meu Appa o ajudando a pegar as malas no carro.

A casa do meu Tio era muito bonita, tanto por dentro quanto por fora, desdá última vez que vim aqui não havia mudado muito coisa, ele só havia construído um segundo andar deixando a casa maior.

— Os quartos são lá em cima agora. — Avisou. — O quarto dos Hyung's são no final do corredor, o Kook vai ficar no quarto de hóspedes do lado do meu, no começo do corredor. — Disse e eu sorri por saber que iria ficar tão perto do quarto dele.

— Por que o quarto onde o Kook vai ficar é do lado do seu e o nosso vai ficar longe? — Disse olhando para o ômega.

— Pelo simples fato de que nem eu, nem o Kook somos obrigados a ouvir você e o Jin Hyung fazendo coisas indecentes. — Falou fazendo meu Pai corar.

— Calado toquinho de gente — Meu Appa disse levando um tapa de Jimin que cruzou os braços parecendo uma criancinha birrenta.

Depois de "conversarmos" mais um pouco, subimos para nossos respectivos quartos, para arrumarmos nossas coisas, o que não demorou muito da minha parte já que o Jimin se ofereceu para me ajudar.

[ ... ]

Já se passava das 22:00, e estávamos nós quatro na sala assistindo um filme qualquer. Havia começado a chover e parecia que a cada minuto a mesma só aumentava.

Meu Appa e meu Pai estavam deitados abraçados em um dos sofás, junto a uma coberta. Já eu e o Jimin estamos um do lado do outro, no outro sofá, com outra coberta, e estava tudo normal quando reparei que começou a esfriar mais, e lembrei que nessa época do ano, quando faz mais frio, a temperatura dos corpos de ômegas tendem a cair, os fazendo sentir mais frio que o normal, e com a ajuda da chuva as coisas só pioram.

— Você está bem, Ji? — Perguntei olhando para o ômega que assentiu meio incerto. — Está com frio? Eu posso te ajudar um pouco... — Morrendo de medo eu o abracei pela cintura, o passando conforto e calor. Estava tudo escura, somente a luz da TV iluminava o local e provavelmente meus pais não nos viam direito, graças a Odin!

Ficamos daquele jeito até eu perceber que o baixinho ao meu lado começou a tremer, e sutilmente se agarrava mais a mim em busca de calor.

— D-desculpa... - Gaguejou constrangido e se afastou minimamente, ao perceber que eu o observava.

—Tudo bem. — Sorrio gentil e em um ato de coragem o puxei pela cintura, o colando sentado em meu colo, com uma perna de cada lado do meu corpo. — Assim você não fica com frio, pequeno — Falei levemente envergonhado, vendo o ômega assentir timidamente enquanto se ajeitava em meu colo, tão adoravelmente lindo.

Para ajudar a esquentar o ômega peguei a coberta, que eu havia tirado de cima nossos corpos, e joguei sobre nós. Segundos depois senti a respiração acelerada do ômega, perto ao meu pescoço e percebi que ele tinha a cabeça deitada sobre meu ombro.

Lentamente levei minhas mãos para as costas deles e fiquei acariciando aquele local enquanto assistia o filme, apenas para deixar o loirinho mais confortável, e estaria tudo bem se esse maldito ômega não tivesse um cheiro tão atrativo que estava me fazendo enlouquecer mais a cada segundo.

Respirei fundo - para me acalmar - e percebi que foi uma péssima ideia, afinal sentia de forma mais intensa o cheiro do ômega em meu colo.

Tinha certeza que já estava com uma semi-ereção entre as pernas e estava rezando para o Jimin não se mexer e nem perceber meu estado. Mas como Deus não deve gostar de mim, comecei a perceber que o ômega estava sentindo algum tipo de desconforto e segurei um arfar quando o senti mexer os quadris sobre meu colo.

— Você... — Sussurrou me olhando e eu corei. Droga!

— N-ão é isso que você está pensando eu-eu... — Tentei explicar, mas o nervosismo tomou conta de mim.

— Eu te deixei assim, Kookie-ah? — Sussurrou suave no meu ouvido me fazendo estremecer. Porra! Eu vou morrer de tesão!

— E-u... — Fechei os olhos com força quando o ômega mexeu os quadris, fazendo mais pressão contra meu pau, que era coberto por uma Box e uma calça moletom.

— Tão... Duro... — Praticamente gemeu no meu ouvido e eu já não aquentando mais levei minhas mãos para a bunda dele, apertando com força a carne farta daquele local o fazendo gemer em meu ouvido. É oficial, eu vou morrer!

Puta merda! Eu não estou acreditando. O ômega por qual eu sou fodidamente apaixonado está em meu colo rebolando de uma forma deliciosa, enquanto geme e me deixa apertar um local tão desejado por mim. Se for um sonho por favor não me acordem!

— Gostoso! — Gemi baixinho no ouvido dele, enquanto apertava com vontade a parte traseira do ômega. Que homem gostoso da porra! Minha nossa.

Ele rebolava de forma discreta, para não chamar a atenção dos meus pais, mas mesmo assim estava me levando a loucura. Os gemidinhos, que ele soltava rente ao meu ouvido e a forma com que ele parecia me desejar tanto quanto eu o desejava, estava me deixando a beira do abismo. Naquele momento eu só queria poder tocar de forma mais profundo aquela pele quentinha. Queria sentir o contato de nossas peles uma contra a outra. Queria finalmente o tomar como meu. O fazer meu ômega!

— Kookie-ah. — Sou tirado dos meus pensamentos com um gemido sussurrado do ômega — Eu quer... — Antes de terminar a frase o ômega pareceu perceber uma movimentação da parte de meus pais. - Assim como eu - e assim, que confirmou que eles estavam bem atentos ao redor, o ômega saiu do meu colo, me deixando completamente duro. Merda!

De repente meus pais levantaram, me fazendo arregalar os olhos e tentar cobrir minha ereção, com alguma almofada que tinha ali no sofá.

— Crianças, nós já estávamos indo, vamos dormir. — Meu Pai disse enquanto nos olhava. — Boa noite, Kook! boa noite, Ji! — Disse se aproximando e dando um beijo na minha testa.

— Não fiquem até tarde acordados, viu! — Avisou.

— N-na verdade, eu já vou dormir também, boa noite para vocês. — Disse e subi quase correndo para o "meu quarto". Fechei a porta e escorei na mesma até o chão, enquanto tentava normalizar minha respiração, e apenas uma pergunta rondava minha mente.

Aquilo realmente aconteceu?

Meu membro completamente duro e latejante no meio de minhas pernas, provaram que sim, aquilo realmente tinha acontecido.