História O problema é que te amo! - Provocando minha noiva!

Ash ON

Os minutos passam, as horas voam, e os dias vão sumindo num piscar de olhos. Bom, idai? Idai que para um homem adulto, que sabe bem dos prazeres do pecado da luxúria, ficar sem sexo, é quase como ficar sem estímulo para vida!

Essa história não está me agradando em nada. Tá, uma certa ansiedade deixa as coisas mais "interessantes", mas, não dá! Não consigo. Não tenho a destreza para viver com uma loira linda dentro de casa, que até dormindo me faz ter desejos, e ficar apenas nos beijos e carícias. Isso não é o bastante para mim.

- como vai querer seus ovos, meu amor? - pergunta a loira, me fazendo encara-la por um tempo, tentando entender o que ela havia dito - Ash, seus ovos, como vai quere-los? 

Okay, ela falou de ovos de galinha, Ash. Ovos de galinha...

- a-ah, mexidos, por favor... - digo, rindo sem jeito da situação. Serena me olha suspeita, mas não fala nada.

Quando ela se volta novamente para o fogão, a analiso por completa. Ela usava um vestidinho curto, que ia até a metade de sua coxa. Com seu avental rosa cobrindo sua frente, suas costas ficavam amostra pelo caimento do vestido. Tão branquinha que da vontade de...

- perdeu alguma coisa, Ash? - questiona, ainda de costas. Aproveitando que ela não me via, tento ao máximo me manter calmo, por mais que meu café derramado em minha camisa não demonstrasse o mesmo - Ash?

- perdão, e-eu apenas estava prestando atenção no seu modo de cozinhar! - puta que pariu, que merda de resposta foi essa?

- hum, legal! Mas o engraçado, é que a panela está sobre o fogão, e não na minha bunda! - falado isso, a loira semi-olha de canto a mim, me fazendo engolir seco. Essa menina é esperta, bem esperta! - aqui está seu café-da-manhã. Agora coma e vá para o serviço. Não quero um esposo vagabundo em casa!

- nossa, falando com tanto amor... - reviro os olhos, sendo respondido com um beijo na bochecha.

- é sério! Melhor não se atrasar.

- tá... - suspiro, desanimado. Só de pensar em mais um dia puxado que vou ter, meu ânimo cai por completo - ao menos não vou ficar aqui sofrendo com essa sua ideia idiota... - digo baixo, assim que ela se vira novamente ao fogão.

Passado o tempo, eu já havia terminado meus ovos mexidos, e também trocado de roupa por conta do café em minha camisa. Serena continuava no fogão. Imagino que por estar de folga, ela se sinta sem o que fazer em casa.

- o que está fazendo? - pergunto.

- preparando o almoço! Você poderá almoçar em casa hoje? 

- não sei meu anjo. Imagino que hoje seja mais um dia daqueles... Mas vou ver o que faço! - digo, chegando por trás dela e a abraçando.

- okay! Vai querer algo em especial? - tentei respondê-la, mas o seu perfume natural já havia me hipnotizado. Aproximei-me mais de seu corpo, sentindo o mesmo arrepiar. Quando mordisquei levemente sua orelha, a loira se manifestou - A-Ash?

- gosto muito do que você cozinha. Mas, o que eu quero comer agora, é você... - (imagem do capítulo) sussurro bem perto do seu ouvido, de uma maneira tão espontânea que nem eu se quer sei o que falei direito.

Bem vermelha, Serena se volta à mim, e quando eu já me preparava para beijá-la, sou surpreendido com uma colherada de madeira na cabeça.

- ASH KETCHUM, VÁ AGORA PARA AQUELE HOSPITAL!

- espera, mas...

- AGORA!

- tá, tudo bem. Já estou indo - não querendo mais problemas pro meu lado, saio às preces da cozinha, deixando uma loira irritada e corada, com sua colher de pau em mãos.

Serena ON

- idiota...

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Acabo de ouvir a campainha tocando, e como já sei quem é, nem me dou ao luxo de me vestir adequadamente. Abro a porta, e sou recebida com um abraço forte de uma azulada serelepe!

- vem, entre! - dou passagem a ela, e a mesma adentra à casa.

- como você está, "Sra. Ketchum"? Anda cuidando bem do maridinho? - brinca, com um sorriso sapeca no rosto.

- não, por favor. Sem Sra. Ketchum por enquanto! E sim, meu noivo está sendo muito bem cuidado, obrigada! - afirmo, piscando para ela em deboche. Sorrimos uma da outra, e nos sentamos no sofá - se bem que...

- se bem que o quê? - retruca, curiosa.

- o Ash anda estranho. Parece que ele está sentindo muito a nossa falta de "afeto", se é que me entende.

- sexo?! - sua resposta seca, me fez corar de leve. Balanço a cabeça positivamente, em concordância - aff, o que foi desta vez? Estão brigados?

- não, é só que eu resolvi que só voltaríamos a fazer depois do casamento...

- e isso já tem quanto tempo? 

- um mês... Talvez dois... Sei lá!

- meu Deus, Serena. Você está querendo que o Ash perca o interesse em você, é?

- não fale bobagem. A gente se ama, e também, com toda a organização do casório sobre nossas costas, não está sendo fácil... - suspiro, pensativa - tem dias que acordo e vejo ele na madrugada trabalhando no nosso casamento. Ele está tão focado em fazer tudo dar certo, que muita das vezes nem se quer tira um tempo pra nós.

- e pra piorar, vem a senhora estraga prazeres e tira o sexo dele! 

- para Dawn. Essa ideia foi em conjunto!

- certeza? - seu olhar desconfiado me deixou sem justificativa.

- tá bem... Fui eu quem tive essa ideia!

Ficamos uns segundos em silêncio, o que me deu tempo de refletir se aquilo era mesmo tão preocupante assim. Então ele só se sente bem em estar comigo por conta das nossas tranzas? Será que é isto?

- olha, espero que você não esteja pensando que ele só gosta de você por causa do sexo. Por favor né Serena! - praticamente lendo os meus pensamentos, Dawn me surpreendi com sua pespcácia.

- ...mas e se for verdade? E se ele só quer tirar proveito do meu corpo? - nem eu acredito no que falo, mas preciso ouvir da boca de alguém que não tem nada haver.

- Serena... Isso não tem nada haver. Você acabou de me dizer que ele passa madrugadas à dentro planejando o casório de vocês. Não seja sonsa loira, claro que ele não está com você simplesmente por sua bundinha empinada, e estes seus peitinhos rosados! - dito isso, Dawn apalpou meu seio esquerdo, sem nenhum remórcio, e ainda com o seu típico sorriso malicioso nos lábios. Coro brutalmente, estapeando sua mão, o que só a faz gargalhar alto.

- safada... - digo, ainda constrangida, enquanto a azulada se recuperava. Passado o ocorrido, e minha vergonha, começo a entender o que ela havia dito. Antes de sua "brincadeirinha", claro - bom, e o que acha que eu devo fazer?

- a verdade? - confirmo com a cabeça - bom, são quase duas horas, ele deve estar livre agora. Se eu fosse você, correria para aquele hospital, e daria a ele um prova do que ele vai ter daqui pra frente!

Não precisei ouvir duas vezes para captar seu recado. Apesar da minha tímidez, confesso ter gostado da ideia. É como dizem; "todos somos santos, até estar entre quatro paredes".

- me dá uma carona? 

- só se for agora!

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Ash ON

O dia estava cansativo, como todos os outros. Pra falar a verdade, sou eu quem está cansado! As madrugadas de frente ao computador não estão me fazendo nada bem, e para piorar, as vezes até no meu serviço eu tenho que me preocupar com as formalidades do evento. É, quem disse que casar é fácil, não sabe o que é querer agradar!

- com licença, doutor Ash.

- sim, Korrina? O que deseja? - me ajeito em minha cadeira rapidamente assim que sou surpreendido com a visita da loira.

- nada de mais, só vim informar que a Serena está na recepção esperando sua permissão para entrar.

- a Serena pedindo permissão? - pergunto retóricamente, tentando entender o por que dela fazer isto, sendo que ela nunca precisou pedir permissão para entrar - bom, mande a entrar.

Korrina apenas acenou e saiu da sala. Fiquei a espera da Serena, que não demorou muito à aparecer.

- oi! - diz timidamente, fechando a porta atrás de si.

- oi... Está tudo bem? - questiono realmente curioso, indo até ela e a beijando - desculpa, não deu para almoçar em casa hoje.

- tudo bem, não foi por conta disso que eu vim.

- pera, não estou entendendo. E por que você não entrou  de uma vez? 

- p-por que eu estava criando coragem para... Ash, eu preciso de você! Agora!

Sem ter tempo para entender o que acontecia, sou pego desprevenido por um beijo caloroso de minha noiva, que logo avança para cima de mim, ao ponto de me fazer bater as costas na parede. Quando a faltou ar, ambos estávamos ofegantes, como a tempos não ficavamos. Olho bem para ela, e vejo que seu corpo exalava desejo, mas que seu olhar continuava tímido, e com certo receio. Antes que ela tornasse a me beijar, me afasto, a deixando confusa.

- Ash... Não era isso que você queria? 

- não assim. Não desse jeito - digo, me voltando a ela - não sei o que deu em você Serena, na verdade, eu até tenho uma idéia! Dawn? - seu jeito tristonho de abaixar a cabeça, respondeu por si - olha, não sei o que aquela maluca te disse, mas não importa. Você até hoje mais cedo queria esperar até nosso casamento, por que mudou tão rápido de ideia?

- por que eu pensei que você estava sofrendo por não fazermos aquilo... - senti sua pele esquentar, e suas bochechas levemente avermelharem. Levanto sua cabeça com um dedo, e a olho profundamente com um sorriso.

- eu não estou com você pelo seu corpo, Serena, e por mais que me doa lá no fundo da minha masculinidade dizer isso... - ela sorriu de canto - eu irei esperar até nosso casamento pra desfrutar da minha loirinha! 

A envolvo em um abraço, e em seguida, a beijo. O beijo é interrompido, pois Serena começa a rir do nada.

- "desfrutar da minha loirinha"? Meu Deus, Ash, quando você se tornou um aprendiz de tarado?

- quando você me mostrou quem é a Serena de verdade. Entre quatro paredes... - seguro sua cintura, e a roubo um selinho demorado.

- babaca... - diz sorrindo, após socar meu peito - e já vou logo avisando, que se você me "atacar" novamente como fez hoje cedo, não será uma colher que eu vou bater na sua cabeça!

- tudo bem, capitã! - brinco, fazendo continência - você vai fazer alguma coisa por agora? - pergunto.

- não, por que?

- que tal ajudar a escolher meu terno? - digo, apontando para o computador, onde havia inúmeras opções de smoking.

- pode ser! 

- ótimo! - guio ela até a tela - olha, eu estava vendo esse preto aqui, mas confesso ter gostado do cinza.....

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Alain ON

Serena e Ash se casando, Dawn e Gary já casados, Clemont e Shauna logo-logo serão os próximos. E eu? Bom, no momento estou tomando um refri sentado na praça, vendo o tempo passar.

Quando resolvi mudar para Pallet, imaginei que minha vida mudaria por completo, principalmente a minha vida amorosa. Está sendo legal morar com minha prima, sempre gostei muito dela, e por mais que eu demonstre a todos alguém de alto estima lá em cima, estou triste por estar ficando pra trás enquanto todos estão felizes e realizados. Um sorriso e uma piada é a máscara de qualquer depressão. 

- Alain? O que faz por aqui? 

Minhas preocupações internas são evaporadas assim que sou recebido por um sorriso amigável da ruiva. Com o sol se pondo atrás de si, ela parecia uma Deusa!

- oi, Misty! Bom, no momento estou pensando na vida, e você? - sorrio pra ela, que se senta ao meu lado.

- ah, eu estava caminhando por ai. Pensando na vida também... - suspira, pensativa - sabe, está todo mundo aí se dando bem, feliz, e eu aqui, vendo os dias passarem... E olha que eu não falo só dos nossos amigos! Minhas irmãs também estão todas casadas, eu sou a única da família que não tem ninguém... - ela sorriu da situação, mas percebo que foi para não ficar sem graça na minha frente.

- para né, aposto que você está cheia de pretendes! - digo, tentando amenizar o clima chato que ficará. 

E consigo.

- lógico que não! - afirma, sorridente.

- sei... - debocho.

- é sério, bobo. Por que acha isso?

- olha pra você Misty! Você é bem resolvida, é uma mulher independente, fora que é muito... Linda!

Assim que terminei de falar, Misty me olhou com surpresa. Imagino que ela não esperava tal declaração. Admito ter ficado sem jeito. Não sou do tipo do cara que chama uma garota de linda. Normalmente, eu costumo usar; gostosa, ou gatinha, enfim, literalmente "linda" não faz parte do meu vocabulário.

- linda é? Você acha mesmo? - questiona, me olhando com um sorrisinho de canto, enquanto brinca com as suas mexas de cabelo.

- sim, acho. Quer dizer... - engulo seco, a procura de palavras - você deve escutar muito isso, não sei por que a supresa! - digo, desesperado. Bebo uma boa quantidade do meu refrigerante, tentando esconder a minha vergonha. Misty sorriu ao perceber meu constrangimento.

- olha, o senhor sem vergonha, está envergonhado, afinal! - me provoca, sorrindo ironicamente.

- não estou com vergonha! - sorrio convencido - só não entendi porque estranhou eu te chamar de linda.

- ser modelo e estar entre pessoas estéticamente bonitas, não significa que todos me idolatram e me amam. Você é idiota se pensa assim! 

Nossa, ela é mais formidável do que eu pensei. Duvido que se o Ash não tivesse a Serena, se ele não acabaria ficando com a ruiva. Ela é realmente um mulherão.

- desculpa, eu só...

- está tudo bem! É sempre bom ouvir um elogio! - suas palavras, e seu sorriso ladino me trouxeram tranquilidade. Pego sua mão, acima do banco, e a seguro. 

Tão macia...

- você está me dando esperança, ou é só um palpite meu? - pergunto certeiro, com o coração acelerado, e um certo receio da resposta. Não sei o que acontece comigo, mas confesso estar curtindo essa sensação.

- não sei... Deixa rolar! - disse, mordendo os lábios inferiores.

- não é a resposta que eu esperava ouvir, mas tudo bem! - sorrio - que tal um cinema agora?

- você paga?! - a encaro desacreditado, até que ela gargalha - brincadeira! Não sou do tipo que deixa o cara pagar tudo! 

- meu Deus... Aceita casar comigo?

- não tão rápido idiota! - sorri balançando a cabeça - já falei. Deixa rolar...

- se você diz!  - sorrimos um para o outro, e quando nos recompomos, comecei a me aproximar de seu rosto, e quando eu já estava próximo o suficiente para sentir sua respiração, a ruiva se vira, me fazendo beijar seu rosto. Sorrio descrente, me afastando da mesma. Me levanto, dando a mão a ela - está certo... Deixa rolar!

A ruiva aceita minha mão e se põe de pé também. Olhamos um para o outro novamente, até eu fazer um sinal com a cabeça, e seguirmos. Não sei se crio expectativa, por isso, deixa rolar!

Fim!