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História O Príncipe e o Sol (em ajustes) - Olimpo


Escrita por: LV_356

Capítulo 5 - Olimpo


Após o acordo, levei Apollo até o Palácio, ele olhava cada detalhe da construção com uma cara azeda. Eu podia muito bem exfregar as paredes com o rosto desse homem, mas infelizmente fui muito bem educado para isso.

-- Afinal.. quantos anos você tem, Andreas? -- pergunta ele, olhando em volta enquanto andavamos até os aposentos de minha mãe.

-- Por que quer saber? -- questionei o maior, o olhando com um olhar firme.

-- Vamos passar muito tempo juntos, quero saber mais sobre você para que nossa convivência não seja difícil. -- diz ele,direcionando seus olhos claros em minha direção e me fazendo virar o olhar para minha frente.

Nossa convivência JÁ É difícil. Pensei.

--... 21. Tenho 21 anos. -- disse andando sem olhar para trás.

-- Ainda é um pirralho. -- ele solta uma risadinha que me tira dos nervos automaticamente.

-- Olha, o foco agora é você cumprir sua parte do acordo! Não sei quanto tempo minha mãe e o meu povo tem, temos que agir AGORA... então, por favor, Senhor.. deixe as perguntas para mais tarde. -- Eu o encarei. Estava cansado, estressado e preocupado com toda aquela situação, apenas queria que tudo ficasse bem logo. Apollo deve ter percebido meu desespero em meu olhar, pois apenas assentiu coma cabeça e apressou seus passos aos aposentos de minha mãe.

Adentrei o cômodo com Apollo ao meu lado, meu pai nos olhou confuso. Eu apenas disse que ele poderia ajudar e Apollo pediu para que saíssemos do cômodo, para que ele pudesse fazer sua mágica de Deus ou sei lá o que ele iria fazer. Levei meu pai ao corredor e pedi para que confiasse nele.

Passaram-se horas, meu pai estava inquieto, andava de um lado para o outro enquanto roia as unhas. Tentei mante-lo calmo, mas era impossível. Quando Apollo saiu do quarto, meu pai logo correu para dentro do cômodo, eu entrei logo em seguida... e lá estava ela, minha mãe, sentada em sua cama, totalmente curada.

Meu pai correu para seus braços, ele a beijava em todos os lugares possíveis enquanto ela dava risadas envergonhadas.

-- Pare! O Andreas está presente! -- Disse minha mãe com as bochechas avermelhadas.

-- Ora, Medeia.. ele já é crescido! -- ele continuava a beija-la.

Eu os encarava com uma careta, com certeza não queria ficar ali vendo esta cena, então me dirigi ao corredor e fechei a porta. Vi Apollo escorado em uma das paredes e andei até o Deus, que olhava fixamente para mim.

-- Amanhã as colheitas e seu povo terá voltado ao normal. -- Ele diz, sério.

-- Muito obrigado, de verdade.. sou grato a você eternamente.. -- engoli seco antes de continuar a frase -- e como prometido.. irei com você e o servirei, meu senhor. -- disse me ajoelhando para reverenciar ele.

-- Ei, não precisa de tanta formalidade assim! -- ele parecia um pouco constrangido com a situação. -- Escute. Arrume suas coisas, amanhã mesmo iremos partir para o Olimpo. Iriamos hoje.. mas quero te dar um tempo com seus pais.

Pela primeira vez, senti docura naquela casca de arrogância e superioridade. Me levantei e cheguei mais perto do rapaz, que me olhava confuso. Abri um sorriso.

-- Obrigado, Apollo. -- disse para ele. Senti o rapaz paralisar por um segundo, com as sobrancelhas arqueadas e um olhar surpreso.

-- Que seja, pirralho. -- Ele diz saindo dali.

Quando Apollo foi embora, entrei nos aposentos dos meus pais. Tinha que conversar com eles sobre tudo isso. Minha mãe ficou aos prantos, eu era o único filho dela.. seu bebê. Foi difícil pra ela ouvir isso. Meu pai a consolova, ele parecia estar segurando o choro, sempre me dizia que chorar era sinal de fraqueza, quando na verdade ele chorava até mesmo com o nascimento de bezerros.

Passei meu último dia com meus pais da melhor forma possível. Eles me paparicaram como nunca, eu irei sentir falta disso.. dos meus pais, da Pólis, do palácio.. até mesmo das histórias de guerra do meu pai! Pensei que passaria o resto de minha vida aqui, que seria rei, teria uma esposa, filhos.. Porém o destino tinha outro caminho para mim.

Arrumei minhas coisas antes de ir dormir, mal podia acreditar que iria embora para sempre no dia seguinte. Naquela noite, demorei para dormir, mas foi a primeira noite de bom sono que tive em semanas.

Acordei com os raios de sol entrando pela sacada, me encolhi entre as cobertas, não queria levantar. Me virei para o lado e dei de cara com algo macio mas ao mesmo tempo sólido, ainda estava com a visão turva, então não via muito bem o que era.

-- Ei, você é atrevido, não é? Nem me pagou um vinho e já pôs o rosto em meus peitos! -- Diz Apollo deitado confortavelmente ao meu lado.

Me assustei ao ver o rapaz ali e bolei para fora da cama. Com as bochechas avermelhadas.

-- MAS QUE PORRA, APOLLO! -- falei, constrangido com a situação. Já estava odiando o dia.

-- Dormiu bem? Sim? Que bom. Levanta que a gente já tá indo. -- diz ele saindo de minha cama e pegando minhas coisas. -- você come quando a gente chegar lá, não se preocupe.

-- Ei ei, calma, eu nem me troquei ainda! -- me levanto do chão.

Apollo ignorando o que eu disse, me colocou em seu ombro direito e saimos pela sacada. Dei um grito quando ele pulou de lá de cima e serrei os olhos com força, esperando o impacto dos nossos corpos contra o chão, mas ao invés disso, Apollo pousou em sua carruagem de ouro que era guiada por um cavalo alado e partimos dali.

-- VOCÊ QUASE ME MATOU DE SUSTO! -- reclamei.

-- Deixe de drama, foi apenas um pulinho do segundo andar. -- ele diz despreocupadamente como se fizesse isso todos os dias.

Ele me coloca em pé na carruagem, a sua frente. Me sentia estranho ao ter ele atrás de mim, mas senti que se eu ficasse atrás, morreria. Ouço Apollo dizer para me segurar e assim o fiz. Segurei a ponta da carruagem com firmeza e a carruagem subiu rapidamente para cima das nuvens. Era denso e sufocante, mal conseguia me segurar.. a única coisa que me impediu de cair foi Apollo atrás de mim. Depois de uma longa subida, acima das nuvens, pude ver claramente.. o Olimpo.

Pousamos no pátio do palácio, era enorme e extremamente bonito! Algumas estruturas pareciam ser feitas de cristais, outras de pedra e ouro. Eu olhava fascinado para o lugar.

Não acredito que isto é realmente real.. parece um sonho. Pensei.

Era uma loucura eu realmente estar ali. Fiquei até mesmo com enxaqueca tentando assimilar tudo. Fui tirado de meus pensamentos quando Apollo chamou minha atenção.

-- O que está fazendo aí? Vamos, entre. Vou lhe mostrar onde vai ficar. -- ele disse entrando no local.

  O acompanhei, olhando para todos os lados. Era algo completamente inacreditável... talvez ficar aqui não seja tão ruim.



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