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História O preço do poder - I will protect you


Escrita por: teamvauseman

Notas do Autor


obrigada pelos comentários aqui e no twitter, não vão se arrepender de continuarem acompanhando <3

Capítulo 12 - I will protect you


POV Piper

Ver Alex indo embora fez meu coração doer. Eu sentia uma parte de mim indo embora com ela, a minha melhor parte. Estar com ela foi uma das melhores coisas que me aconteceu desde... sempre. Continuei encostada na parede da varanda enquanto sentia o seu cheiro em meu corpo. É possível sentir falta de alguém que você acabou de abraçar? Eu já estava sentindo tanta falta dela, e não tenho tempo para questionar se isso é bom ou ruim, se alguém viu nosso abraço na varanda. A única coisa que quero saber agora é quando vou poder tê-la novamente.

Um som me arrancou de meus pensamentos, entrei rapidamente em casa procurando de onde estava vindo aquele barulho, eu sabia que era o meu celular, só não estava encontrando. 

-Alô? -Eu disse afobada após encontrá-lo no meio do sofá.

-Meu amor. -Uma voz reconhecida falou suavemente. Era Larry.

-Larry? Ah... Oi? -Eu tentava dar o melhor de mim para parecer normal, mas tudo que eu não queria agora é ter que falar com ele. 

-Como você está? Tentei te ligar mais cedo, seu celular estava fora de área... -Engoli seco, uma parte de mim queria confessar tudo para que eu não precisasse fingir mais nada para ele, mas eu precisava ser racional, e fazer as coisas de um jeito melhor. -Olha, eu não tenho muito tempo, eu tenho uma reunião daqui a pouco. Eu só liguei para saber se está tudo bem, e para avisar que eu não poderei chegar amanhã.

-Como assim? Você não vem? -Eu disse e um sorriso se formou em meu rosto. -Quando você vem?

-Eu não sei direito, mas vou demorar uns dias, eu ligarei pra te avisar. -Não precisa ligar nunca mais, pensei comigo mesma. -Preciso ir, não sinta minha falta, te amo Piper. 

Larry desligou sem que eu pudesse falar qualquer coisa, o que foi um alívio para mim, já que eu não tinha nada para dizer, e muito menos vontade de corresponder tudo que foi me dito. 

Tomei um longo banho e me arrumei o máximo possível, queria fazer uma surpresa para Alex, decidi que levaria ela pra jantar. Eu não sei se ela iria gostar de ser pega de surpresa, mas eu queria tentar. Peguei meu celular e disquei seu número, para minha surpresa ela tinha esquecido na mesinha ao lado da cama. "que namorada eu fui arrumar" Pensei comigo mesma. 

Fiquei alguns minutos sentada na cama decidindo o que fazer, liguei para ONG e ninguém atendeu, provavelmente Alex estaria em casa. Um sensação de frustração tomou conta do meu corpo ao saber que eu nunca havia perguntado seu endereço, e se algo acontecesse com ela? Como eu iria chegar em sua casa? 

Dei alguns telefonemas para pessoas da ONG, e tentei parecer o mais profissional possível perguntando sobre o endereço de Alex, após muito insistir, eu finalmente consegui. Novamente a sensação de que Alex tinha uma vida muito reservada tomou conta de mim, não que eu achasse isso ruim, mas até que ponto ter uma vida tão oculta era bom?

Peguei minhas coisas e fui até o meu carro, coloquei tudo no banco do carona, não pretendia passar dias na casa de Alex, mas imaginava o quanto era difícil para ela estar no mesmo lugar onde Larry morava. O caminho todo pensei em Alex, no seu toque, no seu beijo, no seu gosto. Eu me olhava no espelho o tempo inteiro, queria estar bonita para ela, queria impressionar. Dirigi tentando não me perder por entre as ruas, o endereço não era muito longe de minha casa, mas eu não estava tão acostumada a dirigir pela cidade. Finalmente cheguei no endereço.

Saí do carro e quando eu ia dar a volta para pegar minhas coisas no banco do carona quando vi Megan sentada nos degraus da possível casa de Alex. Um ódio tomou conta de mim, eu quis ir e dar um tapa na cara de Megan, mas não poderia me expor assim, tudo bem que ela não sabia quem eu era, sempre pedi para Alex não expor quem eu era na ONG, assim eu poderia ajudar as pessoas e elas não iriam ter interesse na "namorada de um dos donos da empresa que ajuda a ONG". Fiquei parada pensando no que fazer, eu deveria ir até lá? Deveria voltar pra casa? E se Alex ainda estivesse ficando com ela? Minha cabeça doía só de imaginar Alex com ela novamente.

Meus pensamentos foram interrompidos mais uma vez, e dessa vez era por um farol que estava praticamente me cegando. Me abaixei tentando em esconder ao máximo, e quando a luz se apagou, pude notar uma luz ainda maior saindo de dentro do carro, Alex Vause. Continuei em meu lugar, precisava ver onde isso tudo ia dar, eu tinha medo do que poderia acontecer, mas estava confiando em tudo que Alex havia me dito, precisava dar uma chance a ela. 

As duas conversaram por alguns segundos, eu não podia ouvir nada, mas decidi que iria até lá caso as duas entrassem. Após alguns minutos meu coração gelou com a cena... Eu me levantei e caminhei até Alex sem acreditar no que estava prestes a acontecer.

 

POV Alex 

Saí do carro indignada, o que Megan estava fazendo na porta da minha casa? Eu não tinha falado com ela, e também deixei claro que não queria ter nenhuma relação pessoal duradoura.

-Megan? -Eu disse me aproximando dela. 

-Alex, finalmente... Eu te mandei um monte de mensagens o dia todo e você não me respondeu. -Ela deu uma pausa e continuou ao ver que eu não respondi. -Você também não apareceu na ONG e você nunca deixa de ir... Fiquei preocupada. 

-Já fiquei muitas vezes sem ir  na ONG, e não entendi essa sua preocupação agora, se o motivo foi o que aconteceu entre nós, espero que saiba que eu não dei esperanças de nada pra você, eu sou livre, e gosto de ser assim. -Disse tentando me afastar enquanto ela tentava se aproximar. 

-Eu só queria ver você, Alex. -Ela disse me olhando. -Meu corpo sente sua falta. -Megan era uma garota legal, mas era extremamente vagabunda, eu sabia que ela tentava dormir com algumas pessoas da ONG para tentar ganhar sempre algo mais alí, porém eu conhecia seu tipo.

-Megan... Eu acho melhor você ir embora. -Ela já estava perto demais de mim, e suas mãos estavam envolvendo minha cintura. -Megan... -Eu falei tentando empurrar seu corpo para longe. 

-Eu sei que você me quer... Alex Vause. -O cheiro de álcool que saia de sua boca era extremamente forte. E eu não conseguia parar de questionar o motivo pelo qual eu acabei cedendo as suas investidas. 

-Megan, me larga. -Eu disse empurrando seu corpo pra longe.

-Posso saber o que está acontecendo aqui? -Piper? Piper estava em minha casa, e como ela sabia onde eu morava?

-Piper? -Eu disse indo em sua direção. -Como você chegou até aqui?

-Eu não deveria chegar, Alex? Você tem algo a me esconder?

-Não, ela não precisa esconder nada de ninguém, não é amor? -Megan disse me puxando pro seu lado. 

-Megan, eu já disse pra você ir embora daqui, por favor.

-Você não ouviu ela sua vagabunda? -Se a situação não fosse tão trágica e embaraçosa eu sorriria, eu nunca iria me cansar da Piper com ciúme de mim.

-Quem você pensa que é pra me chamar ass... -Um forte barulho ecoou entre nós. Piper acertou em cheio a cara de Megan.

-Eu? Eu sou a mulher da Alex, e ela é a minha. Pra sua segurança, fique bem longe de nós. 

Eu não sabia o que pensar. Estava imóvel com a situação. Piper tinha batido na Megan por minha causa, aliás como ela conseguiu chegar em minha casa? As perguntas iam surgindo em minha cabeça a cada vez que eu tentava achar respostas. Pude ver Megan ameaçá-la com os olhos, e após mais algumas investidas, ela finalmente foi embora sem dizer uma palavra. Piper se arriscou, mas sabia que ela havia feito por nós.

-Não gostei do que vi. O que ela estava fazendo aqui? -Piper me perguntou se embolando entre palavras e com a respiração acelerada.

-Eu não sei Piper, eu não sei mesmo. -Segurei em sua cintura e a puxei para perto de mim. -Você fica extremamente linda quando está com raiva, principalmente quando faz essa cara de brava. -Eu disse tocando meus lábios nos seus, dando ínicio a um beijo calmo. -Como você achou minha casa? Você é muito stalker.

-Não foi uma tarefa fácil, admito. Mas eu sou uma pessoa que consegue tudo o que quer. -Ela ainda estava um pouco nervosa, eu sentia seu corpo tenso relaxar aos poucos enquanto ela cedia ao meu abraço.

-Um ponto em comum entre nós.

-Ah é? -Ela disse sorrindo.  -Tenho que aprender muito ainda sobre você, Alex. -Meu coração gelava a cada vez que Piper me dizia coisas assim, a minha vida toda passava como um filme em minha cabeça e um medo tomava conta do meu corpo, um medo dela não entender minha vida. -O que foi? -Ela disse, visivelmente incomodada com meu silêncio.

-Não foi nada. -Sorri e beijei seu rosto fortemente. 

-Bem, você esqueceu seu celular na minha casa. -Peguei de sua mão, temendo que ela tivesse descoberto alguma mensagem minha com Max. -E me arrumei lindamente assim. -Ela disse dando voltas e mostrando todo o seu corpo. Eu não tinha notado até o momento, mas Piper estava linda. Seu cabelo tinha leves ondas e escorriam até seus ombros, sua maquiagem era forte e marcava bem os seus olhos. Ela estava com um vestido que a cor me lembrava um topázio azul. E seu perfume... Sem dúvidas Piper estava maravilhosa. -Para te chamar para sair comigo, e não quero deixar que esse incidente insigificante estrague nossa noite.

-Pode ter certeza que não vai. -Mordi meu lábio inferior e pude notar um sorriso malicioso no rosto de Piper. -Vem, vamos entrar, eu irei me arrumar. 

Entramos em casa e eu fui breve em mostrar as coisas para Piper, minha casa estava longe de ser tão luxuosa quanto a dela, mas era tudo organizado e decorado de acordo com o meu gosto. Deixei Piper na sala e caminhei em direção ao banheiro. Com certeza essa noite promete, e muito. 

Entrei no meu quarto e procurei uma roupa que me deixaria a altura dela. Eu nunca fui de passar horas na frente de um armário decidindo o que vestir, mas naquela noite estava realmente difícil. Acabei pegando algo não muito chamativo e fui pro banho, onde eu não demorei muito.

Terminei de me arrumar rapidamente e voltei para a sala, me jogando no sofá do lado dela.

-Você tá linda. -Ela disse, sorrindo para mim e me avaliando. 

-Eu sei. -Respondi, o que fez ela rir mais ainda. -Vamos? A última coisa que comi foi aquela pizza. 

Saímos e entramos no seu carro, dessa vez ela ia dirigir. Liguei o rádio em uma estação qualquer e ela dirigia sem muita pressa.

-Tenho uma surpresa pra você. -Ela disse quando parou em um sinal vermelho,  virando seu rosto pra mim e com um sorriso nos lábios.

-Qual? -Perguntei, automaticamente curiosa.

-Hmmm... Larry não vai pra casa amanhã. -Ela falou, erguendo uma sobrancelha e me olhando de forma um pouco maliciosa.

Tentei esconder minha felicidade ao ouvir aquilo mas foi um pouco inevitável, já que a própria Piper parecia feliz com aquele fato.

-Isso me dá boas ideias dos próximos dias... -Falei sorrindo, enquanto ela voltava a dirigir. Pensei em Max e na produção, mas com certeza isso podia esperar um pouco.

Durante o caminho, Piper falou um pouco sobre o trabalho na nossa ONG e como ela estava se apegando ao ambiente e às pessoas que ela estava ajudando. Se não fosse a voz dela, eu teria ficado entediada.

-Chegamos. -Ela disse, parando num estacionamento pequeno. 

Saí do carro para olhar o restaurante onde Piper havia me trazido. Tentei não sorrir com aquilo, mas foi meio difícil. 

-Você me trouxe pro deserto pra um restaurante de comida italiana? Tinha um na esquina de minha casa. -Disse, fingindo estar brava com aquilo.

-Como você reclama... Esse não é UM restaurante de comida italiana, é O restaurante. -Ela respondeu, passando por mim e segurando minha mão, me puxando para dentro dele. -E aqui podemos fazer isso. -Ela beijou meus lábios rapidamente antes de empurrar as portas duplas de madeira da entrada do local. 

O restaurante era um pouco escuro, meio old school. As mesas eram de madeira, juntamente com o balcão e o piso era preto e branco. Fiquei surpresa quando vi uma jukebox encostada na parede.

-Esse lugar é a sua cara. -Falei para Piper enquanto nos sentamos a uma mesa que era iluminada por duas velas. 

-É o meu lugar preferido na cidade. -Ela respondeu sorrindo. -O que você quer comer? -Ela perguntou quando um garçom se aproximou de nós.

Ela fez uma pergunta inocente, mas estava tão bonita e provocante aquela noite que não pude evitar de fazer uma piada.

-Você. -Respondi, mordendo o lábio inferior e a olhando séria.

Ela chutou minha perna por baixo da mesa, corando levemente.

-Alex! -Ela me repreendeu, rindo.

-Ok, desculpa. Você escolhe, qual sua sugestão? -Perguntei, olhando a seção de bebidas do cardápio.

-Já sei. -Ela fez nosso pedido enquanto o garçom anotava atentamente. Ele olhou Piper de forma mais interessada do que o necessário, e se aquilo durasse mais tempo eu iria me manifestar. Felizmente ele se afastou antes que eu me irritasse.

Olhei distraída para a janela, a noite estava silenciosa lá fora, e era bom ficar um pouco longe da cidade por enquanto. Toda aquela correria me matava.

Nosso pedido chegou e acabamos com a comida em poucos minutos, da mesma forma que fizemos com a pizza mais cedo. Eu e Piper formávamos um bom par.

Ficamos longas horas ali, sentadas naquela mesa conversando sobre assuntos totalmente aleatórios. Achei incrível a quantidade de detalhes sobre ela que eu consegui viver sem antes daquela noite.

-Já sei o que te dar de aniversário... Vinil dos Sex Pistols? -Falei, então uma lâmpada se acendeu em minha cabeça. -Pera, que dia é seu aniversário?

-7 de junho. -Piper respondeu, rindo. -Pode anotar na sua agenda pra não esquecer.

-Anotado. -Falei, piscando pra ela.

-E o seu? 

-Sinceramente, não sei.

-Que? Como você não sabe o seu aniversário? -Ela parecia chocada, como se tivesse acabado de descobrir a coisa mais inacreditável do mundo. 

-Eu só não sei. Você não perguntou sobre minha família até agora.

Ela pensou um pouco, seu rosto ficando sério novamente.

-Eu não tenho. -Eu disse, sem Piper precisar perguntar algo. -Basicamente cresci em orfanatos, então é isso.

-E por que você nunca me disse isso? -Ela perguntou, um pouco sensibilizada. Confesso que não estava gostando da situação pois odiava quando sentiam pena de mim.

-Você nunca perguntou. -Dei de ombros, desviando os olhos dela. 

Piper pegou minha mão em cima da mesa, sem dizer mais nada. 

-Vamos? -Perguntei, me levantando. 

Paguei a conta e agradeci mentalmente por ter vendido os últimos lotes de metanfetamina, pois o que o restaurante tinha de legal ele tinha de caro. 

Entramos no carro, e dessa vez o silêncio que se instalou foi pertubador. Piper estava pensativa, e eu já conhecia sua expressão incomodada quando ela ficava assim.

-Fala, Piper. O que foi? -Eu disse, já não estava mais aguentando aquela situação.

-Eu... Eu irritei você? -Ela disse me olhando, visivelmente chateada com algo que não entendi. -Desculpa se me meti demais na sua vida, nunca foi minha intenção... É que... -Ela suspirou pesadamente. -Eu preciso saber mais de você, Alex. 

O peso de suas palavras foram equivalentes a gravidade e me colocaram totalmente no chão. Mais do que nunca eu quis contar tudo a ela, mas eu simplesmente não podia arriscar tudo assim. 

-Eu não estou escondendo nada de você, Pipes. -Falei de forma perfeitamente natural, meu poder de manipulação nunca me decepcionava. -Você tem o direito de perguntar tudo o que quiser. 

Ela sorriu de forma sincera, parecendo estar mais aliviada com a situação. Meu peito se apertou com aquilo, mas não deixei transparecer a dor que eu estava sentindo por dentro por enganar uma pessoa que me fazia tão bem. 

Demoramos um pouco até chegarmos em casa, durante todo o caminho Piper me fez algumas perguntas sobre a minha vida, eu tentava manter a calma e responder o máximo possível, tendo que ocultar uma coisa ou outra.

-Vamos pra sua casa? -Ela disse enquanto prendia seus cabelos.

-Sim, trouxe sua mala já? -Eu disse virando na rua da minha casa. 

-Como você é boba, mas sim, trouxe algumas coisas. -Isso era um sonho? Realmente estava acontecendo? Piper estava levando algumas coisas suas para minha casa?

-Bom, assim eu não vou precisar te deixar ir embora nunca. -Estacionei o carro na garagem e peguei minhas coisas para sair.

-E quem disse que eu quero ir? -Piper disse saindo e batendo a porta de leve. -Preciso de uns minutos na banheira e de preferência na sua companhia. -Piper mordeu seu lábio inferior fortemente e me olhou com tanto desejo que meu corpo doeu. 

-Mesmo se você não quisesse... Eu te obrigaria -Envolvi sua cintura por trás com os meus braços e beijei seu pescoço levemente. 

Chegamos na sala trocando beijos e carinhos. Piper tirou seu vestido alí mesmo, e não consegui tirar meus olhos de seu corpo caminhando até o banheiro. Ela ficou parada na porta me olhando por alguns instantes, me lançou um olhar e disse: 

-Você não vem?



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