1. Spirit Fanfics >
  2. O que será de nós? >
  3. "Eu sou Pai!"

História O que será de nós? - "Eu sou Pai!"


Escrita por: SraRezende

Notas do Autor


Oi oi
Volteeeeei, peço desculpas pela demora, mas aqui está a continuação!
Beijo e boa leitura! ❤

Capítulo 14 - "Eu sou Pai!"


BRUNO (POV)

Eu estava saindo do banho, quando eu escutei uma movimentação no vestiário, e quase tive um treco ao ver o motivo dela. Lá estava a Anne parada olhando para mim e gritando:

- É isso o que você entende como repouso? – Meu sangue subiu, ela tá achando o que? Fui mais rápido possível em direção a ela e a levei para fora daquele vestiário.

- Tá louca Scopelli? – Perguntei tentando não me alterar.

- Bruno, não se faça de desentendido, irresponsável! Você não é capaz de fazer nem o que o médico manda? Eu ainda não acredito! – Ela dizia enquanto caçava a nuca, em sinal de nervoso.

- E tudo isso é motivo para invadir o vestiário masculino? – Eu perguntei cruzando meus braços, deixando ela ainda mais irritada.

- Cuidar do bebê? Claro que é motivo! E não há nada lá, que eu nunca tenha visto... – Ela respondeu irônica arqueando a sobrancelha.

- Vou sair invadindo vestiários femininos, já que elas não tem nada do que eu tenha visto... – Eu disse tentando irrita-la e consegui.

- Faz o que você quiser! Contanto que lembre que você tem uma filha e que você precisa ser mais responsável e se cuidar, para cuidar de... – Ela falou quase gritando, mas antes dela findar a frase, olhou para trás de mim assustada, me fazendo virar.

- Que história é essa de filha? – Era a voz do meu pai, que em poucas as vezes, fez minha perna bambear como agora. – Quem é que vai falar? Anne? – Ele olhou para ela, que ainda me olhava assustada. – Bruno ? Estou esperando, anda! – O modo como ele perguntava me fazia lembrar de quando eu era moleque, e na companhia da minha prima Rafa aprontava algo na casa da vovó, meu medo era o mesmo de agora, mas a vovó não estava ali para aliviar a barra.

- Pai. – Eu disse atraindo a total atenção dele. – Eu e a Anne temos uma filha! – As palavras saíram tão rápido da minha boca, que não consegui controla-las. Tanto a Anne, quanto o meu pai me olhavam perplexos.

- Como é que é? – Meu pai perguntou alterando o tom de voz. – Quem é quem vai começar a explicar?

Vi no rosto da Anne o desespero, e sei que a vontade dela é sair correndo dali, a minha também! Eu a cada instante me arrependo mais de ter vindo treinar, esse repouso médico quebrado, tá pior do que conselho de mãe ignorado...

- Eu explico! – Eu disse olhando para o meu pai, que já estava mais vermelho do que o normal.

- Para! Eu vou explicar tudo, Mas antes precisam se acalmar! – Anne disse e eu olhei surpreso, ela olhou no fundo dos meus olhos e como se falasse “deixa comigo”, transmitiu a calmaria que somente ela era capaz de me transmitir. – Podemos ir para um lugar mais reservado? – Ela perguntou e meu pai nos levou à uma espécie de escritório.

Ele trancou a porta para evitar de sermos interrompidos, e depois de nos sentarmos de frente para ele, o mesmo autorizou que a Anne começasse, então ela o obedeceu:

- Eu e o Bruno namoramos há um tempo atrás...

- Disso eu me lembro, você foi de longe a melhor namorada do Bruno! Até hoje eu não consegui entender aquela ideia maluca... – Meu pai interrompeu Anne, mas logo percebeu e deu sinal para ela continuar.

- Ninguém consegue... – Ela disse tão baixo, que quase não foi possível ouvir. Mas então ela continuou a explicar. – Eu descobri que estava grávida porque fui parar no hospital quando eu vi a publicação do falso namoro, até ali eu não sabia de nada, nem da Ana, e muito menos da gravidez.

- Mas nunca te passou pela cabeça ligar para o Bruno e dizer? – Meu pai a encarava.

- Com toda sinceridade? Não! – Ela disse firme. – Eu cheguei a conversar com ele depois de descobrir, mas as palavras que trocamos me magoaram tanto, que eu decidi que eu não queria mais saber dele na minha vida, condições de criar minha filha sozinha eu tinha! Então foi isso o que eu decidi fazer. – As lágrimas tomaram os olhos dela, certamente por recordar o quanto foi duro tomar essa decisão, e eu só de imaginar, senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas disfarcei.

- E por que agora? – Meu pai perguntou.

- Eu não vim para o Rio na intenção de reencontrar o Bruno, mas sim para exercer minha função como médica. Mas por obra do acaso nos reencontramos, e agora mais maduros do que antes decidimos nos dar outra chance... – Ela disse e eu depositei minhas mãos sobre as dela.

- Desde quando você sabe? – Ele me perguntou.

- Ela me contou antes de ontem, demorei um tempinho absorvendo a informação, mas sim, eu sou pai! – Eu falei sentindo orgulho daquelas palavras, “Eu sou pai”.

Meu pai estava tão emocionado quanto nós. Conhecendo-o tão bem, quanto eu conheço, sei que não era dessa forma que ele esperava saber sobre ser avô, mas com toda a certeza ele estava feliz.

- Eu ainda não sei o que dizer! – Meu pai disse. – Mas eu espero que saibam que eu estou feliz, e que estou a disposição para ajudar, seja com conselhos, ou seja para mimar. Então eu acho que eu devo dizer parabéns, eu não tenho certeza. – Ele disse nos fazendo rir. – Quero conhecer logo a menina!

- Muito obrigada! Pode deixar, o senhor vai conhecer a Maria Laura o mais rápido possível, eu prometo! Eu irei recompensa-los pelo tempo longe... – A Anne disse arrancando um sorriso do rosto sério do meu pai.

- Que tal um jantar lá em casa hoje a noite? – Meu pai perguntou, e eu respondi:

- Hoje não vai dar. A Anne vai levar a Laurinha lá em casa, pois acredite se quiser, mas ela me conheceu antes de ontem e já me ama mais do que ama a Anne. – Eu disse rindo e a Anne me deu um empurrão de leve, fazendo aquela careta que só ela sabe. – E a minha mãe chega hoje com a Lu, prometi busca-las...

- Tudo bem, marcaremos para outro dia... Agora vá pra casa e descansa, amanhã é só o começo!

Nos despedimos do meu pai, como ele tinha nos liberado do treino da tarde, para estarmos mais descansados amanhã, já não havia mais ninguém da equipe masculina no ginásio.

O horário de almoço da Anne terminou e ela teve que retornar ao ambulatório, eu decidi fazer companhia pra ela durante a tarde. Eu fiquei observando ela preencher papéis, conversamos sobre vários nadas, e vários tudo, e consegui entender, era ali do lado daquela mulher, que era o meu lugar, pode ser em Teresina, no Sul do Sudão, no Alasca, sendo ao lado dela a minha felicidade estava completa.

A Anne me obrigou a deitar um pouco em uma das camas reservadas para pacientes em observação, ela ainda insiste nessa história de repouso, dessa vez decidi não ignorar as recomendações dela, e acabei pegando no sono.

Fui acordado por uma voz de criança dizendo:

- Ai mds, eu não acredito!


Notas Finais


E ai, ficou bom?
Que criança será essa?
E o tio Be? Gostaram da reação dele?
Mais alguém acha que o Fernando anda muito quieto, pra quem andou ameaçando tanto?
Até o próximo capítulo! 😘❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...