Katherine
Voldemort só teve tempo de se despedir de mim e ir embora quando o dia amanheceu. Hoje é véspera do meu aniversário e quando der meia noite, serei maior de idade estarei valsando com o meu pai. Eu não podia estar mais animada porque isso significava que eu poderia ir morar com o Voldemort sem nenhuma questão legal pendente. Eu ainda não tinha dito sim pra ele, mas essa era a minha resposta.
Tomei um desjejum maravilhoso com os meus pais e logo dei início aos preparativos da minha festa. Comecei com um delicioso, relaxante e demorado banho de banheira. Enquanto eu descansava, eu só conseguia pensar no Voldemort, no quanto eu o amava e no quanto eu queria ir morar com ele em Londres. Saí do banho nas nuvens e encontrei Iva no meu quarto.
- O que está fazendo aqui? – Pergunto animada.
- Vim me arrumar com você. Contratei uma bruxa esteticista para fazer a maquiagem perfeita em nós duas. Eu queria ter vindo ontem mesmo, mas tive um jantar chato em família. – Ela faz uma careta.
- Bom, então ainda bem que não veio, porque ele esteve aqui. Dormimos juntos. – Digo sorrindo e ela tampa a boca com as mãos para não soltar os gritinhos histéricos dela. – Não aconteceu nada, é claro, mas se não estivéssemos na casa dos meus pais... nós só nos beijamos na cama e foi extremamente intenso. Ele me chamou pra ir morar com ele em Londres após a escola. – Digo como se não fosse nada e me sento na cama.
- Então falta pouco para se casarem. Vocês falaram de casamento, não? – Ela perguntou e eu neguei com a cabeça. – Kath...
- Eu não me importo com essas coisas, aliás, nunca me importei, por isso nunca quis um noivo. Ele está conquistando o mundo, é melhor uma coisa de cada vez. Se for para nos casarmos, acontecerá e você será a madrinha. Você e o Gellert quando ficarem juntos de vez. Sei que cedo ou tarde, ele irá se convencer de que este é o certo a se fazer.
- É o que eu espero, né... – Ela diz meio desapontada.
Então eu a atualizo sobre a chegada de Voldemort à minha casa, a forma como ele distraía os meus pais, a nossa quase briga e a reconciliação neste quarto. Ela disse que eu deveria ter deixado ele falar com os meus pais, que a essa altura, já estaríamos assumidos e ele bebericando um copo de whisky com o meu pai lá em baixo na sala.
Almoçamos no quarto, conversamos mais durante um bom tempo sobre os nossos amores até que deu a hora de realmente nos arrumarmos para a festa. Eu iria usar um lindo vestido roxo com detalhes em preto, sandália prata e muito alta, joias da família como acessórios e me esforcei ao máximo para tornar o meu cabelo preto para fazerem um lindo penteado nele. Geralmente, o preto era a cor que meu cabelo assumia quando eu sentia dor, mas graças aos treinos em magia que fiz com Voldemort, consegui mudar a cor do cabelo sem que isso significasse algo.
A bruxa maquiadora fez uns feitiços formidáveis em mim e na Iva, de modo que ficássemos quase irreconhecíveis de tão lindas. Nós duas parecíamos mulheres muito requintadas e de classe. Ela em seu vestido azul e eu em meu vestido roxo. Ficamos ali terminando de nos arrumar, e conversando sobre o nosso futuro, já que ela estudaria finanças para trabalhar no Gingotes da Bulgária e eu seguiria o meu coração. Eu disse a ela que quando o pai dela se tornasse o Ministro da Magia Búlgaro, o Gellert mudaria de ideia em relação a ela ainda mais quando me visse indo morar com o Voldemort.
Já eram oito da noite, o que significava que a minha festa estava para começar e eu precisava recepcionar os convidados. Ainda bem que Iva estava comigo pois ela precisou me segurar firme quando descemos as escadas da minha casa e nos deparamos com um salão lindo, cheio de enfeites de natal, todo colorido e com uma música ambiente muito suave. O jardim estava ainda mais bonito e mais parecia que ali iria acontecer um casamento da nobreza e não o meu aniversário.
- O salão está lindo, Kath! E olha quem está ali todo bonitão. – Ela apontou com o indicador a direção que Voldemort estava conversando com os nossos pais.
Ele vestia um elegante terno negro com gravata verde. Parecia ser a roupa mais fina que eu já o vi usar e apesar da idade e de todas as marcas deixadas pelo uso de magia negra, ele estava lindo. Até a Iva concordou e eu estava caindo de amores por ele. Eu não sabia encará-lo sem roubar um beijo dele, mas não tive escapatória quando o sr. Poliakoff nos viu e nos chamou. Voldemort rapidamente se virou para nos ver e eu senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo de uma maneira nunca sentida quando o vi me encarar completamente perdido.
- Estão lindas, meninas. – Meu pai disse e nós abraçamos a ele e ao sr. Poliakoff. Voldemort beijou o dorso de nossas mãos em sinal de respeito.
- A Kath, o senhor já conhece. Essa é a minha garotinha Iva. – O sr. Poliakoff apresentou Iva novamente e ela fingiu não conhece-lo fazendo uma breve reverencia.
Voldemort nem havia prestado atenção nela, pois ele só tinha olhos pra mim e havia deixado isso muito claro quando o meu pai me tirou de perto dele dizendo que eu deveria recepcionar os convidados com ele e a mamãe, além de sugerir que eu me sentasse na mesa dos Poliakoff, pois Voldemort estaria na nossa mesa.
Recebemos todos os amigos do papai e eu recebi intermináveis elogios, mas o mais estranho foi o do Gellert que inclusive ameaçou a pedir a minha mão em casamento esta noite. Eu queria mesmo era estar fazendo isso com Voldemort, ainda mais porque vez ou outra ele passava perto de mim conversando com algum convidado e não perdia a oportunidade de me olhar.
- Ele está te marcando. Tenha cuidado. O que vamos fazer, Antonin? – Minha mãe perguntou apreensiva. – Quero que esse homem saia daqui. Não quero que fique sozinha por aí, Kath.
- Relaxa, mãe. Ele nem tá prestando atenção em mim. – Eu digo pra disfarçar.
- Ele não se atreveria a fazer nada com a Kath. Eu o expulsaria bem rápido da Bulgária. – Meu pai falou embora o medo fosse visível em seu tom de voz – E é bom não ficar sozinha por aí mesmo. Fique com os Poliakoff.
Obedeci a ordem dos meus pais, mas eu não conseguia tirar os olhos do meu amado também. Ficamos praticamente a festa inteira nos olhando. Eu não conseguia prestar muita atenção no que os meus amigos falavam, e ele também parecia não conseguir se concentrar nas pessoas com quem falava. Meu pai me olhava feio da mesa deles, mas eu não conseguia evitar.
- Ao menos disfarça, Kath. – Gellert falou e eu revirei os olhos.
- Vou pegar algo pra beber. – Digo e me afasto.
Fui em direção ao bar improvisado para a festa, me sentei em um dos bancos e pedi um uma dose de tequila. Afinal de contas, faltavam poucas horas para eu ser maior de idade. Não percebi a presença do homem que se aproximou de mim, mas aquele cheiro de perfume só podia pertencer a uma pessoa.
- Seus pais não irão aprovar que comece a beber agora. Você precisa ouvir os planos que eles tem pra você, e isso inclui um arranjo de casamento com o Gellert Karkaroff. Será hoje após a meia noite. – Ele se senta ao meu lado, mas virado para as pessoas. – A propósito, você está mais linda do que nunca neste vestido!
- Obrigada. Voce também está mais lindo do que nunca! E sobre o Gellert, vai ser uma burrice e uma humilhação muito grandes se ele fizer. Esquece o que eu falei sobre estragar essa noite, vamos assumir o nosso compromisso para todos. – Eu digo convicta.
- Quer fazer isso agora? – Ele perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Acho melhor esperarmos a meia noite... – Recuo e ele dá uma risada gostosa.
- Depois das zero horas, todos saberão o que acontece entre a gente então. Até lá, boa festa, Kath. – Ele diz e vai se sentar em outra mesa.
Aproveito para estrear a pista de dança com a Iva e o Gellert. Em pouco tempo, outros convidados se juntaram a nós e todos dançávamos e nos agitávamos felizes ao som da música. Não percebi a hora passar. Só sei quando dei por mim havia começado uma contagem regressiva no céu.
10...
Eu olhei para todos ali e sorri.
9...
Vi meus pais me olharem orgulhosos.
8...
Vi meus amigos contando felizes.
7...
Vi que fazer 18 anos seria ter mais responsabilidades.
6...
Eu precisava terminar a escola agora pra ser livre.
5...
Eu preciso contar para os meus pais que amo Voldemort.
4...
E que vou morar com ele após a escola.
3...
Ele está perto de mim agora.
2...
Ele segurou a minha cintura e me olhou nos olhos
1...
Ele está muito próximo.
0...
Ele me beijou na frente de todo mundo.
Enquanto ouvíamos as pessoas gritarem e a celebrarem o natal e o meu aniversário, eu ganhei o melhor presente naquele momento em que ele me beijou. Eu agarrei a nunca dele com força e ele fazia o mesmo com a minha cintura. Nós escutávamos os barulhos de fogos de artifícios, um borburinho misturado com música e gritos, mas nada era capaz de nos separar. Eu agora tenho 18 anos e posso escolher o amor que eu quiser.
Quando abrimos os olhos e olhamos ao redor, todos nos olhavam espantados. Eu queria rir daquilo tudo e simplesmente sair de lá com ele, mas então vi a minha mãe chorando e o meu pai mais pálido do que nunca.
- Feliz aniversário, Kath. – Voltei a minha atenção para o Voldemort que abriu uma caixinha preta de veludo com um lindo anel com uma pedra negra.
- Voldemort, isso foi... – Eu comecei a dizer olhando nos olhos dele. – Eu preciso ver os meus pais.
Saí andando em direção a minha mãe que soluçava ao mesmo tempo que vi o meu pai andar rápido em direção ao Voldemort e a sacar a varinha.
- Eu confiei em você! Tornei-me seu aliado! – Ouvi o meu pai gritar. – Abri as portas da minha casa pra você e agora você coloca essa boca imunda na minha filhinha? Na minha Kath? Se não fosse por mim...
- Se não fosse por você o que, Antonin? Nunca precisei da sua ajuda pra nada, tudo o que você fez foi se enrolar em dívidas comigo. Sei de coisas sobre você que te renderiam uma prisão perpétua. Não planejei estar com a Kath, mas aconteceu, e é bom que você saiba que nós temos um compromisso, entendeu, sogrinho? – Ele falou essa última palavra com sarcasmo e o meu pai apontou a varinha tremendo para ele.
As pessoas ao redor abriram espaço e Voldemort abriu os braços como se desafiasse o meu pai a soltar feitiço.
- Crucio! – Meu pai gritou e Voldemort o bloqueou somente com o poder da mente. Até eu fiquei chocada. – Crucio! – Meu pai tentou de novo, e mais uma vez Voldemort o bloqueou.
- Agora é minha vez. – Voldemort puxou a varinha e fez uma reverencia. – A...
- Não! – Foi a minha vez de gritar e Voldemort me olhou antes de terminar o que iria dizer.
- Andrey Savinov. A sua vida acaba se souberem o que você mandou fazer com ele. Você se lembra, Antonin? Alías, todos vocês se lembram? Estão em minhas mãos. – Voldemort falou e eu fui até eles.
- Como pôde, Kath? – Meu pai perguntou começando a chorar. – Era esse o homem mais velho que você falava? Qualquer um menos ele, eu te suplico, Kath.
- Sinto muito, mas aconteceu, pai. Vai ficar tudo bem. Vamos sair daqui. – Eu pedi e Voldemort aparatou comigo até o quarto em que ele ficava hospedado.
Ele se sentou na cama e ficou me observando. Eu caí em lágrimas de desespero e fiquei chorando enquanto ele me observava. Eu tinha medo. Nunca havia visto o meu pai chorar e o desespero da minha mãe me cortava o coração. Eu andava de um lado para o outro no quarto até que Voldemort se levantou e me abraçou.
- Eu perdi o amor dos meus pais. – Eu disse nos braços dele.
- Mas, você tem a mim. Eles irão te perdoar e irão entender que não existe homem melhor para cuidar de você do que eu. – Ele me responde limpando as minhas lágrimas com a ponta dos dedos.
- Eu amo você, Voldemort, mas não posso ver meus pais sofrendo. – Eu digo e me esquivo dele.
- Eu também te amo, Katherine. – Ele diz e eu me viro espantada por ele ter dito aquilo pela primeira vez. – Agora mais do que nunca, e você não é mais uma menina. Agora virou mulher. A minha mulher. – Ele diz essa última frase e me beija com o mesmo fogo de ontem.
Deixei que ele me conduzisse até a cama dele, e quando ele se deitou por cima de mim, eu pude sentir novamente a ereção dele por cima do meu vestido. Eu não sabia como seriam as coisas dali pra frente, mas eu queria me entregar para o primeiro homem que amei verdadeiramente na vida.
Comecei a tirar o paletó dele, e ele se levantou para me ajudar a tirar o meu vestido, me deixando só de lingerie preta. Cuidei de tirar a gravata dele, desabotoar a camisa, revelando um abdômen definido mas cheio de cicatrizes, e uma palidez ainda mais incomum. Ele quase não tinha pelos pelo corpo e eu agradeci por isso, pois assim ele ficava mais sexy. Eu estava me demorando a tirar o cinto dele e a calça pois havia começado a ficar com vergonha, mas para o meu maior constrangimento, ele pegou a minha mão e levou até o seu membro. Ele riu com a minha surpresa e me beijou enquanto eu ficava com a mão ali sem saber o que fazer.
- Você quer mesmo isso? – Ele me perguntou com os lábios bem próximos dos meus.
- Quero mas é a minha primeira vez, pega leve. Estou nervosa. – Pedi e ele voltou a rir, me deixando ainda mais sem graça.
- Eu vou te fazer relaxar então. – Ele sussurrou e me deitou na cama de novo.
Vi ele se ajoelhar na cama, me deixando entre as pernas dele, em seguida ele terminou de tirar o cinto, tirou a calça e ficou só de cueca enquanto me olhava firme nos olhos.
Então, ele começou a abaixar a minha calcinha, o que me fez fechar as pernas em sinal de instinto e o fez rir de novo.
- Relaxe, Kath. – Ele falou já sem muita calma, e eu abri as pernas com os olhos fechados para não ter que encará-lo.
Então senti a melhor sensação do mundo. A língua macia dele passeava pela minha intimidade e eu logo comecei a gemer e a ficar ainda mais molhada. Ele me sugava com vontade eu só gemia ainda mais alto. Eu chamava o nome dele, me contorcia em sua boca e ele alternava entre chupadas e circular o dedo ao redor dela. Eu já não me aguentava mais e precisava dele mais do que nunca ou iria gozar na boca dele naquele momento mesmo.
- Voldemort, eu te quero agora, por favor. – Eu pedi e ele levantou a cabeça me olhando completamente convencido.
- Ótimo porque eu também não me aguento mais de vontade. Já faz um tempo que venho segurado isso. – Ele disse e abaixou a cueca.
Senti o membro dele roçar na minha intimidade, dei mais um gemido e vi ele me encarar com os olhos ainda mais vermelhos de puro desejo.
- Podemos continuar só brincando se você não se sentir preparada, Kath. – Ele sugeriu, mas eu neguei com a cabeça.
- Preciso disso agora, e preciso com você. Eu te amo. – Respondi e comecei a beija-lo.
Segundos depois, senti uma dor com uma ardência que me fez gemer. Eu sabia que ele estava indo devagar, mas eu era muito apertada pra ele e ele fazia de tudo para não ir mais rápido em mim. Quando finalmente entrou tudo, ele começou a se movimentar devagar dentro de mim e eu o agarrei com os braços e pernas enquanto ele gemia e beijava a curva do meu pescoço. Ficamos assim por um tempinho até que eu comecei a gostar também. De repente, ele voltou a beijar a minha boca e eu senti algo quente dentro de mim, o que indicava que ele havia gozado e eu não havia me protegido. Ficamos um pouco com ele ainda em cima de mim, até que ele saiu e se deitou ao meu lado.
- Eu disse que valeria a pena esperar. – Ele falou se apoiando nos cotovelos e voltando a me olhar. – Você foi perfeita, kath. Foi o melhor sexo da minha vida.
- Não precisa mentir, eu fui uma idiota o tempo todo, não sabia o que fazer. – Eu respondi e ele me sorriu encantado. – Mas, eu adorei, certamente foi muito especial. Eu te amo.
- Na próxima, eu juro que você vai aproveitar mais. – Ele me respondeu e voltamos a nos beijar.
Em uma só noite eu havia atingido a maioridade e tido a minha primeira vez. Eu só precisava de um breve cochilo para sair do paraíso e voltar para a minha realidade.
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