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História O Príncipe Vermelho (Imagine Jeon Jungkook) - Capítulo XXIII


Escrita por: Sinkyhu

Notas do Autor


Atrasei 19 minutinhos, mas aqui está♡♡♡

Capítulo 25 - Capítulo XXIII


Fanfic / Fanfiction O Príncipe Vermelho (Imagine Jeon Jungkook) - Capítulo XXIII

Bom, hoje era o dia em que faz dezesseis anos minha mãe desapareceu. E por esta razão eu, papai, Jungkook e Seokjin estávamos nos dirigindo ao cemitério. Sim, meu pai a havia considerado morta depois do que fez, e também para que os súditos não notassem que houve algo de muito errado naquela noite no castelo real.

E eu não sabia nada do que havia acontecido, e por isto estávamos indo até o cemitério. Bom, eu nunca havia ido a um cemitério, e aquilo me deixava assustada, mesmo encarando o rosto monstruoso da morte diversas e diversas vezes. Jungkook viu meu rosto e notou minhas mãos trêmulas, e imediatamente me puxou pela cintura para um pouco mais perto dele, mas a soltou imediatamente. Nada de mãos dadas ou contatos físicos na presença de papai, pois aos olhos do mais velho seria um ato vulgar e ultrajante, digno de uma repreensão severa e uma impressão ainda pior.

Por sorte, Seokjin se mantinha calado, mas seu olhar não abandonou meu corpo um segundo sequer. Eu poderia sugerir que por aqueles olhos embaçados se passavam pensamentos de como me tocar mais uma vez. Aquilo me deixava com nojo.

Então meu pai entrou na porta do cemitério. Me deparei com as lápides repletas de poeira, e maioria com as datas antigas da última guerra que ocorreu no reino. Faziam séculos, mas muitas pessoas morreram. Os meninos não aparentavam nada em seus rostos, nenhum sinal de medo, de reflexão ou de respeito pelo lugar onde se encontravam. Adotavam a mesma postura de quando "perambulavam" pelo castelo.

Então caminhamos até o muro final. Observamos meu pai, porém ele não parecia interessado em nenhuma lápide ou qualquer coisa naquela área.

E assim que notamos, ele estava contornando o muro, indo em direção á algo atrás daquele cemitério. O segui confusa, e olhei por um instante para Seokjin, que entendeu minha expressão facial em segundos:

- Ele está indo no cemitério dos suicidas. - falou - Eles enterram os que tiram a própria vida e os criminosos mais repugnantes num solo que não foi abençoado pela igreja.

Eu achei aquilo horrível, tanto que quando pisei, me senti estremecer. Jungkook segurou minha cintura mais uma vez brevemente, temendo que eu acabasse caíndo.

- Papai, por qual razão estamos aqui?

Ele não me respondeu, e ele raramente evitava minhas perguntas. E aquilo me deixou aflita.

Finalmente ele se aproximou de uma lápide, a mais chamativa e bonita entre todas do cemitério comum e o dos suicidas. Estava escrito "Helena Stankovic" com letras muito bem trabalhadas. Me admirei muito por ele ter se dado ao trabalho de fazer uma lápide tão bela em meio a sensação de ódio tão grande que diziam que ele teve quando descobriu.

Então meu pai olhou para o coveiro, que lhe entregou uma pá. O observei com os olhos arregalados, pois se alguém o visse, eu já poderia imaginar os plebeus gritando que o rei que os governava era  um ladrão de corpos. Até mesmo os outros dois acompanhantes o observaram surpresos.

Então ele cavou. Cavou de forma incessante e sem pausas, até que surgiu um baú de madeira enorme, e ele o pegou sem se importar com a terra que manchava os tecidos tão caros que ele vestia. Caminhamos até uma parte isolada da igreja e ele colocou o baú sobre a mesa.

- Bom, eu convoquei vocês três para este passeio, se assim podemos chamar, por um motivo muito significante. - disse - E como um de vocês dois será o futuro marido de minha filha, por prevenção os convoquei para que soubessem tudo o que era necessário. Mas, tudo o que direi aqui deve ser mantido sob segredo total, ou teremos problemas sérios com o reino e os outros que nos cercam, e os seus estão bem próximos.

- Eu compreendo, majestade. - Jungkook falou.

- Igualmente, majestade. - Seokjin também respondeu.

Então ele abriu o baú, e nele haviam inúmeras cartas. Eu seria capaz de sugerir que haviam mais de em cento, uma quantidade chocante com toda certeza.

- Minha filha, todas estás cartas são de sua mãe. - falou - Ela andou as enviando por todos estes anos, deixando sempre sobre meu trono, e os criados as recolhiam pela noite. Por sorte, nunca as abriram, nem mesmo eu. 

Ele parecia ter mais algo a dizer, e as informações que eu possuía sobre minha mãe eram tão escassas que me mantive totalmente concentrada em cada mínima palavra dita:

- Todas as cartas foram escritas para você. - suspirou - Eu não queria lhe entregar nenhuma delas pois deduzi que seriam inúteis para você. Mas andei conversando bastante com seu irmão mais velho, e decidimos que está crescida, e já está para se casar, e por isto não seria justo não lhe entregar o que é seu.

Não tinha uma reação certa para aquele momento. Eu jamais havia imaginado uma situação como aquela, em circunstâncias como as quais eu me encontrava.

Jungkook me abraçou. Nunca pensei que o mesmo tomaria uma atitude daquela. Eu estava tão confusa, tão desesperada... Nada fazia um real sentido aos meus olhos naquele momento. Eu me sentia como uma tola, que acabasse de descobrir que o céu era azul. Seokjin segurou minha mão, e eu não rejeitei. Daquela vez ele não havia me pressionado, eu apenas o deixei me apoiar também, sem deixar que sentimentos negativos me tomassem.

- Precisa de ser forte. - Jungkook sussurrou - Respire fundo, eu estou aqui ao seu lado.

Meu pai empurrou o baú em minha direção, e depois pegou algumas delas, no total três:

- Estas são as mais importantes em questão de datas. - explicou me entregando - Por isto sugiro que inicie com elas.

Olhei para Jungkook. Eu ansiava que ele me ajudasse de algum modo, da maneira que apenas ele conseguia. Então ele pegou a carta mais antiga. Era a data de quando ela sumiu, qua do eu ainda a era um bebê perdido em meio daquelas pessoas, um princesa jovem e largada.









- "Minha amada filha, minha pequena e pura garotinha. Eu estou partindo, estou indo embora, estou saindo da sua vida sem que sequer você tenha consciência.

Minha tão amada garotinha. Você adormeceu em meus braços hoje. Suas mãozinhas abraçaram meus dedos e você chorava muito, parecia imersa ao medo, como se soubesse que eu iria embora.

Eu tive minhas razões, filha. Mas você ainda vai compreende, nem mesmo que todos esses anos se passem. Há algo além do que os livros explicam, algo que nem mesmo o melhor dos tutores nos ajudaria a poder encarar e crer. Estou diante de um mundo novo, uma realidade nova, e estou encantada com ele, e irei largar tudo para poder fazer parte daquela realidade, ao lado de um homem fascinante.

Minha querida, talvez seu pai ou seus irmãos a tenham criado para ser uma garota forte, sendo grosseiros e frios com você. Ninguém vai se tornar forte assim, é necessário amor e carinho, muito mesmo. E este homem que me leva para fora destes muros aparentava ser um homem gélido e sem emoções, mas ele tem muitas coisas e histórias borbulhando dentro de si, e ele tem muito carinho para me dar.

Acordo delirando o nome dele, ele me chama e todos dizem que estou adoecendo. Mas ele apenas quer a minha vida, e eu desejo a morte dele, é uma troca justa, não acha?

Em breve lhe buscarei, e estarei sempre te observando.


Com amor,

Sua mãe."



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