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História O Príncipe Vermelho (Imagine Jeon Jungkook) - Capítulo X


Escrita por: Sinkyhu

Capítulo 10 - Capítulo X


Fanfic / Fanfiction O Príncipe Vermelho (Imagine Jeon Jungkook) - Capítulo X

Eu estava jogada no chão do jardim. Não sabia ao certo se eu estava deitado ou se havia caído as ser atirada ali. Tentei me erguer mas era impossível me levantar, meu corpo parecia pesado demais, e minha cabeça latejava em uma dor aguda.

Então vi o homem. O mesmo homem que apareceu em minha janela, a janela vermelha e sem nenhum sinal do céu. Não consegui ver seu rosto, pois o jardim ficava um verdadeiro breu durante a noite, e talvez (eu diria com toda certeza) Margarida marcava de se encontrar com seu noivo por aqueles lados exatamente por tal escuridão plena e continua. Quis perguntar quem ele era e o que fazia por ali, mas eram questões tão previsíveis que me envergonhei de fazê-las.

Ele se aproximava cada vez mais, mas eu continuava imóvel. A grama fazia cócegas em minha pele e isso parecia me deixar ainda mais impossibilitada de reagir e fazer algo que me livrasse daquele rapaz. As folhas se soltavam dos galhos e dançavam com o vento, rodopiando graciosamente acima de mim. Uma tocou a ponta do meu nariz, mas em pouco tempo o vento a tomou novamente, a fazendo ir até a ponta dos dedos do homem. Então notei o quão próximo ele estava e minha pele se arrepiou na mesma hora.

Me lembrei daquela noite estranha. Aquela noite em que eu achei que eu havia delirando como eu costumava, mas tive provar da realidade no dia seguinte. O que ele havia feito comigo enquanto eu dormia? Ele tinha colocado as ataduras naquela ferida tão profunda e... Trocado minhas roupas manchadas de sangue?

A ideia fez minhas bochechas arderem imediatamente. Era tão impróprio... Mas de certa forma eu não me importava muito. Imaginava o que aconteceria se eu por avisa contasse á meu pai e meus irmãos sobre o que aconteceu. Cabeças iriam rolar com toda a certeza.

- Sim, eu troquei suas roupas. - ele disse agora ao meu lado - Peça por peça, lentamente para que eu pudesse apreciar cada detalhe de seu corpo virgem. Vi cada curva, cada detalhe, cada cicatriz... E por isso digo que você é encantadora.

- O quê?! - perguntei aflita.

Ele havia lido meus pensamentos, mas o que mais me apavorava foi que um homem do qual eu não fazia a minha ideia de quem era ter me visto nua.

- O relógio badala entre os ventos que uivam todas as noites, e acorda os enamorados que se amam até o raiar do dia. Cada flor sussurra o amor e acalenta os receios violentos da noite, porém a escuridão permanece e nos devora, nos deixa submersos as águas do medo e do pavor, saltita até nossos corpos e nos espreita enquanto temos os nossos piores pesadelos e os melhores sonhos. O mundo teme a escuridão, mas até mesmo ela é capaz de se apaixonar por uma alma pura qualquer, e pode zelar do que tem de mais precioso numa noite fria e misteriosa. Tudo isto, por que a escuridão ama, e o amor é escuro.

O olhei confusa. Eu não havia compreendido muito bem as palavras, mas algo me dizia que fazia algum sentido importante para mim, e que eu deveria pensar sobre assim que pudesse.

Suas mãos frias tocaram meu rosto e apertaram minha carne.

- Minha pobre rosa está apodrecendo há cada dia que se passa. Tens medo de morrer, minha doce criança?

- Claro que tenho. - respondi tão rapidamente que me espantei.

- Ora, não se preocupe... Irei zelar muito bem de você. Você será a mais bela das flores, quanto teu corpo for consumido pelo solo e tua alma renascer como uma maravilhosa rosa. Mas você não quer morrer, não é mesmo?

Concordei lentamente.

- Pois bem, eu lhe compreendo... Minha rosa pode viver mais, sentir e provar de tudo o que a vida pode oferecer. - acariciou minhas bochechas - Teu ventre é tão fértil, tua áurea é tão sedutora... Seria uma verdadeira pena desperdiçar tanta beleza sem que receba o amor que mereça.

Se aproximou de mim, deixando nossos rostos bem próximos, mas mesmo assim não pude vê-lo. Eu podia notar seus traços, mas havia algo de estranho, como se a imagem não se montasse em minha mente.

- Tenha toda a certeza, de que eu lhe mereço muito bem. E nunca irei lhe deixar sozinha.

- Quem é você?

- Sou o que você quiser que eu seja.

- Mas eu gostaria de saber o seu nome!

Ele deu uma risada, como se fosse algo extremamente hilário de se ouvir. Sua mão alcançou alguns fios de meu cabelo e os puxou levemente, mas ele parecia irritado.

- Você não me disse o seu, então não seria nem um pouco justo que eu lhe informasse sobre o meu. - apertou um pouco mais forte e me ergueu do chão - Mas nem você mesma sabe qual é o seu, não estou certo?

Engoli á seco. Tentando lidar com a dor tão forte e tentando juntar palavras. Mas ele pareceu se cansar e me soltou no chão sem cuidado algum. Senti minha cabeça doer com o contato, mas fiz força para não me deixar choramingar um segundo sequer.

Ele voltou a ficar de pé e se virou de costas para mim. Olhou algumas estrelas no céu enquanto o vento soprava seu cabelo.

Tudo que eu queria era ver seu rosto. Mas não importava o quanto eu me mexia para tentar ver em outra posição, ele continuava irreconhecível aos meus olhos. Era algo tão desesperador que não consegui parar de tentar mesmo que todas as tentativas apresentassem resultados errôneos, eu simplesmente senti que eu precisava ver seu rosto de qualquer forma. Eu mexia minha cabeça para todos os lados possíveis de se obter, e quando nenhuma dava certo, eu retornava a tentar nas posições anteriores. Não tive noção de quanto tempo fiquei nesta insistência, mas me lembro bem de quando parei.

Foi de repente, quando o homem pareceu perder a paciência ao ter notado minhas tentativas, então se virou para mim num piscar de olhos, e me lançou um olhar tão duro e avermelhado que senti uma pontada feroz em meu pescoço que me fez gritar de dor.

Foi tão forte que pensei que houvesse arrancar minha pele e me fazer sangrar. Todo o meu corpo ardeu, como se a dor fosse se espalhando e tomando conta de mim. A dor me fazia chorar alto em desespero, eu simplesmente não sabia o que fazer, era tão forte que eu não sabia mais pensar! 

Ele me olhava com um sorriso sádico enquanto eu me contorcia em desespero, e por mais que eu lhe implorasse por ajuda, ele continuava em seu lugar, com a brisa da noite levando seus cabelos para o lado. Então pensei que aquilo fosse culpa dele, como se de alguma forma ele houvesse despertado aquela dor em mim 

- Por favor, pare com isto, está doendo muito!

- Ora, não seja tão tolinha... Eu não vou parar com um simples e comum "por favor". Me implore, me implore como uma boa menina para que eu pense um pouco em seu caso!

- Eu lhe imploro, faça isto parar! Faça isto parar! - eu gritava.

- Implore direito! - ele exclamou - Me implore da forma que mereço e toda esta dor irá passar!

- Pelos céus escuros das profundezas desta noite vazia, eu lhe imploro, meu senhor, que pare com esta dor tão imensa! Eu lhe imploro em nome de nosso santo Deus!

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