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História O Principe Mestiço - A coragem Sonserina - Dias Estranhos


Escrita por: TIREDQUEEN

Notas do Autor


Queridos leitores;

Essa semana foi brutalmente longa, com poucas horas vagas para me dedicar a escrita dessa história.
Peço que tenham paciência com essa autora.
Em breve teremos novos capítulos

Capítulo 16 - Dias Estranhos


Fanfic / Fanfiction O Principe Mestiço - A coragem Sonserina - Dias Estranhos

Duas semanas após o início das aulas, Cassandra não tinha notícias de Sirius e começava a ficar verdadeiramente apavorada. Doze anos em Askaban não serviram para treinar o bruxo. Ele era habilidoso, sim era, mas não tivera a chance de desenvolver todo seu potencial e isso era o que mais a preocupava. Quando estiveram na batalha do Ministério por muito pouco ele não fora morto. Como estaria agora?

Depois do beijo trocado no quarto de Snape ela não estivera mais presente as aulas de Hermione. Não fora chamada em momento algum e também não pedira para participar.  Ainda procurava uma forma de se comunicar com Hermione e finalmente havia encontrado algo, então muito em breve se obrigaria a enfrentar Severo novamente.

Eles apenas se encontravam no refeitório duas vezes ao dia, no dejejum e no almoço. Não se falavam e mal se olhavam, muito embora de tempos em tempos seus olhares fossem atraídos um para o outro.

E é obvio que Minerva McGonagall, que não havia nascido ontem, começou a perceber que talvez os olhares trocados significassem algo mais do que ambos gostariam de deixar transparecer. Muito embora o olhar de Snape sempre fosse carregado de um certo rancor, ainda assim, havia ali um brilho indecifrável que a velha professora não conseguia exatamente explicar.

Mas o visível abatimento da jovem professora também não lhe passara desapercebido, então, um dia a convidou para um jantar mais íntimo nos seus aposentos, para que pudessem conversar sem que ninguém lhes interrompesse.

- Minha criança, vai me contar o que está havendo com você? – perguntou sinceramente preocupada – Não está comendo direito, está magra, distraída, visivelmente preocupada. Severo fez algo?

- Não minha querida – Cassandra disse comovida com a preocupação da mais velha – Não é por conta do morceguinho que estou assim – disse fazendo Minerva erguer as sobrancelhas. Era estranho para ela ouvir Cassandra se referir a Severo como “morceguinho”.

- Então se não foi Severo, quem está lhe deixando tão preocupada?

Cassandra olhou nos olhos da boa senhora e decidiu contar, de uma vez, algumas coisas para ela.

- É meu primo, Sirius. Ele saiu numa missão para proteger algumas famílias que se recusaram a mandar os filhos para cá. Já faz quase 3 semanas e não tenho notícias dele.

- Sirius Black?? Seu cachorro?

- A senhora sabe que é ele um animago? – Cassandra perguntou surpresa.

- Ah sim criança, Alvo me contou absolutamente tudo sobre ele. Suponho que ele seja um membro da Ordem da Fênix.

- Sim!  – Cassandra disse com um suspiro – A senhora sabe que ele é inocente não sabe? Sabe que ficou preso injustamente por 12 anos?

- Sim eu sei – a boa senhora respondeu pesarosa – É verdadeiramente lamentável que ele tenha passando tanto tempo naquele lugar horrível, pagando por um crime que não cometeu.

- Sim é, mas... sabe, estando preso, ele não desenvolveu todas as suas habilidades corretamente. Droga – ela disse se levantando e andando de um lado a outro – Doze anos!! Em Askaban!! Deixaria qualquer um louco. Mas ele tem uma alma muito boa e agora está em algum lugar correndo um risco enorme e eu não vou estar lá para ajudar.

- Você o ama muito não é criança? – a senhora disse de um jeito bondoso – Está apaixonada por ele?

- Ah não!! – Cassandra deu um breve sorriso, um tanto divertida com o comentário – Eu amo ele muito sim. De verdade. Mas é um amor fraterno. Sirius é a minha família. Ele é um irmão para mim.

Minerva não pode deixar de notar a sinceridade nas palavras da jovem a sua frente. Mas então, não se contendo perguntou:

- E quanto a Severo? O que você sente por ele?

Cassandra se sentou novamente em frente a mais velha. Sinceramente não sabia o que dizer. Vinha há dias mentindo para si mesma, dizendo que tudo que sentia por ele era atração física. Mas uma vozinha lá no fundo da sua mente lhe dizia que seus sentimentos por Severo Snape eram muito mais profundos.

Mas como explicaria o que sentia sem revelar toda a verdade a Minerva? Ela não se sentia confiante que a professora em sabendo a verdade, conseguiria manter uma postura indiferente perante o homem. Deus sabe o quanto era difícil para ela.

- Por que pergunta? – ela inqueriu tentando ganhar tempo

- Porque eu vejo os olhares que vocês trocam. Eu percebo que Severo a olha com muito rancor e sinceramente não consigo entender isso. Em geral ele é muito condescendente com que é de Sonserina.

- Ele me odeia – Cassandra disse pesarosa – E tem toda a razão para isso.

- Eu não entendo – Minerva estava realmente confusa com a expressão de profunda tristeza da jovem.

Cassandra estava no seu limite. Ela precisava desabafar, precisava contar a verdade. Mas ainda assim relutava.

- Minerva – ela disse segurando as mãos da boa senhora – nessas últimas semanas, sua amizade tem sido mais que um alento para mim. Tem sido o meu alicerce, tem me dado forças para fazer o que eu tenho que fazer.

- E o que você tem que fazer minha menina? – perguntou, sinceramente preocupada.

- Eu preciso cuidar de Hogwarts, preciso proteger essa escola a todo custo. Mas... para isso eu preciso que Severo esteja seguro, porque a realidade é que Hogwarts só vai se manter se ele estiver forte para cuidar dela.

Minerva não entendia, olhava para a professora mais nova e era como se ela, em sua preocupação com Sirius estivesse perdendo a sanidade.

- Eu também disse a Severo que não sairia de Hogwarts – ela disse por fim – Estarei sempre aqui para proteger a escola. Para protege-la dele, de Severo.

Nesse momento os olhos de Cassandra se encheram de lágrimas.

- Dumbledore confiava nele – disse por fim, as lágrimas rolando livres.

- Sim, confiava – Minerva disse com raiva – e ele o matou!!

- Ele alguma vez lhe disse por que? – Cassandra perguntou

Minerva bufou sonoramente.

- Disse que ou ele matava ou Draco teria que fazer. Porque haviam muitos comensais lá. Isso é ridículo – a raiva dela era imensa – eles poderiam ter lutado juntos. Alvo era um bruxo muito poderoso.

- Dublemdore estava morrendo – Cassandra disse enfim, secando as lágrimas do rosto – você viu a mão enegrecida dele não viu?

- Eu... eu.. – Minverva estava confusa – Vi, claro, mas... o que isso tem a ver?

Novamente Cassandra se levantou e ficou andando de um lado a outro.

- Dumbledore estava morrendo, porque havia sido vítima de uma maldição negra muito poderosa. Ele tinha muito pouco tempo de vida quando foi encurralado naquela torre. Ele também sabia que Voldemort havia mandado Draco Malfoy mata-lo – nesse momento ela novamente se sentou em frente a mulher e completou – ele pediu que Severo o matasse.

- Mas o que diabos você está dizendo criança – Minerva disse exasperada – Isso é um absurdo!!

- É?? – Cassandra perguntou – acredito que você, melhor que ninguém conhecia o homem. Pedir que Severo o matasse no lugar de Draco seria algo que ele pediria?

- Bom... bem... sim, suponho que sim – ela disse um tanto constrangida – mas minha criança, como você pode saber disso? Acredito que seja mera conjectura, não é?

Por um momento Cassandra pensou em concordar, dizer que tudo era um simples devaneio. Mas não estava suportando mais guardar tanta coisa só para si. Ela não era tão forte quanto Snape era. Ela não conseguia mais carregar aquele peso sozinha.

- Não, não é. – disse por fim – Isso é verdade.

- Mas como pode saber?

- Porque eu vi tudo na mente de Severo Snape – ela disse séria, firme, as lágrimas enfim sumindo do rosto – eu torturei ele até extrair cada grama de memória que ele tinha em si. Eu torturei ele ao ponto dele implorar para que eu parasse. Mas eu não parei. Eu tirei TUDO dele. Toda a alma dele se desnudou diante de mim. É por isso que ele me odeia.

- Mas ... mas... – Minverva estava verdadeiramente abobalhada – Como você fez isso?

- Revelus Infitus – ela disse simplesmente – Molly Wesley e Andromedra Tonks me ajudaram.

Minerva estava verdadeiramente chocada. Conhecia o feitiço, sabia como funcionava, sabia a dor e agonia que causava e custava a crer que a doce criatura a sua frente fosse capaz de executar esse feitiço.

Cassandra pareceu entender a expressão da professora a sua frente.

- Eu estava com muito ódio dele – ela disse triste – eu o admirava tanto, tanto. E então ele se revelou um traidor, um assassino – ela suspirou – Foi a maior decepção da minha vida! O homem que eu tanto admirava, era um verme. Como eu pudera me enganar tão cegamente? Então quando a Ordem capturou ele eu não pensei duas vezes. Sabia que a única forma de tirar todas as informações que precisávamos era torturando ele. E eu fiz. E por mais que ele me odeie, eu não me arrependo Minerva. Porque hoje eu sei que eu não me enganei. Tudo que ele fez, tudo que ele faz, tem por objetivo destruir Voldemort e... – nesse momento ela novamente segurou as mãos da mais velha – eu não posso lhe contar tudo, mas posso lhe contar que podemos confiar nele.

Minerva estava chocada demais. Não sabia exatamente o que dizer e diante do silêncio dela Cassandra continuou.

- Mas você não pode dar a entender que sabe Minerva, porque ele simplesmente não suportaria. Aquele morceguinho é orgulhoso demais – disse com um sorriso triste – Ele sempre lutou ao nosso lado e nunca ninguém soube ou sequer desconfiou dos sacrifícios dele. Apenas Dumbledore sabia.

Minerva finalmente pareceu reencontrar a voz

- Criança ele é o principal comensal de Voldermort – disse por fim, ainda muito incrédula – como você pode dizer que está enganando ele? Estamos falando de Voldemort.

- Sim estamos. Mas ele engana Minerva. E me apavora imensamente cada vez que ele vai ao encontro daquele monstro. Porque eu tenho medo que ele não volte – concluiu com os olhos novamente cheios de água.

A mais velha ficou uns momentos olhando nos olhos da mais jovem.

- Eu me enganei não é? – disse fazendo Cassandra a olhar sem entender – É Severo quem você ama.

Cassandra não disse nada. Apenas abraçou a mulher a sua frente e chorou copiosamente. De que adiantaria negar? Sim ela o amava. No fundo achava que o amava desde sempre.

                                                           ***************

Dias depois...

- Não está se concentrando Hermione – Severo disse exasperado – Mas que diabos está acontecendo com você hoje?

- É que – a garota disse inquieta – a poção está pronta. Amanhã iremos ao Ministério.

Severo a olhou um tanto chocado.

- Pensei que iriam esperar o Black voltar para acompanhar vocês – disse por fim – era isso que tínhamos combinado que fariam.

- Sim eu sei – a garota estava verdadeiramente agitada – Mas Harry está inquieto demais. Ele disse que estamos perdendo muito tempo. Temos muito o que fazer e pouco tempo. E ... ah Sev o pior é que ele tem razão.

Severo andava de um lado para o outro. Reconhecia a verdade nas palavras dela. Se a poção estava pronta não havia razão lógica de ficarem adiando a ida ao Ministério. Mas se preocupava por irem sós. Não sabia o que realmente tinham que fazer e era bom que não soubesse, mas sabia que a missão que Dumbledore dera a Harry era crucial para que o bruxo das trevas fosse enfim derrotado.

- Como você está com tudo isso? – perguntou preocupado.

- Apavorada – ela respondeu sincera – mas tive o melhor professor ao meu lado nos últimos dias e ele me ensinou a usar o medo ao meu favor.

Severo deu um sorriso a garota e de forma inesperada a puxou para um abraço. Hermione ficou muito feliz com o gesto dele. Em geral era ela quem o abraçava.

- Promete tomar cuidado e não se arriscar além do necessário – e perguntou ainda a segurando firme nos braços. 

A garota apenas balançou a cabeça contra o peito dele de forma afirmativa. Se sentia extremamente protegida naquele abraço. Ficaram um bom tempo abraçados até que ela finalmente ergueu a cabeça e pediu a ele.

- Preciso falar com Cassandra – ele apenas assentiu, já esperava por isso. Sabia que mais cedo ou mais tarde teria que chamar a professora a se juntar a eles.

- Amora!!

- Sim amo Snape!

- Traga a professora Black aqui.

Imediatamente a elfa desaparatou para voltar poucos minutos depois.

- Veio rápido dessa vez – ele disse enquanto observava as mulheres se abraçarem.

- Tenho esperado todas as noites o chamado de Hermione.

Nesse momento a garota ficou vermelha.

- Cass me desculpe – ela começou a se explicar – é que eu pensei...

- Pensou certo Hermione – Cassandra a interrompeu antes que ela continuasse – Não é justo obrigar Severo a me aturar além do que ele precisa como diretor de Hogwarts.

A observação, num tom um tanto triste, chamou a atenção de Snape que a olhou com certa curiosidade. Não havia o habitual sarcasmo na voz dela e pela primeira vez ele observou que estava magra e abatida.

Hermione também reparou.

- Cass ele deve estar bem – disse se referindo a Sirius – se algo ruim tivesse acontecido já teríamos notícias. Minha mãe sempre costuma dizer que notícias ruins chegam rápido.

Cassandra deu um breve sorriso e abraçou a garota. Realmente gostava muito dela.

- A poção ficou pronta não é?  Vocês vão para o ministério amanhã não vão?

Hermione apenas confirmou com a cabeça.

- Eu tenho uma coisa para você – e dizendo isso Cassandra tirou um pequeno espelho das vestes.

- É lindo Cass – Hermione disse com carinho, mas então se olhando no espelho não viu sua imagem refletida – mas... tem algo errado nele.

- Tem? – Cassandra perguntou parecendo divertida. E tirando um outro espelho exatamente igual ao de Hermione começou a se olhar – Olhe de novo Mione.

- Por Merlim!! – a garota gritou assustada – era o reflexo de Cassandra que via ao se olhar.

- Veja Severo – Cassandra o chamou.

Por um segundo pareceu a mulher que ele não iria se aproximar, mas então ele ficou a seu lado e olhou para o espelho que mostrava o rosto sorridente de Hermione.

- Engenhoso – disse erguendo uma das sobrancelhas.

- É fabuloso – Hermione disse – Funciona em qualquer lugar?

- A princípio sim – Cassandra disse – então por favor, aonde você for leve com você. Pelo menos assim conseguiremos saber se vocês estão bem.

Hermione se jogou nos braços de Cassandra para mais um abraço. Depois deu mais um abraço em Severo e antes que qualquer um dos dois pudesse falar algo, a menina sumiu na lareira, segurando o espelho junto ao coração.

- Eles vão ficar bem? – Cassandra perguntou olhando a lareira, sem coragem de olhar o homem a seu lado.

- Eu espero que sim – foi tudo que disse, também olhando para a lareira vazia.

- Posso pedir uma coisa? – ela ainda não olhava para ele.

- O que você quer? – ele retrucou um tanto ríspido.

- Me abraça – ela falou se voltando para ele.

- Acha prudente?

Ela olhou para ele sem entender a princípio, mas o olhar intenso dele fez seu corpo esquentar então ela entendeu.

- Desculpe – disse por fim – o sumiço do cachorrinho, os três indo pra essa loucura sozinhos. Acho que tudo isso tá me deixando meio doida. Por favor peça para Amora me levar de volta.

Ele não falou nada por um momento, então de forma inesperada a abraçou forte.

Ela se aninhou nos braços dele, deixando sua cabeça descansar no peito forte e ficou ali sendo embalada pelo ritmo do coração dele.

Então ele a soltou, mas continuou olhando para ela, de uma forma intensa.

- Obrigada meu príncipe – ela disse com sinceridade – você não tem ideia do quanto eu precisava desse abraço.  Pode pedir para Amora me levar agora.

- Fique! – ele disse com sua voz baixa, levemente rouca.

O coração dela disparou no peito.

- Se eu ficar você vai me odiar ainda mais do que me odeia – disse um tanto ofegante.

- Não quero ficar sozinho essa noite – ele disse sincero – e eu sei que você não é uma daquela mulheres.

Ela ficou parada olhando para ele. Sua cabeça dizia que era estupidez sequer cogitar em ficar, mas seu corpo e principalmente seu coração diziam que ela não poderia ir.

- Peça de novo – ela disse com voz rouca se aproximando mais dele, os corpos praticamente colados.

- Fique! – ele disse num sussurro.

“Ah que se foda!” ela pensou antes de unir sua boca na dele num beijo voraz.

Amanhã ela teria tempo para arrependimentos. Por hora iria viver a loucura que quisesse com o homem que amava.

 

 


Notas Finais


Mais alguém sentiu o "calor" do momento??
Será que eles vão mesmo se entregar a paixão???
Quem tá curtindo deixa um oi aí pra mim!!


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