História O outro eu - Outra vida

Levi

"Eu vou descer você vem?" - Mikasa pergunta.

"Daqui a pouco. Preciso fazer uma ligação"

"Tá bom". - respondeu e sumiu.

Mikasa e eu estamos há dois dias assim, não chamaria de relacionamento mas um interesse corporal e eu tenho me surpreendido com ela, eu tenho me encantado, eu quero ela comigo o tempo todo mas não posso.
Desbloqueio meu celular e retorno a ligação da pessoa que tem me ligado inúmeras vezes nesses três dias de viagem.

"Oi meu amor, finalmente conseguiu me ligar, estava preocupada" - Frieda responde ao segundo toque do celular.

"É eu sei, me desculpa, as coisas estão meio intensas aqui" - verifico se ninguém está nos corredores, fecho a porta do quarto e vou para o banheiro.

"Como você está? E o julgamento está na reta final"

"Eu estou bem. É o julgamento ainda vai se estender, o júri está bem indeciso e pede algumas provas e testemunhas" - o júri, ou melhor, eu, realmente está bem indeciso.

"Que chato meu amor mas que bom, é o seu trabalho. Não vire a noite estudando, pega um sol, faz caminhada. Tá comendo direito?"

"Tô sim, não se preocupa, tô pegando um sol também. Relaxa" - Vou precisar falar que fiz muita caminhada pra explicar meu bronzeado.

"Eu sei que você me deu liberdade então, eu fechei o lugar do nosso casamento, na data que combinamos tá, daqui um mês"

Depois de soltar essa eu fiquei sem reação. Sim, de fato dei liberdade pra ela e sim, há seis meses atrás combinamos essa data.

"Levi? Ficou feliz meu amor? Queria ver sua cara, difícil te imaginar sorrindo".

"Sim ... Sim, claro. Que bom, nosso casamento. É... Eu preciso desligar Frie, estão me chamando"

"Não fique muito tempo sem dar notícias. Vai lá meu advogado. Te amo" - era clara a felicidade na sua voz.

"Pode deixar. Tchau ... É ... também te amo"

É, eu sou um filho da puta mesmo. Preciso do meu remédio, preciso sentir o cheiro dela, sua pele na minha. Eu preciso dela agora!