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História O Perfume Perfeito - Severo Snape - Convite


Escrita por: albuqrafa

Capítulo 10 - Convite


Os últimos dias foram os piores possíveis. Depois de exatamente seis dias, duas horas e vinte e quatro minutos, o inferno da minha dor de cabeça passou. Que foram os exatos dias da minha TPM, onde não se sabia quem era o mais estressado. Professor Snape, ou Auror Scamander.


- Potter! Onde pensa que vai? - o escuto resmungar algo como "merda" - não acha que já passou do horário de recolher?


- Sim, eu só... escutei um barulho no corredor e resolvi conferir - ele diz rapidamente, como se quisesse "se livrar" da situação que se meteu -  você não deveria estar no corredor da Sonserina? 


- É mais inteligente do que imaginava, e sim eu deveria estar lá. Porém decidimos trocar no dia de hoje, aparentemente, tive uma surpresa - apontei para o menino à minha frente.


- Bom, então... - ele começa a andar de costas em direção ao quadro da mulher gorda. - como está tarde, já vou indo - ele escondia um livro atrás de si.


- O que é isso? - aponto para a sua mão.


- Um livro? - ele responde num tom de como se parecesse óbvio, tentando esconder o nervosismo.


- Me dê isso - estendo a mão.


- Mas é só um livro!


- Seria "só um livro" se você não estivesse misteriosamente andando pelo o corredor da escola carregando ele e sua varinha após o toque de recolher, apenas me dê Potter 


- Mas ele é meu! O professor Slughorn mandou comprar na lista de material escolar


- Ok... sem problema, eu entrego a ele amanhã. Só não quero que se sinta tentado a andar mais pelos corredores, por favor Potter


- Promete entregar ao professor Slughorn? 


- Sim - assim ele me entrega o livro, entrando no quadro da mulher gorda.


          Passo alguns minutos ainda na ronda, para poder voltar à Sonserina.


- Ganhei, quero meu prêmio - mostro o livro a Severo. 


- Onde conseguiu isso? 


- O garotinho estava andando como quem não queria nada pelos corredores após o toque de recolher, e bom... - aponto para o livro à minha frente.


- O que você quer que eu faça com isso? 


- Nada - dou de ombros - só trouxe para você ver que eu sempre tive razão.


- Quando vai devolver isso? 


- Vou ter que falar com Slughorn amanhã, então...pelo menos agora temos a certeza do que ele está carregando. E claro, se ele decidir investigar o "Príncipe  Mestiço" saberemos que ele está a alguns passos de descobrir a real identidade - lhe lanço uma piscadela antes de entrar em seu quarto.


- Dumbledore lhe deu um quarto, sabia? 


- Não coloque o velho em nossos assuntos, príncipe.


          Minha rotina a cada dia que passa se volta ainda mais para Hogwarts, e com isso, meu contato com os funcionários aumenta ainda mais. 


- Professor Slughorn? - bato na porta de sua sala.


- Entre - escuto.


- Com licença - passo pelas mesas da sala de aula. - Professor, creio que isso pertence a um de seus alunos - lhe entrego o livro.


- Sim, esse livro pertence ao Harry. Mas não posso entregar hoje, só tenho aula com o sexto ano no fim da semana. Seria um belo desperdício de tempo guardá-lo até lá, a senhorita Granger passa a maior parte dos intervalos na biblioteca, se eu fosse você facilitaria o meu trabalho e a entregava. 


- Ok..., obrigada professor. 


- Fico feliz em saber que seguiu o caminho das poções antes de se tornar Auror, sempre soube de seu talento.


- Obrigada professor. - digo antes de fechar a porta. 


- Sobreviveu a tortura? - Severo aparece repentinamente ao meu lado.


- Idiota - ele possuia um sorriso de canto debochado. 


- Não conseguiu fazê-lo de pombo correio?


- Não, e qual o seu problema com pombo correio? O mundo bruxo usa corujas, cuidado com o preconceito professor


- Ah, ok então. Boa sorte correio


- Olha o bullying - dou um leve empurrão em seu ombro. 


- Professor Snape? - algum aluno se pronuncia atrás de Severo.


- Boa sorte, professor de reforço - lhe lanço uma piscadela. 


          Subo alguns lances de escada para chegar na biblioteca, e demoro algum tempo para localizar a aluna em questão.


- Senhorita Granger - digo ao chegar em sua frente na mesa.


- Oi! - ela diz se dispersando de sua leitura.


- Você pode entregar isso ao Potter? 


- O livro de poções? - ela pergunta ao ver o livro em minha mão - Claro - ela suspira cansada.


- Ok, obrigada. 


- Senhorita Scamander? - ela diz com uma voz nada confiante.


- Oi 


- O professor Slughorn disse que você foi aluna dele, é verdade?


- Sim, é verdade. Por que?


- Você participou do clube do Slug? - ela diz hesitante.


- Sim e não. Participei por seis meses, depois pedi para sair. 


- Para sair?


- Sim, por incrível que pareça. Eu estava muito sobrecarregada por conta do time de quadribol, e posso dizer que foi a melhor coisa que fiz. Então se você não foi chamada, não se importe. Não são essas mil maravilhas que os alunos falam, e que obviamente o clube do Slug não foi o motivo para a minha formação como mestre em poções. 


- Posso saber o motivo para a sua escolha? Se não for incomodo, claro - ela logo se "adverte".


- Não, não é incomodo. Na verdade eu nunca parei para pensar o real motivo para eu me tornar mestre, eu só tinha o sonho de trazer uma certa paz para o mundo 


- Entendi... - ela diz pensativa.


- Enfim, obrigada senhorita Granger - agradeço antes de sair da biblioteca. 


          No meio de toda aquela papelada e formulários sendo respondidos e enviados rapidamente para os ministérios de Londres e Estados Unidos, percebo um convite chegar. De início achei estranho, porém ignorei achando que seria de Severo. 


- Chegou um convite para você - aponto para a pilha de correspondências endereçadas a ele, onde um envelope azul se destacava entre os outros. 


- Para mim? 


- Pelo menos eu acho que é - digo voltando a me concentrar nos papéis à minha frente. 


          Severo se senta em minha frente, e pelo oque parecia, lia as correspondências.


- Ok, agora meu nome é América Sofia Scamander. 


- Sofia? Ninguém nunca... - ele me entrega o convite - bom, está preparado para um final de semana quase modelo trouxa? 


- Como assim? 


- Arrume as suas malas, príncipe. Nós vamos para o Brasil.



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