1. Spirit Fanfics >
  2. O que é amor? >
  3. Garota dilema

História O que é amor? - Garota dilema


Escrita por: Lolo_s2

Notas do Autor


Mais um capítulo, bbs. Espero que gostem.

Capítulo 7 - Garota dilema


Fanfic / Fanfiction O que é amor? - Garota dilema

O dia amanheceu calmo para o mundo, mas não pra mim. Eu só conseguia pensar no beijo, mas tinha que me focar. Enxaguei o rosto e segui minha rotina como de costume; esperei por algum constrangimento ou sinal de que Dimitry se lembrava do beijo, porém não houve. Resolvi perguntar indiretamente.

--- Ei, você está melhor depois de... você sabe... ontem?

--- Claro que sim, e, aliás, obrigada por cuidar de mim.--- respondeu-me sorrindo.--- O mais curioso, eu não lembro de quase nada sobre ontem. Sei lá...--- deu uma pequena gargalhada.

--- Ah, imagino, muitos analgésicos...

--- Eu tive um sonho engraçado--- encarou a mesa pensativo.--- Nele você me beijava, deveríamos tentar na vida real, não?--- Dimitry sorriu malicioso.

--- Você é bem engraçadinho.--- respondi me retirando para evitar aquela vergonha.--- Estou saindo, até mais tarde.

--- Ei, ei onde pensa que vai sozinha?

--- Na escola...?

--- Ata, claro. Como se nada de perigoso estivesse acontecendo.

--- Você não está em condições de me acompanhar, camarada.

--- Então é por isso que você vai levar meu bebê--- ele me deu seu canivete.---Eu te conheço, não vai apanhar de qualquer um, mas é bom que esteja armada.

--- Como se não estivesse o tempo todo.--- repliquei irônica tirando um revólver da bolsa.

--- Onde conseguiu isso?--- encarou-me preocupado--- Você não deveria levar isso à escola, Raposa.

--- Peguei da sua mochila, ontem à noite... Achei que seria útil.

--- Devolva, por favor.--- disse sério.

--- Chatooo...--- entreguei a arma e peguei o canivete.--- Bye bye!!

--- Toma jeito, menina.--- meu companheiro despediu-se com uma real preocupação.

Andei pelas ruas com calma, para refletir sobre tudo que estava acontecendo. Chegando à Sweet Amoris, meus colegas pareciam bem agitados, assim que encontrei Alexy perguntei o que acontecia.

---Vamos fazer trilha, estou tão animado.--- disse-me entregando uma blusa preta e uma jaqueta listrada com uma calça meio solta.--- Esse uniforme aqui é da escola, como foi tudo programado de última hora vamos usar esses aqui mesmo, estão guardados há décadas, mas pelo menos são bicolores, tá na moda né?

--- Ouviu isso, Lysandre, você tá na moda...--- disse Castiel já vestindo seu uniforme, que não tinha ficado nada mau.

--- Haha, Castiel.--- respondeu o platinado revirando os olhos e em seguida me encarando.--- Deveria se vestir, não acha? Já estamos saindo.--- falou e então seguiu para o ônibus que nos aguardava com o ruivo.

--- Não é normal que os meninos queiram ver as garotas vestidas, eu acho.--- replicou Alexy rindo e eu fiquei meio sem graça.--- Calma, querida, era brincadeira.

--- Ah claro.--- respondi meio sem jeito e caminhando até o vestiário.--- Já volto.

Fui até o salão e troquei de roupa, resolvi prender o cabelo em um meio rabo. Estava meio frio, passei deixar minhas roupas no armário e seguia pro transporte quando avistei o Kentin, aquele garoto da queimada. Ele parecia meio decepcionado, então parei pra conversar.

---Oi, Kentin né?

--- Isso, Jenny né?--- ele respondeu me encarando e em seguida ficando nervoso.--- Desculpa, eu nem te conheço e te chamei pelo seu apelido, desculpa mesmo. Não era minha intenção, mesmo mesmo.

--- Ei, calma. Você é meu amigo, pode me chamar de Jenny.--- repliquei sorrindo.

--- Sou? Que legal! --- a animação do garoto me deixou feliz.

--- Você me parece meio decepcionado, angustiado... Aconteceu algo?

--- Na verdade, sim... Eu estou indo embora.

--- Como assim?--- perguntei confusa.--- Todos estamos... para a trilha, né?

--- Não --- Kentin se retraiu.--- Conhece a Ambre né? Enfim, meu pai acha que eu sou uma vergonha por ser intimidado por uma garota como ela, então hoje eu vim buscar minha transferência.

--- Para onde você vai? --- pensei comigo que talvez fosse natural o pai dele ser exigente, afinal era militar.

--- Para um internato filiado ao exército.

--- Vai ser bem puxado.

--- Eu sei disso.--- senti uma raiva na sua voz e tentei acalmá-lo.

--- Ei, não é culpa sua ser atormentado por ela. Isso não faz de você alguém inferior a qualquer garoto aqui. Seu pai só quer o melhor, e talvez ele não saiba expressar. Mas tome isso como algo pra fazer você crescer.

--- Eu quero sair com você...--- Kentin disse de maneira impulsiva e ficou vermelho logo em seguida.--- Desculpe. Eu nem sei se vou voltar e ainda falo essas bobagens.

--- Eu aceito, se algum dia nos encontrarmos novamente... Vou sair com você.--- respondi rindo.

--- Vou voltar, vou mudar, você vai gostar mais do meu novo eu.

--- Independente de quem você se tornar, ainda vai ser Kentin, e eu já gosto de você assim.--- nós sorrimos e ele tinha um brilho no olhar.

O garoto saiu correndo para fora da escola e então Lysandre surgiu atrás de mim.

--- Pra onde ele vai?

--- Colégio militar ou algo do tipo.--- era tão natural como uma conversa se desenvolvia entre nós dois.

--- Talvez seja bom pro garoto.--- assenti com a cabeça. --- Agora, senhorita, você... --- ele estava se aproximando quando Nathaniel chegou gritando.

--- Jenifer, estamos desesperados atrás de você, vamos para o ônibus. Lysandre você também.--- apressamo-nos e entramos no veículo.--- Quer se sentar comigo?--- o representante me ofereceu o lugar ao seu lado.

--- Claro!!--- respondi me ajeitando e então partimos.

Foram apenas 3h de viagem até chegarmos ao local da trilha. Quando todos saíram do transporte, um professor responsável começou a formar grupos aleatórios e eu acabei no grupo do Castiel com Íris e Lysandre. Depois foram distribuídas várias tarefas para as "equipes", tínhamos que encontrar uma série de objetos e aquela que encontrasse todos mais rapidamente ganharia o desafio. Ganhamos um mapa e algumas dicas; durante meu treinamento na ME esse tipo de atividade era meu favorito. Meu grupo sempre saía vitorioso, e desse vez não seria diferente.

--- Talvez devêssemos começar pelas partes mais altas do mapa.--- sugeri aos meus amigos que concordaram.

--- Nada mal hein, caçadora...--- observou ironicamente Castiel.

Subimos até os terrenos mais altos e encontramos o primeiro objeto, seguimos descendo e passamos por outras áreas que me pareciam as mais condizentes. Lysandre dava ótimas sugestões também e por fim encontramos o último artigo da lista, porém não parecia ter caminho de volta pela região que adentramos.

--- Ruivo, cadê o mapa?--- pedi ao meu colega calmamente.

--- Não estava comigo. Estava com a Íris...--- replicou olhando para a tímida garota.

--- E-Eu n-não!!--- defendeu-se envergonhada.

--- Muito menos comigo...--- disse Lysandre.

--- Tá... eu posso ter perdido ele de vista há algum tempo.--- murmurou Castiel.

--- VOCÊ O QUE?--- me exaltei.--- Como vamos ganhar agora?

--- É só isso que importa pra você?--- Lysandre me questionou arqueando uma sobrancelha.

--- É o objetivo do jogo.--- respondi.

--- Mais importante que sua vida?

--- Uau, calma. Não é como se eu fosse morrer nessa floresta.--- gargalhei e ele sorriu de canto.

--- Vocês estão flertando ou algo do tipo?--- Castiel comentou.

--- Não, onde você colocou esse mapa?--- o platinado se dirigiu ao ruivo.

---Se eu soubesse já teria falado...---  garoto revirou os olhos.

--- Simples, vamos fazer o caminho de volta.--- falei calmamente.

--- M-Mas tem vários morros, descer foi fácil, mas subir não vai ser...--- Íris era a mais preocupada entre nós.

--- Nós vamos conseguir, tá? Fica calma.--- repliquei tentando acalmá-la.

--- Okay.--- a garota suspirou.

Fomos voltando até um ponto em que tinha um buraco, Íris quase caiu nele, na verdade parecia bem perdida em seus pensamentos e hesitante, porém eu a empurrei que acabou caindo em cima do meu corpo.

---Desculpa --- levantou-se rapidamente, porém eu demorei um pouco mais para me recuperar e quando finalmente fiquei em pé minhas pernas falharam e iria ao chão se Lysandre não tivesse me puxado.

---Ai --- gemi baixo de dor, quando olhei pra baixo meu pé estava torto, como se tivesse girado, e estava extremamente roxo e inchado.

--- Você distendeu seu tornozelo.--- disse me encarando com seriedade.--- Como está aguentando a dor?

--- Sério que é isso que vai me perguntar nesse momento?--- repliquei fechando os olhos e tentando canalizar a dor.

--- Nossa, isso tá muito horrível--- disse Castiel tirando o celular do bolso e capturando uma foto.

---VOCÊ ESTÁ COM SEU CELULAR?--- a coordenação havia tirado o aparelho telefone de todos.--- VOCÊ PODERIA TER USADO O SEU GPS RUIVO IDIOTA.--- Eu estava tão irritada que não conseguia parar de gritar. Então, em um súbito de adrenalina, eu saí andando na direção àquele rebelde desgraçado. Mas Lysandre me abraçou por trás e meu coração acelerou de surpresa.

--- Então lida com sua dor através da raiva.... que menina esquentadinha.--- disse rindo e então me pegou no colo.

--- O que você tá fazendo?--- perguntei secamente.

--- Levando uma soldada ferida.--- o garoto me encarou e em seguida intimou o amigo--- Castiel, liga a droga do seu gps e tira a gente daqui da maneira mais rápida que conseguir.

--- Me põe no chão...--- me debati.

--- D-Desculpa, Jenny--- Íris continuava preocupada.--- É tudo culpa minha.

---- Relaxa, vai ficar tudo bem.--- tranquilizei a menina.--- agora me deixa andar, eu consigo.

--- Aceita a ajuda, você não é tão durona quanto pensa.--- encarou-me com aqueles olhos bicolores profundos.

--- Eu disse que consigo.--- e então ele me soltou e eu caí sentada no chão. Uma dor aguda invadiu meu corpo e meu olho lacrimejou.

--- Então vai.--- Lysandre seguiu até o amigo que achava algum atalho no gps.

--- JENNIFER!!! --- Jade surgiu da mata correndo em minha direção e então agachou olhando com preocupação e me abraçando.--- O que aconteceu com você?

--- Eu estou bem, Pietro.--- respondi o afastando para evitar suspeitas.

--- Não é o que parece.--- ele disse olhando para meu pé.--- Vocês são incrivelmente úteis...--- Jade encarou os dois garotos no canto.

--- Ela disse que não queria ajuda, que conseguia sozinha, então deixamos ela conseguir SOZINHA.--- Castiel respondeu ironicamente.

--- Jenny não faz linha princesa em perigo igual suas piranhas.--- meu amigo falou secamente.--- Mas você também não é bom suficiente em insistir, certo?

--- Olha aqui, seu jardineiro...--- o ruivo foi se aproximando quando foi segurado pelo colega platinado.Então me levantei rapidamente de qualquer jeito.

--- Pietro, como saímos daqui?--- perguntei ignorando aquela discussão.

--- A diretora me mandou. Todos chegaram já. Mas vamos, é por aqui...

Seguimos meu parceiro até o local que fora combinado. Onde todas as equipes aguardavam impacientemente a nossa volta. O caminho todo eu fui andando sozinha, com meu próprio esforço e no final, isso pareceu incomodar Lysandre. 

--- Realmente não faz a linha princesa em perigo.

--- Eu nunca disse que fazia.

--- Seu amigo, o jardineiro, nem se ofereceu pra te ajudar.

--- Porque, apesar de eu conhecê-lo há pouco tempo, ele me entende bem. 

--- Quer dizer que você realmente não queria ajuda? Meus perdões.

--- Eu só não queria parecer uma vítima, porque eu não sou. Nunca disse que não precisava de ajuda. Mas passei a não precisar depois que me jogou no chão daquele jeito.

--- Eu só fiz o que você queria.

--- Não, você só fez o que VOCÊ queria, pra provar que eu estava errada.--- respondi encarando-o e sendo retribuída.

--- Tem razão. Porque você estava ERRADA.

--- Você tem um belo jeito de provar isso.---Lysandre ficou sério e parou um pouco antes de voltar a andar. Logo chegamos e Nathaniel me ajudou a subir no ônibus. Não falei mais com o platinado ou olhei pra ele.

Na escola uma ambulância me esperava e Dimitry estava lá também, bem melhor do que de manhã, já bem recuperado. Fui medicada e segui para casa sem maiores problemas. Ganhei um presentinho do hospital, lindas muletas para uma semana de aula. Seriam 7 maravilhosos dias.

--- Como foi hoje?---Dimitry me perguntou assim que chegamos em casa.

---Tirando a perda do meu pé.... Acho que bem legal.

--- Realmente, estamos sem sorte.... Quem é aquele cara, que fica te encarando sempre?

--- Hum, poderia descrevê-lo?

--- Heterocromia.

--- Lysandre, não viu a ficha?

--- Ah claro, é que ainda estou meio zoado por causa dos medicamentos.

 --- Eu nunca percebi que ele me encarava. Tem certeza disso?

--- Claro que não percebeu, ele encara de longe, talvez esteja apaixonado...--- me disse sorrindo malicioso.

--- Ele me jogou no chão hoje, claro que está apaixonado....--- respondi com ironia.

--- Você deixou alguém te jogar no chão??? Está apaixonada também?--- gargalhou.

--- Para com isso, meu amor sempre foi e sempre será...--- me aproximei dele.--- Pizza! ---peguei a fatia atrás do corpo de Dimitry e subi para meu quarto.--- Boa noite!

--- Boa noite, Raposa!!--- meu guardião respondeu com um sorriso no rosto.--- Garota dilema.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Obrigado por lerem até a próxima.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...