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História O preto é poético. - Diversidade tão diversa.


Escrita por: ErrorDufe

Notas do Autor


Continuação, agora sim a história vai se desenvolver de fato e–e Sem enrolações.

Capítulo 2 - Diversidade tão diversa.


Duas cruéis dúvidas decidem chegar em minha cabeça no mesmo maldito momento: devo alugar um pequeno apartamento ou residir na faculdade? Com que dinheiro irei pagar qualquer um desses dois? Eu estou definivamente perdido. Mas, eu já havia contrariado todo o legado da minha família, eu já havia saído de minha cidade natal e já havia pago um semestre inteiro da faculdade, ou seja, desistir não é uma opção – muito menos algo que eu pense em fazer –.

Diante dos fatos, a escolha mais lógica é ver se arrumo algum quarto dentro da própria faculdade – que não é nada pequena, logo não é nada barata – mas, como eu poderia fazer isso bem no primeiro dia de aula? Seria muita audácia – ousadia demais – para um estudante novato e que não tem nem o dinheiro necessário. Lembrei-me então que a minha turma iria se reunir pela primeira vez hoje, fiquei levemente animado sem saber ao certo o motivo, mas não me atrasei nem sequer um segundo – fiquei foi esperando durante minutos os outros alunos chegarem, fiz meu papel de trouxa novamente – e, quando chegaram, pude perceber de cara que eram das mais variadas etnias. Haviam em nosso grupo tanto homens como mulheres, digo, meninos e meninas. Notei a presença de italianos, brasileiros, coreanos e argentinos, todos se comunicando através de um único idioma – para facilitar a conversa –. 

Nossa turma é composta por quinze alunos, dentre esses são nove garotos e seis garotas. Fiquei imensamente feliz de saber que quartos seriam cedidos para nosso aconchego – não tão feliz ao saber que esses quartos seriam dividos para todos – onde, a cada três alunos, um quarto. As garotas dividiram-se em dois grupos e os garotos em três. Nada foi escolhido por nós mesmos pois todos ali tinham acabado de se conhecer – inclusive, o silêncio reinou durante todos os cinquenta minutos de explicações – e, como ninguém conversou com ninguém, meus planos de talvez encontrar amizades e parcerias começou a ficar só nos sonhos mesmo. Para meu azar ou minha sorte, ainda não descobri, fiquei no mesmo quarto que os dois garotos mais opostos possíveis em questão de personalidade. Um deles era Carlos Lima – vindo direto do Brasil – que possuía personalidade super hiperativa, ele aparentava ser carismático e muito bagunceiro, com um ar extrovertido e animado. Já o outro era Luccas Sonwu Lee – vindo da Coréia do Norte –, ele aparentava ser extremamente calmo e quieto, não tem cara de quem gosta de conversar fiado e possui um ar de braveza inexplicável. Os dois são de fato diferentes um do outro, assim como também são diferentes de mim – nascido na Alemanha apesar de não possuir as características mais marcantes do país, como o cabelo loiro –. 

Enquanto eu observava atenciosamente os meus novos colegas de quarto, não reparei que as explicações tinham terminado – eu disse que sempre presto atenção demais em minha volta – e, sem nem conseguir imaginar como ou por qual motivo, fui atingido com um tapa não tão forte na cabeça, vindo de um jovem irritado – o tal Lee – e apesar do tapa, ele continuou calmo: 

— Você é surdo? - disse ele quase me dando um outro tapa na cabeça.

 — O que?.. O que é que foi? - perguntei confuso, afinal, aquele tapa foi exagero.

 — A gente tava te chamando faz um tempão tio, tava viajando aí na moral não é? Ah tá de boas, acontece mesmo. - falou o outro garoto, Carlos.

 — Entendi eu acho, mas qual o problema? - perguntei.

   —  Temos que arrumar nossos próprios locais para dormir, então melhor a gente ir arrumar o quarto. - disse novamente Lee.

   — Sem problemas, mas achei o tapa desnecessário sabe? - critiquei.

Luccas Sonwu Lee virou-se e foi embora – certamente em direção ao quarto – sem nem sequer se desculpar, nem falou mais nada. Carlos foi saindo logo depois e, ainda confuso, eu segui os garotos até o quarto, o qual chamarei de dormitório pois dormir é a única coisa que três seres humanos conseguem fazer naquele minúsculo quarto empoeirado. Nem chegamos direito ao dormitório e o sinal do primeiro teste de ensaios tocou, dessa vez os grupos deveriam se reunir o mais rápido possível, pelo que entendi. 

Era isso, a esperada faculdade. Finalmente consegui me estabelecer naquele local mesmo tendo tudo contra, acho que considerei isso minha primeira grande vitória de verdade, agora eu estava muito mais independente. Porém, eu nem sequer consegui imaginar que tantas responsabilidades, problemas e confusões estavam prestes a inundar minha vida, chegando junto com uma alta dose de pura adrenalina.


Notas Finais


Não sei ao certo um tamanho padrão para os capítulos, acho que deixarei acabar quando eu sentir que é a hora :/ Obrigado por ter um tempinho para ler.


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