Desci do carro e olhei ao redor, Konoha não estava muito diferente de quando eu me mudei. existiam agora alguns prédios ali e grandes construções como um anfiteatro, museu e estádio de futebol mas nada que fosse realmente surpreendente de se ver ou notar.
Continuei andando até a porta da minha nova casa ou antiga como preferir, subi os degraus que levavam do quintal a porta e me lembrei de quando chegava da escola todos os dias a dois anos atrás.
Flashback on
- Falou Sasuke, nós vemos amanhã ?
- Acho que sim, não tenho certeza se meu pai vai me deixar ir ao passeio.
- Ah, entendo. Mas seria legal se você aparecesse por lá, a Hyuuga não para de falar sobre o passeio e vive nos perguntando se o "Sasuke-kun" vai.
- Cala a boca, como você é irritante. Nem acredito que sou amigo do menino mais babaca da escola, vá para a sua casa logo Uzumaki.
- Posso até ser o mais babaca da escola e também ser irritante, mas não minto Sasuke, te cuida ou a Hinata vai devorar o seu corpo na primeira oportunidade a sós.
- E eu supostamente não deveria gostar disso ? Você é estranho.
- Nossa, como será que ela consegue amar um cara tão chato quanto você?!
- Pera...amar ?
- Ahn ? Amar ? Ah, que nada. E-eu tenho que ir para casa, minha mãe tá esperando para a janta e eu estou morrendo de fome, FALOU!
Assim o garoto moreno de olhos azuis e cabelos loiros saiu correndo rua abaixo, me deixando absorto em pensamentos e muito curioso a respeito do novo fato. A Hinata me ama ? Mas como e quando ? Ou melhor desde quando ? Nós conversamos poucas vezes e nessas mesmas foram confusas e estranhas...como na vez que eu derrubei sem querer canja em cima da roupa dela e fui tentar limpar e nós acabamos caindo. Bom, de qualquer maneira eu tenho que esquecer disso, estou viajando amanhã e não posso me apegar a ela novamente logo no último dia em Konoha.
Flashback off
Ignorando as lembranças que vieram a tona, abri a porta com a chave reserva que eu tinha e entrei em casa.
- Pai ? Mãe ? Itachi ? Alguém em casa ?
Espero uma resposta mas tudo o que recebo é um silêncio descomunal, continuo percorrendo a minha antiga casa e vou em direção a cozinha afinal estou faminto e não consigo comer em qualquer lugar na estrada, abro a geladeira e pego as primeiras coisas comestiveis que eu vejo ou seja apenas um pote de iogurte, subo as escadas e vou para o que era o meu quarto e noto que ainda é o meu quarto, todas as minhas coisas ainda estão intocadas e eu sinto uma estranha sensação de aconchego e nostalgia.
"Bom, não quero ficar em casa por muito tempo, aproveitando que ninguém está aqui e não vou ter que me preocupar com histórias e contos de como foram esses dois anos em Okinawa, posso sair e ver se realmente nada mudou" pensei.
Entrei no carro e dei uma volta pela cidade parando na frente do que me parecia um clube, fiquei extremamente curioso porque aquilo sim era uma novidade para mim. Decidi entrar no clube e lá dentro notei que as novidades não paravam por ali, todos os meus antigos colegas de classe estavam ali, inclusive a Hinata.
"Que merda, melhor eu sair daqui antes que alguém me veja"
Quem disse que deu tempo ? Assim que eu me virei escutei alguém gritando escandalosamente o meu nome.
- SASUKE ? SASUKE UCHIHA ? CARALHO É VOCÊ MESMO ?
O garoto de olhos azuis correu até mim e me deu o que era para ser um abraço, se eu tivesse correspondido.
- Vejo que não mudou nada, Naruto, realmente nada.
Foi como se eu tivesse dado permissão para ele se libertar.
- MINNA, O SASUKE VOLTOU PARA A CIDADE!
Eu juro que um dia eu mato ele por isso, assim que todos notaram que eu voltei e vieram falar comigo ela apareceu.
- Oi Sasuke-kun, quanto tempo.
- É...realmente, quanto tempo. Achei até que você tivesse desaparecido.
- Não, isso seria um favor muito grande para você, não é ? Continuo aqui, firme e forte.
- Notei...uma pena. Bom, eu tenho que ir, tem pessoas mais interessantes para se conversar aqui, tchau.
- Ah, ela ? Eu não arriscaria, ela está namorando o Naruto agora.
Foi como se eu tivesse levado um soco no estomago e perdido o ar.
"Namorando ? O Naruto ? O que ?"
Eu precisava de ar...pensando bem, eu precisava mesmo é de beber. Fui em direção ao bar e pedi o que ele tinha de melhor para me deixar chapado e engoli tudo sem nem piscar, iria ser uma noite dolorosa porém interessante.
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