História O Rapto de Park Jimin - Can't Take My Eyes Off Of You

Submundo, Domínio de Hades

Escuridão...

Era tudo o que havia ao meu redor. Escuridão e o silêncio agonizante.

Eu estava morto? É isso o que acontece quando um deus morre? Ele não deixa de existir, apenas fica perdido em uma espece de mundo paralelo no tempo e espaço?

Corri mais um pouco em direção ao nada, já havia perdido noção do tempo, a única coisa que sabia era que desde que acordei naquele lugar eu só sábia correr em busca de uma saída. Uma saída que talvez nem existisse. O mais estranho era que eu podia sentir meu corpo, eu conseguia me sentir cansado de correr por aí, mas quando eu tentava tocar meu rosto ou qualquer outra parte do meu corpo, era como se eu tocasse o nada.

- Tem alguém aí? – Gritei escutando minha voz ecoar por todo o espaço reverberando no vácuo. Aquilo era assustador. A sensação de vazio e solidão eterna era aterrorizante.

Cai de joelhos cansado de correr em vão. Estava negando a mim mesmo todo o tempo que estive ali que sentia medo e solidão, mas tudo estava se tornando pesado demais, aterrorizante demais. Fechei os olhos mesmo não fazendo a diferença já que tudo o que eu via a tempos era escuridão, aquilo me trazia tranquilidade, me acalmava um pouco. Na minha mente naquele momento, imagens de Jimin desacordado enquanto eu tentava trazê-lo de volta a vida surgiram como se fosse um filme antigo. Eu podia ver seus lábios sempre tão rosados, assim como suas bochechas estavam agora pálidas, seus cabelos ruivos estavam tão esmorecidos e sem vida, vida... Ele não sorria ou fazia aqueles bicos adoráveis que somente ele conseguia, ao contrário, toda vida e luz que Park sempre irradiou parecia morta naquele momento.

As primeiras lágrimas vieram tímidas e de repente, não sei de fora realmente de repente ou se eu estava concentrado demais na face de Jimin para reparar que meus olhos se enchiam de lágrimas, estas que uma após a outra começaram a cair. Logo depois veio os soluços e as fungadas. E então logo o choro controlado havia se tornado um choro desesperado. O coração batia agoniado, o ar entrava com dificuldade nos pulmões, as mãos tremiam... Relembrei da onde surgia aquele incomodo com a solidão, o medo, não era por minha causa e sim por causa dele. O que mais me doía não era ter morrido e estar sozinho, e sim eu não saber se ele estava bem, eu não saber se havia conseguido salvá-lo.

E se eu tivesse falhado?

Apenas me deitei no chão e chorei tudo o que nunca pude chorar, tudo o que sempre me privei por me obrigar a ser forte. Ali deitado no chão apenas me permiti sofrer e ser fraco. Depois de incontáveis anos o menino que eu era antes reapareceu, o doce, ingênuo e sensível Jeon Jungkook se apossou de meu corpo e pôs para fora tudo aquilo que eu o obriguei a engolir a pulso e a guardar para si.

O tempo passou, talvez foram minutos, horas, dias, não sei ao certo, só sei que eu continuava jogado no chão, deitado de barriga para cima sentindo minha cabeça latejar e o rastro das lágrimas secas em meu rosto. Sentia meu corpo pesado e minha mente zunir devido ao silêncio ensurdecedor quando vozes baixinhas começaram a reverbear por todo o lugar, sem forças e acreditando ser tudo fruto da minha imaginação apenas permaneci largado naquele lugar desfrutando daquele delírio que logo cessou me deixando novamente no silêncio.

Senti um vento quente como se alguém respirasse perto de meu rosto e fechei os olhos.

- Eu prometo te fazer o homem mais feliz seja na Terra, Olimpo ou Submundo.

Abri os olhos assustado quando a voz de Jimin soara alta e clara por todo o lugar fazendo meu coração bater forte como se eu houvesse recebido uma descarga elétrica.

- Jimin? – Chamei por si me sentando no chão olhando para os lados a procura de algo que me ajudasse, mas tudo novamente voltara a ficar em silêncio. Eu só enxergava a escuridão. – Jimin!!! – Chamei mais alto sentindo minha garganta queimar quando me bateu a vontade de chorar ao notar que ele estava vivo e perto de mim.

Eu havia conseguido.

Seoreoun mameul moti gyeo
Jammotdeuldeon eodun bameul ddo gyeon digo
Naejeol manggwan sanggwan eopsi
Musimhagedo achim eunnal kkaeune

Eu não consigo vencer o meu coração triste
Novamente eu estou suportando as escuras noites de insônia
Sem considerar o meu desespero
A manhã indiferentemente me acorda

Escutei uma voz suave preencher não somente o lugar como o meu corpo e mente me fazendo sorrir e derramar mais algumas lágrimas.

Era a voz dele.

Sangcheoneun saenggakboda sseurigo
Apeumeun saenggakboda gipeoga
Neol wonmanghadeon sumanheun bami naegenjiokgata

A ferida arde mais do que esperado
A dor vai mais fundo do que esperado
As inúmeras noites ressentindo você, são como o inferno para mim

Me levantei do chão quando notei que sua voz vinha mais forte de uma direção, para ser mais exato da minha esquerda...

Então eu comecei a andar a passos largos naquele sentido.

Nae gyeote isseojwo naege meomulleojwo
Ne soneul jabeun nal nohchi jimarajwo
Ireohke niga hangeoreum meoreojimyeon
Naega hangeoreum deo gamyeon dwe janha

Por favor, fique ao meu lado, por favor, fique comigo
Por favor, não me deixe ir, eu que estou segurando a sua mão
Se você der mais um passo para longe assim
Eu posso simplesmente dar mais um passo e é o bastante

Conforme eu andava mais clara e alta sua voz ficava, quando dei por mim eu já corria deixando a melodia que ele cantava para mim me guiar de volta para ele.

- Eu não vou te deixar, meu amor...

Haruedo sucheonbeonssik
Ni moseubeul dwe nwe igo saenggakhaesseo
Naege haetdeon mojin maldeul
Geussaneulhan nunbic chagaun pyojeongdeul

As milhares de vezes em um dia
Que eu repito e penso na sua aparência
As palavras imperdoáveis que você disse para mim
O olhar gélido e aquelas expressões frias

Quase jurei que estava enlouquecendo quando de longe avistei uma luz pequena no fim, a essa altura a voz de Jimin reverbeava por meu corpo me fazendo arrepiar.

Estava feliz.

Neoncham yeppeun saram ieotjanha
Neoncham yeppeun saram ieotjanha
Jebal naege ireoji marajwo neon nal jal aljanha

Você era uma pessoa incrivelmente bonita
Você era uma pessoa incrivelmente bonita
Por favor, não seja assim comigo, você me conhece bem

Senti algo agarrar meu tornozelo me derrubando quando estava bem próxima da luz e então galhos começaram a me puxar para trás me afastando da voz dele.

Me desesperei.

Oh boy
Geuddae gabyeopge han mari
Jinjja gabyeopge mandeureo, uri sail
Iksukham iranke mueotboda museounjul molla
Ni sokmamdo molla, gyeolgug huhoe gadeukhan neowaui ibyeolkkaji
Nali galsurog keojyeoga, ni binjarin

Oh, garoto
As palavras que você disse tão levemente daquela vez
Deixou tão leve, o nosso relacionamento
Eu não sabia que estar acostumado com isso seria mais assustador do que tudo
Eu não conhecia o seu coração, até que nós finalmente falamos um adeus cheio de arrependimento
Com o passar dos dias isso aumenta, o espaço vazio que você deixou

 

Com os últimos resquícios de força que eu ainda possuía eu chutava e me debatia quebrando e rompendo os galhos correndo em direção a luz novamente enquanto outros tentavam me capturar, consegui ver algo no centro da luz, mas estava longe demais.

Oh shit,areumdapdeon
Uri kkocbate mureul jwobwado, da
Chueokdeulman mangaehanchae
Geuriumui hyangman ppumeo nawa
Neol dasi bolsuitdamyeon na,
Nae modeun geor boyeojugopa
Neol kkwag ana ttwigoitneun nae mam
Kkog da neoege jeonhagopa na
For real for real
I jinsimi nipume angilttaekkaj

Oh, merda, mesmo que nós
Demos água para o nosso canteiro de flores que era tão lindo
As flores se tornaram nada além de memórias
Apenas o aroma da solidão emana
Se eu pudesse vê-la novamente eu,
Eu quero mostra-la tudo que eu tenho
Meu coração que está batendo para te segurar com força
Eu quero expressar tudo para você, eu
Sério, sério
Até que você segure essa sinceridade em seus braços mais uma vez

Quando cheguei a dez passos de distância da luz, a imagem de Jimin sorrindo enquanto cantava se tornou nítida para mim e então eu chorei de felicidade esticando as mãos para me agarrar a ele, mas um galho de árvore havia me agarrado pelo pescoço puxando-me para longe novamente, conseguir ver Jimin correr até mim, mas seu corpo se chocou com algo o jogando sentado para o centro da luz.

Ele não podia sair dali.

Geunyang nal anajwo nareul jom anajwo
Amu mal malgoseo naege dallyeowajwo
Werobgo buranhagiman hanmameuro
Ireohke neol gidari go itjanha

Apenas me segure, me abrace um pouco
Não diga nada e apenas corra até mim
Com um coração que é nada além de solitário e ansioso
Eu estou te esperando assim

Quando a voz de Jimin começou a baixar e a enfraquecer a luz começou a piscar como se fosse desligar a qualquer momento e ali eu entendi que se eu não me soltasse talvez eu nunca mais pudesse escapar novamente dali.

E então eu consegui quebrar aquele galho e correr de volta até ele que estava de pé um pouco mais a frente do centro da luz - bem nas bordas da claridão - me chamando com as mãos para ir mais rápido. Quando me aproximei vi que ele gritava e chorava.

Senti uma ponta do galho agarrar minha camisa, eu tinha que fazer algo antes que eu fosse pego novamente e perdesse minha chance, então agindo por um impulso momentâneo pulei com toda a força que eu ainda tinha sentindo o tecido rasgar enquanto eu voava em direção ao ruivo.

A voz já estava baixa e fraca, a luz já perdia sua força apagando lentamente.

E então as últimas estrofes da música soaram.

Nan neoreul saranghae nan neoreul saranghae
Gin chimmok sokeseo sori nae wechilge
Eoriseokgo nayakhagiman han nae maeumeul

Eu te amo, eu te amo
No longo silêncio, um som vem, gritos
Do meu coração tolo e fraco

Quando pousei no chão a luz já havia se apagado, mas eu pude sentir braços me envolverem e lágrimas molharem meu pescoço.

- Eu peguei você....

Despertei abrindo os olhos de uma vez logo me arrependendo em seguida ao sentir minha cabeça doer e tudo rodar. Movi a cabeça de um lado para o outro tentando me situar quando me deparei com um aroma de alecrim e erva-doce no ar fazendo meu peito se apertar e meus olhos marejarem.

- Jimin. – Falei me sentando na cama de uma vez olhando para os lados a procura dele, mas tudo o que eu conseguia ver eram borrões devido a claridade que provinha das cortinas abertas. Era manhã, mais ou menos umas 8 horas e aquilo me irritou, odiava acordar com o quarto banhado na luz solar.

Escutei barulhos que vinham do meu banheiro e me levantei da cama meio tonto, percebi que usava uma túnica preta e não as roupas que estava no dia que tudo aconteceu. Alguém estava cuidando de mim, mas quem? Vernon ou algum empregado?

Apertei os olhos agoniado com o chiado em minha cabeça, era a voz de Jimin cantando a mesma música que me ajudou a escapar.

Jimin...

Abri os olhos voltando a olhar ao meu redor a procura dele, mas só o que encontrava era os meus móveis. Grunhi raivoso me virando socando a parede ao meu lado abrindo um buraco na mesma.

Ele havia me deixado, ido embora como todos, como Deméter. Eu era um imbecil por acreditar novamente que alguém pudesse realmente gostar de mim. E justo um humano! É claro que isso não daria certo, é claro que ele iria brincar comigo.

Grunhi cheio de raiva novamente me preparando para socar a parede mais uma vez quando escutei o barulho da porta atrás de mim sendo aberta e junto com isso o vapor quente do banheiro me envolver com o aroma forte de alecrim e erva-doce. Era o cheiro dele.

- Jeon? – A voz dele soara um pouco mais atrás de mim.

Parei a centímetros de acertar novamente a parede surpreso. Virei meu rosto na direção dele devagar com medo de que fosse outra pessoa ou somente fruto da minha mente que queria muito ele ali.

Meus olhos pararam na entrada do banheiro encontrando um Jimin com cabelos úmidos, olhar confuso e roupão.

Ele estava ali mesmo?

- O que aconteceu? Por que está batendo na parede? – Ele começou a caminhar na minha direção preocupado e eu também o imitei caminhando até si.

O agarrei pela cintura colando minha boca na sua quando ficamos próximos o bastante, ele suspirou surpreso por meu ato repentino, mas logo ficou na ponta do pé enquanto me abraçava pelo pescoço retribuindo o beijo.

Era ele mesmo, ele não havia me deixado. Ele estava ali comigo.

Sorri entre o beijo o vendo imitar meu gesto para logo depois aprofundar o beijo demonstrando toda a minha saudade e felicidade por vê-lo ali. Coisa que foi bem apreciada por si, já que seus lábios correspondiam os movimentos com a mesma intensidade. Sentir seus dedos mergulhados nos meus cabelos e sua pele molhada contra mim me deixou quente e excitado.

Eu precisava de mais.

Mordisquei seu lábio inferior abrindo os olhos vendo a parede logo atrás dele e sorri safado voltando a atacar seus lábios dessa vez com minha língua invadindo sua boca enquanto o fazia dar passos comigo até tê-lo contra a parede. Minhas mãos deslizaram da sua cintura até suas nádegas onde fiz questão de afundar meus dedos naquela carne firme e macia, o que resultou num gemido rouco de sua parte.

O observei jogar a cabeça para trás quando novamente apertei com mais vontade suas nádegas roçando meu quadril no seu demonstrando o quão excitado e duro eu já estava. Ele não estava muito diferente, tanto que quando jogou sua cabeça para trás a mesma havia batido na parede, mas ao invés de gemer de dor, ele gemeu de prazer. Vi seu pescoço alvo totalmente a meu mercê e não me contive, apenas deslizei minha língua de sua clavícula sentindo no caminho as gotas de água até sua orelha onde suguei e mordisquei o lóbulo assistindo com muita satisfação sua pele toda se arrepiar e seus dentes morderem seu lábio inferior com força o deixando mais vermelho e apetitoso do que já estava.

Percebi que estava com sede, e não era sede de beber água e sim sede de seu corpo, de tê-lo para mim. Só eu sabia o quanto eu havia me segurado para tê-lo em minha cama só quando estivesse totalmente ciente de que ele queria aquilo e não que havia sido somente uma consequência da bebida como da última vez.

Com meus dedos ágeis desamarrei a fita que fechava o roupão - que provavelmente era meu e que ele estava usando – revelando sua pele branca e imaculada para mim.

Sei que eu deveria estar o olhando com muita volúpia já que suas bochechas estavam tingidas num tom de vermelho e seus olhos evitavam me encarar por muito tempo. Não consegui evitar que um riso baixo escapasse de meus lábios o que resultou em um ruivinho com um bico adorável com direito a orelhas vermelhas de vergonha.

- Do que está rindo? – Perguntou revoltado agarrando as aberturas do roupão para fechá-lo, mas sendo impedido por mim.

- Do quanto você é adorável e gostoso. – Respondi voltando a me apossar de seu corpo com minhas mãos enquanto com minha boca e língua estimulava seu mamilo o fazendo gemer e gaguejar ao tentar rebater minhas palavras.

- Nã-não... hmm... vejo gr-graça nissuumm... – Sua voz soou baixa e trêmula o que só me fez prosseguir com o carinho ali.

Enquanto o estimulava com meus lábios e língua em um mamilo, no outro o fazia com as mãos beliscando e acariciando, o que lhe rendia muitos suspiros, arrepios e gemidos. Parei quando ambos estavam entumecidos voltando a beijá-lo vorazmente ao mesmo tempo que aproveitava para terminar de retirar o roupão o deixando nu de vez para mim.

- Je-jeon... hmm... – Sua voz soara abafada pelo meu beijo. – Vamo-os... para a... ahh... cama...

- Vamos... – Respondi ao descolar meus lábios do seu.

Com um único movimento, desci minhas mãos até a bunda dele e a agarrei em uma pegada firme o suspendendo do chão, automaticamente Jimin envolveu o meu quadril com suas pernas e ofegou quando pode sentir todo o meu comprimento coberto apenas por minha túnica pressionada contra suas nádegas desnudas, daquele jeito que estávamos voltei meus lábios ao seu pescoço o mordendo e chupando o sentindo se segurar em mim com suas mãos nos músculos firmes dos meus braços.

Nesta altura do jogo eu já me encontrava pra lá de excitado e quando finalmente minhas mãos desceram até a bunda do mais novo novamente apertando-a com vontade o gemido que Park Jimin soltou entre o beijo me fez apertar os olhos com mais força sentindo o meu membro desperto latejar e gotejar. Estava tão duro naquele momento que doía.

- Jungkookie…- A voz saíra baixa e trêmula.

Jimin já estava completamente ofegante amaldiçoando as peças que estavam entre o contato direto de nossas peles. Foi nesse momento que tive a certeza de que não resistia a Jimin. Não conseguiria evitar ir com calma, como aquele olhar me implorado para que lhe despisse e lhe fodesse com força, apesar de querer ser gentil não conseguiria negar dar aquilo que o meu menino queria. Isso não significaria que o que existia entre ambos ou o que sentia pelo outro fosse apenas desejo carnal, ao contrário, só demonstrava que o ruivinho mais uma vez despertava mais uma coisa de forma intensa e incontrolável em mim. 

Se soubessem o tamanho do poder que Jimin exercia sobre mim, o ruivo correria grande perigo.

Sempre fui sincero com meus sentimentos, e dessa vez não seria diferente, sabia que não importava o que Jimin fizesse não havia mais como voltar atrás. Não tinha mais como continuar afirmando que não estava apaixonado por ele, que não o desejava, que não o protegeria. Ele seria meu nem que para isso tivesse que fazer o impossível, ou até mesmo dar-lhe a minha própria vida novamente.

Com uma mão agarrando firmemente a coxa dele e com a outra ao redor da cintura, o desencostei da parede e caminhei em meio a beijos para a cama me ajoelhando sobre a mesma. Com um cuidado e calma que não cabia ali no momento, o deitei no meio da mesma e retirei a minha roupa assistindo as pupilas de seus olhos dilatarem revelando o grande desejo que sentia no momento por mim. Me curvei sobre si e com a boca explorava todo o tronco do ruivo que suspirava em deleite enquanto sentia os chupões sobre a pele exposta, para logo em seguida beijar o pescoço alvo dele deixando alguns estalos por ali toda vez que minha boca separava-se da tez clara somente para ter o prazer de ver e sentir o ruivo se contorcer abaixo de mim. As minhas mãos alisavam as coxas dele devagar, instigando os sentidos sensíveis de Jimin que estremecia de leve toda vez que os meus dedos chegavam próximos a sua virilha.

Ele mantinha os olhos abertos, observando cada pequena ação que eu fazia, e apesar da intensidade do momento, estava tentando ser cuidadoso e atencioso.

Trocando contato visual me apoiei em um braço no colchão - este que cedeu com o peso ao me posicionar ao lado da cabeça dele – e depositei um beijo nos lábios do ruivo que sorriu daquele jeito que eu amava: sorriso largo e olhos pequenininhos.

Jimin estava tão submerso no contato visual que resfolegou ao ser pego de surpresa com o toque da minha glande em seu membro, seu abdômen contraiu um pouco em surpresa e apertou os olhos arfando quando sentiu o toque molhado arrastar lentamente pela extensão do seu pênis.

Com extrema curiosidade, vi Jimin mover seus olhos até mais em baixo observando a ponta de meu dedo deslizar pela fenda da glande dele, a imagem era tão excitante que o fez soltar um gemido curto e manhoso para o meu deleite que queria sentir todo aquele momento da forma mais intensa possível juntamente a ele.

Querendo provocá-lo, envolvi nossas ereções juntas com uma mão iniciando uma masturbação conjunta.

- Ahh.... - Não consegui segurar o gemido rouco ao sentir a pulsação de Jimin contra a minha em meio ao vai e vem lento qual minha própria mão fazia ali.

Meu rosto inesperadamente foi tocado pelos lábios de Jimin e um suspiro profundo aconteceu tendo a pressão dos meus dedos apertando com mais força ambos os membros. Ele me olhava com carinho e emoção, gemia baixo desfrutando de todo aquele toque e prazer que o proporcionava com meus toques.

Naquele momento descobri que poderia sentir mais prazer ao dar prazer para ele do que de qualquer outra forma.

Com um único movimento, deslizei para baixo e joguei suas pernas ao redor de meus ombros, e assisti suas bochechas se avermelharem de vergonha quando meus lábios espalharam beijos molhados por toda a sua virilha. Fazia tudo isso com os olhos atentos a cada expressão, a cada tom mais forte de vermelho que tomava conta do rosto dele. Ele era belo, era sexy e era fofo. Uma combinação estranha e exótica que combinava tão bem com ele. Quando minha língua envolveu a glande molhada de Jimin e a sugou minha audição teve o prazer de ser agraciada com o gemido longo e rouco que a boca vermelha do ruivo soltou. Apreciei extasiado quando as costas do ruivo arquearam perfeitamente quando minha boca deslizou por todo o comprimento de seu membro o colocando todo na boca para só em seguida deslizá-lo para fora com um barulho estalado. Apreciei hipnotizado, os dedos de Jimin agarrarem meus cabelos empurrando minha cabeça para baixo enquanto suas pupilas dilatavam no momento que o desejo e a excitação chegara ao pico. Apreciei cada leve tremor, cada encolhimento da barriga, cada ondulação, cada gemido que o menor soltava.

Ignorando a dor a cada latejar de desejo que sentia, levei três dedos até a boca de Jimin.

- Chupe-os. – Mandei de forma clara e objetiva observando em deleitei seus belos lábios e língua trabalharem em meus dedos com maestria. Confesso que por muito pouco não o botei de joelhos na minha frente e o fiz me chupar, mas isso ficaria pra outra hora. Eu não aguentaria por muito tempo e tinha outros planos em mente.

Me curvei sobre o corpo dele e em seguida levei meus dedos melados por saliva até o meio das bochechas de sua bunda começando lentamente a rodear sua entrada sensível, que se contraiu com o toque.

Sorri ladino.

Quando introduzi em seu interior o primeiro dedo sua entrada se contraiu contra ele fortemente, enquanto ele gemeu rouco e arrastado. No terceiro dedo Jimin grunhia em desconforto, mas sem deixar de mexer seus quadris rebolando sob os meus dedos. Vi que Jimin já estava quase a beira de um colapso e no momento meu estado não era muito diferente já que podia ver as gotas de meu sêmen cair sobre as nádegas e pernas do ruivinho.

- Jeon... – Gemeu manhoso em um pedido silencioso para mim que quase fui a loucura quando Jimin rebolou com mais afinco sobre os meus dedos.

Quando me mexi novamente percebi o alivio tomar conta de Jimin, achou que seria penetrado, porém seus olhos se arregalaram quando me viu descer a boca até sua entrada a chupando o fazendo tremer dos pés a cabeça. Eu sabia que era demais para o ruivo aguentar, ele não queria gozar agora, mas quando minha língua deslizou pela fenda lentamente a deixando úmida, então seus olhos se apertaram e com aquele ato único ele alcançou seu clímax sujando um pouco o meu rosto o que não me importou nenhum pouco.

Sorri satisfeito comigo mesmo ao levar o menor até o ápice, sorri maldoso ao fitar seu rosto suado e pós-orgasmos.

Agora o segundo round iria começar.

Me posicionei sobre o corpo dele assistindo seus olhos abrirem e o sorriso que brincava em seus lábios sumir dando lugar a uma expressão de prazer e dor quando deslizei por sua entrada. Fazia tudo com extrema calma, não queria que o outro sentisse nenhum pingo de dor. Não me perdoaria caso acontecesse, por isso estava atento a cada sinal.

Era difícil para mim? Era, eu só queria me mover e acabar logo com aquilo, estava a tempo demais me segurando e agora me sentia no limite, mas seu bem estar era o mais importante para mim.

Vi Jimin morder o lábio inferior com força enquanto podia sentir assim cada veia, cada pulsação se manifestar no interior dele.  Senti as mãos de Jimin subirem por meus braços até minha nuca me puxando para um beijo profundo, lento e gostoso. Quando por fim estava completamente dentro de si ele e eu gememos, grave e meio rouco.

Comecei a estocar ele devagar, queria deixá-lo completamente confortável e ao julgar pelos gemidos dados pelo mesmo imaginava estar fazendo um bom trabalho. Minha mão trilhou a pele de seu tórax até chegar ao baixo ventre envolvendo o membro dele que já começava a endurecer novamente. Um gemido alto soou pelo quarto na primeira investida forte que dei.

- Seu corpo todo é perfeito…- Sussurrei contra a orelha de Jimin que somente puxou meus cabelos em resposta.

Levei meus dedos de até seu queixo, puxando o rosto para lhe tomar os lábios de forma ardente sendo prontamente retribuído. Quando findamos aquele contato, encarei o rosto alheio: a boca entreaberta, a testa levemente franzida de prazer enquanto gemia por minha causa.

– Olhe pra mim...- Pedi em um sussurro aumentando a velocidade das estocadas. Queria sua atenção, queria que ele demonstrasse que era tudo real, a pouco tempo achei que ele tinha me abandonado e agora ele estava aqui comigo me amando e sendo amado, eu só não esperava o que viria a seguir.

– Eu amo você. – Jimin falou firme e sem gaguejar quando nossos olhos se conectaram, senti sua mão acariciar meu rosto me olhando.

Jimin sorriu largo e feliz quando eu sorri, seus os olhos se encheram de lágrimas de felicidade e prazer agarrando os fios do meu cabelo ao ser acertado no ponto certo. Tentei investir no mesmo lugar travando vez ou outra ao ouvir um gemido mais alto dele, que me apertava a cada segundo que se passava.

Eu já sentia meu corpo tremer em excitação, agarrando o quadril do mais novo o estocando com mais força, como eu queria e precisava desde o início.

- Kookiee…- Ele gemeu choroso apertando mais os fios negros por entre os dedos enquanto eu afundava minhas unhas curtas apertando sua carne o estocando cada vez mais rápido.

Ele estava quase gozando novamente, o observei atento apertar seus olhos com ainda mais força quando sentiu minha mão novamente envolver seu membro negligenciado, o vai e vem gostoso era feito tão rápido quanto as estocadas e não foi preciso muito para que o mais novo gemesse alto contraindo todo o corpo enquanto gozava na minha mão esquerda.

Acompanhei Jimin alguns poucos segundos depois tendo meu pênis esmagado dentro do outro - pelas contrações que ele dava - gozando com tanta intensidade que meu corpo tremia e isso chegava a ser visível em minha respiração. Ainda observando o rosto de Jimin, o beijei mais uma vez enquanto me derramava em seu interior dando as últimas investidas fazendo-o gemer por entre seus lábios.

Respirávamos pesadamente e só ao fim de meus espasmos me retirei devagar de dentro do menor. Beijei seu ombro antes de me deitar com minha cabeça sobre seu peito ouvindo o mesmo bater loucamente enquanto era envolvido pelos braços cansado de Jimin.

Acompanhei com atenção cada batida de seu peito até ele se acalmar acabando dessa forma também me acalmando. Levantei meu rosto e me pus a observar atentamente Jimin, que permanecia de olhos fechados e boca levemente aberta, ele parecia terrivelmente satisfeito e totalmente relaxado, acompanhei quando um sorriso cresceu nos lábios do ruivo e isso me fez sorrir também. Era uma sensação tão boa ver ele sorrindo assim que queria poder fazê-lo sorrir todos os dias da sua vida e ter certeza que ele nunca mais derramaria mais nenhuma lágrima.

Sorri deixando meu corpo deslizar pelo seu ficando deitado de lado com meu rosto na mesma altura que o dele que logo não demorou e se deitou de frente pra mim me olhando também. Senti sua mão tocar minhas bochechas em um carinho singelo, para logo em seguida seu polegar começar a dedilhar meus contornos faciais me fazendo fechar os olhos aproveitando o toque de sua mão macia.

- Me perdoa? - Sua voz saiu baixa e trêmula, se eu não estivesse tão perto dele não teria escutado.

Pude ver seus olhos começar a brilhar e as lágrimas se acumularem nos cantos de seus olhos prestes a cair, seus dentes mordiam o lábio inferior e creio eu que era isso que o impedia de chorar.

- Pelo o que? – Indaguei confuso e com medo do que ele falaria. Pude sentir meu estomago se apertar e minha boca secar a espera da resposta.

- Foi tudo minha culpa. A briga, o ritual, se eu tivesse esperado um pouco mais você não teria passado por essa coisa horrível e quase morrido. – Ele respondeu levando a mão que me acariciava até seu rosto o escondendo de mim. Não gostei de vê-lo daquela forma, mas senti meus músculos relaxarem quando vi que era esse o motivo do “perdão”.

- Eu também tive culpa nisso, eu acreditei naquele babaca. – Falei tirando sua mão do rosto me deparando com o nariz e os olhos dele vermelhos. - Não chora, Chim… - Pedi o vendo sorrir soprado enquanto algumas lágrimas escorriam.

- Chim? - Ele perguntou ainda sorrindo e eu assenti levando meu polegar até seu rosto enxugando o mesmo. - Meu Chim Chim…

- Da onde tirou isso? – Indagou fungando.

- Eu queria falar Jim, mas saiu Chim… - Expliquei rindo e ele me imitou parando de rir logo em seguida me olhando com os lábios trêmulos e antes que eu pudesse lhe perguntar se doía em algum lugar em si, seus braços rodearam minha cintura e seu rosto se afundou em meu peito.

- Fiquei com medo de você não acordar, mais. – Confessou entre fungadas enquanto eu apenas sorri retribuindo o abraço o apertando contra mim. - Por que se botou em risco para me salvar, huh? Como eu ia viver sem você? – Ele indagou baixinho entre soluços agarrando minhas costas com seus dedos – Seu idiota.

Com cuidado e zelo desci meus dedos pela lateral de seu rosto em uma carícia singela até chegar em seu queixo levantando seu rosto na altura do meu olhando-o nos olhos sentindo meu coração bater feito um louco, o que era vergonhoso.

E então eu disse algo que achei que nunca mais fosse capaz de dizer a alguém.

- Porque eu amo você. – Minha voz saíra calma e contida.

Em segundos ele havia parado de chorar e em seu rosto crescia um sorriso largo e tímido, era possível ver suas bochechas se tornarem vermelhas, na verdade até mesmo a ponta de suas orelhas estavam dessa cor novamente.

- Não precisava falar isso também só porque eu falei... – Ele murmurou envergonhado e eu ri o achando uma gracinha.

- Se eu estou falando isso é porque é o que eu sinto de verdade. – Falei sério e ele assentiu me roubando um selinho como se fosse proibido, ri de seu jeito bobo.

- Nunca mais se ponha em risco por mim. – Não era um pedido, era uma ordem dada da forma mais gentil que uma ordem poderia soar, do jeito que só Jimin poderia fazer.

- Sempre o colocarei acima de mim. – Rebati sem nem pensar muito o vendo suspirar.

- Teimoso. – Ele resmungou e eu sorri.

- Só te peço uma coisa… - Falei baixinho atraindo sua atenção. - Não deixe nada nunca nos afastar. – Pedi e a resposta que recebi foi um selar, que logo virou um beijo profundo, calmo e intenso.

Aaa como eu sentia falta daqueles lábios, daquele gosto, daquele sorriso, daquele homem…

- Eu também não posso mais viver sem você… - Sussurrei contra seus lábios como se fosse um segredo. Nosso segredo.

- Está muito fraco? – Seus lábios roçaram nos meus quando ele perguntou baixo e com a voz falha enviando uma série de descargas elétricas que nasciam em minha boca e se espalhavam por todo o meu corpo.

Vi seu rosto se tornar mais vermelho enquanto sutilmente aproximava seu corpo do meu me fazendo desconfiar do que ele queria.

- Eu sou um deus. – Respondi mordiscando seu lábio inferior o puxando suavemente enquanto descia minha mão por suas costas até sua cintura a apertando firme (demonstrando que não estava fraco. Ao menos, não mais) arrancando um suspiro dele.

E ouvir o suspiro e sentir o seu hálito quente em minha face quando o toquei só me deu mais forças para continuar com o que estava por vir. Eu não ia me fazer de rogado e muito menos de doentinho, se o meu garoto precisava de alguém para lhe dar prazer, esse alguém seria eu.

- Que bom que você é um deus... – Ele riu suave o que me encantou.

Como ele conseguia parecer tão puro em momentos como aquele?

- É? – Indaguei rindo divertido também estalando os dedos em seguida fazendo pétalas de rosas vermelhas caírem como neve ao nosso redor fitando seus belos olhos e boca se expandirem de surpresa observando ao nosso redor maravilhado e com um sorriso. – E por quê isso seria bom? – Indaguei divertido olhando-o nos olhos arrancando uma risada sapeca dele.

- Só me beija logo… – Ele falou soltando um riso envergonhado e mesmo assim atrevido.

Estiquei os braços o puxando para mim pela cintura com um aperto que o fez ofegar de surpresa e excitação. Com muita satisfação assisti um brilho tomar conta dos olhos do ruivo e aquilo foi o combustível que faltava para que pudesse seguir em frente.

Prendendo o rosto do outro entre as mãos, aproximei meu rosto do seu capturando os lábios grossos sem qualquer hesitação primeiro mordendo e depois sugando aquela carne mole e macia me deliciando com o gemido abafado que ele soltou entre o beijo. Fiz questão de colar meu corpo no do ruivinho adorando sentir o calor e os tremores do mesmo ao me instalar entre suas pernas.

Eu sentia falta dele, de sentir ele por inteiro, queria beijar cada pedaço de seu corpo, cada pintinha espalhada por sua pele, queria descobrir os defeitos e perfeições que não pude da última vez por causa do desejo alto que nos consumiu quando adentramos naquele quarto logo após deixarmos a boate. Não que não desejasse o ruivo agora também, mas hoje seria diferente.

E assim nasce um amor e se cumpre uma profecia.

Uma união maior do que o amor, maior do que a confiança, maior do que todo o universo, aconteceu. Duas metades que haviam se encontrado, duas almas que se tornaram uma só. Uma força que eu só descobriria mais tarde que nada e nem ninguém poderia nunca e jamais quebrar a partir de hoje.

Tic tac tic tac...

O tempo não para e o destino não falha.

Assim como um dia a mentira prevaleceu, a verdade logo retornará e clamará pelo o que é seu de direito.

Uma nova etapa estar por vir...