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História O Pai Da Minha Filha - E que comece o jogo.


Escrita por: mahoneteria

Capítulo 23 - E que comece o jogo.


 Meus olhos se enxeram de arrependimento e eu nem sabia por que motivo, quando encarei Justin abraçando a cintura da moça parecia que uma parte de mim ia explodir todas as vidraças da mansão e a outra parte tentava me conformar pelo fato de eu também ter um namorado, eu teria que manter minha postura, eu não podia me sentir como se ainda fizesse parte de Justin e ele de mim, então sorri fraco.

- Prazer, sou Clarice- estiquei a mão para a tal de Laurine que apertou, Lana se mexeu em meu colo já acordada então eu ajeitei ela.

- Essa que é a sua filha, meu amor?- Laurine perguntou ao Justin que assentiu sem ao menos sorrir para ela.- Ela é linda, parabéns aos dois.

- Obrigada- sorri - Mas agora podem me dar licença, a viagem foi longa e eu preciso mesmo dormir.

- Boa noite- Laurine disse dando espaço para minha passagem, então passei por eles e pude sentir o cheiro do Justin tomar conta das minhas narinas, eu havia pensado tanto naquele perfume durante as última semana que parecia que senti-lo era como provar de um desejo, era como viver de desejos e eu me sentia tão idiota por estar me tornando alguém tão frágil, não é a Clarice que conheço.

Quando entrei no meu quarto a única coisa que fiz foi deitar na minha cama depois de um banho relaxante e em tentativas em vão dormir sem imaginar o que os dois estavam em qualquer canto da casa. Eu estava ficando realmente louca.

Na manhã seguinte, quando acordei, já não era tão cedo assim. Lembro que Ryan apareceu no meu quarto as seis da manhã pegou Lana e depois disse para eu não me preocupar e descansar, olhei no relógio e já eram duas da tarde, cocei meus olhos e me ergui na cama me encarando no espelho que tinha na parede do lado direito, estava um ar gélido mas mesmo assim eu me levantei ainda de pijamas comprido, lavei meu rosto e amarrei o cabelo em um coque, escovei os dentes e decidi descer para comer alguma coisa, o pé descalço contra o chão de mármore branco fez dar um mini choque mas eu não em importei.

Quando cheguei na sala pude ver Laurine nos braços de Justin se beijando, e do lado deles minha filha brincando no chão com uma carinha triste, quando vi aquela cena parei na porta e então Laurine percebeu a minha presença.

- Bom dia- ela disse e eu assenti.

- Bom dia- respondi fazendo-a sorrir, porém eu não sorri de volta.- Lana já comeu?

- Não- Justin respondeu e pela primeira vez ele não foi grosso ou ríspido, estava falando comigo normal e eu achei estranho de início. Passei por eles e peguei Lana que estava com seus brinquedinhos no chão e fui em direção a cozinha, Lana precisava muito mamar e ela estava quase implorando por isso.

O fato de estar com meu peito para fora quando Chaz e Chris chegaram foi algo um pouco constrangedor e engraçado, Chaz arregalou os olhos olhando para mim (ou melhor para meu peito) e Chris tentou disfarçar girando os calcanhares e virando para trás e voltando pela porta. Comecei a rir um pouco alto, Chaz ainda estava me encarando e Chris deu um cutucão em sua barriga que o fez berrar.

- O que está acontecendo?- Justin chegou na porta vendo toda a confusão, primeiro encarou Chaz e depois colocou os olho em mim e agora saberia muito bem por que Chaz me encarava. Laurine apareceu atrás de Justin, agora que eu havia percebido ela tinha a sua altura, os cabelos pretos e os olhos da cor de uma tempestade, um cinza escuro.

- Acho que Chaz se apaixonou por um lado da Clarice que ele não conhecia- Chris falou, então eu ri e Laurine também porém a risada dela era extremamente irritante e eu me segurei para não rir da sua risada, mas não aguentei eu comecei a rir mais ainda, vi Justin se questionar por pensamento quando nos viu rindo juntas, mal ele sabia o motivo que eu estava realmente rindo.

Larguei Lana no colo de Chris e me levantei pra comer algo, Chris ficou conversando comigo o que era coisa rara por que geralmente quando estavam ali ou era no escritório ou estava totalmente mortos esticados no sofá, com whisky e basquete rolando na tv, chegando mais a noitinha John mandou mensagem perguntando se podia me ver, convidei para ir até a casa de Justin jantar comigo e dessa vez eu faria a comida. John ficou desconfortável com o fato que Justin estaria em casa mas ele estava ocupado de mais com Laurine então mesmo assim ele veio.

Quando chegou Justin não deu um olhar de reprovação nem ao menos questionou a sua vinda, somente o cumprimentou.

- Estranho- John disse me dando um selinho.- Ele não é de fazer isso.

- E você vai se importar com isso?- sorri para ele, que também retribuiu o sorriso.

Deitados no sofá da sala, já era o quarto episódio de Grey's Anatomy, e era a quarta piadinha que John fazia com meu sobrenome Gray, semelhante ao nome da série. Senti um perfume inconfundível descendo pelas as escadas, eu sabia que era ele e bem aspirei o ar forte para aquele odor invadir as minhas narinas, merda Clarice, John não havia percebido nada. Eu me sentia tão inofensiva quando Lana naquele momento, Justin estava com uma camiseta vermelha e uma calça preta, os cabelos arrumados perfeitamente para trás e com os seu relógio e pulseiras, o encarei e então John se remexeu no sofá, Justin sentou-se em uma poltrona e olhou o relógio.

- Mulheres- murmurou bufando entediado, John me apertou mais forte perto de si e então eu passei meu braço em volta de sua barriga erguendo a cabeça e o olhando, ele me deu um breve beijo e então voltamos a prestar atenção - O que é isso?- Justin disse se referindo ao que assistíamos, incrível como ele tinha que ser o centro das atenções, ou melhor, da minha atenção em tudo.

- Grey's Anatomy - respondi sem olhá-lo.

- Não vai me dizer que sua família super rica está metida nisso também?- ele riu e eu apenas o olhei com desdém e voltei a assistir. John respirava fundo e parecia tenso, o coitado nunca tinha presenciado uma briga minha e de Justin, talvez ficasse traumatizado quando presenciasse uma.

E Justin bufou uma vez, e mais uma, e respirou fundo, e bufou de novo e aquilo estava começando a me irritar, eu levantaria e lhe daria um belo tapa na cara se ele não estivesse completamente gostoso com aquela roupa. EU TINHA QUE ME CONTROLAR COM MEUS PENSAMENTOS! Uma voz tão fraca gritava isso dentro de mim, mas foi quando Laurine desceu as escadas, toda produzida e com um vestido curto, rendado e aberto nas costas que minha boca se abriu em um perfeito O. A desgraçada tinha um corpo lindo, bela cintura, bela bunda, belos peitos. BELO TUDO! Me questionei ao fato de Justin um dia ter tido-me como sua namorada.

- Está bonita pra caralho - Justin abraçou ela por trás e então depositou um beijo em seu pescoço, sem contar o fato de que ela estava praticamente 5cm mais alta que ela por causa do salto. Eu senti um pouquinho de ciúme? Não, eu não estava tendo esse sentimento ridículo ainda mais que o meu namorado estava ali do lado.

- Se o seu plano era sair hoje a noite, já era, fique com Lana que hoje é minha vez- ele falou debochado e eu rolei os olhos- E não tenho hora pra voltar.- sorriu cafajeste apertando Laurine que deu um pulinho e depois fez uma cara de safada, nojenta.

- Já tenho tudo que preciso bem aqui- retruquei fazendo Justin rir e depois ele deu a mão para Laurine.

- Já pensou em ser comendiante, Clarice?- ele ia começar de showzinho justo agora.

- Fiquei sabendo que está com vagas abertas no circo onde você trabalha- falei debochada e vi seus olhos com uma fúria entorpecente.

- O que você disse?- falou grosso, vi os olhos de John se arregalarem e então eu apenas virei meu rosto para a televisão.

- Tenha uma boa noite, Bieber.- ele bufou puxando Laurine pela mão, e a vadia saiu rindo? Eu estava começando a pegar uma certa raiva dessa garota.


 

Justin P.O.V

Quando entrei no carro e Laurine também eu só queria acelerar e tentar sair dali o mais rápido possível, antes que voltasse e deixasse a minha filha orfã de mãe. Liguei um rap alto e eu podia ver a cara de Laurine, ela enviava algumas mensagens no celular e parecia estar muito irritada.

- O que tá pegando?- falei um pouco rude e ela me olhou com cara de indiferença.

- Nada- ela disse seca, ai como eu odiava esse mau humor de mulher, ainda mais quando nem valia a pena estar com Laurine.

- Por que está toda irritadinha?- sem olhá-la perguntei e pude sentir ela me fuzilando.

- Você ainda gosta daquela megera?- perguntou de Clarice com desdém, eu tinha a resposta: eu ainda era ligado a aquela filha da puta de alguma forma emocional, e sim eu gostava dela pra caralho mas não admitia. Não entendi o ciúme de Laurine, tinha nem menos de duas semanas que estávamos juntos e a idiota se iludia de mais. Pra mim aquilo não era namoro, só de faixada, aquilo era sexo casual e só.

- Por que essa pergunta? Claro que não- disfarcei bem, ela caiu na lábia.

- Então por que você vive dando atenção a ela, com essas briguinhas estranhas daquela infantil.- por dentro eu estava com vontade de pegar a minha arma e estourar o pouco de miolo que aquela garota tinha, mas por fora eu tinha que ser Justin Bieber, o galã.

- Relaxa com isso, Laurine- rolei os olhos- Eu e Clarice sempre brigamos e sempre vamos brigar com sentimento ou não. Vamos nos divertir essa noite.

- Aonde vamos?- ela me olhou nos olhos e eu apenas desviei o olhar.

- Onde eu não ia á muito tempo- sorri de canto- Cassino, babe.

Podia ver os olhos de Laurine brilharem ao entrar em um cassino, eu ia entrando e davam espaço para minha passagem, alguns murmurinhos enquanto eu andava respirando o meu ar, do meu lugar: um cassino podia ser sinônimo de diversão a alguns milionários donos de empresas gigantes cansados de um longo dia estressante de trabalho, podia também ser o lugar aonde você arranjava as melhores vadias para comer, mas para mim, um cassino era sinônimo de poder. E era no cassino que eu mostrava a minha superioridade. Apesar de ninguém ali ao menos saber que eu era líder de uma gangue todos me almejavam e tinham inveja de minha fama de um bom vencedor.

E lá estava a mesa de pôker, meus adversários me olhavam com ambição enquanto as cartas rolavam na mesa, o meu jogo estava bom. Na verdade estava ótimo, quase não dava pra perceber meus olhos sorrindo por minha boca atrás do óculos escuro.

Na décima rodada e tarde da noite, Laurine sentou-se no meu colo enquanto dávamos uma pausa para meus homens pegar e contabilizar nosso dinheiro em maletas.

- Está tão divertido- ela disse com voz tediosa, que saco, nunca mais deveria trazer mulher junto comigo.- Quero jogar uma partida de craps.- veio beijando a minha boca de forma voraz, eu apenas cortei o beijo.

- Toma 30 mil e se divirta nas apostas- tirei 30 mil da maleta e coloquei em suas mãos, um de meus homens a levou até a mesa de apostas de craps, e eu continuei meu jogo. Estava ganhando uma alta grana, além de deixar dois empresários renomados de Vegas bem irritadinhos pelo fato de estar perdendo tanto dinheiro comigo.

Quando foi encerrado o jogo, me levantei a procura daquela vadia, não sabia nem aonde estava mas estava furioso por estar ali dentro e não encontrá-la. Eu detestava Laurine, mas valia o preço aguentá-la. Quando estava dando por vencido e quase deixando a vagabunda sozinha lá, fui até o "caixa" e paguei a minha parte ao cassino, nada que 40 mil não pague e então vi Laurine deitada no sofá preto da recepção com a calcinha amostra e um homem ao seu lado.

- O que você está fazendo ai?- falei alto e grosso, Laurine me olhou e abriu bem os olhos.

- Justin- ela disse calma e sorrindo, levantando-se e atirando-se em meus braços, o cheiro de bebida que vinha dela era insuportável.

- Você está bêbada, sua vadia- falei rude a jogando no sofá de novo, eu não conseguia manter a paciência no lugar quando vi aquela idiota ali.

- Eu estava jogando e bebendo, só - sua voz arrastava me enojava, respirei fundo.- Perdi os 30 mil e não ganhei nada- ela disse rindo e eu apenas dei um tapa estalado em sua cara, estava pouco me fodendo se alguém estivesse vendo.

- Me fez perder dinheiro, filha da puta?- segurei suas duas mãos em uma só minha e com a outra ergui sua cabeça para era olhar para mim, seus olhos estavam marejados- Nunca mais me faça perder dinheiro, honre a vida que ainda tem.

Saí dando de costas a ela, eu estava pouco me fodendo de como ela voltaria para casa. Peguei meu carro e olhei no relógio, eram 04h30 da manhã. Coloquei a música alta, queria estar drogado, eu precisaria estar drogado. Quando entrasse por aquela porta Clarice estaria com seu namorado, dormindo abraçado a ela, e pior: debaixo de meu teto.

Eu estava disposto a chapar aquela noite, eu estava precisa espairecer e tirar todo essa prostração que estava acontecendo. Mulher só servia para atrasar sua vida, e eu tinha certeza disso.

Coloquei meus pés em casa e a única coisa que eu podia pensar era nas carreirinhas que logo me esperavam mais a cima, quando cheguei no corredor do meu escritório John saiu de dentro do mesmo.

- O que está fazendo ai?- perguntei alto e grosso, arregalou os olhos ao me ver.

- Cla..Clarice me pediu para buscar um edredom em algumas dessas salas, mas acho que entrei na errada.- o cara estava com uma samba-canção e sem camisa, meus pensamentos ardiam meu cérebro de tanta fúria. De uma raiva, duas hipóteses: ou esse cara era quem eu estava desconfiando a muito tempo ou outra, ele e Clarice estavam se divertindo em baixo do meu teto. O cara tinha um corpo, mas não era nada de mais.

- A sala que procura é aquela- apontei a porta no final do corredor logo atrás de mim.

- Obrigado, Bieber- ele disse passando por mim mas o segurei pelo ombro.

- A próxima eu não deixo passar- segurei com mais força ainda- Nunca mais cogite em tentar entrar nesse escritório de novo ok?

John apenas assentiu largando de mim e indo buscar o edredom, entrei no escritório. E..

Só podia ser, ele...o infiltrado de Fêlix. MALDITO! Ele não estava procurando escritório porra nenhuma, estava levando informações ao filho da puta do Fêlix, minha vontade era de ir até o quarto da Clarice e matar John, o sangue fervia em minhas veias e minha arma estava preparada pra fazer dele minha maior vítima. Liguei para Ryan, Chris e Chaz para que viessem com urgência até em casa.

- Espero que seja importante, por que eu estava dormindo como um anjo- Chaz entrou no escritório reclamando.

- Não reclama, Somers!- Ryan entrou e então eu comecei a rir.

- O que foi, fumou desgraça?- Chris disse e eu apenas neguei.

- Fêlix pensou que nos pegaria nessa. Tsc, tsc, tsc. Coitadinho se enganou.- coloquei cerveja em meu copo, era algo sem classe nenhuma mais eu amava cerveja.- Eu sei quem é a porra do infiltrado...Era quem eu sempre desconfiei.

- John?- Ryan riu- Não faz mal a uma formiga.

- Tem certeza?- arqueei uma sobrancelha- Olhe isso.

Vireia tela do monitor mostrando as câmeras de segurança no momento que John entrou no escritório, ele acendeu as luzes e foi até a mesa a qual eu estava sentado nesse exato momento, então abriu a gaveta da mesa e mexeu ali por um minuto. Então logo levantou-se e foi em direção a porta. A filmagem cortava para o momento que eu chegava e então eu olhei para os meninos.

- Contentes agora?- falei e Ryan era o mais incrédulo.

- Eu não acredito que eu caí na desse filho da puta- Ryan apenas disse e eu sorri vitorioso.

- Temos que agir, e rápido- Chris disse já colocando sua mente para funcionar.

- Não vai ser dessa vez, não para Fêlix.

Sorri malicioso e os meninos também, eu estava com a mão no ouro do ladrão.


 

 


Notas Finais


Olá! Tudo bem com minhas lindas hoje?
O que acharam desse capítulo?
Só digo uma coisa: VOCÊS MARQUEM BEM ESSE CAPÍTULO NA CABEÇA DE VOCÊS OK?
Beijos


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