História O príncipe - Capitulo vinte e três.

Não vejo America a alguns dias, desde que ela disse para mim não a beijar pois ela precisava de um tempo. Eu fiquei magoado obviamente pois queria beija-la o tempo todo. Mas hoje estou com a tarde toda livre e ver America é a melhor coisa a se fazer.
Nesse momento estou em frente o salão das mulheres esperando ela sair. Estou nervoso, não sei como reagir quando vê-la, isso me deixa perturbado.
— Maxon! — ela exclama e me lança nos meus braços.
Desejei ficar assim pelo resto da minha vida e quando ela se afasta me sinto totalmente atrapalhado, como se uma parte de mim estivesse se afastando de mim.
— Como você está hoje? — pergunto enquando ela se afasta.
 — Ótima, claro. O que faz aqui? Não deveria estar no trabalho?     
— O presidente do Comitê de Infraestrutura está doente, por isso, a reunião foi adiada. Estou livre como um pássaro a tarde inteira — explico, com um brilho no olhar. — O que quer fazer? — pergunto estendendo meu braço para ela.     
— Qualquer coisa! Há tanto no palácio que eu ainda não vi. Os cavalos, por exemplo. E o cinema. Você ainda não me levou lá.
 — Então vamos agora. Um pouco de descanso para a cabeça me faria bem. De que tipo de filme você gosta? — pergunto enquanto caminhávamos em direção à escadaria.
— Na verdade, não sei. Não vejo muitos filmes. Mas gosto de livros românticos. E de comédia também! 
— Um romance, então?
Digo levantando a sobrancelha como se tivesse segundas intenções. America ri, fico impressionada em como gosto do som de sua risada.
Viramos em um corredor e continuamos a conversar. Cruzamos com um destacamento da guarda do palácio, pude ver que America ficou impressionada quando todos abriram o caminho para nós e nos saudaram, eu ja estava acostumada. Mas mesmo assim ela parecia ignorar todos e tudo somente por estarmos juntos e isso me fazia tão feliz quanto nunca pnsei que poderia.
Mas então alguém suspirou e America parou bruscamente e demos meia volta. 
E ali estava ele.
O querido soldado Leger.
Agora finalmente seria a hora de descobrir se ele era o tal amado de America, ela certamente me contaria.
— America, você conhece este jovem?   
Ela o observa, parece observar cada pedaço dele.
— Sim. O soldado Leger é de Carolina. Na verdade, da mesma cidade que eu — ela responde com um sorriso para mim.    
Finjo estar animada por ela. Mas claro que eu não estou, estava na voz dela que era ele o tal homem, e ela só disse isso? Porque não me diz quem ele é de verdade?
— Bom, o que dizer! Bem-vindo, soldado Leger. Deve estar feliz por ver a campeã de Carolina novamente.     
Estendo a mão para ele me lembrando da primeira vez que o vi.
— Sim, Majestade. Muito feliz.     
Eu quem estou muito feliz por você ter a deixado vir, penso.
— Estou certo de que torce por ela — digo piscando para America.
— Claro, Majestade — concordou o soldado, inclinando levemente a cabeça.     
— Perfeito. Já que America é de seu estado natal, não poderia pensar em alguém melhor no palácio para tomar conta dela. Cuidarei para que faça parte do rodízio de guardas dela. Essa garota nega-se a ser acompanhada por uma criada durante a noite. Tentei convencê-la, mas... — balanço a cabeça para ela.
Ele parece relaxar, claro que relaxou! Assim ele a veria mais, porém se America não assumisse o que eu já imagino eu teria que descobrir com testes.
— Isso não me surpreende, Majestade. 
Sorrio. É claro que não...
— Bem, estou certo de que vocês têm um dia trabalhoso pela frente. Estamos de saída. Tenham um bom dia, soldados — aceno com a cabeça e a levo comigo.     
Começamos a ver o filme mas America parecia estar tão distante. Imagino que pensando no tal soldado o que faz meu peito apertar. Mas ela disse que poderia me amar não é? Então se ela puder mesmo me amar ela poderá me amar mesmo com ele aqui. Pelo menos é o que eu quero acreditar.
— Você não gostou do filme, gostou? — pergunto.     
— Hein?     
— O filme. Você não riu nem teve nenhuma reação.     
— Ah.     
Ela ficou quieta, parecia estar tentando se lembrar de algo mas obviamente não se lembrou.
  — Acho que estou um pouco fora de órbita hoje. Desculpe ter estragado a tarde.     
— O que é isso! — digo fazendo pouco caso da sua falta de entusiasmo, mas em certo ponto tenho que assumir para mim mesmo que estou um pouco chateado. — Para mim, só sua companhia já vale a pena. Mas talvez você devesse tirar uma soneca antes do jantar. Seu rosto parece um pouco pálido.    
Ela apenas concorda.